Manuel Pêra

MANUEL MARIA SOARES PÊRA
(72 anos)
Ator

☼ Aveiro, Portugal (16/11/1894)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/08/1967)

Manuel Pêra veio com a família para o Brasil em 1899. Ele era irmão do também ator Abel Pêra. Antes de se tornar ator, trabalhou como alfaiate e carpinteiro de teatro.

No teatro, começou fazendo papéis pequenos e revelou-se um ator de grande técnica e talento, alcançando sucesso e prestígio em tragédias, dramas e comédias. Foi contratado, na maioria das vezes como protagonista, por grandes companhias teatrais do Rio de Janeiro.

Trabalhou para a Companhia de Teatro Mesquitinha - Alma Flora, onde conheceu a atriz Dinorah Marzullo, com quem se casou e teve duas filhas: as atrizes Marília Pêra e Sandra Pêra.

Manuel Pêra tinha exatamente a mesma idade de sua sogra, a também atriz Antônia Marzullo, com quem contracenou em diversos espetáculos teatrais.

O ator, durante algum tempo, formou dupla de humor com Mesquitinha que fez muito sucesso no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro.

No cinema, Manuel Pêra fez  "A Cerimônia" (1963), "Crime no Sacopã" (1963), "Vagabundos no Society" (1962), "Mãos Sangrentas" (1955), "Vendaval Maravilhoso" (1949), "Pra Lá de Boa" (1949), "Luz dos Meus Olhos" (1947), "Romance de um Mordedor" (1944), "Pega Ladrão" (1940), "Onde Estás Felicidade?" (1939), "Está Tudo Aí" (1939), "O Bobo do Rei" (1937), "O Grito da Mocidade" (1937), "Entre Dois Amores" (1917) e "O Crime dos Banhados" (1914).

Abel Pêra

ABEL PÊRA
(84 anos)
Ator

☼ Carregosa, Portugal (16/11/1891)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/09/1975)

Abel Pêra foi um ator luso brasileiro nascido em Carregosa, Portugal, no dia 16/11/1891.

Irmão de Manuel Pêra, pai da atriz Marília Pêra, Abel Pêra entrou para o mundo do teatro no final da adolescência como carpinteiro fazendo cenários, tornando-se depois ator.

Os irmãos Abel PêraManuel Pêra, faziam aniversário no mesmo dia e contracenaram em diversos espetáculos, dentre os quais "A Pensão da Dona Estela" e "Feitiço", de Oduvaldo Viana.

Tio e padrinho da atriz Marília Pêra, Abel Pêra mesmo depois de torna-se ator, continuou fabricando objetos de madeira. O amigo Chico Anysio, certa vez ganhou de Abel Pêra um taco de golfe feito por ele.

Na televisão, participou da novela "Fogo Sobre Terra" (1974). O último trabalho de Abel Pêra foi o filme "O Casamento", lançado em 1976.

Filmografia
  • 1975 - O Casamento
  • 1975 - Com as Calças na Mão
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1973 - O Descarte
  • 1973 - A Filha de Madame Bettina
  • 1972 - Eu Transo, Ela Transa
  • 1972 - Revólveres Não Cospem Flores
  • 1971 - As Quatro Chaves Mágicas
  • 1970 - O Enterro da Cafetina
  • 1970 - Vida e Glória de um Canalha
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1969 - O Bravo Guerreiro
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1968 - Enfim Sós... Com o Outro
  • 1968 - O Homem que Comprou o Mundo
  • 1960 - Pintando o Sete
  • 1959 - O Homem do Sputnik
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1951 - Maior Que o Ódio
  • 1951 - O Falso Detetive
  • 1945 - O Cortiço
  • 1944 - Romance de um Mordedor
  • 1943 - Samba em Berlim
  • 1941 - A Sedução do Garimpo
  • 1941 - Entra na Farra
  • 1940 - Cisne Branco
  • 1940 - E o Circo Chegou
  • 1939 - Onde Estás Felicidade?
  • 1939 - Está Tudo Aí
  • 1938 - Maridinho de Luxo
  • 1936 - João Ninguém
  • 1914 - O Crime dos Banhados

Fonte: Wikipédia

Lourdes Mayer

MARIA DE LOURDES MAYER
(76 anos)
Atriz, Radialista e Dubladora

* Rio de Janeiro, RJ (13/03/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/07/1998)

De família de artistas, era filha da atriz e radialista Luiza Nazareth e irmã das atrizes Alair Nazareth e Zilka Salaberry. Foi esposa do ator Rodolfo Mayer, com quem teve dois filhos, Ricardo e Rodolfo.

