Adelaide Carraro

ADELAIDE CARRARO
(55 anos)
Escritora

* Vinhedo, SP (30/07/1936)
+ São Paulo, SP (07/01/1992)

Adelaide Carraro foi uma escritora brasileira. Era uma escritora que escrevia livros fortes, com temas polêmicos e em plena época da ditadura militar, quando havia muita censura.

Poucas foram as escritoras que souberam lidar com a libido em seus textos. Polêmica, a cada livro que lançava despertava a curiosidade em alguns e a ira em outros. Principalmente, os políticos e a alta sociedade que sempre apareciam biografados, e nem sempre da forma que gostariam.

Adelaide Carraro nasceu na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, em 30/07/1936. Logo cedo, aos 7 anos, ficou órfã com mais onze irmãos. As dificuldades eram grandes, e então, passou a viver em um orfanato.

Seu primeiro texto que chegou ao conhecimento público foi a crônica "Mãe", que lhe rendeu um prêmio aos 13 anos de idade.


Adelaide Carraro deixou uma obra bastante extensa, com mais de 40 edições, tendo mais de 2 milhões de exemplares vendidos, entre eles "O Estudante", "O Estudante II", "O Estudante III", "Meu Professor, Meu Herói" e "Eu e o Governador". Este último é o seu texto mais polêmico, referente à descrição de um suposto romance com Jânio Quadros em seu período como governador de São Paulo.

Escreveu também outras obras como "Podridão" e "O Mundo Cão de Sílvio Santos".

"Falência das Elites" é a segunda e uma das mais importantes obras de Adelaide Carraro. Ela exibe de maneira perturbadora o retrato de uma sociedade cheia de preconceitos, em decomposição e intolerante, que despreza todos aqueles que não ingressaram em seu meio egocêntrico aristocrático do dinheiro.

Pasquim Num. 427 (Entrevista Com Adelaide Carraro)
Sincera, clara e simples, a autora ofende a vaidade da chamada elite. Para Adelaide Carraro, a elite apresenta duas caras: uma é feliz e amável e finge-se filantrópica, a outra é sombria, oculta e repulsiva.

Adelaide Carraro era solteira convicta, jamais cogitou se casar, porém, foi mãe adotiva de duas crianças. Muitos foram os adjetivos na tentativa de classificar sua obra, entre os quais "literatura pornográfica" e "escritora maldita".

Adelaide Carraro morreu em janeiro de 1992 aos 55 anos.