Estevam Sangirardi

ESTEVAM VICTOR LEÃO BOURROUL SANGIRARDI
(71 anos)
Radialista, Comentarista Esportivo e Escritor

* São Paulo, SP (03/01/1923)
+ São Paulo, SP (27/09/1994)

Com cinquenta anos de rádio, trabalhou nas rádios Jovem Pan, Rádio Record, Bandeirantes e Tupi, e nas TVs Gazeta, Record e Tupi. Trabalhou nos jornais A Gazeta Esportiva e a Gazeta Esportiva Ilustrada. Foi colunista do Diário da Noite de 1975 a 1977.

Estevam Sangirardi foi um humorista que durante algumas décadas construiu diversos personagens para seu show de humor, que ia ao ar no final das partidas de futebol. Nomes como Didu Morumbi, o torcedor do tricolor, Joca, o corintiano representante das classes menos favorecidas, o palmeirense Comendador Fumagalli, corneteiro que freqüentava o Parque Antártica foram alguns dos personagens criados para divertir os ouvintes do programa "Show de Rádio". Estevam Sangirardi era chamado de "Rei do Rádio Esportivo-Humorístico".

No seu "Show de Rádio", que marcou a história radiofônica do país, Estevam Sangirardi e sua equipe comandavam a festa do futebol com suas imitações de jogadores e personalidades políticas e artísticas do Brasil nos anos 1970 e 1980. O programa começava após cada transmissão ao vivo dos jogos. 

A biografia de Estevam Sangirardi é também a narrativa da história do rádio no Brasil, porque as duas histórias caminham paralelas. Estevam Sangirardi nasceu no mesmo ano que nasceu o rádio no Brasil, 1923, e nele construiu a sua história de sucesso. 

Entre os humoristas revelados no programa Show de Rádio, estão: João Kleber, Beto Hora, Serginho Leite, Carlos Roberto Escova, Ciro "Biro" Jatene, Nelson "Tatá" Alexandre e Cassiano Ricardo.

Foi diretor de relações públicas da gravadora Odeon Discos nos anos 60.

Deixou a viúva Olga Sangirardi, e o filho médico cardiologista Carlos Alberto Pastore e duas netas.


"Um Show de Rádio: A Vida de Estevam Sangirardi"

Para conhecer mais sobre a vida de Estevam Sangirardi leia o livro "Um Show de Rádio: A Vida de Estevam Sangirardi". O livro tem prefácio de Paulo Machado de Carvalho Filho e orelha de Reali Jr.

O autor, Carlos Coraúcci, tem 47 anos, é ator de teatro e pesquisador histórico. Para escrever este livro trabalhou cinco anos com pesquisas, entrevistou mais de cem pessoas, e recuperou quinze horas de gravações do "Show de Rádio".

Fonte: Wikipédia e Libre (Liga Brasileira de Editoras)

Padre Donizetti

DONIZETTI TAVARES DE LIMA
(79 anos)
Padre

* Santa Rita de Cássia - atualmente Cássia, MG (03/01/1882)
+ Tambaú, SP (16/06/1961)

Foi um padre brasileiro da Igreja Católica que ficou famoso na década de 1950 por graças, conversões e milagres de curas atribuídos a ele, e que o mesmo atribuía a Maria Mãe Santíssima. A igreja tem processo de beatificação instaurado em 2 de dezembro de 1996.

Ficou também conhecido como o Taumaturgo de Tambaú. Durante 35 anos foi pároco em Tambaú, antes fez parte da Diocese de Campinas e depois por 16 anos Vigário em Vargem Grande do Sul. Teve uma vida devota ao próximo, principalmente o carente tanto do campo material, moral ou espiritual.

Conta-se que existem catalogados milhares de milagres alcançados pela intercessão do Padre Donizetti.

Joelmir Beting, famoso jornalista e analista econômico, foi coroinha, aluno e amigo do Padre Donizetti, por quem foi aconselhado a mudar-se para São Paulo.

Em 2009, o Papa Bento XVI, dá ênfase a Donizetti e o Vaticano acelera o processo de beatificação.

Dedicou inteiramente sua vida a pregar a doutrina de Jesus Cristo e a proteger os desamparados pela sociedade.

Fonte: Wikipédia

Billy Blanco

WILLIAM BLANCO ABRUNHOSA TRINDADE
(87 anos)
Arquiteto, Compositor e Escritor

* Belém, PA (08/05/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/07/2011)

Atraído pela música desde criança. Quando começou a compor, tinha cuidado ao escrever seus sambas com letras elaboradas, assuntos e composições das canções. Nos anos 1940, quando cursava o segundo ano de engenharia, foi para São Paulo para fazer o curso de arquitetura. Ingressou no Mackenzie College em 1946. Foi para o Rio de Janeiro, e estudou na Faculdade de Arquitetura e Belas Artes, em 1948. Graduou-se em 1950 em arquitetura.