Foi uma das estrelas da Era de Ouro do radioteatro, na década de 1950. Chefiou o setor de elenco da TV Educativa. Trabalhou em telenovelas como Vale Tudo, Anos Rebeldes e Xica da Silva. Era chamada pelos amigos artistas de Anjo Bom.

Lourdes Mayer morreu, aos 76 anos, vítima de Enfisema Pulmonar.

Fonte: Wikipédia

Rodolfo Mayer

RODOLFO JACOB MAYER
(75 anos)
Ator

* São Paulo, SP (04/02/1910)
+ Niterói, RJ (01/08/1985)

Estreou em 1927 fazendo radionovelas na Rádio Record e depois na Rádio Jornal do Brasil.

Trabalhou por décadas, estreando no cinema na primeira versão da obra A Escrava Isaura, nos anos 30 e em TV na novela Os Quatro Filhos de J. Silvestre, na TV Excelsior, em 1965.

Ele foi um dos monstros sagrados do teatro brasileiro, atuando durante vinte anos no monólogo As Mãos de Eurídice de Pedro Bloch, com grande sucesso no Brasil e no exterior. Ele fez mais de quatro mil apresentações desse espetáculo.

Participou de mais de quatrocentas radionovelas, 110 peças de teatro, dezesseis filmes e 25 telenovelas. Foi casado com a atriz, também já falecida, Lourdes Mayer com quem teve dois filhos, Ricardo e Rodolfo.

Cinema
  • 1929 - Escrava Isaura
  • 1931 - Casa de Caboclo
  • 1931 - O Mistério do Dominó Negro
  • 1935 - Favela dos Meus Amores
  • 1937 - Samba da Vida
  • 1938 - Tererê Não Resolve
  • 1938 - Maridinho de Luxo
  • 1939 - Está Tudo Aí
  • 1939 - Onde Estás Felicidade?
  • 1941 - A Sedução do Garimpo
  • 1948 - Obrigado, Doutor
  • 1948 - Inconfidência Mineira
  • 1949 - O Homem que Passa
  • 1955 - Leonora dos Sete Mares
  • 1955 - Mãos sangrentas
  • 1964 - Viagem aos Seios de Duília
  • 1972 - A Marcha
  • 1974 - O Signo de Escorpião

Televisão
  • 1965 - Os Quatro Filhos ... Dario
  • 1965 - A Grande Viagem ... Padre Lucas
  • 1966 - Redenção ... Juvenal
  • 1968 - Legião dos Esquecidos ... Pierre
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Raposo
  • 1969 - Dez Vidas
  • 1970 - Mais Forte que o Ódio ... César
  • 1971 - Editora Mayo, Bom Dia ... Mayo
  • 1971 - Pingo de Gente
  • 1971 - Sol Amarelo
  • 1972 - Os Fidalgos da Casa Mourisca ... Dom Luís
  • 1972 - O Leopardo ... Padre Júlio
  • 1972 - Quero Viver
  • 1973 - Vendaval
  • 1973 - Vidas Marcadas
  • 1975 - Um Dia, o Amor ... Doutor Marcial
  • 1976 - Xeque-mate ... Doutor Arnaldo Lemos
  • 1977 - Um Sol Maior ... Giácomo Nerone/Mário D'Angelo
  • 1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Barão
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Bispo
  • 1979 - Dinheiro Vivo ... Nonô
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Maldonado
  • 1981 - Brilhante ... Ernani Sampaio
  • 1983 - Eu Prometo ... Juiz

Se aposentou após 56 anos de atividades artísticas e foi um dos fundadores da Associação dos Amigos do Teatro Municipal de Niterói (ATEM).

