Alex Alves

ALEXANDRO ALVES DO NASCIMENTO
(37 anos)
Jogador de Futebol

* Campo Formoso, BA (30/12/1974)
+ Jaú, SP (14/11/2012)

Alexandro Alves do Nascimento, mais conhecido como Alex Alves, foi um futebolista brasileiro. Ficou bastante conhecido pela ginga de capoeira que fazia nas comemorações após marcar um gol.

Carreira

Destacou-se ainda jovem pelo Vitória, clube que ajudou a levar a final do Campeonato Brasileiro de 1993 em uma jovem equipe que contava com jogadores como Dida e Paulo Isidoro. Na final o Vitória perdeu para o Palmeiras que contratou Paulo Isidoro e Alex Alves, ganhador da Bola de Prata 93.

Sem muito destaque no Palmeiras, jogou no Juventude e na Portuguesa, até chegar ao Cruzeiro onde depois de um tempo se firmou como titular. O seu título de destaque no Cruzeiro foi o Mineiro de 1998.

Em 1999, o Cruzeiro vendeu o atacante Alex Alves para o Hertha Berlin, da Alemanha, por US$ 7 milhões. Sua passagem pelo clube alemão foi cheia de lesões, controvérsias e polêmicas fora do campo, sendo considerado pela imprensa local como "garoto problema". Em mais de uma oportunidade, o jogador chegou a ser detido e multado pela polícia, por estar dirigindo em alta velocidade e sem carteira de motorista. O jornal Bild chegou a classificar o jogador entre as 50 piores contratações da história do futebol alemão.

Seu retornou ao Brasil teria sido motivado para acompanhar o tratamento de sua mãe, que teve um aneurisma cerebral.

Em maio de 2003 o jogador foi apresentado como reforço do Atlético Mineiro. Em 2007 acertou contrato com o Boa Vista (RJ), onde disputou a primeira divisão do estadual do Rio de Janeiro. Em 2008 o jogador passou a treinar no Fortaleza sob o comando do preparador físico Alexandre Irineu e participando também dos coletivos.


Doença e Morte

A Fundação Amaral Carvalho (FAC), hospital em que o ex-atacante Alex Alves faleceu na quarta-feira, 14/11/2012, lançou nota oficial sobre o episódio. O texto diz que o ex-jogador fez sua primeira consulta no dia 18 de setembro de 2012 e foi internado no dia seguinte. Ele morreu vítima de Anemia Hemolítica Crônica e não de Leucemia, como havia sido divulgado. O corpo de Alex Alves será cremado no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.


Nota do Hospital na Íntegra

"A Fundação Amaral Carvalho (FAC) em nota oficial informa que faleceu hoje (14), às 8h40, nas dependências do Hospital Amaral Carvalho (HAC), o ex-jogador de futebol Alexsandro Alves do Nascimento, o Alex Alves, aos 37 anos, por falência de múltiplos órgãos após transplante de medula óssea.

De acordo com um dos coordenadores do Serviço de Transplante de Medula Óssea, Mair Pedro de Souza, a primeira consulta de Alex Alves no HAC foi em 18 de setembro deste ano. No dia seguinte, ele foi internado com o diagnóstico de uma doença rara, própria da medula óssea, chamada de Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), diferente do que foi noticiado de que o ex-jogador teria leucemia.

Um dos tratamentos indicados para a doença é o transplante de medula óssea, procedimento pelo qual o ex-atleta passou no dia 5 de outubro, sendo um de seus irmãos o doador compatível da medula. O transplante foi realizado exclusivamente por meio do Sistema único de Saúde (SUS), sem custos ao paciente.

Do ponto de vista médico, não houve complicações no procedimento, e em 21 de outubro ocorreu o que é chamado pelos leigos de “pega hematológica”, significa que a medula começou a funcionar no organismo.

