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Salgado Filho

JOAQUIM PEDRO SALGADO FILHO
(62 anos)
Advogado e Político

☼ Porto Alegre, RS (02/07/1888)
┼ São Francisco de Assis, RS (30/07/1950)

Joaquim Pedro Salgado Filho nasceu em Porto Alegre, RS, no dia 02/07/1888 e foi um advogado e político brasileiro. Era filho de Joaquim Pedro Salgado e de Maria Josefa Artayeta Palmeiro.

Advogado, concluiu a Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro em 1908.

Em 1930, deu apoio à candidatura oposicionista de Getúlio Vargas à presidência da República, lançada pela Aliança Liberal. Apesar de derrotado nas urnas, Getúlio Vargas acabou sendo levado ao poder pelo movimento político-militar que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do candidato eleito, Júlio Prestes.

Com a posse do novo governo, em novembro de 1930, Salgado Filho foi nomeado delegado auxiliar de polícia na capital federal. Meses depois, assumiu a chefia da Polícia do Distrito Federal.

Em abril de 1932, foi nomeado ministro do Trabalho, Indústria e Comércio em substituição a Lindolfo Collor, após a crise política que afastou diversos representantes gaúchos do governo federal. Durante sua gestão no ministério, instituiu comissões mistas para julgar conflitos entre empregadores e empregados, promoveu a regulamentação do trabalho feminino e do horário de trabalho na indústria e no comércio, ocupou-se da organização de sindicatos profissionais e instituiu a carteira profissional.


Deixou o ministério em julho de 1934, elegendo-se, a seguir, deputado federal classista, representação prevista na Constituição promulgada naquele ano, como representante dos profissionais liberais.

Em novembro de 1937, apoiou o golpe de Estado promovido por Getúlio Vargas que implantou o Estado Novo.

Em 1938, foi nomeado ministro do Superior Tribunal Militar (STM), aposentando-se em janeiro de 1941. Dois dias depois foi designado para dirigir o recém-criado Ministério da Aeronáutica, tornando-se o seu primeiro titular. Desempenhou papel importante nas negociações entre os governos brasileiro e norte-americano que acabaram levando o Brasil a ceder pontos de seu litoral como bases militares dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Durante esse conflito, visitou as bases da Força Aérea Brasileira (FAB), na Itália. Deixou o ministério em outubro de 1945, após a deposição de Getúlio Vargas.

Em 1947, elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), agremiação estruturada sobre as bases sindicais vinculadas ao Ministério do Trabalho. Em 1948, passou a ocupar a vice-presidência nacional do PTB. Na prática, o cargo equivalia à presidência de fato, já que Getúlio Vargas exercia a presidência em caráter honorário.

Nas eleições presidenciais de 1950, exerceu importante papel de ligação entre Getúlio Vargas, novamente candidato, e elementos do Partido Social Democrático (PSD), que acabaram o apoiando. Nesse mesmo pleito foi indicado, pelo PTB, candidato ao governo gaúcho.

Salgado Filho foi um dos criadores do Correio Aéreo Nacional (CAN) e da Escola de Aeronáutica, que resultou na separação da Força Aérea Brasileira do Exército. Estimulou a criação de aeroportos para aviação comercial no Brasil.

Morte

Candidato a governador do Rio Grande do Sul, faleceu em um acidente aéreo, quando o bimotor Lodestar que o levava rumo a um encontro com Getúlio Vargas, na fazenda do ex-presidente em São Borja, se chocou com uma colina, Cerro dos Cortelini, no Rincão dos Dornelles, segundo distrito de São Francisco de Assis.

O piloto do avião era o comandante Gustavo Ernesto de Carvalho Cramer, pioneiro da aviação nacional, sendo fundador da Sociedade Anônima Viação Aérea Gaúcha (SAVAG). O avião foi o primeiro dos três aviões adquiridos da Panair, apelidado de "Cidade de São Pedro do Rio Grande".

