Herbert Richers

HERBERT RICHERS
(86 anos)
Empresário e Produtor de Cinema

* Araraquara, SP (11/03/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/11/2009)

"Versão brasileira, Herbert Richers". Esta frase é conhecida de milhões de pessoas no Brasil.

Radicado no Rio de Janeiro desde 1942, fundou oito anos mais tarde a empresa homônima Herbert Richers, que começou no ramo de distribuição de filmes e depois se tornou o principal estúdio de dublagem da América Latina.

A empresa Herbert Richers foi uma das pioneiras da dublagem no Brasil. Possuía os maiores estúdios de dublagem da América Latina com mais de 10 mil m².


Herbert Richers foi um produtor de cinema das antigas produções da Atlântida, por volta da década de 1950. No início desta época, ele fundou a empresa que leva seu nome, no bairro da Usina, zona Norte do Rio de Janeiro, onde passou, além de produzir, fazer distribuições de filmes para serem exibidos nos cinemas.

Conhecedor dos estúdios de Hollywood, ele transitava nos estúdios de Walt Disney, de quem era amigo, e sua amizade com ele o levou a conhecer o sistema de dublagens, já muito difundida em Hollywood. Trazendo de lá o conhecimento adquirido da dublagem como hoje se conhece, que passou a ser aplicado nos filmes exibidos na TV, resolvendo o grande problema das legendas, quase ilegíveis para a tecnologia da época.

Morte

Herbert Richers estava internado na Clínica São Vicente desde o dia 08/11/2009 e não resistiu a uma Insuficiência Renal. Morreu na madrugada de 20/11/2009, aos 86 anos.

Os problemas de saúde apareceram no início do ano. "Ele foi internado algumas vezes, mas sempre voltava pra casa. Desta vez não voltou", disse Herbert Richers Jr., seu filho.  

Fonte: Wikipédia

Newton da Matta

NEWTON DA MATTA
(60 anos)
Ator, Locutor, Escritor, Dublador e Diretor de Dublagem

* Rio de Janeiro, RJ (14/02/1946)
+ Bragança Paulista, SP (06/03/2006)

Newton da Matta iniciou suas atividades artísticas no rádio, atuando nas emissoras TV Tupi, Rádio Mayrink Veiga e Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, aos onze anos. Na Rádio Nacional participou de uma das maiores obras do radio que foi a Paixão de Cristo. Na Rádio Nacional, também foi escritor de novelas e diretor de elenco. Na televisão, atuou como ator e autor de Tele-Peças, na Rede Tupi, TV Rio e Rede Globo.

No teatro, foi o primeiro Pedrinho do Sítio do Picapau Amarelo no Teatro Ginástico e Copacabana, no Rio de Janeiro. Mais tarde, montou peças de Pirandello, entre outras.

Foi um dos diretores do musical Alô Dolly no Teatro João Caetano. A partir de 1960, foi convidado por Herbert Richers e Victor Berbara a dirigir e atuar como dublador. Foi o surgimento da dublagem na cidade do Rio de Janeiro.

Desde então, tem dublado diversos seriados, entre eles Dr. Kildare, dublando o ator Richard Chamberlain, Dallas, dublando o ator Patrick Duffy e A Gata e o Rato, dublando o ator Bruce Willis. Aliás Da Matta era o dublador oficial do ator Bruce Willis, emprestando sua voz a quase todos os filmes do ator.

Em longas-metragens, já dublou, além de Bruce Willis, os atores Dustin Hoffman, Paul Newman, Louis Jordan, Mickey Rourke, James Farentino, Peter O'Toole.

Também fez parte da fantástica dublagem da trilogia A Gaiola das Loucas no estúdio Álamo, em que dublava Albin Mougeotte (Zazá) vivido pelo ator Michel Serrault. Ao lado de Márcio Seixas como Renato Baldie e de Garcia Júnior como Jacob, o trio garantia o humor na versão brasileira da comédia.

Dirigiu em meados dos anos 1980 a dublagem de ThunderCats na Herbert Richers, dublando o personagem principal Lion-O.

Em seus últimos dias Newton da Matta trabalhava como diretor do estúdio de dublagem Tempo Filmes em São Paulo, responsável pela dublagem de programas dos canais a cabo Discovery Channel, People+Arts, Discovery Kids e Animal Planet.

Seu último trabalho, dublando o ator Bruce Willis foi no filme Sin City de Frank Miller, realizado no estúdio Delart, no Rio de Janeiro. Antes de morrer, foi cotado para dublar Hades em Os Cavaleiros do Zodíaco, papel que ficou a cargo de Marcelo Pissardini.

