Tavares de Miranda

JOSÉ TAVARES DE MIRANDA
(75 anos)
Jornalista, Escritor e Colunista Social

☼ Vitória de Santo Antão, PE (16/11/1916)
┼ São Paulo, SP (20/08/1992)

José Tavares de Miranda, mais conhecido como Tavares de Miranda, foi um jornalista, escritor e colunista social, natural de Pernambuco e radicado em São Paulo, onde se projetou.

Chegou em São Paulo com uma carta de apresentação em 1938. Ao chegar em São Paulo, trabalhou por 5 anos, no jornal Diário da Noite, como repórter policial, transferiu-se, posteriormente, para a Folha de S.Paulo, onde trabalhou por 42 anos, assinando a coluna social que o notabilizou. Em São Paulo, também, concluiu seus estudos de Direito na Faculdade de Direito do  Largo de São Francisco.

Tavares de Miranda tornou-se uma lenda viva do jornalismo, ao longo desses 47 anos. Lançava novas expressões, gírias, moda, modismos, divulgava furos de reportagem, selecionava as mais elegantes de São Paulo, sua importância era equivalente a de Maneco Muller, Jacinto de Thormes e Ibrahim Sued na imprensa de São Paulo.

Tavares de Miranda foi membro da Academia Paulista de Letras, ocupando a Cadeira nº 36, cujo patrono é Euclides da Cunha, e o fundador, Raul Soares de Moura, teve como antecessores, Afonso d'Escragnolle Taunay e Sérgio Buarque de Holanda, e, como sucessores, Oracy Nogueira e Esther de Figueiredo Ferraz.

Tavares de Miranda foi casado com Emerentina Lúcia de Oliveira Ribeiro, Dona Nini, por 45 anos, e teve três filhas.

Sua atividade profissional o levou a constituir um eclético arco de amizades, Lygia Fagundes Telles, Miguel Reale, Giba Um, Hebe Camargo, Alik Kostakis, Erasmo Dias e Alice Carta integravam seu circulo de amigos, entre muitas outras personalidades.

Tavares de Miranda nasceu em família católica, tornou-se ateu e comunista na juventude, e retornou ao seio do catolicismo. Frequentava a missa todos os dias na Igreja de Santa Terezinha na capital paulista.

O Repórter Zé, como se denominava, era um apaixonado pela poesia, escreveu seis livros de poesia, dois romances, dentre os quais "O Nojo" (1946), e um guia de etiqueta intitulado "Boas Maneiras e Outras Maneiras".

Sua saída da Folha de S.Paulo, em 1985, foi o culminar de um processo de transformação editorial que apontava para um colunismo mais contemporâneo, mais ágil, segundo a nova filosofia da direção, fato que o deixou muito deprimido.

Tavares de Miranda faleceu aos 75 anos, em São Paulo, SP, no dia 20/08/1992.

A prefeitura de São Paulo homenageou Tavares de Miranda batizando uma rua com seu nome em 1993.

Fonte: Wikipédia

Dom Aureliano Matos

AURELIANO MATOS
(78 anos)
Bispo

* Itapajé, CE (17/06/1889)
+ Limoeiro do Norte, CE (19/08/1967)

Dom Aureliano Matos, ingressou no Seminário da Prainha em Fortaleza aos 17 anos de idade e em 30 de novembro de 1914 ordenava-se sacerdote.

Em 1915 foi nomeado vigário de Pentecoste, em 1917 de Uruburetama e em 1927 de Itapipoca e em 29 de setembro de 1940, foi sagrado bispo de Limoeiro do Norte.

Em 29 de setembro de 1940 seguido por fieis e autoridades civis e religiosas do estado do Ceará e demais estados, numa solenidade presidida por Dom Manoel da Silva Gomes, arcebispo de Fortaleza, assistido pelos bispos Dom José Tupinambá da Frota de Sobral e Dom Francisco de Assis Pires de Crato, Dom Aureliano Matos seguiu para à catedral, para ser nomeado como o 1° bispo do município de Limoeiro do Norte.

Contribuições

Por iniciativas de Dom Aureliano Matos, foram feitas muitas construções e instalações no município de Limoeiro do Norte, entre elas estão: a Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (FAFIDAM), o Ginásio Diocesano, o Liceu de Artes e Ofícios, a ponte sobre o Rio Jaguaribe, o Seminário, o Tiro de Guerra, entre outras.

