Christian Heins

CHRISTIAN HEINS
(28 anos)
Piloto Automobilístico

☼ São Paulo, SP (16/01/1935)
┼ Le Mans, França (16/06/1963)

Christian Heins era filho de um bem sucedido empresário de origem alemã (lavanderia industrial) e de uma italiana, Carl Heinrich Christian Heins e Giuliana de Fiori Heins.

Seu avô materno, renomado médico, morava vizinho e foi nos carros do avô que Christian começou a mexer ainda criança, tomando gosto por mecânica, foi também o avô que o ensinou a dirigir. Suas primeiras saídas foram com um pequeno Ford Anglia do avô, que inclusive chegou a capotar nas ruas do bairro.

Depois de terminar os seus estudos primários e secundários no colégio Visconde de Porto Seguro, no início de 1953, transferiu-se para Stuttgart, Alemanha, onde foi cursar a Technische Hochschule (Escola Técnica de Nível Superior). Ao mesmo tempo fazia estágio no curso especial para estrangeiros da Mercedes-Benz. Depois transferiu-se para a Fábrica de Pistões Mahle GmbH, ainda em Stuttgart.

Com 19 anos, fez sua estreia em competições automobilísticas, no dia 16/05/1954 numa prova no autódromo de Interlagos.

No inicio usando o apelido Cometa, pois era assim que seus amigos o chamavam devido à andar sempre rápido. Como, ao contrário da grande maioria dos pilotos daquela época que começavam a correr com mais idade, ele começou aos 19, era o mais novo dos pilotos, e por ser filho de uma italiana, logo ganhou o apelido de Bambino que rapidamente virou só Bino, e assim foi conhecido por toda vida.

Disputou a primeira Mil Milhas Brasileiras, em 1956, fazendo dupla com Eugênio Martins. Se classificaram em segundo lugar com um VW Sedan/Porsche. Nessa disputa, o VW de série preparado pelo amigo Jorge Lettry em sua oficina Argos Equipamentos, enfrentava as carreteras (carros velhos equipados com potentes motores de mais de 250cv e aliviados no peso), principalmente as dos gaúchos.

A seguir, com apresentação do presidente da Mahle do Brasil, que era vizinho e amigo da família, foi admitido na fábrica de automóveis Porsche, também em Stuttgart, começando a trabalhar como mecânico e logo ingressando na escuderia da fábrica, já como piloto. Onde ficou de 57 a 60.

Durante sua estada na Europa, participou com êxito de numerosas provas automobilísticas, notadamente, no inicio, das Subidas de Montanha na Itália, além de provas em circuitos. Desse seu estágio no exterior várias vezes retornou ao Brasil convidado para participar de provas locais.

Christian Heins guiando um Fórmula Jr de motor Porsche em Interlagos.
Em 1960, numa de suas voltas para o Brasil, Christian Heins trouxe uma namorada alemã, Waltraud, e também seus troféus. Aí ocorreu um fato insólito: como os troféus não tinham nota fiscal, é claro, a alfândega apreendeu todos por suspeita de contrabando. Indignada, sua irmã, Ornella escreveu ao presidente Juscelino Kubitschek pedindo providencias. E o presidente respondeu.

Passou um telegrama pedindo desculpas e dizendo que Christian Heins era um Monumento Nacional e dizendo também que os troféus já estavam devidamente liberados e podiam ser retirados. Pelé e Maria Ester Bueno eram considerados pela imprensa da mesma forma.

Finalmente regressou de vez ao Brasil e passou a dedicar-se exclusivamente ao automobilismo, correndo inicialmente pela equipe Serva Ribeiro, o mais representativo revendedor Vemag da época, equipe essa comandada por seu amigo Jorge Lettry. Ficou até os treinos da V Mil Milhas Brasileiras de 1960, que iria correr em dupla com Eugênio Martins, mas após uma discussão com o chefe de equipe abandonou o carro antes mesmo de dar uma volta e foi embora. Foi substituído por Bird Clemente.

Christian Heins passou então a fazer dupla com ninguém menos que Chico Landi, ao volante do carro FNM/JK nº 28, com o qual venceram a corrida. No momento de receber a bandeirada, quis entregar o volante a Chico Landi, que recusou, sua participação fora bem maior nos boxes que na direção do carro.

Nesse mesmo ano, disputou o 1000 Km de Buenos Aires, prova de abertura do Campeonato Mundial de Marcas. Terminou em 4º lugar, dividindo uma Maserati 300S com outra fera brasileira, Celso Lara Barberis. Fez três corridas com Chico Landi e o FNM/JK, sendo que a última já trabalhando na Willys.