Morte

Faleceu aos 60 anos, na tarde de 6 de março de 2006, em Bragança Paulista, interior do estado de São Paulo, onde estava internado havia mais de trinta dias no Hospital Universitário São Francisco. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo no Rio de Janeiro.

Fonte:  Wikipédia

Laura Alvim

LAURA AGOSTINI DE VILALBA ALVIM
(83 anos)
Benemérita

* Rio de Janeiro, RJ (02/11/1900)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/03/1984)

Laura Alvim foi uma benemérita, protetora das artes que lutou pelo sonho de transformar a sua casa em Ipanema em um centro cultural.

Laura Alvim nasceu em 2 de novembro de 1900 no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. Era filha do médico precursor da radiologia no Brasil,  Álvaro Freire de Vilalba Alvim e Laura Agostine de Vilalba Alvim, e neta de Angelo Agostini, abolicionista, pintor e renomado caricaturista do período imperial que desenhou a primeira charge infantil do Rio de Janeiro para a revista O Tico-Tico. Pertencia, portanto, a uma influente família carioca.

Laura cresceu num ambiente pleno de cultura. Dada a sua beleza, e traços finos, é considerada por muitos a primeira Garota de Ipanema. Inteligente e irreverente, Laura tentou seguir a carreira artística, mas a oposição familiar e os preconceitos da época impediram-na de subir aos palcos.

Após a morte de seu pai, Laura dedicou-se a transformar sua casa em uma casa de cultura para homenageá-lo e também para sua própria realização, já que sempre foi apaixonada pelo teatro, mesmo nunca tendo tido coragem de segui-lo. Seu maior sonho era ser atriz.

Com a morte dos pais, Laura passou por momentos financeiros difíceis mas não a ponto de fazê-la desistir de seu sonho, mesmo após receber propostas milionárias pela casa.

Decidiu, então, transformar sua casa em uma espécie de teatro, onde apresentava, para os amigos e pessoas do seu círculo social, recitais em que declamava em francês. Nos seus salões realizou grandes festas, apoiando artistas novos e reunindo a intelectualidade nacional.

Muitos ainda devem se lembrar dela, sempre vestida de negro com as longas unhas vermelhas e chapéu de abas largas escondendo os olhos. Belíssima, culta e charmosa, despertou muitas paixões e, apesar de ter recebido 49 pedidos de casamento, nunca aceitou nenhum. Mas amou muito, e isso para ela era o mais importante. Tinha personalidade forte e ficou conhecida por sua irreverência e espírito de contestação. Passou da fortuna à miséria, da exuberante beleza ao aspecto que lhe deixou reclusa durante os últimos anos de sua vida, por conta de uma doença de pele. No final de seus dias passou a morar no porão do palacete e, para sobreviver, alugava quartos a turistas estrangeiros. Vendeu tudo o que tinha para promover as reformas na casa que queria transformar em espaço público, mas era com simpatia que cedia o pátio para que os pipoqueiros do bairro guardassem suas carrocinhas. Podia ter vendido também a propriedade, de 2 mil metros quadrados, mais preferiu doá-la à cidade.
 
Em 1983 Laura prova sua sanidade mental, e em perfeitas condições, doou ao estado do Rio de Janeiro seu casarão na Avenida Vieira Souto, na praia de Ipanema. Seu objetivo era transformá-lo em um centro cultural.

Morreu cinco meses depois de oficializar esse desejo, no dia 22 de março de 1984, em sua cidade natal. A inauguração se deu dois anos após a sua morte. Seu sonho foi concretizado e o Casa de Cultura Laura Alvim é um endereço obrigatório na agenda cultural do Rio de Janeiro.


Casa de Cultura Laura Alvim

O solar, uma das raras casas do bairro, possui estilo colonial com toques de pós-modernidade. Sua arquitetura é atração no endereço mais valorizado da orla. Quando Laura Alvim realmente começou as primeiras obras, elaborou ela mesma o projeto das reformas e o resultado foi uma grande mistura de estilos, preservando, porém, o chão de pedras.

Com dois mil metros quadrados em endereço nobre de Ipanema, de frente para o mar, a casa tornou-se, em 1986 a Casa de Cultura Laura Alvim. Ao completar 20 anos, passou por uma grande reforma e abriga três salas de cinema, hoje pilotadas pelo Grupo Estação, o Teatro Laura Alvim, com 245 lugares e o Espaço Rogério Cardoso com 70 lugares. O espaço reúne uma galeria de arte, o café do Ateliê Culinário com mesas e ombrelones nas arcadas.  Oferece, ainda, uma série de cursos que variam da interpretação teatral para pintura botânica. No terceiro andar, o Museu de Laura apresenta em exposição permanente móveis e objetos pessoais. O local possui facilidades para idosos e portadores de necessidades especiais.