Aérton Perlingeiro

AÉRTON PERLINGEIRO
(70 anos)
Apresentador de TV e Locutor de Rádio

* Macaé, RJ (28/12/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/10/1992)

Aérton Perlingeiro nasceu na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, em 1921. Algumas de suas biografias citam a cidade de Miracema como de seu nascimento. Ele foi um apresentador de rádio e TV, e por décadas teve muito prestígio.

Começou sua carreira artística em 1943, na Rádio Transmissora, no Rio. Sempre como apresentador e locutor. Transferiu-se para a Rádio Tupi, Rádio Fluminense e para a Rádio Clube.

No ano de 1956, foi para a televisão. Em São Paulo, o colega Airton Rodrigues criou o programa Almoço Com As Estrelas. E o mesmo fez Aérton Perlingeiro no Rio de Janeiro. Ambos programas foram um sucesso e tinham o mesmo formato: Uma mesa grande, para um almoço rápido e vários cantores, atores e personalidades nacionais eram entrevistados.

No Rio, Aérton era o mestre de cerimônias, além de ser também o produtor. Naquele tempo era assim e por isso tanto ele, como Airton Rodrigues em São Paulo, tinham muito trabalho. Mas tinham também muita fama e estima por parte de toda a classe artística, que desejava muito aparecer nesses programas.

Tanto o programa de São Paulo como o do Rio, eram transmitidos na hora do almoço de sábado e ficavam no ar por várias horas. O programa do Rio chamava-se Aérton Perlingeiro Show e existiu de 1956 até 1980, quase 30 anos no ar, só terminando quando a emissora faliu.

O programa de Aérton teve 2204 edições. Tinha alguns quadros e o que era dedicado ao Samba e era apresentado por Jorge Perlingeiro, filho de Aérton.

Aérton foi um recordista da televisão brasileira. Personalidade muito querida pela classe artística, foi um grande incentivador dos cantores populares e do teatro brasileiro. No seu programa, marcavam presença gente importante como Fernanda Montenegro, Fábio Jr., Sidney Magal e o proprietário das Emissoras Associadas, Assis Chateaubriand.

Criou o troféu O Velho Capitão, busto de bronze representando a figura de Assis Chateaubriand. Esse troféu foi entregue para mais de 300 personalidades, dentre os quais as cantoras Maysa Monjardim, Elis Regina e Elizeth Cardoso e o próprio Chateaubriand, que foi pessoalmente receber o prêmio no programa, três meses antes de morrer.

Homem do rádio e da televisão, Aérton foi incansável na promoção da arte, principalmente música e teatro. E ele ficou no primeiro lugar no IBOPE, por 23 anos.

Sofria de forte Bronquite. Veio a a falecer em 1996, na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Cifra Antiga
Data de Nascimento e Falecimento: Miguel Sampaio

Fábio Crippa

FÁBIO CRIPPA
(82 anos)
Goleiro

* São Paulo, SP (1928)
+ São Paulo, SP (23/01/2011)

Foi um goleiro brasileiro. Seu momento marcante na carreira foi ter sido o goleiro titular do Palmeiras na final da Copa Rio de 1951 contra a Juventus, da Itália, quando foi campeão.

Pelo clube paulistano, atuou em 80 jogos e sofreu 101 gols, no período entre 1950 a 1956.

Faleceu em 2011, aos 82 anos, vítima de Mal de Alzheimer.

Fonte: Wikipédia

Saraiva Guerreiro

RAMIRO ELÍSIO SARAIVA GUERREIRO
(92 anos)
Diplomata

☼ Salvador, BA (02/12/1918)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/01/2011)

Foi um diplomata brasileiro e Ministro das Relações Exteriores do Brasil entre 1979 e 1985, durante o governo João Figueiredo.

Formado em direito pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1939, fez em seguida o curso de Prática Consular e História da Cartografia Política do Brasil do Instituto Rio Branco.

Em 1946, serviu na missão brasileira junto à Organização das Nações Unidas (ONU) em New York, como terceiro-secretário. Entre 1950 e 1952 serviu na Bolívia.

Em 1953 transferiu-se para Madrid, onde permaneceu, como segundo secretário, até 1956, quando foi transferido para a embaixada do Brasil em Washington, onde permaneceu até 1960.

Em 1968 chefiou a delegação do Brasil à III Sessão do Comitê das Nações Unidas sobre o Fundo do Mar.

Em abril de 1974, pouco depois de o general Ernesto Geisel ser empossado na Presidência da República, assumiu a Secretaria-Geral das Relações Exteriores, em substituição ao embaixador Jorge Carvalho e Silva, subordinado ao chanceler Azeredo da Silveira. Permaneceu no cargo até março de 1978, quando foi designado para ocupar a embaixada do Brasil na França, em substituição ao ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto.

