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Saracura

OSCAR PEREIRA RODRIGUES
(83 anos)
Humorista, Ator, Animador e Apresentador de Televisão e Rádio

☼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (12/02/1916)
┼ São Paulo, SP (20/10/1999)

Oscar Pereira Rodrigues, mais conhecido pelo pseudônimo Saracura, foi um humorista brasileiro, animador, apresentador de rádio e televisão, nascido em Santa Bárbara d'Oeste, interior do estado de São Paulo, em 12/02/1916. Filho de João Pereira Rodrigues e de Virgínia D'Ávila.

Iniciou sua carreira em 1948, na Rádio Clube Santo André, onde permaneceu até 1952. Apresentava programas sertanejos, que foi sempre o seu estilo. No cinema atuou em "Sertão em Festa" (1969) e "No Rancho Fundo" (1971).

De 1952 a 1981, passou para a Rádio Tupi de São Paulo. Ficou sendo diretor artístico de toda a linha sertaneja, além de ser apresentador e animador de programas. Participou do programa "Festa na Roça", onde ficou por 15 anos. Apresentou também os programas "Tupi no Sertão", "Alvorada Brasileira" e "Rádio Destak FM".

Saracura também foi ator de radionovelas. Fez como protagonista, as novelas "A Velhice Vem Depressa", "A Vida Tem Dois Caminhos", "Mistério da Fazenda de Pedra", "Rancho Fundo" dentre outras.

O humorista intercalava suas atuações em São Paulo, com viagens, por todo o Brasil. Assis Chateaubriand, assim como o diretor-presidente Edmundo Monteiro, gostavam de convidar Saracura para suas viagens pelo norte, nordeste, sul, centro-oeste, para onde eles iam constantemente, em viagens profissionais. Levavam Saracura, pois precisavam alegrar as pessoas que os recebiam.


Saracura gravou os LPs "Humor do Sertão", em 1971 e novamente "Humor do Sertão", em 1973, quando recebeu Disco de Ouro.

Saracura trabalhou também em televisão. Participou do programa "Festa na Roça", de 1958 a 1960, e em 1970 do "Canta Viola", ambos pela TV Tupi de São Paulo.

Em 1971, passou para a TV Record.

De 1975 a 1985, na TV Record, participou do programa "Canta Viola".

De 1986 a 1989, participou várias vezes do programa "Som Brasil", apresentado por Lima Duarte, na TV Globo.

Em 1988, esteve por inúmeras vezes na TV Manchete e na Rede Mulher, no programa "Rincão Brasileiro". Saracura participou também de vários comerciais.

Em 1989 e 1991 participou do programa "Viola, Minha Viola", da TV Cultura.

Foi um dos nomes mais respeitados e agraciados dentro das emissoras de rádio e TV do Brasil. Recebeu inúmeros troféus, tanto no rádio, como na televisão, com destaque para o Programa Luizinho, Limeira e Zezinha, Programa Defensores da Música Sertaneja, Oceania, Melhor Humorista de 1962, Melhor Humorista de 1963, Troféu União Artistas de São Paulo (UASP) em 1965 e 1966, Troféu Clube Atlético das Bandeiras, em 1967.

Recebeu também o troféu da União Artistas de São Paulo (UASP) "Melhor Humorista Sertanejo", em Osasco, 1969.

Em 1972 o Coração da Viola, em Guarulhos.


Em 1977 e 1978 o Troféu ABAS, em Osasco. Em 1978 o Troféu Encontro Com a Cidade, da Rádio ABC de Santo André.

Em 1979 o Troféu TV Record, programa "Canta Viola".

Em 1980, ganhou troféu no Primeiro Encontro da Música Sertaneja, de Itatiaia.

Em 1983, ganhou o Troféu Aniversário do Clube Atlético Ipiranga.

Em 1988, o Troféu UAI da Festa da Prefeitura de Poços de Caldas.

Além desses troféus, Saracura recebeu muitos títulos e homenagens. Recebeu o Título de Cidadão Paulistano, em 1996, na Câmara Municipal de São Paulo. Recebeu o Diploma de Honra ao Mérito, da Secretaria de Trabalho e Comunicação, Diploma de Honra ao Mérito do Ministério da Educação e Cultura, Viola de Ouro, do "Programa Raul Gil".

Saracura também escrevia uma crônica de humor, no Jornal da Zona Leste. Depois de sua morte, ainda foi homenageado na Assembléia Legislativa de São Paulo, pelo deputado Afanásio Jazadji, em evento promovido pela PRO-TV, sob presidência de Vida Alves.

A Prefeitura de São Paulo homenageou Saracura, dando seu nome a uma praça paulista, em 14/03/2003. É a Praça Oscar Pereira Rodrigues.

Saracura faleceu em 20/10/199, em São Paulo, aos 83 anos.

Pietro Bardi

PIETRO MARIA BARDI
(99 anos)
Jornalista, Ensaísta, Galerista, Marchand, Historiador, Crítico, Colecionador, Expositor e Negociador de Obras de Arte

☼ La Spezia, Itália (21/02/1900)
┼ São Paulo, SP (10/10/1999)

Pietro Maria Bardi foi um jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. Pietro Maria Bardi ou simplesmente P.M. Bardi foi, junto com Assis Chateaubriand, o responsável pela criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), sendo seu diretor por 45 dedicados anos consecutivos.

Filho de Pasquale Bardi e Elisa Viggioni, Pietro era o segundo de quatro irmãos. Diziam que era de poucos amigos e que sua vida escolar foi bastante atribulada. O próprio Pietro Bardi declarou, em inúmeras entrevistas, ter sido reprovado quatro vezes na terceira série do ensino fundamental.

Abandonou a escola ainda novo, desanimado pelo insucesso, e atribuía sua inteligência a um acidente doméstico, após uma queda em que feriu a cabeça, onde a partir daí tomou gosto pela leitura. Lia absolutamente tudo que podia durante sua adolescência, hábito que o acompanhou por toda a vida.

Pietro Bardi ao lado da estátua de Assis Chateaubriand
Jornalismo

Ainda rapaz, Pietro Bardi trabalhou como operário assistente no Arsenale Marittimo e, em seguida, tornou-se aprendiz em um escritório de advocacia. Em 1917 foi convocado para integrar o Exército italiano e partiu de La Spezia para não mais retornar.

É nessa fase que ele iniciou de fato sua carreira jornalística, antes já esboçada em alguns artigos e colaborações a jornais como Gazzetta di Genova e o Indipendente e com a publicação, aos 16 anos, de seu primeiro livro, um ensaio sobre colonialismo.

Instalado em Bérgamo desde a baixa na carreira militar, Pietro Bardi encontrou trabalho no Giornale di Bergamo. Mais tarde, integrou a equipe do Popolo di Bergamo, Secolo, Corriere della Sera, Quadrante, Stile e muitos outros.

