Carlos Aymard

AYMARD DEL CARLO
(54 anos)
Radialista e Comentarista Esportivo

* São Paulo, SP (28/12/1934)
+ São Paulo, SP (08/08/1989)

Um dos mais importantes comentaristas esportivos da história do rádio.

Paulistano, nascido em 28 de dezembro de 1934, Aymard Del Carlo trabalhou na extinta Rádio Nacional de 1969 a 1977. Depois se transferiu para a Rádio Globo, onde ficou até 1989.

Foi presidente da ACEESP (1976 a 1977) e no comando da Associação dos Cronistas Esportivos do Estadode São Paulo passou por situação difícil quando o Torneio Inicio, que tinha renda revertida para a entidade, foi extinto. Com isso a Associação passou a depender de uma indenização proveniente das rendas dos jogos do Campeonato Paulista de Futebol (Paulistão).

Cobriu várias Copas do Mundo de Futebol.

Era filho de Henrique Del Carlo e Maria. Deixou esposa, Nilza Prado, duas filhas, Mônica e Patrícia, e quatro netos.
Morte

Carlos Aymard Faleceu vítima de Câncer no dia 5 de agosto de 1989, aos 54 anos, quando exercia a função de comentarista principal da Rádio Globo.

Walter Abrahão

WALTER ABRAHÃO
(80 anos)
Locutor Esportivo e Político

* Piraju, SP (05/01/1931)
+ São Paulo, SP (08/08/2011)

Foi um locutor esportivo e político brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes da narração esportiva da televisão brasileira.

Filho de imigrantes árabes, formou-se um Direito, sendo sócio de um importante escritório de advocacia. Na década de 1950 iniciou como radialista nas Emissoras Associadas de São Paulo e logo após fez sucesso na TV Tupi como locutor esportivo, nas décadas de 1960 e 1970. Na década de 1980 trabalhou na TVS (Atual SBT) e na TV Manchete. Nestas emissoras, participou das transmissões de seis Copas do Mundo.

É considerado o inventor do "replay" esportivo quando utilizou este artifício, pela primeira vez, em 1963, chamando de "bi-lance".

Walter também foi vereador da cidade de São Paulo, eleito em 1988 e reeleito em 1992. Em 1993 entrou para o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, aposentando-se em 2001.

Morte

Faleceu em São Paulo no Hospital 9 de Julho em decorrência de um Câncer no Pulmão. Por mais de trinta dias Abrahão ficou internado na capital paulista, padecendo da mesma doença que vitimou a sua esposa Laura.

Fonte: Wikipédia

Eduardo Rabello

FRANCISCO EDUARDO RABELLO
(63 anos)
Médico e Professor

☼ Barra Mansa, RJ (22/09/1876)
┼ Rio de Janeiro, RJ (08/08/1940)

Eduardo Rabello foi um médico dermatologista e professor brasileiro nascido em Barra Mansa, RJ, no dia 22/09/1876. Ele foi um dos pioneiros da dermatologia brasileira.

Seu nome batiza o Hospital Estadual Eduardo Rabello em Senador Vasconcelos, RJ, referência estadual em atendimento em geriatria.

Eduardo Rabello era filho de Eduardo Rabello e de Maria Teodora dos Reis Rabello. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese "Hematologia na Ancilostomíase" (1903).

Inspetor de profilaxia da lepra e doenças venéreas do Departamento Nacional de Saúde Pública. Fundador da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 1912, e presidiu esta sociedade 1925/1940.

Especializou-se em radiologia e fundou no Rio de Janeiro o Instituto do Rádio da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1914, instituição pioneira na radioterapia brasileira.

Professor da cadeira de dermatologia e sifiligrafia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Foi sócio fundador e diretor da Fundação Gaffrée Guinle em 1923.

Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina em 1917. Foi sócio fundador da Sociedade Brasileira de Radiologia em 1929 e foi cavaleiro da Ordre National de la Légion d'Honneur (Ordem Nacional da Legião de Honra).

Fonte: Wikipédia

Lucy Meirelles

CROTHILDE SIGNORI
(54 anos)
Atriz

* Itirapina, SP (07/09/1928)
+ São Paulo, SP (20/11/1982)

Lucy Meirelles era o nome artístico de Crothilde Signori.

Começou a carreira artística em 1954, como radio-atriz, na Rádio Nacional. Mudou-se para São Paulo, destacando-se em várias novelas das décadas de 60 e 70.

Trabalhou na TV Excelsior, TV Record e TV Tupi.

