Selma do Coco

SELMA FERREIRA DA SILVA
(84 anos)
Cantora e Compositora

☼ Vitória de Santo Antão, PE (10/12/1930)
┼ Paulista, PE (09/05/2015)

Selma Ferreira da Silva, conhecida como Dona Selma do Coco ou simplesmente Selma do Coco, foi uma cantora e compositora brasileira.

Nascida em Vitória de Santo Antão, na Região da Mata de Pernambuco, no dia 10/12/1935, Selma travou conhecimento com a música tradicional pernambucana, em especial o coco de roda, desde a infância, nas festas juninas que frequentava com seus pais.

Aos 10 anos, mudou-se com a família para Recife. Casou-se muito jovem e, aos 30 anos, depois de ter um filho, Zezinho, e criar 13 sobrinhos, ficou viúva. Passou 15 anos no bairro da Mustardinha, ainda em Recife. De lá foi morar em Olinda, onde vendia tapioca. Para atrair os turistas e aumentar as vendas, cantava o coco enquanto trabalhava. Nas horas de folga passou a organizar rodas de coco e ficou famosa a partir do sucesso das rodas de coco que organizou nos fundos do seu quintal.

Nos anos 90 foi descoberta pelos jovens do movimento Manguebeat, como Chico Science, que começaram a elogiar suas músicas. Passou a se apresentar em festas populares, nas quais vendia fitas cassete gravadas artesanalmente com suas músicas.


Em 1996, apresentou-se pela primeira vez para um grande público, no Festival Abril Pro Rock. No ano seguinte, seu coco "A Rolinha" fez sucesso no carnaval de Recife e Olinda.

Gravou seu primeiro CD, "Minha História", em 1998, com músicas compostas em parceria com Zezinho. A gravação lhe valeu no ano seguinte o Prêmio Sharp.

Em 2001 foi a principal atração brasileira no 32º New Orleans Jazz & Heritage Festival, considerado o maior evento do gênero nos Estados Unidos. Apresentou-se acompanhada por três percussionistas e três vocalistas, teve seu show transmitido pela Rádio Pública de New Orleans. Apresentou-se também no Festival Lincoln Center, em New York.

Já conhecida em diversos países da Europa, em 2004, aos 68 anos, Selma integrou um grupo de artistas populares de Pernambuco, juntamente com Silvério Pessoa, entre outros, em 3 turnês internacionais, excursionando pela Europa, sendo dois meses só na Alemanha. O grupo foi convidado por diversos países para representar a música tradicional do Brasil em shows e eventos culturais. No mesmo ano lançou o CD "Jangadeiro".

Durante a excursão pela Europa, atendendo a um convite do Instituto Cultural de Berlim, gravou o disco "Heróis da Noite", ao lado de cantores africanos.

Era considerada a musa da nova geração da música de Pernambuco.

Em 2002 apresentou-se no Rio de Janeiro no Centro Cultural Ariano Suassuna.

 Morte

Selma do Coco faleceu às 16:50 hs de sábado, 09/05/2015. Ela teve falência múltipla dos órgãos após 29 dias de internamento no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, PE. A cantora e compositora havia dado entrada no hospital após ter fraturado o fêmur em uma queda. Minutos antes da morte, Selma teve uma parada cardíaca, chegando a ser reanimada, mas não resistiu.

Durante a semana a cantora foi transferida para o Hospital da Restauração, onde passou por bateria de exames que detectou uma infecção urinária. Na quinta-feira, 23/04/2015, ela passou por uma cirurgia para correção da fratura. Desde então, vinha sendo tratada com diálise, após complicações nos rins.

O velório foi realizado no Clube Vassourinhas e o enterro aconteceu no Cemitério do Guadalupe, no domingo, 10/05/2015.

Selma do Coco tinha o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, ganhado em 2008 pela relevância da sua obra musical para a cultura popular do Estado.