Em 1961 casou-se com "Maria" Waltraud com quem teve uma filha, Betina, nascida no inicio de 1962.

No início da década de 60, quando visitava o Salão do Automóvel de Paris, William Max Pearce, presidente da Willys Overland do Brasil, se encontrou com o preparador Jean Rédéle e dessa conversa nasceu a idéia de desenvolver o projeto Alpine A-108 no Brasil. Ao voltar ao Brasil William Max Pearce procurou o jornalista e publicitário Mauro Salles e conversaram sobre essa possibilidade.


Ao final de 1961 Christian Heins, já um dos mais consagrados pilotos nacionais, com significativa participação em provas internacionais, foi convidado por William Max Pearce para ser gerente do Departamento de Carros Esporte, onde iniciou em setembro, o departamento que iria desenvolver o carro, e conseguiu com sua competência eliminar várias deficiências do mesmo. A idéia de William Max Pearce era manter o nome Alpine, mas por sugestão de Mauro Salles o carro foi batizado como Interlagos, em homenagem ao autódromo paulistano.

A Willys apresentou o carro no II Salão do Automóvel, realizado no Pavilhão do Ibirapuera em outubro de 1961 em três versões: Coupe, Conversível e Berlineta.

No início de 1962 Christian Heins foi transferido para montar e organizar o Departamento de Competições, do qual foi gerente e piloto.

Christian Heins também passou a correr com as Berlinetas Interlagos. Estreou o carro em competições no I Mil Quilômetros de Brasília em 1962, ao lado de Aguinaldo de Góes Filho. A competição tinha largada à meia-noite e Christian Heins, que tinha muita experiência nas pistas européias pois já havia participado de muitas provas longas, inclusive de Le Mans em 1958, estava seguro.

Essa prova tem uma história interessante: Camillo Christofaro largou na frente, como sempre. Seu hábito era nunca dar passagem e Christian Heins sabia disso, assim fez uma ladeira toda com os faróis apagados para não ser visto e quando entrou na curva já estava ao lado de Camillo Christofaro, só então Christian Heins acendeu os faróis. Seu carro porém chegou em terceiro, atrás de dois carros FNM/JK muito mais potentes.

Na Equipe Willys ele revelou uma série de pilotos que ficaram famosos nos anos 70, entre eles Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace, e participou e venceu várias corridas com o Interlagos, Gordini, 1093 e com o Landi/Bianco/Gordini de Fórmula Junior (no Brasil MN-2.5).

Em 1963, consagrado como piloto e chefe de equipe, recebeu um convite para participar das famosas 24 Horas de Le Mans de 1963 com um Alpine M63 Renault oficial da Equipe Alpine. Havia rumores que ele vinha pensando em parar de correr, mas aceitou o convite. Pintou faixas longitudinais com o verde/amarelo e inscreveu na lateral: Equipe Interlagos - Alpine. Veja uma resposta de Christian Heins contida num jornal da época:

"Fui convidado pela fábrica do Alpine na França para pilotar o carro de sua fabricação na corrida de Le Mans, na França. O Alpine é um automóvel idêntico ao que aqui na Willys fabricamos com a denominação de Interlagos. O que irei pilotar desta feita, por convite da fábrica é um modelo novo que concorrerá na classificação como protótipo."

À esquerda, Christian Heins em Interlagos. No alto e abaixo, à direita, o Renault Alpine M63 com o qual perderia a vida em Le Mans.
Últimos Momentos

Dia 08/06/1963 à 20h00 embarcou com a esposa para Paris de onde vai para Le Mans a uns 60 Km de distância. Seu plano era tirar quinze dia de férias na Europa após a corrida. Seu parceiro seria o piloto José Rosinski.

Dia 16/06/1963 às 15h00 é dada a largada, mas aproximadamente às 20h20 quando Christian Heins liderava na categoria de 700 a 1000cc, e na geral era 3º, quando o Aston-Martin de Bruce MacLaren e Innes Ireland, pilotada na hora por Innes Ireland, vazou óleo na pista e os três carros que vinham a seguir passaram a derrapar e saíram violentamente de controle, chocando-se.

