Eliana Tranchesi

ELIANA MARIA PIVA DE ALBUQUERQUE TRANCHESI
(56 anos)
Empresária

* São Paulo, SP (24/11/1955)
+ São Paulo, SP (24/02/2012)

Eliana Tranchesi foi uma empresária brasileira do ramo da moda, especializada em grifes internacionais. Trouxe para o Brasil lojas do porte de Dolce Gabbana, Giorgio Armani, Louis Vuitton, Christian Dior, Prada, Chanel, Burberry, Salvatore Ferragamo, Gucci, Fendi, Chloé, Cacharel, Yves Saint Laurent, Goyard, Tom Ford e Tods. Foi proprietária da Daslu em São Paulo.

Filha de Lucia Piva, co-fundadora da Daslu, foi casada com o médico Bernardino Tranchesi e teve três filhos: Bernardo, Luciana e Marcela. Com o falecimento de Lucia Piva, Eliana Tranchesi passou a comandar a loja que, em 2005, saiu da Vila Nova Conceição para um espaço maior na Vila Olímpia rebatizada como Villa Daslu.

Prisão

Em 13 de julho de 2005, o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Federal moveram a Operação Narciso resultando na prisão de Eliana Tranchesi e de seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque. Porém, Eliana Tranchesi foi liberada logo depois de prestar depoimento.

Em abril de 2008, o Ministério Público Federal em Guarulhos pediu a condenação de Eliana Tranchesi e mais seis envolvidos no suposto esquema de importações fraudulentas.

Em 26 de março de 2009, a justiça brasileira condenou a pena máxima de 94,5 anos de prisão dada à empresária Eliana Tranchesi. Os outros seis réus foram condenados. Ambos foram acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho tentado e consumado - importar ou exportar mercadoria lícita sem os devidos pagamentos de impostos.

A Justiça considerou ainda o grupo "uma quadrilha que cometeu crimes financeiros de forma habitual e recorrente, mesmo após a denúncia do Ministério Público Federal". Na sentença, a juíza Maria Isabel do Prado destacou que houve "ganância" e que Eliana Tranchesi "demonstrou ter personalidade integralmente voltada para o crime".

Em sua decisão, a juíza mencionou que a "organização criminosa" também deve ser presa por ter "conexões no estrangeiro" e que os acusados praticavam "crimes de forma habitual, como verdadeiro modo de vida, ou seja, são literalmente profissionais do crime".

No mesmo dia, a empresária foi presa pela Polícia Federal em cumprimento a sentença judicial, mas, um dia depois, a defesa conseguiu um habeas corpus e Eliana Tranchesi foi libertada.

Doença e Morte

Em 2006, revelou que havia retirado um tumor do pulmão, que teve metástase na coluna e que estava se submetendo a sessões de quimioterapia e radioterapia. Devido a sua prisão em março de 2009, revelou que retomou o tratamento.

Eliana Tranchesi morreu na madrugada de sexta-feira, 24/02/2012, aos 56 anos vítima de complicações de um câncer no pulmão. Ela estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Em nota divulgada pelo Hospital Albert Einstein por volta das 11:00 hs da sexta-feira, 24/02/2012, informou que Eliana Tranchesi morreu "a 0h20 de hoje, em decorrência de um câncer pulmonar complicado por pneumonia".

"A diretoria da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein estende nesse momento suas condolências aos familiares", dizia a nota, assinada pelo presidente do hospital, Claudio Luiz Lottenberg, e o médico oncologista Sérgio Simon.

O enterro ocorreu às 15:00 hs do dia 24/02/2012 no Cemitério do Morumbi.


Pery Ribeiro

PERI OLIVEIRA MARTINS
(74 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (27/10/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/02/2012)

Pery Ribeiro era filho de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Tem seis irmãos (quatro por parte de pai, um de pai e mãe, e uma irmã adotiva por parte de mãe). Foi um grande admirador da obra artística de seus pais, e através deles conseguiu se decidir e apreciar a música, seguindo a carreira de cantor.

Despontou como cantor ainda na infância, e logo se tornou sucesso. Na chegada a adolescência passou a fazer shows profissionais.

Mais tarde no anos 50, passou a adotar o nome artístico de Pery Ribeiro, por sugestão do radialista César de Alencar. O primeiro disco foi gravado em 1960, mesmo ano em que estreou como compositor com a música Não Devo Insistir, com Dora Lopes. Em 1961 foi o intérprete de Manhã de Carnaval e Samba de Orfeu, ambas de Luiz Bonfá e Antônio Maria.

Pery gravou a primeira versão comercial da canção Garota de Ipanema, sucesso em todo o mundo, além de 12 discos dedicados à Bossa Nova. A partir da década de 1970, desenvolveu trabalhos mais voltados para o Jazz, ao lado de Leny Andrade, viajando pelo México e Estados Unidos, onde atuou também ao lado do conjunto de Sérgio Mendes.