Busto de Joaquim Pedro Salgado Filho, no Aeroporto Internacional Salgado Filho de Porto Alegre, RS.
Homenagens Póstumas

O Aeroporto Internacional Salgado Filho SBPA em Porto Alegre, e o Aeroporto Salgado Filho SDZC em São Carlos, SP, foram assim denominados em sua homenagem.

Além das homenagens supracitadas, são várias as manifestações de apreço ao político gaúcho espalhados pelo Brasil, como por exemplo:

  • O município paranaense de Salgado Filho.
  • O bairro Salgado Filho na cidade de Belo Horizonte, MG, e na cidade de Aracaju, SE.
  • A Escola Municipal Salgado Filho em Belo Horizonte, MG.
  • A Avenida Senador Salgado Filho em Curitiba, PR e em Natal, RN.
  • o Instituto Estadual de Educação Salgado Filho, em São Francisco de Assis, RS.
  • O Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro.
  • Praça Pedro Salgado, localizado na Vila Campesina em Osasco, SP.
  • Praça Ministro Salgado Filho onde se localiza o aeroporto do Recife, PE.
  • Na cidade de Porto Velho, RO, existe uma avenida que leva o seu nome.
  • E várias outras homenagens espalhadas pelo Brasil aqui não mencionadas.


O Documentário

O documentário "Salgado Filho - O Herói Esquecido" foi aplaudidíssimo no Teatro da Poupex, em Brasília, DF, em noite organizada pelo Ministério da Aeronáutica, pelos 70 anos de sua fundação. No dia anterior, foi mostrado no Festival do Rio, também muito elogiado.

O filme, com muitos depoimentos, conta a vida e a trajetória do político gaúcho, advogado, ex-ministro do Trabalho, ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ex-Senador, entre tantas outras coisas. É ele quem dá nome a um hospital municipal no Rio de Janeiro, o Hospital Salgado Filho, no Méier. Se vivo fosse, talvez preferisse não ver seu nome associado a tudo que se passa ali, com todo tipo de negligência.

O documentário é baseado numa biografia assinada por Maisa Salgado, sua nora, depois de 20 anos de pesquisa. O diretor é Ricky Ferreira, casado com Bia Salgado, neta de Salgado Filho.

Fonte: Wikipédia e Fundação Getúlio Vargas CPDOC

Vital Brazil

VITAL BRAZIL MINEIRO DA CAMPANHA
(85 anos)
Médico Imunologista e Pesquisador Biomédico

* Campanha, MG (28/04/1865)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/1950)

Filho de José Manuel dos Santos Pereira Junior e de Maria Carolina Pereira de Magalhães, foi casado em primeiras núpcias com sua prima em segundo grau, Maria da Conceição Filipina de Magalhães. Viúvo da primeira, casou-se, então, com Dinah Carneiro Vianna. Pelo ramo de sua mãe - os Pereiras de Magalhães - Vital tinha consanguinidade com o protomártir da Independência do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e era, ainda, sobrinho neto materno do professor major Joaquim Leonel Pereira de Magalhães, que era, igualmente, avô paterno da primeira mulher de Vital - Maria da Conceição Filipina de Magalhães. Vital era tio do célebre empresário e mecenas das artes Oscar Americano de Caldas Filho, mais conhecido por Oscar Americano. Por parte de pai, era primo em primeiro grau do 9º Presidente do Brasil (1914 - 1918), Venceslau Brás Pereira Gomes.

Um aspecto inusitado em sua família foi o fato de o seu pai não ter dado o próprio sobrenome aos filhos, substituindo-o por outros com características quase que exclusivamente toponímicas brasileiras. Assim, conforme relata o filho de Vital Brazil, Lael Vital Brazil, no seu livro "Vital Brazil Mineiro da Campanha", uma genealogia brasileira, as crianças foram registradas com os seguintes nomes:

  • Vital Brazil Mineiro da Campanha - Por ter recebido a vida (Vital) no Brasil, em Minas Gerais, na cidade de Campanha.
  • Maria Gabriela do Vale do Sapucaí, por ter nascido no vale do Rio Sapucaí.
  • Iracema Ema do Vale do Sapucaí.
  • Judith Parasita de Caldas, por ter nascido em Poços de Caldas.
  • Acacia Sensitiva Indígena de Caldas.
  • Oscar Americano de Caldas (pai de Oscar Americano).
  • Fileta Camponesa de Caldas.
  • Eunice Peregrina de Caldas.

