Expedito Baracho

EXPEDITO BARACHO
(82 anos)
Cantor e Compositor

☼ Jucurutu, RN (09/05/1935)
┼ Olinda, PE (27/05/2017)

Expedito Baracho foi um cantor e compositor nascido em Jucurutu, RN, no dia 09/05/1935.

Conhecido por ser um dos divulgadores mais fieis do frevo pernambucano, Expedito Baracho foi um dos que gravou com maior intensidade músicas de Nelson Ferreira e Capiba. Embora tenha nascido em Jurucutu, no Rio Grande do Norte, foi em Pernambuco, para onde se mudou aos 13 anos, que Expedito Baracho materializou seu desejo de infância, quando também aprendeu a tocar violão.

No ano seguinte, em 1948, já instalado em Olinda, tomou coragem e se inscreveu em um festival de calouros de um programa da Rádio Clube. Ganhou quatro edições seguidas e foi chamado para ser crooner, ou vocalista, da Jazz Band Acadêmica, fundada por Capiba e formada exclusivamente por estudantes.

Em 1954 passou a integrar o grupo Os Cancioneiros, com o qual gravou diversos discos, sendo contratado pela Rádio Jornal do Comércio.

Em 1956, dividiu disco com a Orquestra Paraguay interpretando o "Totoca no Frevo" (Luiz Chacon). No mesmo ano, gravou o samba "Perdão" (Gilberto Milfont e Benny Wolkoff ) e o samba-canção "Beco da Maldição" (Dozinho).


Em 1957 gravou "Modelos de Verão" (Capiba).

Em 1958 gravou "Casado Não Pode" (Genival Macedo) e "A Procura de Alguém" (Capiba).

Em 1960 gravou "A Própria Natureza" (Capiba) e "Você" (Fernando Castelão).

Em 1962 gravou "Turma de Brotinhos" (Carnera).

Em 1964 gravou "Garota Vedete" (Carnera).

Em 1968, no I Festival do Frevo, concurso patrocinado pela Rádio Clube, de Recife obteve o primeiro e o segundo lugar com, respectivamente, "Você Está Sozinha?" (Valdemar de Oliveira e Gildo Branco) e "Eu Passo a Vida no Passo" (Mário Griz e Luiz Cavalcanti). No mesmo ano, interpretou "Um Carnaval a Mais" (Nelson Ferreira) e "Cavalo Velho... Capim Novo" (Gildo Branco), no LP "Um Carnaval a Mais", lançado pela Mocambo.

Em 1971 gravou com a Orquestra Pernambucana de Frevos, o frevo "Ninguém Segura Este Recife" (Nelson Ferreira e Ademar Paiva), no LP "Botando Pra Frevar", pela gravadora Mocambo. No mesmo disco, interpretou "O Que Se Pode Fazer Hoje" (Gildo Branco).


Em 1973 gravou "Aleluia" (Reinaldo Oliveira), no LP "Na Transa do Frevo", pelo selo Passarela.

Em 1974 gravou "Vem Cá Morena" (Irmãos Valença), no LP "Carnaval na Praça do Diário".

Em 1978 participou do LP "Capital do Frevo 78", interpretando "Frevo da Solidão" (Capiba).

Em 1980 gravou "E Eu Durmo?" (Capiba) no LP "Capital do Frevo 80".

Em 1982 participou do LP "Capiba Ontem, Hoje e Sempre", interpretando "A Mesma Rosa Amarela" (Capiba e Carlos Pena Filho), "A Uma Dama Transitória" (Capiba e Assenso Ferreira), "Cais do Porto", "Campina Cidade Rainha", entre outras. No mesmo ano, gravou no LP "Capital do Frevo 82" o frevo-canção "A Turma da Boca-Livre" (Capiba).

Em 1984, no LP "Frevança", do V Encontro Nacional do Frevo e do Maracatu, interpretou "Morena Azeite" (Severino Araújo).

Em 1999, a Polydisc, dentro da série "Histórias do Carnaval", lançou dois CDs com coletânea de suas gravações trazendo entre outras as composições "Sonhei Que Estava em Pernambuco", "Touradas em Madri", "Mamãe, eu Quero", "Soldado de Israel", "Já Fui Bom Nisso" e "Morena da Sapucaia".

Um de seus maiores sucessos foi o frevo "Trombone de Prata" (Capiba).

Nos anos 90 passou a residir em Olinda, PR, onde passou a cantar na noite.

Curiosidades

Em São Paulo, Expedito Baracho conheceu os ídolos que embalaram sua infância na Era do Rádio.
"Ouvia na rádio Orlando Silva cantando 'Brasa', composta por Lupicínio Rodrigues. Fiquei amigo dos dois e ainda de Sílvio Caldas!"
O sobrenome Baracho, de origem portuguesa, já deu margem a mal-entendidos. Expedito Baracho dizia ser confundido com Antônio Baracho, considerado um dos maiores mestres de ciranda de Pernambuco.

Entre os anos 1980 e 1990, um dos quatro filhos de Expedito Baracho, Zé Baracho, comandou o Bar Baracho, na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Paissandu. O estabelecimento funcionou por pouco mais de um ano, e o pai do dono costumava aparecer para cantar. Outra atração do local era a cantora Dalva Torres.

Morte

Expedito Baracho faleceu na manhã de sábado, 27/05/2017, aos 82 anos, em Olinda, PE. O artista se sentiu mal e foi levado ao hospital, onde sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

O sepultamento ocorreu no domingo, 28/05/2017, no Cemitério de Santo Amaro, Região Central do Recife, às 11h00.

Discografia

  • 1999 - Expedito Baracho Volume 1 (Polydor, CD)
  • 1999 - Expedito Baracho Volume 2 (Polydor, CD)
  • 1960 - A Própria Natureza / Você (RCA Victor, 78)
  • 1958 - Casado Não Pode / A Procura de Alguém (RCA Victor, 78)
  • 1956 - Perdão / Beco da Maldição (Mocambo, 78)

Indicação: Miguel Sampaio