Escrever foi sua principal atividade profissional até a morte, a maneira encontrada para manifestar seu estilo polêmico e a crítica baseada no conhecimento profundo e na vivência cotidiana da arte, da política e principalmente da arquitetura.

Arte

Em 1924, Pietro Bardi transferiu-se para Milão e casou-se com Gemma Tortarolo, com quem teve duas filhas, Elisa e Fiorella. Foi em Milão que ele começou uma aventura como marchand e crítico de arte, com a aquisição da Galleria dell'Esame.

Em 1929 tornou-se diretor da Galleria d'Arte di Roma e mudou-se para a capital.

Trazendo uma exposição a Buenos Aires, passou pelo Brasil pela primeira vez em 1933. Foi nessa ocasião que viu a Avenida Paulista, futuro endereço do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Após a Segunda Guerra Mundial, Pietro Bardi conheceu a arquiteta Lina Bo no Studio d'Arte Palma, em Roma, onde ambos trabalhavam. Ele divorciou-se e casou-se com Lina Bo em 1946. No mesmo ano, atiraram-se à aventura da vinda para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora, situação oposta à da Europa, que amargava a reconstrução nos anos pós-guerra.

O casal alugou o porão de um navio cargueiro, o Almirante Jaceguay. Partiram de Gênova trazendo uma significativa coleção de obras de arte e peças de artesanato que seriam organizadas numa série de mostras. Transportaram também a enorme biblioteca do marchand. Chegaram ao Rio de Janeiro em 17/10/1946.

Lina Bo e Pietro Bardi
Com as obras trazidas da Itália, Pietro Bardi organizou a Exposição de Pintura Italiana Moderna, em cujos salões conheceu o empresário Assis Chateaubriand, que o convidou para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado.

De 1947 a 1996 Pietro Bardi criou e comandou o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico, historiador, pesquisador, galerista e marchand.

Publicou, em 1992, seu 50º e último livro, "História do MASP".

Em 1996, já adoecido, afastou-se do comando do museu.

Fundou, ao lado de Massimo Bontempelli, a revista Quadrante, importante periódico no qual diversos arquitetos modernos italianos, como Giuseppe Terragni, puderam publicar suas obras.

Abatido e com sua saúde debilitada desde a morte de Lina Bo, em março de 1992, morreu em 10/10/1999, tendo cumprido quase um século de vida a provar sua definição de si próprio, em resposta ao parceiro Assis Chateaubriand"Sim, sou um aventureiro".

Fonte: Wikipédia

Geir Campos

GEIR NUFFER CAMPOS
(75 anos)
Poeta, Escritor, Contista, Radialista, Jornalista, Tradutor e Professor

☼ São José do Calçado, ES (28/02/1924)
┼ Niterói, RJ (08/05/1999)

Geir Nuffer Campos foi um poeta, escritor, jornalista e tradutor brasileiro. Filho de Getúlio Campos, dentista, e Nair Nuffer, professora.

Viveu parte da sua infância em Campos dos Goytacazes, RJ, e parte no Rio de Janeiro. A partir de 1941, passou a residir em Niterói, RJ.

Foi aluno do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e do Colégio Plínio Leite, em Niterói.

Em 1951, casou-se com Alcinda Lima Souto, que passou a chamar-se Alcinda Campos. Deste casamento vieram seus dois filhos: Carlos Augusto Campos e Mauro Campos.

Piloto, tripulou navios mercantes do Lloyd Brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Advindo daí a sua condição de civil ex-combatente.

Poeta, estreou em 1950 com "Rosa dos Rumos", após ter publicado em jornais e revistas, especialmente no Diário Carioca, vários poemas, contos e traduções.

Editor, fundou em 1951, com Thiago de Mello, as Edições Hipocampo, que chegaram a publicar vinte volumes de poesia e prosa, dos autores mais representativos da literatura brasileira e também de alguns estreantes como Paulo Mendes Campos e outros. Nessa coleção apareceu, em janeiro de 1952, "Arquipélago", o seu segundo livro de versos.


Como professor ginasial, atual ensino fundamental, lecionou no Colégio Plínio Leite, onde antes estudara, e no Colégio Figueiredo Costa, ambos em Niterói. Como professor universitário, na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde em 1980 fez-se Mestre em Comunicação, com um trabalho, publicado, sobre "Tradução e Ruído na Comunicação Teatral", e em 1985 defendeu tese de doutoramento sobre "O Ato Criador na Tradução".

Como tradutor, começou a publicar em 1953, uma coletânea de poemas de Rainer Maria Rilke.

Como contista, lançou em 1960 a primeira edição de "O Vestíbulo".

Como radialista, em agosto de 1954 começou a produzir e apresentar, na Rádio Ministério de Educação, um programa semanal de meia hora, "Poesia Viva". Para essa mesma emissora produziu, durante muitos anos, diversos programas literários.

Como jornalista, colaborou e assinou colunas em diversos jornais, entre eles o Diário de Notícias e o Diário Carioca.

É o autor da letra do Hino de Brasília, cuja música é de autoria da professora Neusa Pinho França Almeida.

Foi membro fundador do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Tradutores, da qual foi presidente, lutando pela conscientização dos que traduzem profissionalmente no Brasil e pela regulamentação desta profissão.

Traduziu várias obras de Rilke, Brecht, Goethe, Shakespeare, Sófocles, Whitman e outros, sendo merecedor de um ensaio da professora Maria Thereza Coelho Ceotto da Universidade Federal do Espírito Santo.

Destacou-se enquanto ativista cultural de grande influência e presença na literatura brasileira, tornando-se o grande representante capixaba da "Geração de 45".

Foi um dos poucos poetas brasileiros a comporem uma coroa de sonetos.