Morreu em Niterói vítima de uma Insuficiência Respiratória.

Fonte: Wikipédia

Dulce Figueiredo

DULCE MARIA DE GUIMARÃES CASTRO FIGUEIREDO
(83 anos)
Primeira Dama Brasileira

* Rio de Janeiro, RJ (11/05/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2011)

Dulce Figueiredo foi uma Primeira Dama Brasileira nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 11/05/1928. Nascida Dulce Maria de Guimarães Castro, foi a esposa do General João Baptista de Oliveira Figueiredo, Presidente da República de 1979 a 1985. Foi a última primeira-dama do período da Ditadura Militar no país.

Dulce e Figueiredo, se conheceram na Tijuca e casaram-se em 1942. Tiveram dois filhos, Paulo Roberto e João Batista Figueiredo Filho.

Após o falecimento de seu marido, em dezembro de 1999, Dulce passou a enfrentar dificuldades financeiras. Em março de 2001, ela organizou um leilão para vender objetos pessoais que pertenceram ao seu finado marido, tendo recebido críticas da imprensa.

Entre os 218 objetos leiloados estavam uma escultura de caubói de bronze dada por Ronald Reagan, dois quadros de Di Cavalcanti, uma estátua portuguesa de Roque de Montpellier presenteada por Antonio Carlos Magalhães, um tinteiro trazido pelo Rei Juan Carlos I da Espanha, uma bandeja de prata ofertada por Augusto Pinochet e uma caixa de charutos dada por Valéry Giscard d'Estaing.

Cerca de 82% do dinheiro arrecadado foi destinado à Dulce Figueiredo, que, como viúva de general, recebia uma pensão de R$ 8.865,00.

Em junho de 2011, aos 83 anos, Dulce Figueiredo faleceu em uma clínica de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Estava bastante debilitada em função de um câncer. Seu corpo foi enterrado no mausoléu dos Figueiredos, no Cemitério do Caju.

Fonte: Wikipédia

Carmem Palhares

CARMEM PALHARES
(63 anos)
Atriz

* Porto Alegre, RS (1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (1999)

Iniciou a carreira no teatro amador em Porto Alegre no grupo de Edson Nequette, atuando em peças como Do Mundo Nada Se Leva, Orfeu da Conceição, A Familia dos Linhares.

Estreou no cinema com o filme Vagabundos no Society e logo após seguiu para a televisão, onde se destacou em programas humorísticos como Os Trapalhões e e Chico Anysio Show.

Filmes:

- Vagabundos no Society
- Os Trapalhões e o Mágico de Oróz
- Os Três Palhaços e o Menino
- J.S. Brown, o Último Herói
- O Cortiço
- O Barão Otelo no Barato dos Bilhões
- Macunaíma

Teatro

- Weekend - com Norma Blum
- Os Sete Gatinhos de Nelson Rodrigues
- Flávia, Cabeça, Tronco e Membros com Nicete Bruno e Paulo Goulart


Se afastou da carreira em 1992, quando atuou na minissérie Teresa Batista. Um papel marcante foi Gumercinda, em Jerônimo, o Herói do Sertão. Faleceu no Rio de Janeiro de causas não reveladas.

Fonte: Wikipédia

Itamar Franco

ITAMAR AUGUSTO CAUTIERO FRANCO
(81 anos)
Político e Presidente do Brasil

* Salvador, BA (28/06/1930)
+ São Paulo, SP (02/07/2011)

Foi um político brasileiro, Vice-presidente da República (1990-1992), 33º Presidente da República (1992-1994), Senador por Minas Gerais (1975-1983, 1983-1990 e 2011) e Governador do estado de Minas Gerais (1999-2003).

Bacharelou-se em engenharia civil na Escola de Engenharia de Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora em 1955.

Ingressou na carreira política em 1958 quando, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi candidato a vereador por Juiz de Fora e mais posteriormente, em 1962, a vice-prefeito, não obtendo êxito em ambas as tentativas.