Televisão

1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano
1977 - Éramos Seis ... Karine
1976 - Tchan, a Grande Sacada ... Sofia
1975 - Um Dia, o Amor ... Suely
1974 - Ídolo de Pano ... Guiomar
1974 - Os Inocentes ... Isabel
1973 - Mulheres de Areia ... Isaura
1972 - O Leopardo ... Celina
1972 - Os Fidalgos da Casa Mourisca
1971 - Sol Amarelo
1971 - Os Deuses Estão Mortos
1970 - As Pupilas do Senhor Reitor ... Brásia
1969 - Dez Vidas
1969 - Os Estranhos
1968 - Os Diabólicos
1965 - O Ébrio
1965 - Marina ... Laura
1965 - A Sombra do Passado ... Carmem
1962 - O Vigilante Rodoviário (Episódio: A Extorsão)

Cinema

1981 - Bonitinha Mas Ordinária
1967 - O Vigilante em Missão Secreta
1964 - O Vigilante e os Cinco Valentes


Morte

Solteira, foi encontrada morta aos 54 anos, no apartamento que morava no bairro do Sumaré, vítima de um Ataque Cardíaco.

Seu último trabalho na TV foi na novela da TV Tupi, João Brasileiro, o Bom Baiano e no cinema em uma pequena participação em Bonitinha Mas Ordinária.

Barão de Drummond

JOÃO BATISTA VIANA DRUMMOND
(72 anos)
Empresário

* Itabira, MG (01/05/1825)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/08/1897)

João Batista Viana Drummond, primeiro e único Barão de Drummond, foi um empresário abolicionista e progressista do fim do século XIX.

Veio para o Rio de Janeiro, então capital do Império, aos 20 anos de idade. Teve várias ocupações antes de se dedicar ao ramo imobiliário.

Desposou Florinda Gomes Pereira em 1855. Esta senhora não chegou a ser a Baronesa de Drummond, pois faleceu em 14 de maio de 1882, antes do marido receber o título de Barão, o que ocorreu em 19 de agosto de 1888.

Foi administrador da Estrada de Ferro Dom Pedro II, que iniciou as suas atividades de seu primeiro trecho em 1858.

Sendo amigo do Imperador Dom Pedro II, adquiriu as terras da Imperial Quinta do Macaco, vale adjacente ao Morro dos Macacos, da Princesa Isabel por 120 contos de réis.

Viajando a Paris à época, ficou impressionado com a arquitetura daquela cidade francesa, decidindo urbanizar a área como se fosse um bairro francês, inclusive abrindo um boulevard. O bairro, com o nome de Vila Isabel, foi fundado oficialmente em 03/01/1872.

Praça Barão de Drummond (Praça Sete) em Vila Isabel
Barão de Drummond foi presidente do Jockey Club Brasileiro. Gostava muito de animais, possuindo diversos espécimes. Tinha autorização para importá-los e criou o primeiro Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, em Vila Isabel, em 1888.

Colocava em uma gaiola coberta por um pano, um animal (bichos de porte pequeno) e dependurava no alto do portão do Jardim Zoológico. Eram feitas as apostas para descobrir qual o animal e parte do dinheiro arrecadado era revertido para a compra de mais animais para o zoológico e a outra para o apostador.

Com a Proclamação da República pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15/11/1889, o Jardim Zoológico perdeu a ajuda financeira que tinha do Imperador, e elaborou uma loteria para financiá-lo, onde cada número representava um animal, e cada ingresso do Jardim Zoológico dava direito a um bilhete numerado, para concorrer no sorteio do "Bicho do Dia", no encerramento das atividades do parque.

Esse jogo ficou popularmente conhecido como Jogo do Bicho, vindo a ser posteriormente proibido, porém ganhou as ruas do Rio de Janeiro, se popularizou e espalhou pelo Brasil existindo até hoje, mesmo como contravenção.

Abel Ferreira

ABEL FERREIRA
(65 anos)
Instrumentista, Arranjador e Compositor

* Coromandel, MG (15/02/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/04/1980)

Abel Ferreira foi autodidata, e não apenas na música, pois a família impediu seus estudos, obrigando-o a trabalhar desde pequeno em diversos ofícios. Tanto a escolaridade quanto a educação musical vieram às escondidas. O aprendizado da música nasceu do estímulo de escutar a banda filarmônica de sua cidade.