Obras

Poesia
  • 1950 - Rosa dos Rumos
  • 1952 - Arquipélago
  • 1953 - Coroa de Sonetos
  • 1956 - Da Profissão do Poeta
  • 1957 - Canto Claro e Poemas Anteriores
  • 1959 - Operário do Canto
  • 1960 - Canto Provisório
  • 1964 - Cantigas de Acordar Mulher
  • 1968 - Canto ao Homem da ONU
  • 1969 - A Meus Filhos
  • 1970 - Metanáutica
  • 1977 - Canto de Peixe e Outros Cantos
  • 1982 - Cantos do Rio (Roteiro lírico do Rio de Janeiro)
  • 1983 - Cantar de Amigo ao Outro Homem da Mulher Amada

Contos
  • 1979 - O Vestíbulo
  • 1982 - Conto & Vírgula

Teatro
  • 1959 - O Sonho de Calabar
  • 1967 - Édipo-Rei, de Sófocles
  • 1970 - Macbeth, de William Shakespeare
  • 1970 - A Tragédia do Homem, de Imre Madách (Com Paulo Rónai)
  • 1972 - Castro Alves ou O Canto da Esperança
  • 1972 - As Sementes da Independência
  • 1976 - Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht
  • 1977 - A Alma Boa de Setsuan, de Bertolt Brecht
  • 1977 - Diz-que-sim & Diz-que-não, de Bertolt Brecht
  • 1977 - O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht
  • 1977 - Na Selva das Cidades, de Bertolt Brecht
  • 1977 - A Exceção e a Regra, de Bertolt Brecht
  • 1978 - Luz nas Trevas, de Bertolt Brecht
  • 1978 - O Julgamento de Lúculus, de Bertolt Brecht
  • 1978 - A Condenação de Lúculus, de Bertolt Brecht
  • 1970 - A Tragédia do Homem, de Imre Madách (Com Paulo Rónai)

Peças Não Publicadas, Mas Registradas na Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais (Levantamento Parcial)
  • 1967 - De Bocage a Nelson Rodrigues, (Com Nelson Rodrigues e Jaime Barcelos)
  • 1969 - Aquele Que Diz Sim e Aquele Que Diz Não, de Bertolt Brecht
  • 1974 - O Quarto Vazio
  • 1974 - Nós
  • 1974 - Arruda Para Você Também
  • 1974 - O Refugiado e os Sentados, de Miguel Hernandez
  • 1974 - A Estranha História do Doutor Fausto, de Christopher Marlowe
  • 1974 - Amar / Luar, de Jack Larson
  • 1983 - Esse Bocage

Teatro Infantil
  • 1959 - O Gato Ladrão
  • 1960 - A Verdadeira História da Cigarra e da Formiga
  • 1960 - História dos Peixinhos Voadores (Parceria com Maria Niedenthal)

Literatura Infanto-Juvenil
  • 1973 - Qual é a História de Hoje?, Joana Angélica d’Avila Melo

(Geir Campos é o autor dos contos das páginas: 14-15, 15-16, 29-30, 36-37, 49, 61-62, 65-66, 80-81, 83-84, 90-91, 113-114, 124-125, 126-127, 137-138, 142-144, 149-151, 154-156, 163-164, 179 e 186-187)
  • 1987 - Estórias Pitorescas da História do Brasil (Para Gente Grande e Pequena)
  • 1991 - Histórias de Anjos

Ensaios
  • 1960 - Carta aos Livreiros do Brasil
  • 1967 - Rubén Dário, Poeta Participante
  • 1978 - O Problema da Tradução no Teatro Brasileiro
  • 1981 - Tradução e Ruído na Comunicação Teatral
  • 1985 - Do Ato Criador na Tradução (Tese de Doutorado - Inédita em livro)

Referências
  • 1960 - Pequeno Dicionário de Arte Poética
  • 1986 - Como Fazer Tradução
  • 1986 - O Que é Tradução
  • 1989 - Glossário de Termos Técnicos do Espetáculo

Antologias
  • S/D - Alberto de Oliveira
  • S/D - Livro de Ouro da Poesia Alemã
  • 1960 - Poesia Alemã Traduzida no Brasil
  • 1986 - Versei, Antologia Poética (Exterior)

Traduções (Levantamento Parcial)
  • 1953 - Poemas de Rainer Maria Rilke
  • 1956 - Parábolas e Fragmentos de Kafka
  • 1956 - Nossa Vida Com Papai, Romance de Clarence Day Jr.
  • 1957 - O Coronel Jack, Romance de Daniel Defoe
  • 1958 - A Sabedoria de Confúcio
  • 1959 - A Alma Boa de Setsuan, Fábula Teatral de Bertolt Brecht (Com Antônio Bulhões)
  • 1964 - Folhas de Relva, Poesia de Walt Whitman
  • 1964 - Sociologia e Filosofia Social de Karl Marx - Textos escolhidos, seleção, introdução e notas por T. B. Bottomore e Maximilien Rubel
  • 1965 - Flor do Abandono, Romance de Zsigmond Móricz
  • 1966 - Poemas e Canções, Bertolt Brecht
  • 1967 - Poemas e Cartas a um Jovem Poeta, Rainer Maria Rilke (Com Fernando Jorge)
  • 1967 - Édipo-Rei, Peça de Sófocles
  • 1976 - Andares, Poesia de Hermann Hesse
  • 1977/1978 - Teatro de Bertolt Brecht (Várias peças como supervisor e tradutor)
  • 1980 - A Tragédia do Homem, Peça de Imre Madách (Com Paulo Rónai)
  • 1983 - Folhas das Folhas de Relva, seleção de poesias de Folhas de Relva, de Walt Whitman
  • 1985 - Arco-íris de Amor, de Joan Walsh Anglund
  • 1988 - A Vida de Nosso Senhor, romance de Charles Dickens
  • 1988 - Haicais: Poesia do Japão, da versão de Jan Ulenbrook
  • 1988 - O Quinto Evangelho, romance de Mario Pomilio
  • 1990 - Frases de Cabeceira Gerald Goodfrey
  • 1984 - Frases de Cabeceira 2 Gerald Goodfrey
  • S/D - Frases de Cabeceira 3 Gerald Goodfrey
  • S/D - Frases de Cabeceira 4 Gerald Goodfrey
  • 1991 - As Melhores Histórias de Natal
  • 1991 - O Livro de Emmanuel, psicografias de Pat Rodegast e Judith Stanton
  • 1992 - As Fogueiras do Rei, romance de Pedro Casals
  • 1993 - O Livro de Horas, poesia de Rainer Maria Rilke
  • 1994 - O Livro de Emmanuel II, psicografias de Pat Rodegast e Judith Stanton
  • 1995 - Cantos do Meu Coração, poemas e fotografias de Daisaku Ikeda

Traduções Que Colaborou
  • 1956 - A Terra Inútil, de T. S. Eliot - Tradução de Paulo Mendes Campos
  • 1982 - Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol - Tradução de Fernanda Lopes de Almeida. Geir Campos traduziu os poemas das páginas 8 e 9, 49, 98 e 99, 102 e 103, 116 e 117.


Fonte: Wikipédia
Nota: Todas as informações constantes nesta página foram escritas por Mauro Campos, filho do Geir Campos. Elas estão disponíveis na Web, nas publicações citadas ou em documentos que pertencem à família.

João Cabral de Melo Neto

JOÃO CABRAL DE MELO NETO
(79 anos)
Poeta e Diplomata

* Recife, PE (09/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/10/1999)

João Cabral de Melo Neto foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.

Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral foi amigo do pintor Joan Miró e do poeta Joan Brossa. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

Foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve os filhos Rodrigo, Inez, Luiz, Isabel e João. Casou-se em segundas núpcias, em 1986, com a poetisa Marly de Oliveira.

Sobre Sua Obra

Na poesia de João Cabral de Melo Neto percebem-se algumas dualidades antitéticas, trabalhadas com um certo barroquismo e à exaustão. Entre espaço e tempo, entre o dentro e o fora, entre o maciço e o não-maciço, entre o masculino e o feminino, entre o Nordeste desértico e a Andaluzia fértil, ou entre a Caatinga desértica e o úmido Pernambuco. É uma poesia que causa algum estranhamento a quem espera uma poesia emotiva, pois seu trabalho é basicamente cerebral e "sensacionista", buscando uma poesia construtivista e comunicativa, objetiva.

Embora exista uma tendência surrealista em seus poemas, principalmente nos iniciais, como em "Pedra do Sono", buscando uma poesia que fosse também expressiva, João Cabral de Melo Neto não precisa recorrer ao pathos (paixão) para criar uma atmosfera poética, fugindo de qualquer tendência romântica, mas busca uma construção elaborada e pensada da linguagem e do dizer da sua poesia, transformando toda a percepção em imagem de algo concreto e relacionado aos sentidos, principalmente ao do tato, como pode-se perceber bem em "Uma Faca Só Lâmina". Neste poema, João Cabral de Melo Neto apresenta a imagem da faca através da sensação de vazio que a facada deixa na carne, contrastando com a própria faca sólida que a corta.

Algumas palavras são usadas sistematicamente na poesia deste autor: cana, pedra, osso, esqueleto, dente, gume, navalha, faca, foice, lâmina, cortar, esfolado, baía, relógio, seco, mineral, deserto, asséptico, vazio, fome. Coisas sólidas e sensações táteis: uma poesia do concreto.

Pedra do Sono

Primeiro livro de poemas de João Cabral de Melo Neto, "Pedra do Sono" é uma seleção de poemas com forte teor surrealista. Dentre os temas principais estão a descrição de estados oníricos, "lunares", revelando o interesse do jovem João Cabral pelos estados fronteiriços entre o sono e a vigília. "Pedra do Sono" foi mais tarde criticado por pelo próprio. Abandonando lentamente os elementos imagéticos simbolistas e surrealistas, João Cabral de Melo Neto várias vezes expressou a importância na poesia de apresentar a imagem, em lugar de sugerir atmosferas. Ora, em "Pedra do Sono" as atmosferas são importantíssimas. As atmosferas nebulosas, meditativas, muitas das quais em lugares enclausurados não estavam em desconexão com a literatura de seu tempo e de romances anteriores algumas das quais sobreviveram da obra posterior do autor, assim como de poemas que buscam pintar o efeito delirante de uma contemplação. Anos mais tarde, João Cabral de Melo Neto criticará sua tendência nesse livro de pintar atmosferas, em lugar de falar diretamente. Essa tendência continuará em parte em seu segundo livro, "Os Três Mal-Amados". Nessa obra João Cabral de Melo Neto coloca três personagens a falar, cada um representando um estado diverso de apreensão do mundo.

Acusado de Comunista

Em 1952, quando o Partido Comunista Brasileiro estava na ilegalidade, João Cabral de Melo Neto foi acusado de criar uma "célula comunista" no Ministério de Relações Exteriores junto com mais quatro diplomatas, Antônio Houaiss, Amaury Banhos Porto de Oliveira, Jatyr de Almeida Rodrigues e Paulo Cotrim Rodrigues Pereira, sendo todos afastados do Itamaraty por Getúlio Vargas em despacho de 20/03/1953 e conseguiram retornar ao serviço em 1954 após recorrerem ao Supremo Tribunal Federal. Ele é um dos autores que leva o surrealismo a seus poemas, conhecido também como pai, mestre, grande apócrifo da literatura pré moderna.

No Supremo Tribunal Federal, João Cabral de Melo Neto foi defendido pelo advogado José Guimarães Menegale, que afirmou:

"Antes de recapitularmos, para arrematar estas razões, que a gravidade da espécie alongou, consignaremos, afinal, esta afirmação enfática e definitiva: JOÃO CABRAL DE MELO NETO não professa a ideologia comunista. Repele a acusação, não em som de ultraje pessoal, mas por figurar torpeza, com que a vilania dos intrigantes interesseiros o quer enlear, ferir e prejudicar na carreira que abraçou e em que já prestara ao Brasil os serviços de sua viva inteligência, de sua cultura política e artística, de seu singelo e fecundo patriotismo. Nem por atos anteriores à punição, nem por manifestação subseqüentes poderão inquiná-lo de tal."

Academia Brasileira de Letras

João Cabral de Melo Neto foi eleito membro da academia em 15 de agosto de 1968, e empossado em 6 de maio de 1969, recebido por Múcio Leão. Ocupou a cadeira 37, antes ocupada pelo jornalista Assis Chateaubriand com uma importância grande na Literatura Brasileira.

Obras
  • 1942 - Pedra do Sono
  • 1943 - Os Três Mal-Amados
  • 1945 - O Engenheiro
  • 1947 - Psicologia da Composição Com a Fábula de Anfion e Antiode
  • 1950 - O Cão Sem Plumas
  • 1954 - O Rio ou Relação da Viagem Que Faz o Capibaribe de Sua Nascente à Cidade do Recife
  • 1955 - Morte e Vida Severina
  • 1960 - Dois Parlamentos
  • 1960 - Quaderna
  • 1966 - A Educação Pela Pedra
  • 1975 - Museu de Tudo
  • 1980 - A Escola das Facas
  • 1984 - Auto do Frade
  • 1985 - Agrestes
  • 1987 - Crime na Calle Relator
  • 1990 - Primeiros Poemas
  • 1990 - Sevilha Andando
  • 1999 - Tecendo a Manhã


Prêmios
  • 1990 - Prêmio Camões
  • 1992 - Neustadt International Prize For Literature
  • 1994 - Premio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana


Curiosidades

  • Estranhamente, João Cabral de Melo Neto escreveu um poema sobre a aspirina, que tomava regularmente, chamando-a de "Sol", de "Luz"… De fato, desde sua juventude João Cabral tomava de três a dez aspirinas por dia. Em entrevista à TV Cultura, certa vez, ele contava que boa parte da inspiração (inspiração sempre cerebral) provinha da aspirina, que a aspirina o salvava da nulidade!
  • João Cabral de Melo Neto não compareceu a nenhuma reunião da Academia Pernambucana de Letras como acadêmico, nem mesmo a sua posse.