Com o início do Regime Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971 e reeleito em 1972, quando dois anos depois, renunciou ao cargo para candidatar-se, com sucesso, ao Senado Federal por Minas Gerais, em 1975. Ganhou influência no MDB, assim sendo eleito vice-líder do partido em 1976 e 1977.

No início da década de 1980, com o pluripartidarismo restabelecido no país, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o sucessor do MDB. Em 1982, é eleito senador novamente, defendendo sempre as campanhas das Diretas Já, e votando no candidato oposicionista Tancredo Neves para Presidente da República na eleição presidencial brasileira de 1985. Migrou para o Partido Liberal (PL) em 1986, ano em que concorreu ao governo de Minas Gerais, mas foi derrotado, voltando ao Senado em 1987 pela terceira vez.

Em 1988, uniu-se ao governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, para lançar uma candidatura à Presidência e Vice-presidência do Brasil, pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN).

Itamar, como vice-presidente, divergia em diversos aspectos da política econômico-financeira adotada por Collor, vindo a retirar-se do PRN e voltando ao PMDB em 1992.

Seguindo o Impeachment do presidente, assumiu interinamente o papel de Chefe de Estado em 2 de outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992.

Foi em seu governo que foi realizado um plebiscito sobre a forma de governo do Brasil, que deveria ter sido feita há 104 anos. O resultado foi a permanência da República Presidencialista no Brasil. Durante sua incumbência, foi idealizado o Plano Real, elaborado pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

Opondo-se fortemente a seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, Itamar cogitou candidatar-se a Presidente em 1998 e 2002, mas não prosseguiu com a idéia e elegeu-se facilmente Governador de Minas Gerais em 1998. Em 2002, apoiou a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva e opôs à candidatura de José Serra, candidato apoiado por Fernando Henrique.

Não tentou reeleição no estado de Minas Gerais. Lançou-se pré-candidato à Presidência pelo PMDB em 2006, mas perdeu para Anthony Garotinho, tentando então para o Senado Federal, perdendo a candidatura para Newton Cardoso. Em maio de 2009, filiou-se ao Partido Popular Socialista (PPS).

Origem e Formação

Filho de Augusto César Stiebler Franco (falecido pouco antes do nascimento de Itamar Franco) e Itália Cautiero.

Itamar Franco nasceu a bordo de um navio de cabotagem, um Ita da Companhia Nacional de Navegação Costeira, no Oceano Atlântico entre o Rio de Janeiro e Salvador. O registro civil de seu nascimento foi feito na capital baiana, onde sua mãe viúva encontraria abrigo na casa de seu tio.

Sua família era de Juiz de Fora, onde cresceu e se formou Engenheiro Civil em 1955, graduado na Escola de Engenharia de Juiz de Fora. É oficial da Reserva R/2 do Exército Brasileiro pelo NPOR de Juiz de Fora. Ingressou na carreira política em 1955, quando filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Vida Pública Antes da Presidência

Itamar entrou na política em meados dos anos 50 nas fileiras do PTB. Foi candidato a vereador de Juiz de Fora em 1958 e a vice-prefeito dessa cidade em 1962, não obtendo sucesso em ambas as ocasiões.

Com o advento do regime ditatorial no país em 1964, e a subsequente instalação no país do Bipartidarismo, Itamar se filia ao MDB, e se candidatando a prefeitura de sua cidade nas eleições seguintes, obtendo sucesso. Foi prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971. Em novembro de 1972, Itamar é eleito Prefeito de Juiz de Fora pela segunda vez. Em 1974, ele renunciou ao cargo de prefeito para concorrer, com sucesso, ao Senado Federal como representante de Minas Gerais.

Eleito senador, rapidamente, ele ganhou influência no MDB, o partido de oposição ao Regime Militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, sendo eleito vice-líder do MDB e, portanto, da oposição, por duas vezes, em 1976 e em 1977.

No início da década de 1980, o Pluripartidarismo é restabelecido no país, e Itamar se filia então ao PMDB (sucessor do MDB). Em 1982 Itamar é reeleito senador na chapa de Tancredo Neves, eleito governador de Minas Gerais.