Tem um estilo próprio, descrevendo os acontecimentos a sua volta, com humor ou no gênero de exaltação, falando de amor e das desilusões, onde seu samba sincopado, que fugia da cadência vigente do estilo, passou a chamar a atenção dos cantores da época.

Sua primeira composição foi "Pra Variar", em 1951. Nos anos 1950 e 1960 seus sucessos foram gravados por Dick Farney, Lúcio Alves, João Gilberto, Dolores Duran, Sílvio Caldas, Nora Ney, Jamelão, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Os Cariocas, Pery Ribeiro, Miltinho, Elis Regina e Hebe Camargo.

Seu primeiro sucesso foi "Estatutos da Gafieira", na voz de Inesita Barroso, em gravação da RCA Victor de 1954.

Entre seus parceiros estiveram Baden Powell, em "Samba Triste", Tom Jobim, em "Sinfonia do Rio de Janeiro" (suíte popular em ritmo de samba, de 1960) e João Gilberto, em "Descendo o Morro" e "A Montanha", "O Morro", onde os dois doutores do asfalto homenageiam o samba de gente simples e de favela. Foram 56 parcerias com o violonista Sebastião Tapajós e com outros compositores, num total de quinhentas músicas, sendo que trezentas já gravadas.

Entre seus sucessos destacam-se "Sinfonia Paulistana", "Tereza da Praia", "O Morro", "Estatuto da Gafieira", "Mocinho Bonito", "Samba Triste", "Viva Meu Samba", "Samba de Morro", "Pra Variar", "Sinfonia do Rio de Janeiro" e "Canto Livre".

"Sinfonia do Rio de Janeiro" é composta por dez canções, escritas em parceria com Tom Jobim, em 1960. As canções que formam a suíte são "Hino ao Sol", "Coisas do Dia", "Matei-me no Trabalho", "Zona Sul", "Arpoador", "Noites do Rio", "A Montanha", "O Morro", "Descendo o Morro" e "Samba do Amanhã".

"Sinfonia Paulistana" foi concluída em 1974, depois de dez anos de trabalho. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares, Pery Ribeiro, Cláudia, Claudette Soares, Nadinho da Ilha, Miltinho e pelo coro do Teatro Municipal de São Paulo. A produção foi de Aloysio de Oliveira, com orquestra regida pelo maestro Chico de Moraes. As músicas se chamam "Louvação de Anchieta", "Bartira", "Monções", "Tema de São Paulo", "Capital do Tempo", "O Dinheiro", "Coisas da Noite", "O Céu de São Paulo", "Amanhecendo", "O Tempo e a Hora", "Viva o Camelô", "Pro Esporte", "São Paulo Jovem", "Rua Augusta" e "Grande São Paulo".

Em "Monções", destaca-se o carimbó épico, e em "O Tempo e a Hora", a fusão entre bossa nova e pop.

O jornal O Estado de São Paulo definiu o refrão de "Tema de São Paulo" como "o que mais define o paulistano". Desde o ano em que foi concluída a suíte, essa música, a mais famosa da suíte, faz parte da trilha sonora do Jornal da Manhã, noticiário matutino da Rádio Jovem Pan.

Depois de passar uma temporada no Forte de Copacabana durante a ditadura brasileira, Billy Blanco compôs "Canto Livre".

Billy Blanco é avô de Lua Blanco (atriz e cantora) que atualmente está no ar com a novela Rebelde na TV Record, Ana Terra Blanco (atriz e cantora) atualmente em Malhação na TV Globo, Pedro Sol Blanco (ator e cantor), Estrela Blanco (atriz e cantora).

Estava em plena atividade dedicando-se a música gospel, até sofrer um Acidente Vascular Cerebral e ser internado no segundo semestre de 2010. Apesar do quadro estável, em dezembro ainda não conseguia se comunicar oralmente. Em 8 de julho de 2011, o cantor e compositor faleceu aos 87 anos. Ele estava internado desde outubro de 2010, quando sofreu AVC.

Fonte: Wikipédia

Lúcio Costa

LÚCIO MARÇAL FERREIRA RIBEIRO LIMA COSTA
(96 anos)
Aquiteto, Urbanista e Professor

* Toulon, França (27/02/1902)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/06/1998)

Pioneiro da arquitetura modernista no Brasil, ficou conhecido mundialmente pelo projeto do Plano Piloto de Brasília. Devido às atividades oficiais de seu pai, o almirante Joaquim Ribeiro da Costa, morou em diversos países, o que lhe rendeu uma formação pluralista. Estudou na Royal Grammar School em Newcastle, no Reino Unido, e no Collège National em Montreux, na Suíça.