Há registros de que aos cinco anos tocava gaita e aos sete flauta de bambu. Aos 12 anos, depois de ter-se iniciado por conta própria em teoria musical através de um método da década de 1920 chamado "Artinha", experimentou pela primeira vez uma clarineta de 13 chaves, sob a orientação de um obscuro professor de Coromandel, de nome Hipácio Gomes.

"Esparramei os dedos do menino no instrumento", comentou Hipácio Gomes, 30 anos mais tarde. Abel Ferreira não teve nenhum outro professor de música, nem antes, nem depois.

O contato com o saxofone veio aos 15 anos de idade. Conta-se que, sabendo da existência de um sax alto numa outra cidade de Minas Gerais, Abel Ferreira viajou horas de trem apenas para conhecer o instrumento, que nunca havia visto. Aprendeu sozinho. Embora intuitivo, Abel Ferreira tinha ouvido absoluto e aprendeu a escrever música, dominava a teoria musical, fazia arranjos e tocava piano.


O fato é que Abel Ferreira trouxe a música dentro de si e dela não mais se separou. Nem de seu instrumento, o clarinete, que carregava para todo lado, lembrando os tempos de moleque em que desmontava peça por peça para tê-lo sempre nos bolsos.

Aos doze estreou na banda de sua cidade e mais tarde começou a se destacar nas orquestras que tocava.

Aos 17 mudou-se para Belo Horizonte e passou a tocar sax alto e tenor, apresentando-se na Rádio Guarani. Tendo passado por Belo Horizonte e Uberaba, foi aconselhado depois pelo maestro Gaó a seguir para São Paulo, onde conseguiu finalmente se profissionalizar.

Em 1935 foi para São Paulo, ingressando na orquestra de Maurício Cascapera. Em seguida mudou-se para Uberaba, onde se tornou diretor artístico da emissora de rádio local. Nessa época participou de um show em Poços de Caldas, em que acompanhou as irmãs Carmen Miranda e Aurora Miranda.

De volta a Belo Horizonte, tocou em 1937 com J. França e Sua Banda. Com o mesmo grupo apresentou-se em São Paulo, em 1940, e mais tarde com Pinheirinho e seu Regional, na Rádio Tupi paulistana. Gravou suas primeiras composições, o choro "Chorando Baixinho", em solo de clarineta, e a valsa "Vânia", em solo de saxofone, em 1942, na Columbia de São Paulo, com o acompanhamento de Pinheirinho e seu Regional.

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
No ano seguinte foi para o Rio de Janeiro onde passou a tocar com Ferreira Filho e sua Orquestra, no Cassino da Urca, lançando em 1944 uma nova gravação de suas primeiras composições, dessa vez com Claudionor Cruz e seu Regional. Em 1945 e 1946 tocou, respectivamente, nas orquestras de Vicente Paiva e Benê Nunes, apresentando-se em cassinos e na Rádio Globo. Fez duetos memoráveis com Zé da Velha e com Pixinguinha, com quem gravou "Ingênuo" em 1958.

Com esses conjuntos musicais, e com o seu grupo, formado em 1947, acompanhou vários cantores importantes da época, como Sílvio Caldas, Francisco Alves, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Marlene, Emilinha Borba e outros.

Em 1949 ingressou na Rádio Nacional, onde passou a se apresentar como líder da Turma do Sereno. Tocou no mesmo ano com Ruy Rey e sua Orquestra, gravando na Todamérica seu choro "Acariciando" (Abel FerreiraLourival Faisal). Com Paulo Tapajós, seu companheiro na Rádio Nacional, formou em 1952 a Escola de Ritmos, que viajou por todo o Brasil.

Viajou em 1957 com seu conjunto em tournée por Portugal e em 1958 integrou o grupo Os Brasileiros, do qual também participavam Shuca, Trio Irakitan, Dimas, Pernambuco e o maestro Guio de Morais, em excursão de divulgação de música brasileira em vários países europeus, gravando ainda o LP "Os Brasileiros na Europa". Viajou pelos Estados Unidos, inclusive Hawaii, com o pianista Benê Nunes, em 1960, e pela Argentina com Waldir Azevedo, em 1961.

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
Voltou à Europa em 1964-1965, gravando nesse último ano o disco "Abel Ferreira e Sua Turma". Visitou a União Soviética e outros países europeus em 1968.

Na década de 1970, principalmente a partir do lançamento do LP "Pra Seu Governo", de Beth Carvalho, na gravadora Tapecar, tornou-se um dos músicos mais requisitados em gravações e shows, como acompanhante, no sax e na clarineta.