Morreu no dia 19 de agosto de 1967, com 78 anos, e teve seu cortejo fúnebre em 20 de agosto de 1967.

Fonte: Wikipédia

Dom Lino Deodato

LINO DEODATO RODRIGUES DE CARVALHO
(67 anos)
Bispo

* São Bernardo das Russas, CE (23/09/1826)
+ Aparecida, SP (19/08/1894)

Foi um sacerdote católico e nono bispo de São Paulo. Era filho de Joaquim José Rodrigues de Carvalho e de Alexandrina Rodrigues de Carvalho. Seus pais eram professores e com eles teve os primeiros estudos.

Em 1848 partiu para Olinda, sede do bispado, onde ingressou no seminário, numa época de reformas empreendidas principalmente por Dom João da Purificação Marques Perdigão (Ordem de Santo Agostinho), bispo de Olinda, e por Dom Romualdo Antônio Seixas, arcebispo da Bahia. Este espírito reformador marcou muito a personalidade do seminarista Lino.

Foi ordenado pelo próprio Dom João da Purificação Marques Perdigão. Após a ordenação, foi nomeado pároco de Russas, CE, onde também lecionou. Foi secretário do bispo do Ceará e deputado provincial pelo Partido Conservador em 1856.

Tendo sido indicado bispo de São Paulo por Dom Pedro II, imperador do Brasil, a 21/05/1871, aos 44 anos, e foi confirmado, por breve do Papa Pio IX, em 28/07/1872.

Foi sagrado bispo em São Paulo no dia 09/03/1873, sendo sagrante principal Dom Luís Antônio dos Santos, então bispo do Ceará e depois arcebispo da Bahia.

Tendo a saúde debilitada, solicitou a Roma um bispo auxiliar, no que foi atendido em 26/08/1892, com a nomeação de Dom Arcoverde.

Dom Lino Deodato foi bispo de São Paulo até 19/08/1894, quando veio a falecer, em Aparecida, aos 67 anos, durante uma Visita Pastoral.

Atividade e Contribuições

Dom Lino Deodato de Carvalho tomou posse em 06/01/1873, por seu procurador o cônego Drº Joaquim Manuel Gonçalves de Andrade, assumindo pessoalmente a 29/06/1873.

Ele foi o último bispo de São Paulo indicado pelo Imperador, porto que foi durante o seu governo que foi proclamada a República do Brasil, havendo a conseqüente separação entre a Igreja e o Estado.

Reformou a diocese, começando pelo seminário, trocando a direção, que até então era dos Frades Capuchinhos de Sabóia, e passando-a ao padre João Evangelista Braga.

Em 1888 convocou um Sínodo diocesano, insistiu na necessidade da boa formação do clero celibatário, na fidelidade doutrinária e na submissão total ao Romano Pontífice.

Exigiu dos párocos a residência, de fato, em suas paróquias. Fomentou a catequese e criou trinta e oito novas paróquias. Instituiu a província do Paraná, com vigários gerais forenses sediados em Curitiba.

Dom Lino Deodato sediou, em São Paulo a Conferência do Episcopado Brasileiro de 1890.

Em 28/11/1893, Dom Lino Deodato criou a paróquia de Aparecida, retirada do território de Guaratinguetá, e também concedeu à sua matriz o título de Santuário Episcopal.

Com a imigração italiana, Dom Lino Deodato procurou seguir as orientações do Papa Leão XIII para o trato dos imigrantes. Dom Lino Deodato recebeu muitos padres estrangeiros, sendo que a maioria dos seculares eram italianos. Também recebeu o clero religioso, destacando-se os Salesianos e Escalabrinianos. Porém, nenhum dos padres italianos foram admitidos no seminário.

Empreendeu, com diligência, suas Vistas Pastorais, tendo atenção extrema para com os "Livros do Tombo". Escreveu vinte e uma Cartas Pastorais e inúmeras cartas circulares. Soube conduzir a igreja de São Paulo na difícil transição do Império para a República. Teve sucesso na sua reforma da diocese, conseguindo aproximá-la do modelo romano desejado e mudando a mentalidade do clero.