Durante seu mandato, Itamar foi um ativo defensor da campanha das Diretas Já. Com a não aprovação da Emenda Dante de Oliveira, uma eleição presidencial indireta teve que ser feita. No Colégio Eleitoral reunido para a eleição presidencial, Itamar votou no candidato oposicionista Tancredo Neves.

Querendo ser candidato ao governo do estado de Minas Gerais, e encontrando resistências ao seu nome dentro do PMDB, Itamar deixa a legenda e se filia ao PL sendo então candidato, em 1986, ao governo estadual mineiro por essa legenda, porém não obtém sucesso e é derrotado justamente pelo candidato do PMDB, Newton Cardoso por uma diferença de 1% dos votos. Com a derrota, Itamar volta ao Senado para terminar o seu mandato que iria até 1990.

Atuação na Assembleia Constituinte

Voltando à atividade parlamentar, Itamar participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, iniciados em 1º de fevereiro de 1987.

Como Líder do PL no Senado, nas principais votações da Constituinte.

Foi a Favor:

- Rompimento das relações do Brasil com países que desenvolvessem uma política de discriminação racial;

- Estabelecimento do Mandado de Segurança Coletivo;

- Remuneração de 50% superior para o trabalho extra;

- Jornada semanal de 40 horas;

- Turno ininterrupto de seis horas;

- Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço;

- Unicidade sindical;

- Soberania popular;

- Nacionalização do subsolo;

- Estatização do sistema financeiro;

- Limitação do pagamento dos encargos da dívida externa;

- Criação de um fundo de apoio à reforma agrária.

Foi Contra:

- Pena de morte;

- Presidencialismo;

- Prorrogação do mandato do presidente José Sarney.

Eleições Presidenciais de 1989

Em 1989, o então governador de Alagoas, Fernando Collor, resolve se candidatar a Presidência da República, nas primeiras eleições diretas para esse cargo no país desde 1960 e querendo compor uma chapa com um político da Região Sudeste, convida Itamar para ser vice. Aceitando o convite, Itamar deixa o PL, trocando-o pelo pequeno Partido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser então candidato a Vice-presidência na chapa de Fernando Collor de Mello à Presidência da República.

Apresentando-se como opositor radical ao presidente José Sarney e defendendo um programa econômico modernizador e liberal, Collor é eleito Presidente e Itamar Franco Vice-Presidente da República, tomando posse em 15 de março de 1990.

Na Vice-presidência da República

Empossado o novo governo, Itamar logo foi se afastando de Collor, divergindo de importantes aspectos da política econômico-financeira adotada pelo novo governo. Criticou publicamente o processo de privatizações e a aplicação dos fundos resultantes da venda das companhias estatais, que para ele, deveriam ser usados na área social.

Após a reforma ministerial de abril de 1992 em que ex-colaboradores do regime militar, como Célio Borja, Pratini de Moraes e Ângelo Calmon de Sá entraram no governo, Itamar desligou-se do PRN em 5 de maio de 1992.

O desencadeamento de uma sucessão de denúncias de corrupção contra o Governo Collor e do início de uma campanha pelo seu Impeachment, levou Itamar a acentuar publicamente suas diferenças em relação ao presidente.

Em 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados decidiu por ampla maioria autorizar a abertura de um processo de Impeachment do presidente. Neste mesmo dia, Itamar assume interinamente a presidência até que o titular fosse julgado pelo Senado Federal.

Não houve solenidade de posse, que foi bem recebido pela população. Ao assumir, propôs uma política de entendimento nacional.

Na Presidência da República

Em 1992, Collor foi acusado de corrupção e sofreu um processo de Impeachment pelo Congresso Nacional e se afasta do governo.

Itamar assume interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado presidente em 29 de dezembro de 1992, quando Collor renuncia ao cargo.

O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado quase 2500% no ano seguinte. Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.

Plebiscito de 1993

Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição de 1988, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da República, contra 10% favoráveis à Monarquia. O Presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o Parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o Regime Republicano e Presidencialista.

Plano Real

Em fevereiro de 1994, o Governo Itamar Franco lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária.