Retornou ao Brasil em 1917 e, mais tarde, passou a frequentar o curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, que ainda aplicava um programa neoclássico de ensino. Apesar de praticar uma arquitetura neoclássica durante seus primeiros anos (defendendo em certos momentos uma arquitetura neocolonial), rompeu com essa formação historicista e passou a receber influências da obra do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.

Iniciou parceria com o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, que construiu a primeira residência considerada moderna no Brasil.

Em 1930, nomeado Ministro da Educação e Saúde o jurista Francisco Campos, chamou para seu chefe de gabinete Rodrigo Melo Franco de Andrade de grande influência entre os modernistas de São Paulo e Rio de Janeiro. Por indicação deste, foi nomeado para dirigir a Escola Nacional de Belas Artes, o jovem arquiteto Lúcio Costa, com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e implantar um curso de arquitetura moderna.

Alterações introduzidas por Lúcio Costa mudaram a estrutura e o espírito do salão anual. Apareceram pela primeira vez na velha escola, ao lado dos antigos frequentadores, artistas ligados à corrente moderna, na sua maioria vindos da capital paulista. A trigésima oitava Exposição Geral (1931), foi por isso chamada de Salão Revolucionário.

Entre os alunos da renovada escola de arquitetura estava o jovem Oscar Niemeyer.

Sabendo da importância de sua geração na mudança dos rumos culturais do país, Lúcio Costa convenceu Le Corbusier a vir ao Brasil em 1936 para uma série de conferências (enquanto colaborava no projeto da sede do recém-criado Ministério da Educação e da Saúde Pública). A arquitetura moderna do projeto ia ao encontro dos objetivos do Governo Vargas, ao passar ares de modernidade e progresso ao país. Lúcio Costa, embora convidado a projetar o edifício sozinho, preferiu dividir o projeto com uma equipe que incluía o seu antigo aluno Oscar Niemeyer e os seus sócios Carlos Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira e Affonso Eduardo Reidy.

Em 1939 foi co-autor do pavilhão brasileiro para a Feira Universal de Nova York juntamente com Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener.

Em 1957, ao ser lançado o concurso para a nova capital do país, Lúcio Costa enviou idéia para um anteprojeto, contrariando algumas normas do concurso. Apesar disso, venceu por quase unanimidade (apenas um jurado não votou nele), sofrendo diversas acusações dos concorrentes. Desenvolveu o Plano Piloto de Brasília e, como Oscar Niemeyer, passou a ser conhecido em todo o mundo como autor de grande parte dos prédios públicos.

O projeto de Lúcio Costa punha em prática os conceitos modernistas de cidade: o automóvel no topo da hierarquia viária, facilitando o deslocamento na cidade, os blocos de edifícios afastados, em pilotis sobre grandes áreas verdes. Ele também criou a Estação Rodoferroviária de Brasília.

Brasília possui diretrizes que remetem aos projetos de Le Corbusier na década de 1920 e ainda ao seu projeto para a cidade de Chandigarh, pela escala monumental dos edifícios governamentais. A cidade de Lúcio Costa também possui conceitos semelhantes aos dos estudos de Ludwig Karl Hilberseimer.


Após Brasília, recebeu convites para coordenar vários planos urbanísticos, no Brasil e no exterior.


Controvérsias

Em 1975 ele se recusou a assinar o ato de tombamento do Palácio Monroe, a sede anterior do Senado Brasileiro construída em 1906. A construção foi marcada para demolição para a construção da linha do metrô, porém devido às reclamações da sociedade, a companhia responsável pela obra modificou o trajeto. Mesmo assim isso de nada adiantou, devido à negação de tombamento, sendo prédio demolido logo em seguida.

Outra questão polêmica foi o favorecimento que Lúcio Costa deu à herança da colonização portuguesa acima de outras influências culturais brasilianas, com exceção apenas dos seus projetos modernistas. Devido a essa visão, arraigado também em preservacionistas mais jovens devido à influência de Lúcio Costa nas escolas de arquitetura do Brasil, muito da arquitetura dos séculos 19 e começo do 20, incluindo a alemã, japonesa e italiana, se perdeu para a renovação urbana dos anos 1960 e 1970 de Lúcio Costa.

Já em 1936, quando houve a competição para a construção do Ministério de Educação e Saúde, o vencedor foi um design eclético do arquiteto Archimedes Memoria. Lúcio Costa então fez uso de suas conexões políticas com o governo para modificar o resultado da competição e formar um novo projeto a partir de um grupo formado por ele mesmo e Le Corbusier, além de outros membros como os irmãos Roberto e Oscar Niemeyer. Ao longo dos anos houve muita discussão a respeito de quem teria sido o verdadeiro mentor do projeto, Lúcio Costa ou Le Corbusier.

Lúcio Costa faleceu no Rio de Janeiro, onde residiu a maior parte da vida. Deixou duas filhas, Maria Elisa Costa, arquiteta, e Helena.

Fonte: Wikipédia