Ordenações Episcopais

Dom Lino Deodato foi o principal sagrante dos seguintes bispos:

  • Dom Antônio Cândido de Alvarenga
  • Dom José Pereira da Silva Barros
  • Dom Joaquim José Vieira
  • Dom Manuel dos Santos Pereira

Fonte: Wikipédia

Torresmo

BRASIL JOSÉ CARLOS QUEIROLO
(78 anos)
Ator e Palhaço

* Espírito Santo do Pinhal, SP (04/04/1918)
+ São Paulo, SP (19/08/1996)


Torresmo nasceu no circo de seus pais e tios, o Circo Irmãos Queirolo, que excursionava pelo interior de São Paulo. Seu pai, José Carlos Queirolo (conhecido como palhaço Chicharrão — do espanhol Chicharrón, "torresmo") era uruguaio, e sua mãe, Graciana Cassano Queirolo, atriz, era argentina.

Na infância, era chamado de Chicharrãozinho. Estudou no Colégio Caetano de Campos e no Colégio Ipiranga. Viajou com o circo por todo o Brasil e em alguns outros países.

Foi também cantor de tangos e tocava saxofone e violino.

Estréia no Circo

Em 1943, a família se mudou para o Rio de Janeiro, e Torresmo foi trabalhar no Teatro Recreio, a convite de Jardel Jercolis. No ano seguinte, voltou a São Paulo e, em Ibirarema, se casou com Otília Piedade, com quem viveria por toda a vida. Desse casamento, vieram os filhos Gladismary e Brasil José Carlos, o futuro palhaço Pururuca. Nesse período, até 1949, trabalhou em rádios de Adamantina e Lucélia.

Depois, foi trabalhar no Circo Alcebíades, do pai do amigo Fuzarca, com quem fez dupla cômica e se apresentava antes da dupla principal: os palhaços Piolim e Arrelia.

A família Queirolo faria outros palhaços, como Chic-Chic, Otelo Queirolo e seus filhos.

Finalmente, a Televisão

Em 1950, Torresmo passou a morar no bairro do Mandaqui, na cidade de São Paulo. Era a época do início da televisão no Brasil, e Torresmo acreditou em seu sucesso. Apresentou-se no programa de Luiz Gonzaga, no Cine-Teatro Odeon, e seu talento foi reconhecido por um produtor da TV Tupi, Humberto Simões, na época famoso como ventríloco, que o levou ao diretor Cassiano Gabus Mendes.

Sua estréia na televisão foi no Dia das Crianças (12 de outubro) de 1950. Desde então, não saiu mais da TV, e trabalhou em programas infantis de todos as emissoras da época, incluindo Zás Trás na TV Paulista, apresentado por Márcia Cardeal. Trabalhou em outros programas: Calouros Mepacolan, Gurilândia, Recreio do Torresmo na TV Cultura, Torresmolândia na TV Excelsior, Tic-Tac e Pururuca na TV Bandeirantes, Gincana Kibon na TV Record e muitos outros, até 1964.

Em 1964, morreu seu parceiro, Albano (Fuzarca), e ele passou a se apresentar com seu filho Pururuca, então com apenas 15 anos.

O programa O Grande Circo, com Pururuca e mais os palhaços Chupeta, Chupetinha, Pimentinha e outros, ficou no ar de 1973 a 1982, na TV Bandeirantes, levando o mundo circense à televisão.

Em 1983, retirou-se para tratamento de saúde em Mairiporã, e Pururuca passou a cuidar de seu restaurante, na Serra da Cantareira.

Em 1987, Torresmo voltou à TV e passou a apresentar o Programa Bombril, ainda da TV Bandeirantes.

Torresmo trabalhou na televisão durante 30 anos, período em que gravou 80 discos infantis.

Seu bordão favorito era:

- Assim eu não aguento! (e a criançada respondia: - Agueeeeeentaaaaa!)

Reconhecimento

Torresmo foi condecorado com a Medalha Anchieta e recebeu um Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, conferido pela câmara dos vereadores.

Em 1982, recebeu o título de Pinhalense Emérito da câmara municipal de Espírito Santo do Pinhal.

A TV Bandeirantes lhe daria o Troféu Bandeirantes.

Filmografia

  • 1981 - Partidas Dobradas
  • 1979 - O Todo-Poderoso
  • 1954 - Falcão Negro
  • As Aventuras de Berloque Kolmes
  • TV de Vanguarda


Fonte: Wikipédia