Outras Realizações

O presidente Itamar Franco fez os primeiros projetos de combate à miséria ao lado do sociólogo Betinho. Um homem sério e correto em tomar decisões, o Governo de Itamar Franco talvez seja o único da historia republicana livre de escândalos de corrupção. Em 1995 apoia o então candidato Fernando Henrique Cardoso que sai vitorioso nas urnas. Além de garantir a democracia, Itamar Franco terminou o seu governo com 84% de aprovação popular.

Depois da Presidência

Itamar Franco foi o primeiro Presidente da República desde Arthur Bernardes a eleger o seu sucessor. Com a vitória de seu candidato, Fernando Henrique Cardoso, Itamar foi nomeado embaixador brasileiro em Portugal e, posteriormente, embaixador brasileiro junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Estados Unidos.

No entanto, Itamar logo se tornou um crítico do Governo Fernando Henrique por discordar de sua política econômica. Além disso, Itamar pretendia se candidatar à presidência novamente nas eleições de 1998, porém viu seus planos serem desfeitos quando o então presidente mudou a Constituição para tentar se reeleger para um 2° mandato consecutivo. Mesmo com essa nova mudança nas normas eleitorais, Itamar tenta se candidatar a presidência, mas não consegue obter a indicação do PMDB em uma ação creditada à enorme pressão exercida pelo então presidente que não gostaria de ter Itamar como adversário. Esse foi mais um dos motivos apontados para o rompimento de Itamar com Fernando Henrique Cardoso.  

Sem a indicação para a presidência, Itamar se candidata então ao governo de Minas Gerais obtendo a vitória contra o então governador Eduardo Azeredo (PSDB), apoiado por Fernando Henrique Cardoso.

Governo de Minas Gerais

Itamar Franco foi eleito Governador de Minas Gerais em 1998 pelo PMDB. Governou Minas Gerais de 1999 a 2003, e não conseguiu a indicação do PMDB para se candidatar à Presidência da República em 2002. Naquela oportunidade, a convenção nacional do PMDB optou por uma coligação com o PSDB, lançando a então deputada federal Rita Camata (Espírito Santo) a Vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra.

Assim que tomou posse, Itamar Franco decretou a moratória do estado de Minas Gerais. Entre outros aspectos, o governador alegava a necessidade de se empreender uma auditoria na dívida estadual que, entre outros pontos, era atrelada a uma taxa de juros de 7,5% ao ano, enquanto estados como São Paulo negociaram suas dívidas a uma taxa de 6%. Tentou, com um conjunto de ações na área financeira, reverter uma situação herdada do governo anterior, na qual "as despesas apresentavam crescimento mais acelerado que as receitas tributárias e encontravam-se concentradas em funções de baixa capacidade distributiva, comprometendo a promoção de um processo de desenvolvimento socialmente justo".

Esta atitude polêmica levou Itamar a ser acusado pelo presidente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga de agir contra a estabilidade de regras necessária à atração de investimentos estrangeiros.

Em que pese essa ação inicial, foi em seu governo que a dívida mineira foi equacionada e começou a ser quitada.

Retomou judicialmente o controle acionário da estatal Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), parcialmente vendida pelo governador anterior Eduardo Azeredo, o qual conseguiu fechar as contas estaduais apenas em seus dois últimos anos de governo desfazendo-se de parte do patrimônio público mineiro, que foi privatizado em um processo de reorganização das estatais mineiras que estaria na gênese do chamado Esquema Marcos Valério, cuja "origem dos recursos" seriam "as empresas públicas de Minas Gerais". A CEMIG hoje se tornou uma das maiores empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica do Brasil e do mundo, sendo uma das que mais cresce em seu seguimento.

Itamar também se insurgiu contra a privatização da empresa energética Furnas, aclamando o povo mineiro e brasileiro para juntos, impedissem que mais um patrimônio do brasileiro fosse privatizado. Na ocasião, Itamar mobilizou a Policia Militar de Minas Gerais em umas das principais usinas da empresa, a Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG), ameaçando explodir a referida usina caso Furnas fosse privatizada. Apesar desta postura ter sido muito criticada, Itamar conseguiu seu objetivo e não deixou que Furnas fosse privatizada. Com a incorporação das subsidiarias da Eletrobras, Furnas passou a se chamar Eletrobras Furnas, sendo hoje a estatal Eletrobras a maior empresa do Brasil de geração e transmissão de energia elétrica e uma das maiores do mundo.