Legítimo herdeiro da categoria do clarinetista Luís Americano, aposentou-se no rádio em 1971, tendo durante esses anos composto vários choros que se incorporaram aos clássicos instrumentais: "Doce Melodia" é um exemplo.

Com a redescoberta do choro e a criação do Clube do Choro, no Rio de Janeiro, em meados de 1975, voltou à atividade, passando a apresentar-se, ao lado de Raul de Barros e Copinha em vários shows de teatro.

Nas contas do próprio Abel Ferreira, compôs mais de cinquenta músicas, entre elas "Acariciando", "Luar de Coromandel" e "Chorinho do Suvaco de Cobra". Viajou o mundo todo e até seus últimos anos de vida continuou soprando o instrumento, em shows com Copinha e Raul de Barros


Quando morreu, em 1980, era considerado o mestre maior da clarineta brasileira. Luís Americano, desaparecido 20 anos antes, havia deixado poucas gravações de boa qualidade, e no final da vida o vigor de seu sopro já não era o mesmo. Abel Ferreira era soberano, e encantou jovens platéias pelo Brasil quando excursionou, junto com Ademilde Fonseca, no Projeto Pixinguinha, em 1976.

Tão importante quanto o intérprete é o Abel Ferreira compositor. Algumas de suas invenções, muitas vezes transpassadas por uma melancolia que lhes imprime um caráter intimista, tornaram-se clássicos. "Acariciando", "Doce Melodia", "Levanta Poeira", "Chorinho do Sovaco de Cobra" e, principalmente, "Chorando Baixinho", são melodias de tal forma identificadas com a alma musical brasileira que não há quem não se encante ao ouvi-las, pela enésima vez, numa roda de choro.

Abel Ferreira tem algumas gravações lançadas em CD, onde se encontram diversas versões de seus maiores sucessos. "Brasil, Sax e Clarineta" (Discos Marcus Pereira), de 1976, tornou-se um de seus trabalhos mais premiados. Há também gravações coletivas antológicas, com Arthur Moreira Lima e o Época de Ouro, e o excelente "Chorando na Praça" com Paulo MouraCopinha, Zé da Velha, Joel Nascimento e Waldir Azevedo.

Abel Ferreira, mineiro de alma derramada como o luar de sua Coromandel, que homenageou numa valsa, é daqueles transmitem a boa sensação de permanência da música brasileira. Chorando baixinho, para sempre.

Discografia

  • 1942 - Chorando Baixinho / Vânia (Columbia)
  • 1943 - Haroldo no Choro / Sururu no Galinheiro (Columbia)
  • 1950 - Polquinha Mineira / Doce Melodia (Todamerica)
  • 1951 - Galo Garnizé / Chorinho ao Luar (Todamérica)
  • 1951 - Minha Vida / Balança Mas Não Cai (Todamérica)
  • 1951 - Baião no Deserto / Chorinho do Bruno (Continental)
  • 1952 - Sonho Negro / Tristesse - Opus 10 Nº 3 (Todamérica)
  • 1952 - Indiferença / Mexidinho (Todamérica)
  • 1953 - Uma Noite em São Borja / Baiãozinho Bom
  • 1953 - Louco de Amor / Chorando Baixinho (Todamérica)
  • 1953 - O Avião / Melancolia (Todamérica)
  • 1954 - Menezes no Choro / Sai da Frente (Todamérica)
  • 1954 - Jantar Dançante (Copacabana)
  • 1955 - Constantemente / Acariciando (Todamérica)
  • 1955 - No Tempo do Cabaré (Copacabana)
  • 1956 - Doce Mentira / Barco Veleiro (Continental)
  • 1956 - Aquela Noite / Imperial (Continental)
  • 1956 - Coração em Férias / Saudade Gostosa (Todamérica)
  • 1958 - Jantar Dançante - Abel Ferreira e seu Conjunto (Copacabana)
  • 1959 - Recado / Lamento (Copacabana)
  • 1962 - Chorando Baixinho - Abel Ferreira e seu Conjunto (Odeon)
  • 1964 - Abel Ferreira e a Turma do Sereno (Odeon)
  • 1976 - Brasil, Sax e Clarineta (Discos Marcus Pereira)
  • 1977 - Choro na Praça
  • 1977 - Abel Ferreira e Filhos (Discos Marcus Pereira)
  • 1978 - Abel Ferreira e seu Conjunto (RGE)
  • 1979 - Chorando Baixinho - Um Encontro Histórico

Fonte: Wikipédia