O carro de Christian Heins após derrapar, bater num outro carro, dar várias cambalhotas, bateu num poste de iluminação e incendiou-se, ficando o piloto preso nas ferragens, provavelmente desfalecido. Os bombeiros tiveram dificuldades em abrandar o fogo e retirá-lo. Foi levado com urgência para o hospital onde os médicos constataram que ele já estava morto, enquanto os destroços do Alpine de Christian Heins continuavam ardendo intensamente junto à pista.

Os médicos legistas declararam que o piloto faleceu instantaneamente em conseqüência dos ferimentos na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado. Sua esposa, seu pai e o amigo e patrão Max Pearce assistiam tranqüilamente a competição quando receberam a terrível notícia.

Seu corpo foi transladado para o Brasil e sepultado dia 27/06/1963 no cemitério do Redentor em São Paulo.

Christian Heins foi um dos maiores piloto brasileiros. Sem ter as oportunidades que surgiram a partir da era Emerson Fittipaldi, conquistou destaque no Brasil e no exterior. Era como um professor, um piloto fantástico que todos se esforçavam para copiar.

Luiz Greco

LUIZ ANTÔNIO GRECO
(57 anos)
Piloto Automobilístico

* (22/10/1935)
+ (23/12/1992)

A história de Luiz Antônio Greco no automobilismo começou em 1956, quando dirigiu pela primeira vez um DKW em uma prova de longa duração.

Durante algum tempo, disputou provas de subida de montanha na Serra de Santos e as 500 Milhas de Interlagos ao lado de Christian Heinz, com quem montou a revolucionária Equipe Willys.

Luiz Greco passou a ser facilmente reconhecido nos autódromos, fazendo gestos para cada amarelinho que passasse. Logo transformou-se em uma figura das mais carismáticas, que o público gostava de ver.

Com a morte de Christian Heinz nas 24 Horas de Le Mans de 1963, Luiz Greco passou a dirigir o Departamento de Competições da Williys, que em 1968 seria comprado pela Ford.

Naquele mesmo ano, a montadora anunciou o fim do apoio, depois de inúmeras vitórias de Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente, Luís Fernando Terra Schimdt, José Carlos Pace, Francisco Lameirão, Carol Figueiredo, Wilson Fittipaldi entre outros, que em épocas diversas colaboraram com o êxito da equipe.

Alguns saíram magoados com Luiz Greco, por considerarem que ele tinha seus favoritos. Depois, continuou com a equipe de forma particular, além de montar os primeiros Fórmula Ford do país.

Em 1971, quase comprou a Brabham para torná-la a primeira construtora nacional de Formula 1. Na última hora, porém, o governo brasileiro recuou e retirou o apoio prometido.

Obteve vitórias também no Campeonato Brasileiro de Marcas e Pilotos, onde venceu as divisões 1, 2 e 3 em 3 anos consecutivos

Sua última proeza foi transformar a Fórmula Fiat, composta por modelos Uno e Palio, em um grande sucesso.

Como chefe de equipe, conquistou mais de 1000 vitórias. Talvez, a maior delas, tenha sido em El Pinar, Uruguai, quando comandou a vitória do Alpine de Bird Clemente sobre carros muito mais potentes.

Foi o primeiro a importar equipamentos como rodas de liga leve e freio a disco ventilado para equipar seus carros. Criou ainda o volante esportivo e construiu um esporte protótipo totalmente feito no Brasil.

Formou uma equipe de Rally e quase convenceu a Willys a comprar o autódromo de Interlagos.

Trovão faleceu jovem, aos 57 anos, no dia 23 de dezembro de 1992. Porém, sua equipe continuou, sob o comando de seu filho, Fabio Greco.

Geraldo Flach

GERALDO FLACH
(65 anos)
Compositor, Pianista, Arranjador e Produtor Musical

* Porto Alegre, RS (06/08/1945)
+ Porto Alegre, RS (03/01/2011)

Estudou piano erudito desde os cinco até os vinte anos de idade, aluno do maestro Max Brückner, do maestro Roberto Eggers e da pianista Roberto Eggers.

Iniciou sua carreira profissional aos 14 anos de idade, tocando em conjuntos de baile. Na década de 1960 formou um trio de piano, baixo e bateria, fazendo várias apresentações, além de ter um programa próprio na Televisão Piratini.

Atuou em vários movimentos musicais, entre os quais a Frente Popular Gaúcha de Música Popular e Musica Nossa, no Rio de Janeiro. Atuou ao lado de grandes nomes da música brasileira e deu muitos recitais no Brasil e exterior, além de gravar vários discos e receber premiações, direcionando sua música para o terreno popular.