Vital Brazil estudou medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em meio a grandes dificuldades financeiras, vindo a formar-se com brilhantismo em 1891. Retornando a São Paulo, clinicou em várias cidades do interior do Estado. Nessa época, presenciou a morte de várias pessoas, principalmente lavradores, vítimas de picadas de serpentes.

Como médico sanitarista, participou das brigadas de combate à febre amarela e à peste bubônica em várias cidades no Estado de São Paulo. Coincidentemente, algumas décadas mais tarde, seu primo - pelo ramo Pereira de Magalhães - Drº Adhemar Paoliello, igualmente formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro dedicar-se-ia, também como sanitarista, ao mesmo ideal de combater a febre amarela e a peste bubônica no Brasil e no exterior.

Além do seu trabalho como médico, Vital Brazil também criou uma das primeiras escolas do Brasil que alfabetizavam crianças de dia e adultos à noite. Desenvolveu materiais de informação, especialmente voltados para a população do campo, sobre como se proteger das cobras e outros animais peçonhentos. Criou uma caixa de madeira, barata e segura, para que os fazendeiros pudessem capturar as cobras; firmou convênios com as estradas de ferro, para transportá-las, pois eram essenciais à fabricação do soro.

A convite do governo estadual, Vital Brazil ingressou, em 1897, no Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo, dirigido por Adolfo Lutz. Foi então que tiveram início suas pesquisas. Trabalhou junto com Oswaldo Cruz e Emílio Ribas no combate à peste bubônica, ao tifo, à varíola e à febre amarela.

Recebeu do governo de Rodrigues Alves a Fazenda Butantan, às margens do Rio Pinheiros, em São Paulo, onde posteriormente viria a se instalar o Instituto Butantan. Foram lá desenvolvidos, com escassos recursos, importantes trabalhos de pesquisa e produção de medicamentos. Os primeiros tubos de soro antipestoso começaram a ser entregues após quatro meses de trabalho.

Em 1903, surgiu o soro antiofídico, desenvolvido a partir do Piroplasma Vitalli, parasita no sangue dos cães. Após este evento outros soros foram produzidos no Instituto Butantan. Também foram produzidas vacinas contra tifo, varíola, tétano, psitacose, disenteria bacilar e BCG. As sulfuras e as penicilinas vieram mais tarde. As picadas de aranhas venenosas, escorpião e lacraias deram origem a novos soros. Frequentou por longo tempo o Instituto Pasteur. Também é o fundador do Instituto Vital Brazil, em Niterói.

Vital Brazil tornou-se mundialmente conhecido pela descoberta da especificidade do soro antiofídico, do soro contra picadas de aranha, do soro antitetânico e antidiftérico e do tratamento para picada de escorpião.

A Importância da Especificidade

A descoberta de Vital Brazil sobre a especificidade dos soros antipeçonhentos estabeleceu um novo conceito na imunologia, e seu trabalho sobre a dosagem dos soros antiofídicos gerou tecnologia inédita. A criação dos soros antipeçonhentos específicos e o antiofídico polivalente ofereceu à Medicina, pela primeira vez, um produto realmente eficaz no tratamento do acidente ofídico que, sem substituto, permanece salvando centenas de vidas nos últimos cem anos.

Consagrado em congresso científico nos Estados Unidos em 1915, o seu trabalho logo despertou o interesse da Europa, onde se encontrava a vanguarda da pesquisa médica da época, e lhe valeu o reconhecimento mundial. O Instituto Butantan representa um marco na ciência experimental brasileira. Desenvolvendo significativo número de pesquisas de elevado teor cientifico, educando as populações rurais na adoção do tratamento e na prevenção de acidentes ofídicos e criando aquela que foi, possivelmente, a primeira escola de alfabetização de adultos, esse Instituto desempenhou importante papel social na época e tornou-se conhecido e famoso no mundo todo.