Discografia

  • 1998 - Minha História (Paraddoxx, CD)
  • 2004 - Jangadeiro (Independente, CD)


Participações Em Coletâneas

  • Heróis da Noite
  • Cultura Viva
  • Pernambuco em Concerto

Indicação: Douglas Bachine

Francisco Morato

FRANCISCO ANTÔNIO DE ALMEIDA MORATO
(79 anos)
Advogado, Jurista e Político

☼ Piracicaba, SP (17/10/1868)
┼ São Paulo, SP (12/05/1948)

Francisco Antônio de Almeida Morato foi um advogado, jurista e político brasileiro. Foi promotor público e fundador da Ordem dos Advogados de São Paulo, a qual presidiu de 1916 a 1922 e de 1925 a 1927. Foi também membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e professor da Faculdade de Direito de São Paulo, da qual foi diretor entre 1935 e 1938.

Na política foi deputado federal pelo estado de São Paulo em 1930 e secretário da Justiça e Negócios do Interior durante a interventoria de Macedo Soares.

Estudou Humanidades no Colégio Moretzsohn, prestando exames preparatórios no Curso Anexo da Faculdade de Direito de São Paulo, na qual matriculou-se em 1884, recebendo o grau de bacharel em 1888.

Em sua terra natal exerceu a profissão de advogado, ocupando também os cargos de promotor público, vereador, inspetor escolar e provedor da Santa Casa de Misericórdia.

Transferindo-se para São Paulo, foi um dos fundadores da Ordem dos Advogados de São Paulo, tendo sido eleito seu primeiro presidente, função que ocupou de 1916 a 1922 e de 1925 a 1927.

Aprovado em concurso, foi nomeado professor substituto da sétima seção da Faculdade de Direito de São Paulo, em 1917. Em novembro de 1918, tomou posse da cadeira e recebeu o grau de doutor. Em outubro de 1922, assumiu a cátedra de Prática do Processo Civil e Comercial.


Como advogado, ganhou fama por um caso constantemente lembrado: Conseguiu a absolvição de José de Almeida Sampaio, assassino de Almeida Júnior em frente ao Hotel Central, em 1899.

Na órbita política, foi fundador do Partido Democrático, eleito deputado federal em 1927, tendo sido um dos organizadores da Frente Única de 1932, com destacado papel no Movimento Constitucionalista.

Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e presidente do Tribunal de Ética Profissional. Jubilado na cadeira de Direito Judiciário Civil, foi-lhe conferido o título de professor emérito.

Após a Revolução, no período de 1932-1933 esteve exilado na França e em Portugal.

No período de 1935 a 1938, foi diretor da Faculdade de Direito de São Paulo.

Recusou a presidência do Estado, aceitando porém o cargo de secretário da Justiça e Negócios do Interior na interventoria Macedo Soares.

Fonte: Wikipédia

Alfredo Rizzotti

ALFREDO RULLO RIZZOTTI
(62 anos)
Pintor, Desenhista, Decorador, Gravador, Torneiro Mecânico e Mecânico

☼ Serrana, SP (15/08/1909)
┼ São Paulo, SP (12/05/1972)

Alfredo Rullo Rizzotti foi um pintor, desenhista e decorador brasileiro. Antes de se dedicar à arte, foi torneiro mecânico, mecânico de automóveis e fresador.

Entre 1924 e 1935, frequentou a Academia Albertina de Turim e a Escola Profissional de Novaresa, na Itália.

De volta ao Brasil, trabalhou como torneiro mecânico e mecânico de automóveis.

Em São Paulo, por volta de 1937, integrou o Grupo Santa Helena, formado por Aldo Bonadei (1906-1974), Francisco Rebolo (1902-1980), Mário Zanini (1907-1971) e Alfredo Volpi (1896-1988), entre outros, todos artistas de origem proletária que praticavam pintura, desenho e modelo vivo nas horas livres, e participou das exposições da Família Artística Paulista em 1939 e 1940.

Em 1942, foi premiado no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e apresentou trabalhos no 8º Salão Paulista de Belas Artes, em São Paulo.

Apesar de sofrer intoxicações causadas pela alergia à tinta, continuou a pintar até o fim da vida.

Após sua morte, suas obras integraram várias mostras do Grupo Santa Helena: em São Paulo, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em 1975, no Museu de Arte Moderna (MAM/SP), em 1995, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em 1996, no Rio de Janeiro, entre outras.

Luiz Henrique

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA
(75 anos)
Advogado e Político

☼ Blumenau, SC (25/02/1940)
┼ Joinville, SC (10/05/2015)

Luiz Henrique da Silveira foi um advogado e político brasileiro. Dentre seus cargos como político foi prefeito de Joinville, governador de Santa Catarina e senador por Santa Catarina.

Era filho de Moacir Iguatemy da Silveira e de Delcides Clímaco da Silveira, e descendente de Luís Maurício da Silveira.

Bacharelou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 1965. Foi casado com Ivete Appel da Silveira, tinha dois filhos e netos.

Foi deputado estadual à Assembleia Legislativa de Santa Catarina na 7ª legislatura (1971-1975), como suplente convocado. Foi deputado federal por Santa Catarina na 45ª legislatura (1975-1979) e na 50ª legislatura (1995-1999).

Foi presidente nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), prefeito de Joinville e governador de Santa Catarina por dois mandatos: o primeiro de 01/01/2003 a 09/04/2006, quando renunciou para se dedicar à reeleição. Reeleito, o segundo mandato iniciou em 01/01/2007, e perdurou até 25/03/2010, quando renunciou para ser candidato a senador.

Iniciou sua militância na política estudantil na Universidade Federal de Santa Catarina, onde se formou em direito. Foi professor de história geral do Colégio Coração de Jesus, em Florianópolis.

Em 1966 mudou-se para Joinville, onde montou banca de advocacia e ministrou aulas de língua portuguesa e história geral no Colégio Bom Jesus e de Direito Público e Privado na atual Univille.

Em 1971 foi eleito presidente do Diretório Municipal do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Joinville.


Assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia entre 1987 e 1988, durante o governo José Sarney

Exerceu a presidência do Diretório Nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) entre 1993 e 1996.

Seu governo foi marcado pela criação de trinta secretarias de Desenvolvimento Regional em diversas regiões do estado, ato muitas vezes criticado devido à possibilidade de criação de cargos comissionados, onerando os cofres públicos.

Primeiro governador reeleito da história do estado de Santa Catarina, conseguiu a marca histórica em 29/10/2006 com 52,7% dos votos válidos, tendo sido derrotado em 108 municípios, destacando-se as principais cidades como Blumenau, São José, Itajaí, Jaraguá do Sul, Palhoça e Tubarão.

Renunciou ao cargo em 25/03/2010 em favor de Leonel Pavan para concorrer ao Senado Federal do Brasil nas eleições gerais no Brasil em 2010.

Correu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um recurso que pedia a cassação do mandato do ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Ele era acusado por adversários de abuso de poder econômico na divulgação de propaganda institucional durante a campanha eleitoral de 2006.

Em 15/02/2008, o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro, sendo que três dos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já haviam votado a favor da cassação do governador.

Em 28/05/2009, por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu o governador da acusação.

Em 03/10/2010 se elegeu-se para ocupar uma das 2 vagas no senado de Santa Catarina. A 2° vaga foi preenchida pelo deputado federal e ex secretário de educação Paulo Roberto Bauer.

Luiz Henrique da Silveira foi candidato à presidência do senado em 2015, perdendo a eleição para Renan Calheiros.

Morte

Em 10/05/2015, logo após almoçar em seu apartamento em Itapema, Santa Catarina, passou mal e foi levado a um hospital de Joinville, onde acabou falecendo. De acordo com o secretário de comunicação de Joinville, Marco Aurélio Braga, ele estava em casa, em Joinville, e as primeiras informações é que teve um infarto fulminante após o almoço.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Fada Veras e Miguel Sampaio