Geraldo Flach faleceu vítima de Câncer no dia 3 de janeiro de 2011 no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre.

Fonte: Wikipédia

Gilberto Scarpa

GILBERTO SCARPA
(27 anos)
Ator e Apresentador de TV

* (1983)
+ (30/01/2011)

Desde agosto de 2010, ele comandava o programa Brasil Bites, revista eletrônica sobre celebridades do canal pago E! Entertainment.

Com apenas 27 anos de idade, o ator e apresentador Gilberto Scarpa faleceu após jogar-se do 7º andar do prédio onde morava com sua noiva, a modelo e atriz Cibele Dorsa, em São Paulo. Motivos para isso? Aparentemente nenhum.

Amigos afirmam que Gilberto estava feliz com o trabalho que realizava no E! Entertainment Television e seu casamento com a modelo Cibele Dorsa deveria ocorrer em breve.

O ator e apresentador do programa de celebridades Brasil Bites, da E! Entertainment Television, surpreendeu a todos, já que sua noiva e seu assessor disseram que ele estava feliz, já que havia renovado contrato com a E! Entertainment na sexta-feira. No Twitter, Cibele Dorsa mostrou sua tristeza, "Meu noivo se suicidou essa noite, com ele morto eu me sinto morta. Prefiro ir com ele, minha força não faz mais sentido. Quero ir encontrá-lo" disse ela, que ia se casar em breve com o apresentador.

O canal E! lamentou a morte de Gilberto em nota oficial, "Lamentamos profundamente a morte do nosso querido apresentador do Brasil Bites, Gilberto Scarpa."

O enterro do corpo do apresentador ocorreu em Campinas.

Cibele Dorsa

CIBELE DORSA
(36 anos)
Atriz, Modelo e Escritora

☼ (14/10/1974)
┼ (23/03/2011)

Cibele Dorsa foi uma atriz, modelo e escritora brasileira nascida no dia 14/10/1974. Ela foi a ex-mulher de Álvaro Affonso de Miranda Neto, que depois se casou com Athina Onassis Roussel. Cibele Dorsa apareceu na capa da edição de abril de 2008 da Playboy Brasil.

Cibele Dorsa morreu na madrugada de sábado, 26/03/2011, por volta da 1h45, aos 36 anos, depois de cair do 7º andar da janela de seu apartamento, localizado no Morumbi, Zona Sul de São Paulo.

Pouco antes de sua morte, Cibele Dorsa postou no Twitter uma frase com erros de digitação, mas que dava a entender que ela já não aguentava lutar contra a dor da perda de seu noivo, Gilberto Scarpa, sobrinho do empresário Chiquinho Scarpa, que morreu caindo da mesma janela no dia 30/01/2011. Segundo a assessoria do jovem, ele teria cometido suicídio. Na mesma noite Cibele Dorsa postou no Facebook:

"Meu noivo se suicidou essa noite, com ele morto eu me sinto morta. Prefiro ir com ele, minha força não faz mais sentido. Quero ir encontrá-lo."

Cibele Dorsa deixou dois filhos, fruto do relacionamento com o cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, e do casamento com o empresário Fernando Oliva.

Uma equipe da Polícia Civil foi até o local onde a atriz morreu para colher evidências e informações. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado no 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, como suicídio consumado.

A última mensagem digitada na página de Cibele Dorsa no Twitter. A frase está com erros de digitação e mostra um certo desequilíbrio:

"LMENTO, EU NÃO CONSEGUI SUPORTAR A MORTENOS MEUS BRAÇOS MAS, LUREI...ATE ONDE EU PUDE"

Cibele Dorsa e o noivo Gilberto Scarpa
Carta de Cibela Dorsa na íntegra, com os erros de digitação e português do texto original:

"Viver sem o Gilberto é pra mim uma sobrevida desumana. De todos os homens que passaram por mim quem me fez mais mal foi sem dúvida alguma, o Doda, pai da filha que nem mais contato pude ter, e quem mais me fez bem, em vida, foi o Gilberto.
Viver sem meus dois filhos e sem o amor da minha vida me dilacera por inteiro, é como se eu estivesse acordada passando por uma cirurgia cardíaca, sinto meu coração sendo cortado, um bisturi elétrico que não para nunca. Não agüento mais chorar, quando não estou soluçando de tanto chorar, fico com lágrimas calmas mas, elas não cessa, nunca! Não agüento mais viver, ou melhor, sobreviver. A comida não desce, sinto um nó na garganta, estou ficando cada dia mais magra, sinto minha pele se descolando do meu corpo. A dúvida é, se eu acabar com a minha vida, estou sendo suicida? Como posso ser suicida se já me sinto morta? Pior, uma morta que ainda sente a dor do corpo, do coração...
Minha cabeça não consegue pesar menos que 10 toneladas, eu não tenho mais paz, a cena da morte do meu amor me atropela constantemente, lembro do corpo do Gilberto no meio da rua mas, os olhos estavam abertos e eu achei que ele pudesse me ouvir...Falei muito com ele acho que ele deve ter ouvido mas, falei tarde demais. Eu disse que me casaria, que teria o filho, que ele não poderia morrer, molhei o rosto dele de tantas lágrimas e, nada de conseguir que ele se salvasse. Eu não me considero suicida, estou sofrendo mais dor agora do que quando sofri o acidente de carro. Agora não tem morfina, não tem nada que acalme essa dor, nada que faça parar essa sensação de perfuração no meu peito. Ainda por cima, o Doda parece nunca cansar de me humilhar, ele não se satisfará nunca mesmo. É o pior homem que já conheci em minha vida, um lobo em pele de cordeiro.
Fernando e Viviane,
perdoem a mamãe, mas, a solidão é uma prisão terrível, é como se eu estivesse trancada dentro de mim mesma, estou cansada, sinto muito a falta de vcs mas, confesso que com o Gilberto aqui era mais fácil suportar, eu o amo muito, não sei nem como posso continuar...aqui em casa ficou frio, me sinto fora do meu corpo às vezes, e, isso me dá uma pausa na dor, só que depois volta em dose mais pesada. Faz algumas semanas que sinto uma leveza no corpo, como se eu estivesse já com um pouco de aus~encia do mundo terreno. Morrer por amor deve ter algum atenuante...assim espero. Vou procurar o meu amor, vcs não precisam mesmo de mim. Um dia perguntem a Carla, tia de vcs, ou ao meu tio, e, saberão toda a verdade. Amo vcs e estarei olhando vcs lá de cima, do meio, não sei, de omde for...meu sonho é encontrar o Gilberto em Aruanda e virar guia espiritual. Vivi, ainda vamos nos encontrar em outras vidas, munca te bandonei, seu pai fez um plano milionário para tirá=la de mim, não tive saída.Fe, idem...vou estar torcendo por vc no futebol, na realização de seus sonhos.. O inacabado, o interrompido tem que ter um fim.
Doda,
Que um dia Deus te perdoe pelo que vc fez e faz comigo, com a Athina e com as crianças, tente ser alguém melhor, tenho pena da Athina...essa nunca vai conhecer um homem de verdade, um amor. Eu sofro agora, no entanto, fui plenamente feliz ao lado do Gilberto, homem de verdade, que mostra a cara, que não menti, não dissimula, e, assim ele foi até o final. Ele pulou do prédio por vergonha de ter sido vencido pelas drogas...uma pena. Quem devia se matar não se mata...
Mãe, Carla, Tio, Pai e Bruna, Maciel e Dantino,
Me perdoem...não deu, tentei por quase dois meses mas, a dor é infernal. Estou indo em paz e feliz de estar me retirando, não se preocupem, tenho certeza que Deus entende quem morre por amor. Não estou obssediada, estou muito ciente do que estou fazendo, minha vida se tornou uma mentira, e, vcs sabem, eu dempre optei pela verdade.
Meu amor Gilberto,
Vou te encontrar esteja onde vc estiver, no plano espiritual tenho chances de te ver, a famosa esperança, aqui, não. Senti vc e ouvi sua voz inconfundível me pedindo o vídeo e já está no ar. Te amo meu amor, quero correr para os seus braços. Somo o Romeu e Julieta do mundo pos-moderno. Vamos continuar criando, quero ao seu lado dar aulas de teatro para crianças aí no plano espiritual. Vou cuidar delas como gostaria de ter cuidado da minha Vivi...Eu sempre te disse para não copiar autores famosos. Para criar e vc criou! Mas, eu te copio com o maior prazer... Vou tbm em frente com dois anéis até o fim, tu és foi...minha vertigem, meu oásis, minha eterna paixão.
Cibele Dorsa
OS; QUERO SER ENTERRADA NO MESMO JAZIDO DO Gilberto. Não usei nenhuma droda, apenas calmantes e o antietanol...Por favor, quero ser velada em São Paulo e eterrada no mesmo jazido do Gilberto. Quero meu caixão em cima do dele."