Entre os 50 troféus e 12 prêmios que ganhou, estão o Troféu Roquette Pinto, o Troféu Chico Viola e o Troféu Imprensa.

Foi apresentador de programas de televisão e participou de alguns filmes no cinema nacional.

Morou muitos anos com a família em Miami, na Flórida, retornando em 2011 para a cidade do Rio de Janeiro.

Morte

Faleceu aos 74 anos, vítima de um Infarto Agudo do Miocárdio.

De acordo com a esposa de Pery, a empresária Ana Duarte, ele estava internado havia 30 dias no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte, para tratar de uma Endocardite e tinha alta programada para esta semana.

Fonte: Wikipédia

Padre Leonel Franca

LEONEL EDGARD DA SILVEIRA FRANCA
(55 anos)
Professor e Sacerdote

* São Gabriel, RS (06/01/1893)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/09/1948)

Entrou para a Companhia de Jesus em 1908, ordenando-se sacerdote em 1923. Foi então para Roma, onde doutorou-se em teologia e filosofia na Universidade Gregoriana.

De volta ao Brasil, foi professor do Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro. Lecionou história da filosofia, psicologia experimental e química no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo.

Foi membro do Conselho Nacional de Educação em 1931 e vice-reitor do Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro. Teve papel destacado na fundação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e foi, também, seu primeiro reitor. Em 1947 recebeu o Prêmio Machado de Assis.

Algumas de Suas Obras

  • 1918 - Noções de História da Filosofia
  • 1919 - Apontamentos de Química Geral
  • 1922 - A Igreja, a Reforma e a Civilização
  • 1949 - Pensamentos Espirituais (Publicada Postumamente)

Fonte: Wikipédia

Padre Eustáquio

HUMBERTO VAN LIESHOUT
(52 anos)
Padre

* Aarle Rixtel, Holanda (03/11/1890)
+ Belo Horizonte, MG (30/08/1943)

Humberto van Lieshout, que mais tarde seria conhecido como o venerável Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Passou o final de sua vida no bairro Celeste Império, vizinho ao Jardim Montanhês, celebrando Missas na Capela Cristo Rei, única igreja existente nas proximidades dos bairros Celeste Império, Villa Minas Gerais e Progresso (atual bairro Padre Eustáquio).

Andava por toda a região, atendendo pessoas e resumindo sua missão em duas palavras: "Saúde e Paz", numa atitude de fé e amor ao próximo.

Em 10 de dezembro de 1913, Padre Eustáquio iniciou o noviciado canônico, em Tremelo, na Bélgica. Fez votos temporários de pobreza, castidade e obediência como religioso da Congregação dos Sagrados Corações, no dia 27 de janeiro de 1915, tendo feito os votos perpétuos três anos mais tarde.

A 10 de agosto de 1919, após cursar filosofia e teologia em seminários da Congregação, foi ordenado sacerdote por Dom Henrique Hopmans, bispo da diocese holandesa de Breda. Desse ano até agosto de 1924, trabalhou como auxiliar do mestre de noviços, vigário paroquial em Roelofarendsveen, tendo exercido, em 1920, o ministério sacerdotal em Maassluis, nas proximidades de Roterdam, cuidando de grande comunidade de famílias belgas que, em 1914, tiveram que deixar sua pátria, por causa da invasão alemã.

Em agosto de 1924, por ordem dos superiores, chegou à comunidade da Congregação em Miranda de Ebro, na Espanha, a fim de aprender a língua espanhola, pois fora nomeado missionário na América do Sul, juntamente com os padres Gil van den Boorgart e Matias van Rooy. Em 22 de abril do ano seguinte, os três deixaram o porto de Amsterdam com destino ao Rio de Janeiro.

No dia 15 de julho de 1925, Padre Eustáquio e seus irmãos de Congregação chegaram em Romaria, no Triângulo Mineiro, onde assumiram a pastoral do santuário episcopal e da Paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, Paróquia de São Miguel de Nova Ponte e Paróquia de Santana de Indianópolis, todas na Arquidiocese de Uberaba. A Padre Eustáquio, coube a função de vigário paroquial com prioridade de serviços de atendimento às comunidades da sede paroquial de Nova Ponte e de todas as suas capelas.

Em 26 de março de 1926, tornou-se reitor do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, pároco das três paróquias citadas e da Paróquia de Iraí de Minas e assumiu, também, as responsabilidades de conselheiro da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil.