Foi empossado como Chanceler em março de 1979, juntamente com o presidente João Batista Figueiredo e o restante do ministério.

Deixou o Ministério das Relações Exteriores em 15/03/1985, no fim do governo João Batista Figueiredo, tendo sido substituído por Olavo Setúbal. No início de abril, assumiu a embaixada brasileira em Roma, permanecendo na Itália até janeiro de 1987.

Durante os anos 1970 e 1980, Saraiva Guerreiro foi um dos defensores do chamado pragmatismo responsável nas relações exteriores, priorizando as relações sul-sul.

Em 1980, fez também uma histórica viagem de contatos à África, incluindo Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Angola e Moçambique, que recentemente se haviam libertado do domínio colonial.


Um dos momentos mais importantes da política terceiromundista do Itamaraty foi o pronunciamento do presidente João Batista Figueiredo na abertura da 37ª Assembléia Geral da ONU em setembro de 1982, quando o presidente leu um discurso preparado por Saraiva Guerreiro, questionando a ordem econômica mundial e preconizando o fim das barreiras comerciais impostas pelos países industrializados, a redução dos juros internacionais e a necessidade de novos investimentos nos países em desenvolvimento. O discurso também defendia a "interdependência solidária entre a América Latina, a África e a Ásia", condenando a interferência estrangeira no Afeganistão e na América Central. Ratificando posições anteriores, o Brasil também reconheceu o direito do povo palestino a um Estado Soberano e da Argentina sobre as Ilhas Malvinas.

Em 1983, Saraiva Guerreiro foi um dos articuladores do Grupo de Cartagena, movimento de países latino-americanos que procurou estabelecer estratégias comuns nas negociações da dívida externa. A posição dos Barbudinhos do Itamaraty, expressão criada pelo ex-embaixador norte-americano, Anthony Motley (1981-1983), para designar a ala progressista da diplomacia brasileira, contrariava a equipe econômica do governo, chefiada pelo então ministro do Planejamento, Delfim Netto (1979-1985).

No final de sua carreira, já no governo José Sarney (1985-1990), foi nomeado embaixador extraordinário para assuntos da dívida externa - quando o Brasil já havia declarado unilateralmente a moratória, em fevereiro de 1987 - e defendeu a adequação do país às normas do Fundo Monetário Internacional (FMI) - posição que acabou prevalecendo. A moratória acabou em setembro de 1988.

Saraiva Guerreiro retirou-se da vida pública em 1992, ano em que lançou o livro "Lembranças de Um Empregado do Itamaraty".

Era casado com Maria da Glória Vallim Guerreiro e tinha dois filhos, Rosa Maria e Antônio José Vallim Guerreiro, que também é diplomata.

A presidente Dilma Rousseff recebeu com pesar a notícia da morte do embaixador Ramiro Elysio Saraiva Guerreiro, a quem considerava um exemplar defensor da democracia multilateral, das relações com os países do sul e dos fundamentos da política externa independente do Brasil. Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do ex-chanceler:

"Nas funções de Secretário-Geral do Itamaraty, de Ministro das Relações Exteriores e de negociador da dívida externa brasileira, o embaixador Guerreiro foi exemplar defensor da diplomacia multilateral, das relações com os países do sul e dos fundamentos da política externa independente do Brasil."

Dom Manoel Pestana

MANOEL PESTANA FILHO
(82 anos)
Bispo

* Santos, SP (27/04/1928)
+ Santos, SP (08/01/2011)

Foi um religioso brasileiro que foi Bispo Católico da Diocese de Anápolis, em Goiás. É autor do livro Igreja Doméstica, publicado pelas Edições Loyola em 1980.

Foi ordenado Sacerdote em 1952 e nomeado Bispo da Diocese de Anápolis, em 1978. O Bispo Pestana Filho se aposentou em 2004.

Foram 25 anos de ministério dedicado e exitoso de Dom Manoel Pestana Filho como Bispo da Diocese de Anápolis, de 1979 a 2004.

Neste período, entre outras ações, teve o mérito de fundar o Seminário Maior Diocesano, ampliar as ações pastorais segundo o espírito e criar o Movimento Pró-Vida, referência nas ações de defesa da vida e da dignidade da pessoa humana.

Sua presença e seu carisma marcam os rumos da fé, mas também os rumos convivência, da harmonia social.

A Diocese de Anápolis informou que, a pedido da família, o corpo de Dom Manoel Pestana seria velado em Santos, até a tarde de domingo (09/01/2011). Em seguida seria trasladado a Anápolis, GO, onde chegaria por volta das 9 horas de segunda-feira (10/01/2011).

O velório em Anápolis ocorreeu durante todo o dia e, às 19 horas, foi celebrada na Catedral do Bom Jesus a Missa das Exéquias. O sepultamento aconteceeu logo depois, na Capela do Santíssimo Sacramento, na Cripta da Catedral do Bom Jesus.