Fonte: Wikipédia

Jayme Caetano Braun

JAYME GUILHERME CAETANO BRAUN
(75 anos)
Payador, Poeta e Radialista

* Timbaúva, RS (30/01/1924)
+ Porto Alegre, RS (08/07/1999)

Jayme Guilherme Caetano Braun foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Era conhecido como "El Payador" e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraj, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.

Payador, poeta e radialista, Jayme Caetano Braun nasceu na Timbaúva, hoje Bossoroca, na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.

Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.

Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o ensino médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".

Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, RS, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jayme completou seus estudos no Colégio Marista Conceição e serviu ao Exercito Brasileiro.

Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.


Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A Noticia, de São Luiz Gonzaga, RS. Passou dirigir em 1948 o programa radiofônico "Galpão de Estância", em São Luiz Gonzaga e em 1973 passou a participar do programa semanal "Brasil Grande do Sul", na Rádio Guaíba.

Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jayme.

Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.

Em 1945 começou a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema "O Petiço de São Borja", publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participou das campanhas de Ruy Ramos, com o poema "O Mouro do Alegrete", como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme Caetano Braun como payador, no I Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.

Jayme Caetano Braun casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim, e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.

Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen, e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ficando como suplente.


Obra

Antes de escrever qualquer coisa sobre este ícone do tradicionalismo gaúcho é importante grifar a importância da influencia do poeta gaúcho que nasceu em Uruguaiana e que fincou raízes na região Sudoeste do Paraná, José Francisco dos Santos Silveira, o qual foi responsável por incentivar o payador na produção de sua obra.

Jayme Caetano Braun lançou diversos livros de poesias, como "Galpão de Estância" (1954), "De Fogão Em Fogão" (1958), "Potreiro de Guaxos" (1965), "Bota de Garrão" (1966), "Brasil Grande do Sul" (1966), "Passagens Perdidas" (1966) e "Pendão Farrapo" (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lançou "Payador e Troveiro", e seis anos depois a antologia poética "50 Anos de Poesia", sua ultima obra escrita.

Publicou ainda um dicionário de regionalismos, "Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas", lançado em 1987.

Jaime também gravou CDs e discos, como "Payador, Pampa, Guitarra", antológica obra em parceria com Noel Guarany. Sua ultima obra lançada em vida foi o disco "Poemas Gaúchos", com sucessos como "Payada da Saudade""Piazedo""Remorsos de Castrador""Cemitério de Campanha" e "Galo de Rinha".

Gravou, ainda, com Lúcio YanelCenair Maicá e Luiz Marenco.

Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se "Bochincho""Tio Anastácio""Amargo""Paraíso Perdido""Payada a Mário Quintana" e "Galo de Rinha".

Seu nome batiza ruas, praças e principalmente Centros de Tradições Gaúchas (CTG) no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.


Morte

Jayme Caetano Braun veio a falecer vítima de uma parada cardíaca em 08/07/1999, por volta das 06:00 hs, em Porto Alegre, RS. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo sul-riograndense, e enterrado no Cemitério João XXIII, na capital do Estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco "Exitos".


Tributos

  • Sol das Missões - Tributo a Jayme Caetano Braun, de Paulo de Freitas Mendonça
  • Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte
  • Galo Missioneiro, de Pedro Ortaça
  • Monumento ao Payador em São Luiz Gonzaga, Missões, RS (Escultor Vinícius Ribeiro)

Fonte: Wikipédia

Bidu Sayão

BALDUÍNA DE OLIVEIRA SAYÃO
(96 anos)
Cantora Lírica

* Itaguaí, RJ (11/05/1902)
+ Rockport, Maine, Estados Unidos (13/03/1999)

Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, foi uma célebre intérprete lírica brasileira.

Dona de uma voz límpida e delicada, a soprano brasileira Bidu Sayão foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera de New York. Seu prestígio pode ser observado no próprio hall do teatro, que ostenta um imenso quadro em sua homenagem.

Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as maiores personalidades artísticas deste século, como o maestro Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores - ele a chamava de "La Piccola Brasiliana" (A Pequena Brasileira) -, Maria Callas, a pianista Guiomar Novaes e Carmen Miranda.

Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos, numa carreira que durou 38 anos. Nesse período, emprestou sua voz e imortalizou a "Bachiana n.º 5", das Bachianas Brasileiras, as peças mais conhecidas e mais amadas do compositor. Esta, que foi considerada pelo maestro como a mais perfeita gravação da obra, foi escolhida para o prêmio Hall Of Fame, dado pela National Academy Of Recording Arts And Sciences. Clássico brasileiro mais conhecido no mundo, por dois anos seguidos foi o disco mais vendido nos Estados Unidos.

Bidu Sayão iniciou seus estudos musicais com Elena Teodorini, uma romena que então vivia no Brasil, e aos 18 anos fez sua estréia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Elena Teodorini a levou para a Romênia, onde continuou seus estudos e iniciou sua carreira internacional. Aperfeiçoou seu canto em Nice, na França, com Jean de Reszke, o mais famoso professor da época, adquirindo a técnica perfeita e a delicadeza que viriam a caracterizá-la.


Bidu Sayão estreou em 1926 no Teatro Costanzi de Roma, no papel de Rosina em "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini. Sua estreia no Metropolitan Opera House de New York se deu em 1937 no papel de Manon na ópera de Massenet.

Sua interpretação de Rosina em "O Barbeiro de Sevilha", foi feita de forma tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa.

Em 1925, de volta ao Brasil, cantou novamente "O Barbeiro de Sevilha" antes de inaugurar outra temporada do Teatro Constanzi. Depois disso, atuou nos mais importantes teatros do Velho Mundo, como o Teatro Nacional São Carlos, em Portugal, Teatro Opera Comique de Paris e o Alla Scala de Milão, por exemplo.

Excelente atriz, sua força interpretativa garantiu-lhe viver 22 heroínas diferentes, entre elas, Ceci (O Guarani, Carlos Gomes), Gilda (Rigoletto, Verdi), Mimi (La Bohéme, Puccini), Suzana (Bodas de Fígaro, Mozart) e Violeta (La Traviata, Verdi).

Em 1936, Bidu Sayão fez sua grande estréia para o público norte-americano, cantando "La Demoiselle Élue", de Debussy, em apresentação regida pelo maestro Toscanini no Carnegie Hall, em New York.

Em 1937, estreou no Metropolitan Opera House de New York, onde foi grande figura por mais de 15 anos, cantando o papel título da ópera "Manon", de Jules Massenet. O volume de convites que recebeu para cantar, na época, fez com que interpretasse 12 papéis diferentes em 13 temporadas.


Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Roosevelt lhe ofereceu a cidadania estadunidense, mas ela recusou. De acordo com ela mesma, "no Brasil eu nasci e no Brasil morrerei".