Instituto Butantan

Vital Brazil foi o criador do Instituto Butantan, em São Paulo, que foi instalado em uma fazenda antiga e distante da cidade, comprada pelo governo do estado de São Paulo para que lá funcionasse um laboratório para a produção de vacinas.

O documento de compra da fazenda tem a data de 24 de dezembro de 1899. A partir desse começo precário e difícil, o Instituto cresceu rapidamente. Em 1901 já produzia os soros antipestoso e antiofídico, daí ter recebido o nome de Instituto Serunterápico do Estado de São Paulo. Em 1925, passou a se chamar Instituto Butantan.

O Instituto continua um centro de referência e excelência, em diversas áreas científicas.


Instituto Vital Brazil

Após deixar a direção do Instituto Butantan, em 1919, Vital Brazil foi para o Rio de Janeiro. Apesar de convidado por Carlos Chagas para trabalhar em Manguinhos (renomeada FioCruz), resolveu fundar um novo laboratório, por achar que o Brasil necessitava de mais instituições científicas, onde o estudo e a pesquisa se ocupassem da solução de seus graves problemas.

Fundou, em Niterói, com o apoio do então Presidente do Estado do Rio de Janeiro, Drº Raul de Morais Veiga, o Instituto Vital Brazil, o atual Instituto Vital Brazil S.A. (Centro de Pesquisas, Ensino, Desenvolvimento e Produção de Imunobiológicos, Medicamentos, Insumos e Tecnologia para Saúde), em julho de 1919.

As atuais instalações, considerado uma jóia da arquitetura moderna, projetadas e construídas por Álvaro Vital Brazil, então com 34 anos, filho do cientista Vital Brazil, um dos grandes nomes da arquitetura moderna brasileira ao lado de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, foram inauguradas em 11 de setembro de 1943 com a presença do presidente da República, Getúlio Vargas. Ocupam uma área de 100 mil m² e edificação de 20 mil m², no bairro de Vital Brazil, na cidade de Niterói, RJ.

Sua seriedade, perseverança e dedicação fizeram deste Instituto outro importante centro de pesquisas, único por sua organização em âmbito nacional e reconhecido internacionalmente como estabelecimento científico pelos trabalhos de valor aí realizados. Muitos estudantes brasileiros e estrangeiros se iniciaram na carreira de pesquisadores estagiando nos laboratórios desse Instituto, formador de cientistas.


Família e Filhos Célebres

Vital Brazil constituiu família por duas vezes, a primeira em 1892, logo após sua formatura, com Maria da Conceição Philipina de Magalhães, sua prima em segundo grau, com quem teve 12 filhos, dos quais apenas nove chegaram à idade adulta. Viúvo em 1913, casou-se novamente em 1920 com Dinah Carneiro Vianna, com quem teve mais nove filhos. Dezoito filhos chegaram à idade adulta, nove do primeiro e nove do segundo casamento. Seis homens e três mulheres de cada um deles. Alguns dos filhos de Vital Brazil viraram figuras célebres, Vital Brazil Filho como médico e cientista e o arquiteto e engenheiro Álvaro Vital Brazil.