A recomposição do setor público em bases burocráticas, passando essencialmente pela valorização do servidor público, pelo reaparelhamento das principais agências de ação estatal e pelo ajuste fiscal, marcou a gestão Itamar Franco, conforme analisam Wladimir Rodrigues Dias e Roberto Sorbilli Filho, segundo os quais não houve grandes inovações em seu governo, mas uma importante organização da administração pública, desmantelada por seu antecessor.

No âmbito político, Itamar Franco se destacou pela realização de uma política centrada nos grandes temas. A composição política de seu governo, de feição centro-esquerdista, chegou a ter participação de PMDB, PT, PDT, PSB, PCdoB, PTB, Partido Progressista Brasileiro (PPB) e PL, dentre outros partidos. Ainda assim, pode-se dizer que governou sem os partidos e sem os políticos.

Itamar se opôs a atividades típicas da política tradicional, como as vinculadas ao clientelismo político. Extinguiu as subvenções sociais distribuídas por deputados e não negociou emendas parlamentares, deixando de exercer a habitual dominação que o Poder Executivo exerce sobre o Poder Legislativo. Em décadas, foi o governador com o maior número de projetos rejeitados na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, retaliado pelo rompimento com o pacto clientelista.

Terminando seu mandato no governo de Minas Gerais ao fim de 2002, Itamar resolve não se candidatar a reeleição e apoia as campanhas de Aécio Neves (PSDB) para o Governo do Estado e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Itamar ajuda a eleger Aécio Neves, e com a vitória de Lula no plano nacional é nomeado embaixador brasileiro na Itália até deixar voluntariamente o cargo em 2005.

Embora na memória da maioria permaneça um governador mais atento aos problemas nacionais e a uma eventual candidatura à Presidência da República, foi em seu governo que se reorganizaram as finanças e a administração estadual, possibilitando ao governador seguinte, Aécio Neves, eleito com seu apoio, implantar o chamado Choque de Gestão.

Últimos Anos

Em 2006, tentou se candidatar a Presidente da República pelo PMDB, competindo pela indicação do partido com Anthony Garotinho, o ex-governador do Rio de Janeiro. Porém, no dia 22 de maio, anunciou a sua desistência e a sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal.

Acabou perdendo a indicação do PMDB de Minas Gerais para o Senado Federal para Newton Cardoso (líder das pesquisas no início, mas que sofreu uma derrota às vésperas das eleições). Itamar anunciou, em 2006, o seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Aliado de Aécio Neves desde 2002, foi conselheiro do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Em maio de 2009, anunciou sua filiação ao Partido Popular Socialista (PPS), o que alimentou especulações sobre uma possível candidatura à Presidência da República ou ao Senado Federal. Em 27 de janeiro de 2007, anunciou sua pré-candidatura a senador, disputando uma das duas vagas nas eleições deste ano, apoiando Aécio Neves como candidato à outra vaga. O candidato a primeiro suplente será o atual presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella do PDT, e a segunda suplente, Elaine Matozinhos, do PTB.

Nas eleições de 3 de outubro de 2010, foi eleito senador pelo estado de Minas Gerais, derrotando Fernando Pimentel do PT.

Morte

Em 21 de maio de 2011, foi diagnosticado com Leucemia. Alguns dias depois, se licenciou do Senado Federal a fim de tratar-se da doença no Hospital Albert Einstein. No dia 27 de junho, um boletim médico do hospital divulgou que sua situação teria se agravado em virtude de uma Pneumonia que o levou à UTI.

Itamar faleceu na manhã do dia 2 de julho de 2011. O corpo do ex-Presidente foi cremado e as cinzas ficarão no jazigo da família em Juiz de Fora.

Fonte: Wikipédia