Encantados com Bidu Sayão, os americanos não a deixaram partir. Continuou a dar concertos através de todo o país, sempre colhendo triunfos, sendo, por isso, chamada pelos americanos de "The Charming Singer".

Em agosto de 1955, obteve um de seus maiores sucessos cantando no Hollywood Bowl. Com a Calgary Symphony Orchestra, foi chamada de "Glamorous Soprano Star". Entre idas e vindas, o "Rouxinol Brasileiro" - apelido que ganhou do escritor Mário de Andrade - apresentou-se diversas vezes em palcos nacionais.

Esteve no Rio de Janeiro em 1926, 1933, 1935 e 1936. Em São Paulo, apresentou-se nos anos de 1926, 1933, 1935, 1936, 1937, 1939, 1940 e 1946. Durante essas temporadas, cantou "O Barbeiro de Sevilha", "Rigoletto", "Matrimônio Secreto", "Um Caso Singular", "Soror Madalena", "O Guarani", "Manon", "Romeu e Julieta", "I Puritani", "La Traviata", "La Bohéme" e "Lakmé".

Em 1957, Bidu Sayão decidiu encerrar sua carreira artística. Com a mesma "La Demosele Élue" com que entrou nos Estados Unidos, ela encerrou a carreira em 1958, ainda em perfeita forma e recebendo as maiores homenagens e melhores críticas dos jornais.

Em 1959, mais de um ano após ter encerrado a carreira nos palcos e em público, fez uma gravação da "Floresta Amazônica", de Villa-Lobos, atendendo ao pedido do compositor. Com ela, Bidu Sayão encerrou definitivamente a carreira, definindo este último trabalho com seu "canto do cisne".

Em 1995 veio ao Rio de Janeiro para ser homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor. Antes de ir embora, não escondeu sua vontade de retornar ao Brasil.


Decepção

Consta que Bidu Sayão se apresentou pela última vez no Rio de Janeiro em 1937, bem antes do término de sua carreira, porque ali foi vaiada durante a apresentação ao cantar "Pelléas Et Mélisande" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Diz-se que a vaia teria sido organizada pela claque da meio-soprano Gabriella Besanzoni Lage, cujo sucesso na "Carmen" eles não desejavam que fosse empanado pela carioca que vinha dos Estados Unidos coberta de louros. Entretanto neste mesmo ano, 1937, arrebatou a platéia do Metropolitan Opera House de New York com a sua interpretação da Manon de Jules Massenet. A amargura talvez só tenha sido abrandada na comovente homenagem que no Brasil recebeu em 1995.

Homenagem Popular

Bidu Sayão foi homenageada pela escola de samba Beija-Flor de Nilópolis em 1995. Ela veio no último carro alegórico, "O Cisne Negro", sentada num trono cuidadosamente preparado para ela.


Morte

Bidu Sayão morreu em 13/03/1999, no seu apartamento à beira mar no Maine, Estados Unidos, onde vivia há 50 anos, vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia. Não quis funeral nem flores: seu corpo foi cremado.

Seu maior desejo era visitar o Brasil pela última vez. Sonhava em ver a Baía de Guanabara antes de morrer e planejava isto para celebrar seu centenário. Após uma longa vida repleta de glórias e triunfos, a cantora não conseguiu realizar esse último desejo.


Discografia

  • Le Nozze di Figaro
  • Le Nozze di Figaro - Resenha Crítica (Em inglês)
  • Seleção de Arias e Canções
  • Opera Arias

Fonte: Wikipédia e Uol
Indicação: Miguel Sampaio

Rodrigo Santiago

RODRIGO ARTUR SANTIAGO
(55 anos)
Ator e Professor

* Formiga, MG (27/11/1943)
+ São Paulo, SP (13/10/1999)

Rodrigo Santiago foi um ator e professor brasileiro. Nasceu em Formiga, Minas Gerais, irmão mais novo do escritor Silviano Santiago. Sua família era proprietária da Dental Santiago, na Rua São Paulo, em Belo Horizonte, MG, na década de 1960.

Quando estreou na tevê em "Beto Rockfeller", na TV Tupi em 1968, ele já tinha uma carreira sólida no teatro, com participações em peças como "Roda Viva", ao lado de Marília Pêra.

No dia 18/07/1968, quando o Brasil vivia sob o regime militar, a organização de extrema-direita Comando de Caça aos Comunistas (CCC), invadiu o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, espancou artistas e depredou o cenário. A peça em cartaz era "Roda Viva", um musical de Chico Buarque, com Rodrigo Santiago em um dos principais papéis. Ele foi agredido e preso.

Depois do Carlucho na novela "Beto Rockfeller" (1968), ele fez "Super Plá" (1969), "O Rebu" (1974), "Vila do Arco" (1975), "Gaivotas" (1979), "Os Imigrantes" (1981), e as minisséries "Lampião e Maria Bonita" (1982), "Padre Cícero" (1984) e "Joana" (1984), ao lado de Regina Duarte.

Rodrigo Santiago foi professor da Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), e seu último espetáculo teatral, como ator, foi "Angels In America".


Morte

Rodrigo Santiago morreu aos 55 anos, vítima de insuficiência cardíaca, após uma cirurgia, no Hospital do Coração, em São Paulo.

O último filme em que atuou, "Cronicamente Inviável" (2000), de Sérgio Bianchi, foi lançado postumamente.

Cinema

  • 2000 - Cronicamente Inviável
  • 1995 - Eu Sei Que Você Sabe
  • 1994 - A Causa Secreta
  • 1988 - Romance
  • 1988 - Jorge, Um Brasileiro
  • 1979 - Maldita Coincidência
  • 1978 - Doramundo
  • 1978 - Diário Da Província
  • 1976 - Bandalheira Infernal
  • 1974 - Missa Do Galo
  • 1971 - Nenê Bandalho
  • 1970 - Em Cada Coração Um Punhal
  • 1970 - Cleo e Daniel


Televisão

  • 1994 - Você Decide
  • 1997 - Você Decide
  • 1997 - Estrada Do Amanhã
  • 1996 - Começar De Novo
  • 1996 - Sonho Olímpico
  • 1996 - Pobre Menina Rica
  • 1995 - Intermezzo
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Seabra
  • 1990 - Rainha Da Sucata ... Pedro de Oliveira
  • 1990 - Araponga ... Germano
  • 1988 - Fera Radical ... Jorge Mendes
  • 1987 - Corpo Santo ... Lucas Rezende
  • 1985 - Tenda Dos Milagres ... Ruy Passarinho
  • 1984 - Joana ... Guilherme
  • 1984 - Padre Cícero ... José Marrocos
  • 1982 - Lampião e Maria Bonita
  • 1981 - Os Imigrantes ... Meneghetti
  • 1979 - Gaivotas
  • 1975 - Vila Do Arco ... Martim Brito
  • 1974 - O Rebu ... Kiko
  • 1969 - Super Plá ... Plácido
  • 1968 - Beto Rockfeller ... Carlucho
  • 1966 - Somos Todos Irmãos


Fonte: Wikipédia

Edmo Zarife

EDMO ZARIFE
(59 anos)
Radialista e Locutor

* Nova Friburgo, RJ (15/12/1940)
+ Niterói, RJ (27/12/1999)

Nascido em Nova Friburgo, RJ, Edmo Zarife construiria uma sólida carreira e se tornaria uma das maiores referências da locução brasileira. Ao sair de sua cidade natal, foi para a Rádio Globo, onde foi comunicador, apresentando alguns programas, além de "voz-padrão" de chamadas e vinhetas.

