Alberto da Veiga Guignard

ALBERTO DA VEIGA GUIGNARD
(66 anos)
Pintor, Professor e Gravador

* Nova Friburgo, RJ (25/02/1896)
+ Belo Horizonte, MG (25/06/1962)

Alberto da Veiga Guignard foi um pintor brasileiro nascido em Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, considerado um dos mestres da pintura moderna brasileira que ficou famoso por retratar paisagens mineiras. Nasceu com uma abertura total entre a boca, o nariz e o palato (lábio leporino), causando horror e compaixão aos seus pais.

Mergulhado em dívidas e sem perspectivas de melhora, o pai, aparentemente suicidou-se em 1906. Com o dinheiro do seguro, sua mãe conseguiu saldar as dividas deixadas pelo marido e, um ano depois, casou-se com o barão Friedrich von Schilgen, e a família foi morar na Europa, onde ele concluiu seus estudos elementares.

Viajou para a Alemanha em 1916 e matriculou-se na Real Academia de Belas-Artes da Baviera, em Munique no ano de 1917, onde ficou por cinco anos e passou pela influência de professores expressionistas como o pintor Hermann Groeber e o artista gráfico e ilustrador Adolf Hengeler

Sua formação foi alicerçada em bases européias pois lá viveu dos onze aos 33 anos.

Residiu em 1918 na casa de campo de sua mãe, em Grasse, França, seguindo para a Suíça e Itália, onde tomou conhecimento da moderna arte européia. Veio ao Brasil, quando participou do Salão Nacional de Belas Artes em 1924, e voltou para a Europa.

De volta ao Brasil em 1929, passou a residir no Rio de Janeiro, onde lecionou desenho e pintura na Fundação Osório e na antiga Universidade do Distrito Federal. Começou uma nova fase em 1934 onde se revelou um dos melhores retratistas da época, principalmente com retratos de crianças ou de mulheres, com paisagens sutis e de cores transparentes. 

Tornou-se um nome representativo juntamente com Cândido Portinari, Ismael Nery e Cícero Dias.

Dez anos depois, em 1944, a convite do prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, mudou-se para a capital mineira e fundou a Escola Municipal de Belas Artes, onde exerceu grande influência sobre as gerações mais novas. Dedicou-se a um estudo sobre as cidades mineiras de tradição barroca colonial, como São João del Rei, Sabará e particularmente Ouro Preto, onde passou a residir anos depois, no ano de 1960. O contato com a arte colonial fizeram com que seu estilo sofresse uma leve influência das sinuosidades do barroco. Em Ouro Preto criou o museu Casa Guignard, em 1987, onde estão algumas de suas obras mais importantes. 

Até a sua morte, Alberto da Veiga Guignard expôs inúmeras vezes no Brasil. Em 1953, foi-lhe dedicada uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, em 1992, no Museu Lasar Segall.

O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, sob a curadoria do marchand Jean Boghici, amigo pessoal de Guignard, realizou uma retrospectiva, com ares de megaexposição internacional, em abril de 2000.


Foi um artista completo, atuando todos os gêneros da pintura - de naturezas mortas, paisagens, retratos até pinturas com temática religiosa e política, além de temas alegóricos.

Guignard amava, mesmo, as montanhas de Minas Gerais, seu céu e suas cores, as manchas nos muros e o seu povo. Colaborou para a formação de artistas que romperam com a linguagem acadêmica e ajudou a consolidar o modernismo nas artes plásticas em Minas Gerais. O período vivido em Minas Gerais está representado também no Museu Casa Guignard.

Casou-se aos 30 anos, mas foi abandonado pela esposa, após a morte do único filho do casal, de apenas um ano. Sua ex-esposa morreu poucos anos depois, no ano de 1930, mas o pintor assumiu a solidão como única companheira e nunca mais voltou a se casar.

Alberto da Veiga Guignard morreu em Belo Horizonte, deixando obras como "Família do Fuzileiro Naval" (1931), "As Gêmeas" (1945) e "Via Sacra" (1961), entre outras.

Seu corpo repousa na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, onde viveu até 1962.


Prêntice

PRÊNTICE MACIEL TEIXEIRA
(48 anos)
Cantor e Compositor

☼ Pelotas, RS (31/05/1956)
┼ Petrópolis, RJ (25/05/2005)

Prêntice Maciel Teixeira, ou simplesmente Prêntice, foi um cantor e compositor brasileiro. Irmão de Maritza Fabiani, a Kris da dupla Kris & Cristina, começou a se interessar pela música com apenas 14 anos de idade.

Tereza Cristina, a outra irmã do cantor, era casada com Paulo Cézar Barros, integrante da banda Renato e Seus Blue Caps, e Prêntice via Paulo Cézar, aos 18 anos de idade, compondo e tocando violão, com ele começou a aprender os primeiros acordes que futuramente o levariam a compor canções que se tornaram sucessos na voz de renomados artistas.

Aos 14 anos, ingressou em uma escola de música, e chegou a ter aulas de canto com Paulo Fortes. Resolveu seguir a carreira de compositor, o que não o impediu de gravar uma de suas músicas como cantor, "Não Diga Nada", em parceria com Ed Wilson, Gilson e Ronaldo Bastos, e que na novela "Ti Ti Ti" (1985), da TV Globo, era o tema da personagem da atriz Myriam Rios, e que mais tarde seria regravada por Fábio Jr., Rodrigo Faro, Filhos da Lua e Só Pra Contrariar. A música "Você Ainda Mora Em Mim", outro sucesso de Prêntice, foi tema da novela "Jogo do Amor" (1985), do SBT.

Além de cantor, Prêntice também compunha. Além de "Não Diga Nada", são de sua autoria "Agüenta Coração" (Augusto César e Paulo Sérgio Valle), gravada por José Augusto, e que foi tema da novela "Barriga de Aluguel" (1990), também da TV Globo, "Pede a Ela", gravada por Tim Maia, "Viver e Deixar Rolar", gravada por Wando, e voltaria a atuar como intérprete, em "Ainda Acredito", com participação de Ivan Lins, "Carinhos", outro sucesso de Tim Maia, "Ama Quem Te Ama", com Elymar Santos, "Desiguais", com Alcione. Com Xuxa: "Dança da Xuxa", "O Circo", "Conta Comigo", "Boto Rosa", e "Voz dos Animais" - com esta última, ganhou o Prêmio Sharp, juntamente com Xuxa. Compôs também a música do papagaio Louro José, do programa "Mais Você".

Festival dos Festivais de 1985

Para o Festival dos Festivais, que a TV Globo fez em 1985, Prêntice interpretou "Violão e Voz", em parceria com o paranaense Heitor Valente, cantando junto com Cláudia Telles, e suas irmãs, Maritza Fabiani e Cristina.

Morte

Em 25/05/2005, seis dias antes de completar 49 anos de idade, um ataque cardíaco surpreendeu Prêntice, que morreria pouco depois.

Fonte: Wikipédia