Ao ministrar suas orientações pessoais ações curativas de enfermidades físicas Padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente e, sempre que possível, indicava medicamentos naturais de aquisição fácil e uso seguro. Para tanto, seguia, com critério, as orientações medicamentais do "Manual de Medicina no Campo", um compêndio de medicina natural e de primeiros socorros que ele sempre carregava consigo, no bolso da batina ou com seus objetos religiosos, numa pequena valise de couro.

Era comum vê-lo consultar o manual, após ter dado alguma bênção ou antes de fazer a indicação de algum medicamento. Com freqüência, costumava-se vê-lo coletando folhas e raízes cujas serventias medicamentosas costumava testar em casa. Muitas pessoas que necessitavam de ajuda, na falta de farmacêutico ou médico, procuravam Padre Eustáquio.

De Romaria, foi transferido para Poá em São Paulo, onde continuou seu trabalho, incentivando lideranças religiosas existentes. Também fazia bênçãos, entre elas a da água no reservatório e nas pias de água benta, à entrada da igreja. Com o passar do tempo, os fiéis começaram a levar para a igreja garrafas de água para ser abençoadas. Com a notícia de fatos referentes a bênçãos do Padre Eustáquio seguidas de curas, o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá. Por causa do transtorno, foi enviado para Araguari e ficou um tempo em reclusão, mantendo comunicação por carta com outras pessoas, principalmente seu amigo Padre Gil.

A 12 de fevereiro de 1942, Padre Eustáquio regeu a Paróquia de Ibiá, até ser transferido para Belo Horizonte em 7 de abril do mesmo ano. Chegou na capital mineira sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. Porém, a despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas, na Capela Cristo Rei, no bairro Celeste Império.

Como a Capela Cristo Rei, matriz provisória, era muito distante do convento dos frades franciscanos, onde os padres dos Sagrados Corações se hospedavam, por praticidade, Padre Eustáquio alugou uma casa a apenas um quilômetro da capela.

Em 9 de setembro de 1942, o então prefeito da capital, Juscelino Kubitschek, que se considerava beneficiado por milagre conseguido por intercessão do Padre Eustáquio, doou à paróquia um terreno onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações, cuja pedra fundamental foi abençoada por Dom Cabral. Nesse dia, após a cerimônia, Padre Eustáquio disse a alguns membros da Comissão Pró-Construção da Matriz: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei".

Em 1943, de 18 a 21 de agosto, durante o retiro que pregava às alunas do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte, Padre Eustáquio demonstrou aparência abatida e cansaço. No dia seguinte, repousou em seu quarto, febril e trêmulo.

Na manhã do dia 23, ainda febril e mais abatido, dirigiu-se à igreja, como fazia todos os dias, para rezar a missa. Ao final, dirigiu-se à sacristia, onde se sentou em um banco e desfaleceu.

Os médicos Américo Souza Gomes, Olinto Orsini de Castro, Alfredo Balena e Otávio Coelho Magalhães o examinaram, mas não houve dúvida no diagnóstico: Tifo Exantemático, devido a uma picada de carrapato.

Padre Eustáquio permaneceu ali, rezando, embora dissesse que não sobreviveria. Recebeu o sacramento dos enfermos, mas chamava ansiosamente pelo amigo Padre Gil. Enquanto o aguardava, fez a renovação dos votos religiosos, pressentindo que a morte estava perto.

As freiras, os médicos e os enfermeiros emocionaram-se vendo seu olhar irradiar-se quando ele repetia cada palavra da seguinte fórmula que Padre Hermenegildo lhe ditava, com lentidão e clareza:

"Eu, Eustáquio, conforme as Constituições, Estatutos e Regras, renovo os meus votos de pobreza, castidade e obediência como irmão da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, em cujo serviço quero viver e morrer. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"

Depois, a sós com seus dois confrades, disse em tom de alívio e de espera:

"Graças a Deus, estou pronto! Mas como demora o Padre Gil!"

No dia 30 de agosto, Padre Gil conseguiu chegar para ver o amigo. Vendo-o à porta, Padre Eustáquio, em esforço heróico, tentou erguer-se do leito. Com voz serena, disse-lhe: "Padre Gil, Graças a Deus!" e desfaleceu-se, derradeiramente. No dia seguinte, Belo Horizonte amanheceu de luto. A imprensa divulgava, incessantemente, notícias sobre seu falecimento.

Padre Eustáquio faleceu no Sanatório Minas Gerais, atual Hospital Alberto Cavalcanti, Belo Horizonte.

Após sua morte, foi atribuída a ele a cura de um Câncer de um devoto, constatada clinicamente e comprovada cientificamente. Esse relato consta no processo para sua beatificação, iniciado em 1997. Outros casos de curas e milagres também são relatados por várias pessoas.

Padre Eustáquio costumava dizer que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus".

Foi beatificado em 15 de junho de 2006 pelo Papa Bento XVI.