A última atração comandada por Edmo Zarife foi o "Super Paradão", de segunda a sexta-feira, de 00:00 hs às 03:00 hs da manhã, sempre gravado. A última edição deste programa foi na véspera do Natal de 1999. Dois dias antes, Edmo Zarife havia sido internado num hospital em Niterói em virtude de problemas cardíacos, e morreu cinco dias depois.

André, Paizinho, Brinquinho e Edmo Zarife
O Surgimento da Vinheta "Brasil-Sil-Sil!"

A famosa vinheta "Brasil-Sil-Sil!", interpretada por Edmo Zarife, e que marca as transmissões esportivas do Sistema Globo de Rádio e da Rede Globo de Televisão começou a nascer em 1968.

O diretor geral da rádio na época Mário Luiz e o narrador esportivo Waldir Amaral, procuravam dar uma dinâmica maior às transmissões de futebol da Rádio Globo, para dar uma estética mais alegre e um "toque de show" nas mesmas. E nessa época, o cantor paraguaio Fábio Rolon gravou a lendária vinheta "Rádio Globooooooooooo!", que ficou no ar por 4 décadas, saindo do ar apenas em meados de 2009.

Chegada a época das Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, Waldir Amaral e Mário Luiz pediram à Edmo Zarife e ao técnico de som José Cláudio Barbedo, o Formiga, que fizessem um grito de guerra para levar a Seleção Brasileira à frente.

Assim, Edmo Zarife e Formiga ficaram duas horas dentro do estúdio, gravando em uma fita várias frases e bordões. E ouvindo a fita, depois de toda gravada, Formiga, com seu conhecimento no assunto e sua técnica apurada, após ouvir o "Brasil-Sil-Sil!", apontou e disse: "Zarife, é essa!". Em seguida, os dois resolveram ouvir aquela parte por umas 30 vezes. E assim, nasceu a vinheta "Brasil-Sil-Sil!".

Depoimento

A correria do fim de ano não me permitiu uma palavra sobre Edmo Zarife, da Rádio Globo, que partiu para o Reino dos Esplendores ao ver raiar o milênio.
Aquele "Brasil-Sil-Sil!", arte sonora viva na memória emotiva do País, expressão sintética da emoção do gol, é um grito de felicidade nacional. É a melhor forma até hoje encontrada de dizer muito numa só palavra. Ela só foi possível pela existência de uma categoria profissional importantíssima – o locutor – que, há muito tempo, é esquecida pela imprensa e desprestigiada pelo próprio meio que dela se utiliza: o rádio.
O locutor é profissional de especializadíssima função a quem se paga baixos salários e hoje está ameaçado de desaparecer do rádio e da TV, substituído muitas vezes por pessoas de pobre expressão oral, dicção péssima sem qualquer noção de califasia, que é arte do falar eufônico agradável e belo. Trata-se de matéria tão importante que deveria ser ensinada na aula de comunicação e expressão, mas nunca foi. A meu tempo estudávamos caligrafia. Hoje nem isso. O resultado é a fala torpe, grosseira e mal conduzida, com voz fora do lugar, deglutição de letras e sílabas e som horroroso.
O locutor é profissional que repõe a qualidade e a elegância do falar como forma de expressar alguma estesia de alma. O mais importante é que assim se preserva um idioma. Falo portanto de matéria seriíssima. Felizmente ainda há por aí magníficos locutores e locutoras no rádio e na televisão. Mas escasseiam. Na TV, desde que substituíram locutores por jornalistas, a função indispensável de ler com segurança (e sem caras e bocas opinativas...) está desaparecendo. Reparem que o apresentador, a meu ver padrão, o William Bonner, não é bom só por ser jornalista. É bom por ser um ótimo locutor também, observem-lhe a voz, a tranqüilidade na emissão, a dicção perfeita.
Mas estou a falar do Zarife, do bom e generoso Zarife, apaixonado como eu por gatos (quantas vezes conversamos sobre isso no boteco ao lado da Rádio Globo). Acima de tudo, ele mostrou a importância do bom locutor para qualquer rádio. Como voz padrão da Globo, marcou-lhe as chamadas, os prefixos dos programas, os eventos. O metal magnífico de sua voz (eu lhe dizia que ele e o Haroldo de Andrade nasceram com um som estereofônico nas cordas vocais) ajustou-se maravilhosamente à trepidação das rádios AM, rádios de mobilização do ouvinte.
Grande Zarife! Com ele, morre um pouco mais a profissão já agonizante do locutor, o herói quase anônimo das emissoras de rádio, das propagandas, das leituras e narrações dos documentários. Profissão que lhe honrou e dignificou.

(Senador Artur da Távola 12/01/2000)

Fonte: Wikipédia

Dircinha Costa

MARIA JOSÉ PEREIRA DA SILVA
(68 anos)
Cantora

* Bauru, SP (26/08/1930)
+ São Paulo, SP (05/04/1999)

Maria José Pereira da Silva, mais conhecida como Dircinha Costa, foi uma cantora brasileira. Começou a cantar com apenas oito anos de idade apresentado-se ao microfone da PRG-8 Rádio Bauru. Ficou conhecida como "A Voz de Romance da Paulicéia".

Por volta de 1940, mudou-se para São Paulo com a família e começou a se apresentar em programas de calouros. Em 1942, tirou o primeiro lugar num desses programas e foi convidada para um teste na Rádio Cruzeiro do Sul pela qual foi logo contratada e na qual permaneceu por seis meses, ingressando em seguida na Rádio Record na qual atuou até 1947.