  • Vital Brazil Filho, dá nome à rua onde está instalada a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense e ao Diretório Acadêmico, pois foi um dos fundadores da faculdade, juntamente com Américo Braga. Seria o seguidor do pai, mas morreu de Septicemia, pega durante experiência em laboratório: coçou o nariz com a mão contaminada com germes e microrganismos.
  • Oswaldo, ganhou o nome em homenagem ao cientista Oswaldo Cruz, trabalhou ao lado do pai, mas fez carreira científica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em farmacologia, foi professor e cientista.
  • Enos, médico veterinário, foi chefe da Cadeira de Farmacologia da Unicamp e vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro.
  • Horus, médico pela Faculdade Fluminense de Medicina, onde foi aluno brilhante . Um dos fundadores da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, Horus (SPID) foi professor, supervisor e analista de várias gerações de psicanalistas. Era um estudioso da teoria e da clínica, seguidor de Freud e se empenhou em difundir a psicanálise. Manteve grupos de estudo até pouco antes de morrer. Publicou muitos livros e artigos, entre eles "Psicanálise Cem Anos Depois" e outros ensaios e "Poesias Acontecidas".
  • Alvarina casou-se com Augusto Esteves, administrador e ilustrador científico do Instituto Vital Brazil e um dos primeiros colaboradores do cientista Vital Brazil, com quem veio de São Paulo, em 1919. Ele impressionava pelo preciosismo: contava até as escamas das cobras para desenhá-las a cores. Foi ele também quem desenhou as embalagens, o escudo, o prédio etc. Dominava a técnica de bico-de-pena e hoje tem uma sala em sua homenagem na Universidade de São Paulo, onde trabalhou depois da morte de Vital Brazil.
  • Acácia Brazil é uma harpista consagrada mundialmente. Iniciou os estudos de música em harpa ainda menina.
  • Vitalina também dedicou-se à música. Era pianista e fez muitas apresentações na Europa, principalmente na França.
  • Álvaro Vital Brazil formou-se em Engenharia e Arquitetura. Contemporâneo e amigo de Oscar Niemeyer, Burle Marx e Lúcio Costa, deu destaque ao Modernismo no Brasil. Construiu a atual sede do Instituto Vital Brazile o Edifício Esther, em São Paulo, entre outros. Foi um dos grandes nomes brasileiros do estilo moderno de construir e foi homenageado em livros especializados.
  • Lael perpetua as histórias da família Vital Brazil, a árvore genealógica e o trabalho do pai em quatro livros e discursos publicados. É aviador aposentado.
  • Augusto Esteves foi o primeiro ilustrador científico do país. Começou a desenhar quando ainda era criança. Também pintava quadros e escrevia poesias caipiras, que assinava com o codinome Mane Coivara. Entre os irmãos e parentes próximos era chamado de Sinhô. Viveu de 1891 a 1966. Ele deu importante contribuição ao ensino da ciência e é homenageado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Homenagens

  • Há na cidade de São Paulo a Avenida Vital Brasil, via mais importante do Bairro do Butantã, zona Oeste da cidade. A avenida termina no acesso à portaria do Instituto Butantan, uma homenagem interessante ao mais ilustre de seus pesquisadores.
  • O bairro onde situa-se a sede do Instituto Vital Brazil em Niterói chama-se Vital Brazil. Uma importante avenida nesta cidade também chama-se Vital Brazil em sua homenagem.
  • Na cidade de Campanha, Minas Gerais, a casa onde o cientista nasceu abriga hoje um museu, Museu Vital Brazil. Construída em 1830, com arquitetura do período colonial, telhas feitas a mão por escravos e paredes de pau-a-pique. Ali estão expostos aos visitantes pesquisas, documentos, certidões, fotografias e livros. Inauguração aconteceu em 1988, o local funciona hoje como centro divulgador dos trabalhos e da vida do cientista.
  • A Casa da Moeda do Brasil expediu uma cédula no valor de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros) cujo anverso era a efígie do cientista Vital Brazil, tendo a esquerda, gravura que representa cena clássica de extração do veneno, tarefa básica para a produção de soros, e o reverso um painel calcográfico mostrando um antigo serpentário, com destaque para a cena de cobra muçurana devorando uma jararaca.
  • A barca Vital Brazil é uma das embarcações em uso pela concessionária Barcas S/A, que realiza o transporte de passageiros entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói.
  • Pelo Projeto de Lei 1604/2003 do Congresso Nacional, o nome do cientista Vital Brazil entra para o Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, no subsolo da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
  • Um livro biográfico sobre Vital Brazil faz parte da séria "Nomes do Brasil", que homenageia algumas das principais personalidades do país, como Carmem Miranda e Princesa Isabel.
  • Vital Brazil dá nome à rodovia BR 267, que liga Juiz de Fora a Poços de Caldas, ambas em Minas Gerais. Com cerca de 200 Km, a estrada foi batizada em 1965 (centenário de nascimento do cientista) pelo Presidente da República, Castelo Branco.