Nos últimos dias, o paciente, que já tinha complicações orgânicas em virtude da própria doença, como disfunção hepática (fígado), apresentou alterações de pele, fígado e intestino, decorrentes da Doença do Enxerto contra o Hospedeiro.  

A agressão ao organismo de Alex promovida pela nova medula, levou à  falência múltipla dos órgãos e seu falecimento. O corpo de Alex Alves será cremado, de acordo com sua vontade. O velório será em Salvador, no cemitério Jardim da Saudade. O horário ainda não foi definido. A família prefere não se pronunciar no momento."

(Matéria original iBahia)

Títulos

Vitória

  • Campeonato Baiano: 1992, 2005

Palmeiras
  • Campeonato Brasileiro: 1994

Cruzeiro
  • Copa Libertadores da América: 1997
  • Recopa Sul-Americana: 1998
  • Campeonato Mineiro: 1998
  • Copa Centro-Oeste: 1999

Vasco da Gama
  • Taça Rio: 2004

Fortaleza
  • Campeonato Cearense: 2008


Delegado da Mangueira

HEGIO LAURINDO DA SILVA
(90 anos)
Mestre Sala e Presidente de Honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira

* Rio de Janeiro, RJ (29/12/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/11/2012)

Nascido e criado no Morro da Mangueira em 29 de dezembro de 1921, cresceu na comunidade e começou a frequentar o samba ainda no colo da mãe, aos 3 anos. Ele integrou o bloco Unidos da Mangueira.

Aos 17 anos começou a desfilar como mestre-sala, arte que aprendeu vendo Marcelino, um dos fundadores da atividade, que desfilava como baliza do Bloco dos Arengueiros, precursor da Estação Primeira de Mangueira.

Por 36 anos Delegado tirou a nota máxima no desfile, ao lado das portas-bandeiras Nininha, Neide e Mocinha. Considerado um "pé de valsa" frequentador de gafieiras, alto e esguio tinha um jeito elegante de dançar, e prendia a atenção das moças, na época, o que lhe valeu o apelido de Delegado.

Em 2011 Delegado conquistou o título de Presidente de Horna da Mangueira.


Morte

Segundo os médicos, Delegado, o eterno mestre-sala da verde-e-rosa, estava internado na Clínica Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, desde o dia 6 de novembro de 2012. Delegado estava com 90 anos e morreu em decorrência de complicações de um Câncer na Próstata.

A morte do sambista foi atestada às 11:18hs. O velório foi marcado para 18:00hs de segunda-feira,  12/11/2012, na quadra da Mangueira, na Zona Norte. O enterro ocorreu na terça-feira, 13/11/2012, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.


Velório Com Cerveja

Os tambores e repiques da bateria Surdo Um anunciaram ao som do "Hino da Mangueira" o velório de Delegado. No início da noite, vários integrantes da escola foram à quadra da verde e rosa, na Zona Norte do Rio, para se despedir de um dos maiores ícones da agremiação. Além de samba, houve distribuição de cerveja e salgadinhos para a comunidade.

O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, explicou que Delegado sempre pediu para ser velado dessa maneira.

"O Hino da Mangueira era a música que ele mais gostava. Ele é o símbolo da escola, o maior mangueirense de todos os tempos, não vai aparecer outro igual. Temos que lembrar sempre desse cara, que nunca deixou de frequentar a escola, nunca pediu nada em troca e sempre conseguiu nota 10 em todas as vezes que desfilou", disse Ivo Meirelles, acrescentando que vai pedir à Prefeitura do Rio de Janeiro a mudança de nome para Delegado do viaduto ou da Avenida Visconde de Niterói, onde fica a quadra da escola.

Suluca, irmã de Delegado e presidente da ala das baianas, não conteve as lágrimas ao ver a chegada do corpo do irmão na quadra da escola: "Meu irmão é tudo na Mangueira. Foi mestre-sala, diretor de honra, é um símbolo", afirmou.