Afastou-se do rádio durante três anos e retornou aos microfones em 1950, ingressando na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Estreou em disco pela gravadora Columbia em 1954, quando registrou a marcha "Bravo Manolo" (Geraldo Blota, Mário Pretextato dos Santos e Firmo Jordão), e o samba "Pequei" (Victor Simon, Liz Monteiro e João Simon). Em seguida, gravou o samba-canção "Pescadô" (Renato de Oliveira e Osvaldo Moles), e o baião "Baião Triste" (Dorival Chaves). No mesmo período, gravou em dueto com o cantor Mário Gil o dobrado "Bandinha do Eldorado" (Renato de Oliveira e Osvaldo Moles). Ainda no mesmo ano, gravou a valsa "É o Amore" (J. Brooks e H. Warren), com versão de Haroldo Barbosa, e o baião "Chegadinho, Chegadinho" (Elpídio dos Santos).


Em 27/08/1954 uma propaganda no jornal Estado de Minas informava:

"Uma grande artista de São Paulo amanhã e domingo no auditório da Rádio Guarani: Dircinha Costa, a voz de romance da Paulicéia".

Pouco depois dessa apresentação, gravou os fox "Neurastênico" (Betinho e Nazareno de Brito), grande sucesso na época, e "A Luz da Lua Prateada" (E. Madden e G. Edwards), com versão de Ferreira Gomes.

Em 1954, era considerada uma das principais estrelas da Rádio Bandeirantes apresentando-se nos programas "Beco da Felicidade" e "Marco Zero", apresentados por Osvaldo Moles, e "Carrosel dos Bairros" apresentado por Júlio Rosemberg.

Em 1955, gravou os fox "Como Isso é Bom" (H. Spina e versão de Edson Borges), "Deixa-me Ir Amor" (Hill e Carson, em versão de Lauro Miller), "Refúgio" (Newton Ramalho e Nazareno de Brito), "É Pecado Mentir" (B. Meyhew, em versão de Alberto Almeida), e os sambas "Até Segunda-Feira" (Paulo Rogério) e "Chega Pra Cá" (Edson Borges). No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, que trazia seu nome como título.

Em 1956, ainda era considerada uma das principais estrelas da Rádio Bandeirantes de São Paulo juntamente com o cantor João Dias, o conjunto Titulares do Ritmo, e a orquestra de Sílvio Mazzuca. Nesse ano, gravou o fox "Eu Quero é Casar" (Nazareno de Brito e Luiz Cláudio de Castro), e o baião "Sempre o Papai" (Miguel Gustavo), música essa lançada especialmente para os festejos do Dia dos Pais. Nessa época, era uma das mais requisitadas cantoras paulistas, tendo ainda percorrido quase todo o Brasil.

No Rio de Janeiro, apresentou-se nos programas César de Alencar, Carlos Henrique e "Vesperal do Chacrinha".

Em 1957, gravou mais dois fox, uma especialidade em seu repertório, "Rapaz Acanhado" (Silvio Mazzuca), e "Chocolate Quente" (Mizzy e Drake, em versão de Edson Borges). Ainda nesse ano, lançou o LP "Dircinha Costa Canta Para Você".


No ano de 1958, gravou o samba "Bamboleio de Iaiá" (Rubi), e a rumba "Ama-me Sempre" (G. Lynes e B. Guthrie, com versão de Júlio Nagib). No ano seguinte, 1959, em seu último disco na Columbia, gravou o fox "Vedete" (Gig e versão de Fernando César), e o samba "Isto é o Amor" (Getúlio Macedo e Lourival Faissal).

Em 1960 foi contratada pela gravadora Copacabana na qual estreou interpretando com acompanhamento da orquestra de Renato de Oliveira o samba "Por Pouco Pouco" (Raul Duarte), e o fox "Oô Lá Lá" (Dixon, Jones e Smith com versão de Paulo Rogério).

Em 1962 gravou com a orquestra de Hector Lagna Fietta o samba-canção "A Vida é Um Jardim" (Mário Gil), e "Tango Italiano" (Malgoni, Pallesi e Beretta e versão de Romeu Nunes).

Em 1963, gravou o clássico "Odeon" (Ernesto Nazareth), que em forma de maxixe recebeu letra de Ubaldo Maurício, e o fox "Esta Noite Não Dormi" (Mazzorihi, Tuminelli e Joluz).

Em 1964, gravou os sambas "Samba do Ba-Da-Tu-Blim" (José Bezerra e Pepe), "Se Saudade Matasse" (David Nasser e J. Roberto), o beguine "Guitarras à Noite" (A. Algueiró, G. Moreau e J. Gosa, e versão de Serafim Costa Almeida), a marcha "Playboy de Setenta" (Sílvio Curval e Arsênio Hipólito).

Gravou dezessete discos de 78 rpm pelas gravadoras Columbia e Copacabana, além de alguns LPs. Com o advento da Bossa Nova e da Jovem Guarda, sua carreira entrou em declínio. Seus maiores sucessos foram "É o Amore" (J. Brooks e H. Warren, com versão de Haroldo Barbosa), e os fox "Neurastênico" (Betinho e Nazareno de Brito), e "Como Isso é Bom" (H. Spina e versão de Edson Borges).

De temperamento alegre e esportivo, Dircinha Costa era a "alegria da festa". Em inúmeras oportunidades, quando participando de programas de auditório, gostava de "animar a galera", incitando os fãs a gritarem "Viva o Corinthians!", para horror das cantoras mais "moderadas".


Discografia

  • 1954 - Bravo Manolo / Pequei (Columbia 78)
  • 1954 - Bandinha do Eldorado (Columbia 78)
  • 1954 - Pescadô / Baião Triste (Columbia 78)
  • 1954 - É o Amore / Chegadinho, Chegadinho (Columbia 78)
  • 1954 - Neurastênico / A Luz da Lua Prateada (Columbia 78)
  • 1955 - Como Isso é Bom / Até Segunda-Feira (Columbia 78)
  • 1955 - Deixa-me Ir Amor / Refúgio (Columbia 78)
  • 1955 - É Pecado Mentir / Chega Pra Cá (Columbia 78)
  • 1955 - Dircinha Costa (Columbia LP)
  • 1956 - Eu Quero é Casar / Sempre o Papai (Columbia 78)
  • 1957 - Rapaz Acanhado / Chocolate Quente (Columbia 78)
  • 1957 - Dircinha Costa Canta Para Você (Columbia LP)
  • 1958 - Bamboleio de Iaiá / Ama-me Sempre (Columbia 78)
  • 1959 - Vedete / Isto é o Amor (Columbia 78)
  • 1960 - Por Pouco Pouco / Oô Lá Lá (Copacabana 78)
  • 1962 - A Vida é Um Jardim / Tango Italiano (Copacabana 78)
  • 1963 - Odeon / Esta Noite Não Dormi (Copacabana 78)
  • 1964 - Samba do Ba-Da-Tu-Blim / Guitarras à Noite (Copacabana 78)
  • 1964 - Se Saudade Matasse / Playboy de Setenta (Copacabana 78)