Fonte: Wikipédia

J. Carlos

JOSÉ CARLOS DE BRITO E CUNHA
(66 anos)
Chargista, Ilustrador e Designer Gráfico

* Rio de Janeiro, RJ (18/06/1884)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/10/1950)

José Carlos de Brito e Cunha, conhecido como J. Carlos, foi um chargista, ilustrador e designer grafico brasileiro. J. Carlos também fez esculturas, foi autor de teatro de revista, letrista de samba, e é considerado um dos maiores representantes do estilo Art Déco no design gráfico brasileiro.

Seu primeiro trabalho foi publicado em 1902, na Revista Tagarela, com uma legenda explicando ser aquele o desenho de um principiante, mas, em seguida, passa a colaborar regularmente com a revista e em abril do ano seguinte já desenha a capa da publicação. Os trabalhos de J. Carlos apareceriam nas melhores revistas de sua época: O Malho, O Tico Tico, Fon-Fon, Careta, A Cigarra, Vida Moderna, Eu Sei Tudo, Revista da Semana e O Cruzeiro.

Fez histórias em quadrinhos com a negrinha Lamparina, mas seus desenhos mais conhecidos são as figuras típicas do Rio de Janeiro, os políticos da então capital federal, os sambistas, os foliões no carnaval e, principalmente, a melindrosa, uma mulher elegante e urbana que surgia com a modernidade do século XX. Juntamente com Raul Pederneiras e com Kalixto formou o triunvirato máximo da caricatura brasileira da Primeira República.

Além de variada, sua obra é bastante numerosa, sendo calculada por alguns em mais de cem mil ilustrações.

Nos anos 30, J. Carlos foi o primeiro brasileiro a desenhar Mickey Mouse. J. Carlos desenhou o personagem em capas e peças publicitárias na revista O Tico Tico.

Também foi responsável pela capa da primeira edição do Suplemento Infantil do jornal A Nação, suplemento criado por Adolfo Aizen.

Em 1941, Walt Disney visitou o Brasil. Disney ficou impressionado com o estilo de J. Carlos e o convidou para trabalhar em Hollywood. O ilustrador recusou o convite, porém enviou a Disney um desenho de um papagaio que serviu de inspiração para a criação de Zé Carioca.

No álbum Hoje é Dia de Festa de 1997, o cantor Zeca Pagodinho inseriu desenhos de J. Carlos na capa.

Morte

J. Carlos sofreu um Aneurisma Cerebral enquanto estava reunido com o compositor João de Barro, o Braguinha, discutindo a ilustração para a capa de seu próximo disco, e faleceu dois dias depois.

Fonte: Wikipédia

Lauro Maia

LAURO MAIA TELES
(37 anos)
Compositor, Arranjador e Instrumentista

* Fortaleza, CE (06/11/1912)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/01/1950)

Foi um compositor, arranjador e instrumentista, figura maior no campo da pesquisa musical folclórica. O cearense que criou o "balanceio".

Nascido em Fortaleza, Ceará, Lauro ensaiou seus primeiros passos como músico e compositor no piano da mãe e foi dela que o garoto recebeu as primeiras aulas de teoria musical. Com apenas 13 anos, começou a apresentar-se, tocando piano no Cine-Teatro Majestic, em Fortaleza.

Em 1935 começou a trabalhar na Ceará Rádio Clube (1935/1941) dirigindo o programa "Lauro Maia e Seu Ritmo".

Em 1944 freqüentou a Faculdade de Direito vindo a abandoná-la mais tarde. Em 1945, casado com Djanira Teixeira, irmã de Humberto Teixeira, transferiu-se para o Rio de Janeiro, vivendo exclusivamente de suas composições, já consagradas na época pelos maiores nomes da música. Ainda em 1945, foi contratado pela Rádio Tupi.

Faleceu prematuramente no dia 5 de janeiro de 1950, com 37 anos e dois meses, vítima de Tuberculose, no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia