Helena dos Santos

MARIA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
(83 anos)
Compositora

* Conselheiro Lafaiete, MG (07/01/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/10/2005)

Maria Helena dos Santos Oliveira, ou simplesmente Helena dos Santos foi uma compositora brasileira, famosa por suas composições para o cantor Roberto Carlos. Nasceu em Conselheiro Lafaiete, interior de Minas Gerais, no dia 07/01/1922. Foi uma mulher do povo, humilde, humana, que sofreu muito, mas soube transformar seu drama em canções. Seus pais, Francisco dos Santos e Maria Amália dos Santos, jamais poderiam imaginar que Helena dos Santos um dia viesse a ficar famosa, dadas as precárias condições de vida da família.

Ainda criança, assistiu ao falecimento da mãe, passando a viver com a madrasta até os 11 anos de idade. Aos 12, mudou-se com uma irmã e o cunhado para o Rio de Janeiro. Logo, começou a trabalhar em uma fábrica de tecidos, e depois em uma loja de confecções masculinas, na Rua Frei Caneca. Depois de sofrer um acidente, passou quase dois anos sem trabalhar. Recuperada do acidente, empregou-se como doméstica.

Aos 17 anos, Helena dos Santos conheceu um jovem rapaz de Cabo Frio, Lauro Moreira, o qual trabalhara na mesma fábrica que ela. Tornaram-se namorados, e mais tarde se casaram, tendo seis filhos. Doze anos mais tarde, Lauro Moreira acabou falecendo. Na época, ainda grávida do sexto filho, Helena dos Santos viu-se em situação de profundo desamparo financeiro. Começou a lavar roupa para senhoras de Copacabana, e a fazer pequenos trabalhos de costura, atividade que a consumia todos os dias até altas horas da madrugada.

Sem concluir seus estudos, e portanto alheia às convenções gramaticais, Helena dos Santos aprendera a forma da composição e o trabalho com rimas ensinada por seu marido. Nos anos 60, o rock e a Jovem Guarda dominavam o cenário musical juvenil brasileiro, e Helena dos Santos resolveu compôr uma música naquele estilo. Depois de finalizar "Na Lua Não Há", em 1963, a então empregada doméstica iniciou sua batalha para encontrar um artista que quisesse gravar sua canção.

Um dia, ao visitar o programa "Luiz de Carvalho", na Rádio Globo, viu a cantora Rogéria, então em grande sucesso e a mostrou a composição "Na Lua Não Há", que a cantora ouviu e gostou, desculpando-se, contudo, por não ser do estilo dela. Disse então que havia um jovem cantor que talvez se interessasse pela composição. O jovem cantor se chamava Roberto Carlos que ouviu e gostou. Iniciou-se assim uma amizade duradoura entre os dois artistas, que ainda renderia mais dez composições de sucesso, das quais três seriam escritas em parceria com o compositor Edson Ribeiro.


Em 1963, a composição "Na Lua Não Há" foi gravada por Roberto Carlos no LP "Splish Splash" e no ano seguinte, no LP "É Proibido Fumar", ele gravou "Meu Grande Bem".

Em 1965, no LP "Roberto Carlos Canta Para a Juventude", teve gravada a canção "Como é Bom Saber" e no LP "Jovem Guarda", lançado no mesmo ano, teve gravado aquele que foi seu maior sucesso, "Sorrindo Para Mim".

Em 1966, no LP "Roberto Carlos", teve gravada a obra "Esperando Você".

Em 1967, uma reportagem da revista Intervalo assim falou sobre ela:

"Dona Helena dos Santos de Oliveira é uma ex-favelada que 'Betinho' (assim ela chama Roberto Carlos) resolveu chamar para ser sua compositora exclusiva. Com apenas seis músicas de sua autoria - 'Meu Grande Bem', 'Como é Bom Saber', 'Sorrindo Para Mim', 'Esperando Por Você', 'Fiquei Tão Triste' e 'Na Lua Não Há' - a vida dela já mudou muito. Ela comprou um apartamento na Gávea, móveis modernos e entrou num consórcio de automóveis. Os filhos estão todos no colégio."

Em 1968, obteve novo grande sucesso com a canção "Nem Mesmo Você" gravada por Roberto Carlos no LP "O Inimitável". No ano seguinte teve gravada pelo mesmo cantor a música "Do Outro Lado da Cidade".

Em 1970, teve a primeira de suas músicas gravadas por Roberto Carlos na qual não fez sozinha a letra e a música, dividindo a parceria de "O Astronauta" com Edson Ribeiro. Lançou um livro intitulado "O Rei e Eu", em que conta detalhes de sua relação com Roberto Carlos, do qual era também uma querida confidente.

Em 1972, fez com Edson Ribeiro a música "Agora Eu Sei", a segunda dessa parceria gravada por Roberto Carlos.

Em 1982, teve gravada por Roberto Carlos a música "Recordações", parceria com Edson Ribeiro.

Com o dinheiro adquirido com os direitos autorais de suas composições, Helena mudou-se com os filhos para um apartamento no Horto Florestal, tendo morado também em Bangu.

Helena dos Santos faleceu em 23/10/2005, no Hospital da Força Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, sendo sepultada no Cemitério São João Batista.

Composições

  • 1965 - Na Lua Não Há
  • 1964 - Meu Grande Bem
  • 1965 - Como é Bom Saber
  • 1965 - Sorrindo Para Mim
  • 1966 - Esperando Você
  • 1967 - Fiquei Tão Triste
  • 1968 - Nem Mesmo Você
  • 1969 - Do Outro Lado da Cidade
  • 1970 - O Astronauta (Parceria com Edson Ribeiro)
  • 1972 - Agora Eu Sei (Parceria com Edson Ribeiro)
  • 1982 - Recordações (Parceria com Edson Ribeiro)


Indicação: Miguel Sampaio

Lourdes Rodrigues

ANTÔNIA LOURDES BRETAS RODRIGUES
(76 anos)
Cantora

* Santa Maria, RS (04/01/1938)
+ Porto Alegre, RS (22/10/2014)

Nascida em Santa Maria, RS, em 04/01/1938, Lourdes Rodrigues mudou-se com a família, ainda criança, para Porto Alegre. Passou a maior parte da vida na capital gaúcha, mas em 2005 mudou-se para Imbé, no Litoral Norte.

Considerada uma das grandes interpretes de Lupicínio Rodrigues e conhecida como "Dama da Canção"Lourdes Rodrigues iniciou sua vida artística na Rádio Farroupilha, como "A Mais Bela Voz Estudantil do Rio Grande do Sul" e, profissionalmente, no programa "Roteiro de um Boêmio", cujo apresentador era Lupicínio Rodrigues.

Depois, conquistou o sucesso cantando em vários bares da noite e gravou dois discos: "Utopia" (1985) e "Dona Divergência" (1999).

Em abril deste ano, ano em que se comemora o centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues, ela foi homenageada no Prêmio Açorianos com um troféu pelo conjunto da obra.


Lourdes Rodrigues comemorou seus 60 anos de carreira artística com um show no dia 31/08/2012 no bar Se Acaso Você Chegasse em Porto Alegra. Na ocasião, também foi lançado um livro de memórias intitulado "Uma História de Sucessos", que esteve a venda no local por R$ 15,00. O show teve o apoio da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.

Com o objetivo de arrecadar recursos para o tratamento da cantora, foi realizado em 13/10/2014 um show beneficente no Centro Histórico Cultural da Santa Casa que reuniu vários artistas gaúchos, entre eles Adriana Deffenti, Marcelo Delacroix, Samuca do Acordeon, Giovani Berti, Nei Lisboa e os irmãos Ernesto e Neto Fagundes. Pouco mais de R$ 3 mil foram levantados para ajudar nas despesas hospitalares não cobertas pelo convênio que ela possuía com o Instituto de Previdência do Estado (IPE). Lourdes Rodrigues vivia em uma pensão do Estado e contava com a ajuda da amiga e empresária.

Desde 2012, a cantora vivia principalmente de uma pensão especial do Estado, por sua contribuição artística. Embora não tenha conseguido assistir ao show beneficente, Lourdes Rodrigues acompanhou tudo pelo Skype e agradeceu o carinho dos fãs e amigos com um cartaz pendurado na janela do quarto do hospital. Da cama, ela sorria e acenava para os convidados.

Sua companhia mais constante era a empresária, amiga e cuidadora Maria Beatriz Barth Presser, que lhe ajudou a conseguir a pensão do estado e organizou o show beneficente. 

Morte

Lourdes Rodrigues morreu às 21:30 hs de quarta-feira, 22/10/2014, em Porto Alegre, RS, vítima de falência múltipla dos órgãos. Ela tinha 76 anos e estava internada desde o início de setembro no Hospital São Francisco, na Santa Casa, tratando de diabetes. Desde o início do ano, ela já havia passado por seis cirurgias em decorrência da doença.

Segundo a empresária, amiga e cuidadora da artista, Maria Beatriz Barth Presser, o estado de saúde da cantora piorou no domingo, 19/10/2014, em razão de complicações causadas pela doença. Recentemente, ela já precisou ter a perna esquerda amputada pelo mesmo motivo.

Lourdes Rodrigues foi velada desde a madrugada de quinta-feira, 23/10/2014, no Plenário Otávio Rocha, da Câmara Municipal de Porto Alegre. 

O sepultamento de Lourdes Rodrigues ocorreu às 17:00 hs de quinta-feira, 23/10/2014, no Cemitério Jardim da Paz, no bairro Agronomia, em Porto Alegre, RS.

Lourdes Rodrigues deixa uma filha, cinco netos e  oito bisnetos.

Fonte: G1, Zero Hora e Sul21
Indicação: Miguel Sampaio

Mocinha da Mangueira

RIVAILDA DO NASCIMENTO SOUZA
(76 anos)
Porta-Bandeira

* Rio de Janeiro, RJ (1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/07/2002)

Mocinha era filha de Angenor de Castro, um dos fundadores da Mangueira, e sobrinha de Raimunda, a primeira Porta-Bandeira da história da Escola. E foi Tia Raimunda, a primeira porta-estandarte da Estação Primeira de Mangueira, quem lhe ensinou a sambar e a amar aquela bandeira. A menina que acompanhava os ensaios, em 1952, já Mocinha, defendia o pavilhão da Verde-e-Rosa, como 2ª Porta-Bandeira. E parecia inevitável ser a segunda, posto que a primeira, era Neide, uma lenda, que disputava com Vilma, da Portela, outra fera, o posto de Rainha da Passarela.

Mas quem aprendeu com a primeira de todas, acabaria por roubar a cena. No auge da disputa pelo Estandarte de Ouro, o "Oscar" do Carnaval carioca, no ano de 1980, de um lado a primeira da Mangueira, e do outro a primeira da Portela, o prêmio foi parar justamente nas mãos da segunda da Mangueira. No ano seguinte já desfilava na Avenida Presidente Vargas como 1ª Porta-Bandeira.

E Mocinha passou a ser adulta, entrou no meio das gigantes, e no seu reinado, absoluta, levantou mais dois "Estandartes de Ouro", acumulando assim três prêmios "Estandartes de Ouro" em sua carreira.

Seu principal parceiro foi o Mestre-Sala Delegado. Além dele, outros também se destacaram como Lilico, Edinho, Jorge Rasgado, Arísio e Arilton.

No ano de 1988, em decorrência de problemas de saúde, teve que se afastar da função que a consagrou como símbolo da Escola em 36 anos de dedicação.

Integrante do Conselho de Baluartes da Escola, presidido pelo intérprete JamelãoMocinha desfilou como primeira porta-bandeira da escola por 36 anos consecutivos. Ela era uma das porta-bandeiras mais antigas da Verde-e-Rosa. Desde 1991, quando entregou o posto, Mocinha saía no carro dos baluartes, junto com Dona Zica e Dona Neuma, e outros destaques da agremiação.

Mocinha morava no Morro da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, com a filha. Diabética, nos últimos anos vinha sofrendo problemas de saúde, como complicações nos rins e insuficiência respiratória.

Beth Carvalho, Mocinha e Delegado (Inauguração da Marquês de Sapucaí)
Morte

Rivailda do Nascimento Souza, a Mocinha, um dos principais símbolos da escola, morreu na manhã de 26/07/2002, aos 76 anos, vítima de insuficiência renal crônica. Ela estava internada no Hospital Geral de Bonsucesso desde segunda-feira, 22/07/2002. O corpo de Mocinha foi velado por integrantes da Escola no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona Portuária do Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio

Waldir Amaral

WALDIR AMARAL
(70 anos)
Radialista e Locutor Esportivo

* Andinópolis, GO (17/10/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/10/1997)

Waldir Amaral foi um radialista e locutor esportivo brasileiro. Talentoso profissional de comunicação, foi um dos pioneiros na transformação das jornadas esportivas radiofônicas num verdadeiro show. Criou bordões que atravessaram todo o Brasil e tornaram-se referência nacional como "Indivíduo Competente", "O Relógio Marca", e "Tem Peixe Na Rede". Criou também o apelido "Galinho de Quintino" que acompanha Zico até os dias de hoje.

Waldir Amaral iniciou sua carreira na Rádio Clube de Goiânia. No Rio de Janeiro, passou pela Rádio Tupi, Rádio Mauá, Rádio Continental, Rádio Mayrink Veiga, Rádio Nacional e Rádio Globo. Nesta última, por sinal, permaneceu de 1961 a 1983.


Foi Waldir Amaral, ao lado de um dos diretores da Rádio Globo, Mário Luiz, o "criador intelectual" da vinheta "Brasil-sil-sil!", gravada pelo radialista Edmo Zarife durante as eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, para levar a Seleção Brasileira à frente, e que está no ar até hoje.

Waldir Amaral faleceu 10 dias antes de completar 71 anos, vitimado por uma insuficiência coronariana.

Em sua homenagem, a Rua Turf Club, no bairro do Maracanã, passou a se chamar Rua Radialista Waldir Amaral. Rua, aliás, onde se encontra a sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ).

Waldir Amaral foi um locutor original e que soube comunicar como poucos. Narrava pausadamente, com elegância e muito estilo. Foi um dos maiores radialistas esportivos de todos os tempos.

Bordões

Profissional extremamente criativo, Waldir Amaral costumava dizer vários bordões enquanto narrava a partida. Alguns bordões criados por ele:

  • "Tem peixe na rede do..." - Dizia se referindo ao time que levava gol do adversário.
  • "Choveu na horta do..." - Dizia se referindo ao time que fazia gol no adversário.
  • "É fumaça de gol" - Dizia quando surgia uma oportunidade de gol: "Aproxima-se da área, é fumaça de gol..."
  • "Caldeirão do Diabo" - A grande área: "Vai cruzar no caldeirão do Diabo!"
  • "Indivíduo competente" - Quem fazia o gol: "Indivíduo competente o Zico!"
  • "Deeeeez, é a camisa dele!"
  • "O visual é bom, Roberto tem bala na agulha!" - Quando o jogador ia bater uma falta.
  • "Estão desfraldadas as bandeiras do Botafogo" - Dizia logo após o gol.
  • "Deixa comigo" - Dizia logo após a vinheta do seu nome.
  • "O relógio marca" - Dizia quando dava o tempo de jogo.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Zé do Norte

ALFREDO RICARDO DO NASCIMENTO
(83 anos)
Cantor, Compositor, Poeta, Escritor e Folclorista

* Cajazeiras, PB (18/12/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/01/1992)

Aos 11 anos de idade perdeu os pais, indo morar com um tio. Fugiu de casa dois anos depois, devido a uma briga e começou a trabalhar ainda criança, na lavoura de algodão. Nunca estudou música, mas desde pequeno gostava de acompanhar os cantadores, chegando a viajar três a quatro léguas para assistir as cantorias. Trabalhou como tropeiro e apanhador de algodão e mais tarde, mudou-se para Fortaleza.

Em 1928, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou no Exército, indo servir no I Regimento de Infantaria da Vila Militar, no Rio de Janeiro, onde formou-se em Enfermagem. Cursou também a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.

Sua primeira composição, aos 11 anos de idade, motivada por uma desilusão amorosa, mais tarde se tornaria a famosa "Sodade, Meu Bem, Sodade", sofrendo modificação no ritmo quando ele passou a trabalhar na Rádio Tupi.

Em 1938, durante uma apresentação em um show na Feira de Amostras do Rio de Janeiro, Joracy Camargo e Rubens de Assis viram a cantoria de Alfredo Ricardo, que era fiscal de feira. Eles o convidaram, então, para apresentar-se ao lado dos consagrados Sílvio Caldas e Orlando Silva. Cantou, então, para uma platéia de cerca de 20 mil pessoas que vibrou, pedindo para que ele repetisse diversas vezes a embolada "Errou o Tiro", em que debochava do capitão que matou Lampião.

Em 1939, foi convidado por Lacy Martins, irmão de Herivelto Martins, para cantar na Rádio Tupi, adotando, então, o nome artístico de Zé do Norte. Passou a apresentar o programa "Noite da Roça", que lançou diversos artistas e no qual apresentaram-se, entre outros, Alvarenga & Ranchinho e Luiz Gonzaga, este ainda em começo de carreira.

Em 1941, começou a trabalhar na Rádio Transmissora Brasileira, atual Rádio Globo, onde apresentou e participou dos programas "Desligue, Faz Favor" e "Hora Sertaneja". Tendo trabalhado em diversas estações, teve de afastar-se do rádio em 1942, devido a problemas na garganta que o deixaram afônico.

Em 1947, ingressou na Rádio Fluminense. Trabalhou, ainda, na Rádio Guanabara e Rádio Tamoio.

Em 1948, lançou o livro "Brasil Sertanejo", com temas folclóricos.

Em 1950, gravou o xote "Vamos Rodar" e a valsa "Prazer do Boiadeiro", ambas de sua autoria. Na mesma época, foi convidado pelo diretor Lima Barreto para fazer a trilha sonora do filme "O Cangaceiro". A conselho da escritora Rachel de Queiroz, então roteirista, foi indicado como consultor de linguagem para o mesmo filme. O filme ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes. Da trilha sonora destacaram-se "Sodade, Meu Bem, Sodade", gravada com a atriz Vanja Orico, "Lua Bonita", "Mulher Rendeira" e o coco "Meu Pião", com referências ao seu tempo de criança. Essas músicas fizeram grande sucesso e chegaram a ser gravadas no exterior. Dedicando-se aos trabalhos do filme, retirou-se do rádio.

Em 1953, impetrou ação na justiça contra a empresa cinematográfica Vera Cruz pois o seu nome não foi incluído na apresentação do filme "O cangaceiro" pedindo uma indenização de 300 mil cruzeiros.

Em 1955, Inezita Barroso gravou "Mineiro Tá Me Chamando", adaptação de Zé do Norte para tema do folclore mineiro.

Em 1956, voltou a fazer um programa na Rádio Tupi, a convite de J. d'Ávila, permanecendo, entretanto, por pouco tempo, por não adaptar-se aos programas gravados, já que queria apresentá-los ao vivo.

Em 1957, gravou com seu Conjunto Nordestino os cocos "Mudança na Capitá" e "Na Paraíba".

Em 1958, com o mesmo grupo, Conjunto Nordestino, gravou o coco "No Boero da Usina" e a toada "Vaca Turina".

Em 1959, Luiz Vieira gravou o baião "Milho Verde".

Nos anos de 1970, o roqueiro Raul Seixas regravou a toada "Lua Bonita".

Zé do Norte deixou mais de 100 músicas editadas.


Discografia

  • 1960 - Rock do Matuto / Berimbau de Baiano (Copacabana, 78)
  • 1958 - No Boero da Usina / Vaca Turina (Copacabana, 78)
  • 1957 - Mudança na Capitá / Na Paraíba (Copacabana, 78)
  • 1955 - Coco de Macaíba / Meu Baraio Dois-Dois (Todamérica, 78)
  • 1955 - Três Potes / Será Que Eu Sou Baiano? (Todamérica, 78)
  • 1953 - Mulher Rendeira / Lua Bonita (RCA Victor, 78)
  • 1953 - Meu Pinhão / Sodade, Meu Bem, Sodade (RCA Victor, 78)
  • 1953 - Na Fazenda do Ingá / Lagoa Javari (Continental, 78)
  • 1950 - Estrela d'alva / Cabra Macho é Pernambuco (Star, 78)
  • 1950 - Rói... Rói / Zé das Alagoas (Star, 78)


Indicação: Miguel Sampaio

Lori Sandri

LORI PAULO SANDRI
(65 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* Encantado, RS (29/01/1949)
+ Curitiba, PR (03/10/2014)

Lori Paulo Sandri foi um jogador e técnico de futebol brasileiro. Dentro do campo, atuava como meia.

Começou a jogar futebol no time amador do Esporte Clube Encantado em 1964 e em 1965 foi aprovado no juvenil do Internacional de Porto Alegre, mas por dificuldades financeiras, seguiu, com sua madrinha, para Curitiba. No Paraná, jogou no Esporte Clube Água Verde e na Seleção Paranaense de Futebol, mas ainda nas categorias de base.

Profissionalmente, iniciou no Rio Branco de Paranaguá em 1969 e em 1970 no Seleto de Paranaguá, chegando as finais do campeonato.

A partir de 1971, jogou no Clube Atlético Paranaense, onde ficou até 1973. Em seguida, jogou no Londrina Esporte Clube e no Esporte Clube Pinheiros, onde encerrou sua carreira de jogador.

Começou sua carreira de treinador no Esporte Clube Pinheiros, em 1976, ano em que deixou de ser jogador.

No Brasil, teve muitas conquistas por onde passou, entre elas o inédito vice-campeonato Paulista pelo Botafogo de Ribeirão Preto em 2001, o Campeonato Gaúcho de 1998 pelo Juventude, conquistado de forma invicta, quebrando um tabu de 56 anos sem que times do interior do estado vencessem a competição, e o vice-campeonato Brasileiro da Série B em 1995 pelo Coritiba, classificando o clube para a Série A do ano seguinte.

No exterior, trabalhou na Seleção dos Emirados Árabes Unidos, onde participou das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1998. Teve passagem também pelo futebol japonês, onde disputou dois campeonatos da J. League pelo Tokyo Verdy.

Disputou a Copa da UEFA e o Campeonato Português na temporada 2008/2009, dirigindo a equipe do Marítimo, clube onde ficou até fevereiro de 2009. Em novembro do mesmo ano, assinou com o Santa Cruz para a temporada de 2010, onde disputou o Campeonato Pernambucano, a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Seu último clube como treinador foi o Botafogo de Ribeirão Preto.

Morte

Lori Sandri morreu na sexta-feira, 03/10/2014, na cidade de Curitiba, PR, vítima de um câncer no cérebro, após conviver com a doença por cerca de um ano. A informação veio de seu irmão, Volnei Sandri. O enterro do ex-treinador ocorreu no sábado, 04/10/2014, em Curitiba.

Títulos

Atlético-PR
1983 - Campeonato Paranaense

Guarani
1986 - Campeonato Paulista do Interior

Al-Shabab
1992 - Copa do Golfo

Juventude
1998 - Campeonato Gaúcho

Al-Hilal
1999 - Saudi Founder's Cup

Internacional
2004 - Campeonato Gaúcho


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida

Hugo Carvana

HUGO CARVANA DE HOLANDA
(77 anos)
Ator e Diretor de Cinema e Televisão

* Rio de Janeiro, RJ (04/06/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/10/2014)

Hugo Carvana de Holanda foi um ator e diretor de cinema e televisão brasileiro. Tornou-se conhecido do grande público na televisão interpretando personagens notáveis, como o jornalista do seriado "Plantão de Polícia"Valdomiro Pena, nos anos 80, embora não escondesse sua paixão pelo cinema. Nasceu no dia 04/06/1937, em Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio de Janeiro. É filho de Clóvis Elói de Holanda, comandante da Marinha Mercante, e de Alice Carvana de Castro, costureira.

Iniciou sua carreira de ator em 1955, atuando como figurante no filme "Trabalhou Bem, Genival", dirigido por Lulu de Barros. Figurou em várias produções até conseguir seu primeiro papel de destaque, no filme "Esse Rio Que Eu Amo" (1960), sob a direção de Carlos Hugo Christensen, com Tônia Carrero, Agildo Ribeiro e Daniel Filho.

Até o final dos anos 50, Hugo Carvana atuou em diversas chanchadas, com diretores como Watson Macedo em "Sinfonia Carioca" e "Carnaval em Marte", e Carlos Manga em "Guerra ao Samba" e "Garotas e Samba".

Em 1962, integrou o movimento do Cinema Novo, passando a trabalhar com seus principais diretores, como Ruy Guerra em "Os Cafajestes" e "Os Fuzis", Paulo César Sarraceni em "O Desafio", Leon Hirszman em "A Falecida", Joaquim Pedro de Andrade em "Macunaíma", Cacá Diegues em "A Grande Cidade", "Os Herdeiros" e "Quando o Carnaval Chegar", e Glauber Rocha em "Câncer", "O Leão de Sete Cabeças" e "Terra em Transe", entre outros.

Junto com o início de sua carreira no cinema, Hugo Carvana participou de diversos programas nas principais emissoras de televisão da época, entre os quais se destacam: "Câmera Um" e "Falcão Negro", na TV Tupi; "Teledrama do Canal 9", na TV Continental; "Noite de Gala e Espetáculos Tonelux", na TV Rio.

No teatro, integrou o Teatro de Arena de São Paulo, "Revolução na América do Sul", o Teatro Nacional de Comédia, "O Pagador de Promessas" e "Boca de Ouro", e o Grupo Opinião, "Meia Volta Vou Ver" e "Se Correr o Bicho Pega".

Convidado por Daniel Filho, foi trabalhar na TV Globo em 1967, na novela "Anastácia, a Mulher Sem Destino", primeiro trabalho de Janete Clair para a emissora. Em seguida, deixou o trabalho na televisão para se dedicar ao cinema.

Em 1973, dirigiu seu primeiro filme, "Vai Trabalhar, Vagabundo", que ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado. A comédia, escrita por Hugo Carvana e Armando Costa, teve a participação de Wilson Grey, Paulo César Pereiro e Odete Lara, além do próprio Hugo Carvana, no papel do malandro Dino.

O ator voltou a trabalhar na TV Globo em 1975, novamente convidado por Daniel Filho, desta vez para viver o personagem Jacaré, na novela "Cuca Legal", escrita por Marcos Rey e dirigida por Oswaldo Loureiro. Ainda naquele ano, fez uma participação especial na novela "Gabriela", adaptação de Walter George Durst para o romance de Jorge Amado. Logo depois, afastou-se do trabalho na televisão para produzir seu segundo filme, "Se Segura, Malandro", lançado em 1978.

Voltou à TV Globo em 1979, para protagonizar o seriado "Plantão de Polícia", no qual interpretou o repórter policial Waldomiro Pena. O seriado, dirigido por Daniel Filho, teve 80 episódios e durou de maio de 1979 a outubro de 1981. Em seguida, o ator viveu o personagem Fonseca, na minissérie "Quem Ama Não Mata", escrita por Euclydes Marinho e protagonizada por Marília Pêra e Cláudio Marzo. Na sequência, deixou mais uma vez a TV Globo para trabalhar em seu novo filme, "Bar Esperança". Lançado em 1983, o filme teve Hugo Carvana como um dos autores e foi estrelado por Marília Pêra.

Nos dois anos seguintes, afastou-se da televisão e do cinema para assumir a vice-presidência da Fundação das Artes do Rio de Janeiro, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro. Em seguida, deixou o cargo para voltar a trabalhar como ator no filme "Avaeté" (1985), de Zelito Viana, e na novela "Corpo a Corpo" (1984), de Gilberto Braga, na qual viveu o empresário Alfredo Fraga Dantas. Logo depois, trabalhou nas novelas "De Quina Pra Lua" (1985), de Alcides Nogueira, e "Roda de Fogo" (1986), de Lauro César Muniz, antes de se afastar novamente para filmar "Vai Trabalhar, Vagabundo 2 – A Volta" (1991).

Hugo Carvana voltou à TV Globo em 1990, para viver o chefe de família Guilherme, na novela "Gente Fina", escrita por Luiz Carlos Fusco e Marilu Saldanha. No ano seguinte, viveu o personagem Lucas em "O Dono do Mundo", de Gilberto Braga.

Em 1992, participou da novela "De Corpo e Alma", escrita por Gloria Perez. Participou de "As Noivas de Copacabana", minissérie escrita por Dias Gomes, Ferreira Gullar e Marcílio Moraes.

Em 1993, trabalhou na minissérie "Agosto", adaptação de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil do livro de Rubem Fonseca. Logo em seguida, o ator viveu o personagem Numa, na novela "Fera Ferida", de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.

Em 1995 fez par romântico com a atriz Arlete Salles, na novela "Cara e Coroa", de Antonio Calmon. Nesse mesmo ano, participou da minissérie "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados", adaptação de Leopoldo Serran da obra homônima de Nelson Rodrigues.

Em 1998, em outra novela de Antônio Calmon, "Corpo Dourado", o ator viveu um velho comissário de polícia, parceiro do personagem vivido por Humberto Martins.

Em 1999, faria de novo o papel de um jornalista, o Wagner, na novela "Andando Nas Nuvens", de Euclydes Marinho. Ainda naquele ano, foi o pianista Gouveia da minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999), de Lauro César Muniz.

Em 2001, lançou seu quinto filme, e o primeiro em que não acumulava a direção com a atuação como protagonista. "O Homem Nu" foi baseado no conto homônimo de Fernando Sabino, e estrelado por Cláudio Marzo.

Hugo Carvana voltou a participar de novelas em "Um Anjo Caiu do Céu" (2001), de Antonio Calmon. Em seguida, fez "Desejos de Mulher" (2002), de Euclydes Marinho, e "Celebridade" (2003), de Gilberto Braga, na qual representou o personagem Lineu Vasconcelos, cuja morte teve grande repercussão junto ao público.

Em 2003, lançou mais um filme, "Apolônio Brasil, o Campeão da Alegria", protagonizado pelo ator Marco Nanini. O filme foi escrito e dirigido por Hugo Carvana.

Em 2004 viveu o personagem Sinésio Paiva, na novela "Como Uma Onda", de Walther Negrão.

Em 2006, representou o empresário carioca Jorge Sampaio na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral, Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira.

Em 2007, Hugo Carvana voltaria a viver um personagem malandro e simpático, o Belisário Cavalcanti, na novela "Paraíso Tropical", de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Pai do famoso empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos), de quem recebe uma mesada - a despeito de manterem uma relação ruim - , Belisário é casado com Virgínia, vivida por Yoná Magalhães, sua companheira em pequenos golpes, que os dois aplicam para conseguir manter certo padrão de vida.

Em 2008, estreou na novela "Três Irmãs", de Antonio Calmon, no papel de Drº Andrade, um advogado competente e boa-praça.

Em seu último papel para a TV, em 2012, Hugo Carvana interpretou o ex-presidente Jorge Mourão na minissérie "O Brado Retumbante".

Diretor Subestimado

O ator também foi um diretor subestimado no cinema nacional devido ao uso abundante de tomadas externas e em locais públicos (trens, ônibus, praças, ruas etc.), mostrando o trabalhador, o pobre na sua condição mais crua, muitas vezes até atuando diretamente com o público, que aparece como é, sem a necessidade de figurantes, o que nos deixa ter uma ótima noção dos costumes do Rio de Janeiro da década de 1970.

Nos seus filmes iniciais, ele expunha o cotidiano do carioca, abria espaço para uma crítica mais concreta, principalmente em seu segundo filme "Se Segura, Malandro!", que foi rodado no governo de Ernesto Geisel. Tal filme, se tornou possível devido ao momento político vivido em 1978, quando a produção foi lançada, um ano antes da anistia.

"O humor, hoje, é moda. E se amanhã sair de moda, eu vou continuar fazendo humor. É uma devoção. Só consigo me olhar sob esse viés da alegria, da brincadeira, da ironia. Estou preso a essa bolha da alegria, e de dentro dela não pretendo sair!"
(Hugo Carvana, 2011)

Morte

Hugo Carvana morreu no sábado, 04/10/2014, aos 77 anos no Rio de Janeiro. De acordo com o hospital em que ele estava internado desde o domingo 28/09/2014, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, ele teve complicações causadas por um câncer no pulmão. Em 1996 já havia descoberto a mesma doença no mesmo órgão e em junho de 1997 havia se recuperado.

O velório ocorrerá no domingo, 05/10/2014, a partir das 09:00 hs, no Parque Lage, no Jardim Botânico. O corpo será cremado na segunda-feira, 06/10/2014, em cerimônia fechada para a família no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária.

Era casado com a jornalista Martha Alencar e pai de PedroMaria ClaraJúlio, e Rita.

Hugo Carvana em Plantão de Polícia
Televisão
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Mourão
  • 2011 - Insensato Coração ... Olegário Silveira (Seu Silveira)
  • 2010 - Na Forma da Lei ... Jorginho Monteverde
  • 2009 - Malhação ... Inspetor Ubiracy Cansado
  • 2008 - Três Irmãs ... Drº Andrade
  • 2008 - Guerra e Paz ... Moreira
  • 2008 - Malhação ... Paulo Lopret
  • 2008 - Casos e Acasos ... Álvaro
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Belisário Cavalcanti
  • 2006 - JK (Minissérie) ... Sampaio
  • 2004 - Como Uma Onda ... Sinésio
  • 2003 - Celebridade ... Lineu Vasconcelos
  • 2002 - Desejos de Mulher ... Atílio
  • 2001 - Porto dos Milagres ... Drº Gouveia
  • 2001 - Um Anjo Caiu do Céu ... Garcia
  • 1999 - Andando nas Nuvens ... Wagner Maciera
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Barman
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga (Minissérie) .... Gouveia
  • 1998 - Corpo Dourado ... Azevedo
  • 1995 - Cara e Coroa ... Aníbal
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados (Minissérie) ... Irmão Fidélis
  • 1993 - Fera Ferida ... Numa Pompílio de Castro
  • 1993 - Agosto (Minissérie) ... Luiz Magalhães
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Agenor Pinheiro
  • 1992 - As Noivas de Copacabana (Minissérie) ... Delegado Adroaldo de Lima
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Lucas
  • 1990 - Gente Fina ... Guilherme Azevedo Paiva
  • 1986 - Roda de Fogo ... Paulo Costa
  • 1985 - De Quina Pra Lua ... Silva
  • 1984 - Corpo a Corpo ... Alfredo Fraga Dantas
  • 1982 - Quem Ama Não Mata (Minissérie) ... Fonseca
  • 1979 - Plantão de Polícia (Seriado) ... Valdomiro Pena
  • 1975 - Gabriela ... Argileu Palmeira
  • 1975 - Cuca Legal ... Celso Maranhão (Jacaré)


Cinema

Como Diretor
  • 2013 - Casa da Mãe Joana 2
  • 2011 - Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!
  • 2008 - Casa da Mãe Joana
  • 2003 - Apolônio Brasil - O Campeão da Alegria
  • 1997 - O Homem Nu
  • 1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
  • 1982 - Bar Esperança
  • 1978 - Se Segura, Malandro!
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo

Como Ator
  • 1954 - Trabalhou Bem, Genival
  • 1956 - Contrabando
  • 1957 - Tudo é Música
  • 1961 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1963 - Os Fuzis
  • 1964 - A Falecida
  • 1964 - Crime de Amor
  • 1965 - O Desafio
  • 1966 - A Grande Cidade
  • 1967 - Terra em Transe
  • 1967 - O Engano
  • 1968 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1968 - A Vida Provisória
  • 1968 - Antes, o Verão
  • 1968 - Como Vai, Vai Bem?
  • 1968 - Jardim de Guerra
  • 1968 - O Bravo Guerreiro
  • 1968 - Um Homem e Sua Jaula
  • 1969 - Macunaíma
  • 1969 - O Anjo Nasceu
  • 1969 - Os Herdeiros
  • 1969 - Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite
  • 1969 - Tempo de Violência
  • 1970 - O Leão de Sete Cabeças
  • 1970 - O Capitão Bandeira Contra o Drº Moura Brasil
  • 1970 - Pindorama
  • 1971 - O Rei dos Milagres
  • 1971 - Procura-se Uma Virgem
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar
  • 1972 - Amor, Carnaval e Sonhos
  • 1972 - Câncer
  • 1973 - Tati, a Garota
  • 1973 - Toda Nudez Será Castigada
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo
  • 1974 - Ipanema, Adeus
  • 1975 - A Nudez de Alessandra
  • 1976 - A Queda
  • 1976 - Gordos e Magros
  • 1977 - Anchieta, José do Brasil
  • 1977 - Tenda dos Milagres
  • 1977 - Mar de Rosas
  • 1977 - Se Segura, Malandro! ... Paulo Otávio
  • 1982 - Bar Esperança, o Último Que Fecha
  • 1983 - Águia na Cabeça
  • 1984 - Bete Balanço ... Tony
  • 1985 - Avaeté - Semente da Vingança
  • 1987 - Leila Diniz ... Clyde
  • 1990 - Boca de Ouro ... Caveirinha
  • 1991 - Assim na Tela Como no Céu
  • 1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II - A Volta
  • 1997 - O Homem Nu ... Motorista de Táxi
  • 1999 - Mauá - O Imperador e o Rei ... Queiroz
  • 2002 - Sonhos Tropicais ... Macedo
  • 2003 - Apolônio Brasil - O Campeão da Alegria
  • 2003 - Deus é Brasileiro
  • 2005 - Mais Uma Vez Amor ... Drº Alvarez
  • 2006 - Achados e Perdidos ... Juiz
  • 2006 - O Maior Amor do Mundo ... Salvador
  • 2008 - Casa da Mãe Joana ... Salomão
  • 2009 - Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos
  • 2010 - 5x Favela - Agora Por Nós Mesmos
  • 2011 - Não se Preocupe, Nada Vai Dar Certo!
  • 2013 - Giovanni Improtta ... Cantagallo


Prêmios
  • Kikito de Ouro de melhor ator, no Festival de Gramado, por "Vai Trabalhar Vagabundo 2 - A Volta" (1991).
  • Troféu Candango de melhor Ator no Festival de Brasília, por "Vai Trabalhar Vagabundo 2 - A Volta" (1991).
  • Kikito de Ouro de melhor roteiro, no Festival de Gramado, por "Bar Esperança" (1983).
  • Kikito de Ouro de melhor filme, no Festival de Gramado, por "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973).


Jane Batista

JANE BATISTA
(87 anos)
Atriz, Apresentadora, Jornalista e Escritora

* São Paulo, SP (21/07/1927)
+ São Paulo, SP (04/09/2014)

Túlia Quilici, mais conhecida como Jane Batista foi uma atriz brasileira nascida em 21/07/1927, na capital paulista.

Aos 16 anos, foi secretária do ministro Cândido Motta Filho, do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP), tendo sido essa sua primeira profissão.

Começou na área artística como radioatriz, e nessa função esteve nas emissoras Cruzeiro do Sul, Rádio  América e  Rádio  São Paulo. Anos depois passou para a televisão.

Jane Batista já se apresentou pronta na televisão de São Paulo, na TV Paulista,  em 1951.  Essa foi a segunda emissora a ser inaugurada em São Paulo, e que mais tarde se transformou na TV Globo, e depois em Rede Globo de Televisão. A moça loira e bonita foi a primeira garota propaganda da TV Paulista.  Foi também o primeiro rosto a aparecer na tela da emissora. Além de charmosa, Jane Batista também foi sempre muito inteligente.

Além de atriz, formou-se em jornalismo, e passou à apresentadora dos mais variados programas. Transferiu-se então para a TV Tupi de São Paulo, onde permaneceu por várias décadas.

Jane Batista, por seu desembaraço, foi indicada para participar das inaugurações de várias Emissoras Associadas: TV Curitiba, TV Brasília TV Ribeirão Preto. Houve uma época em que ela, além de fazer televisão, passou a organizar eventos e a apresentar desfiles de modas, tornando-se assim uma especialista no assunto.

Dedicou-se, por fim, ao jornalismo e à literatura. Fez muitas reportagens e entrevistas, tanto na área artística, quanto na política, escrevendo em jornais de alta circulação. Escreveu para o Grupo 1 de Jornais e na Gazeta de Pinheiros. Além disso foi assessora de imprensa junto a políticos e empresários. Foi também membro efetivo da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB), onde era vice-presidente. Teve participações em antologias publicadas pela AJEB. Essas antologias foram publicadas pela entidade, com destaque na Bienal de São Paulo.

Trabalhou também em teatro, com o ator Armando Bógus, na peça "O Ovo"

Jane Batista e Paulo Goulart (Helena, 1952)
Carreira
  • 1952 - Casa De Pensão
  • 1952 - Helena
  • 1954 - Chamas No Cafezal
  • 1955 - Carnaval Em Lá Maior ... Loura
  • 1956 - A Pensão de D. Estela
  • 1962 - O Vigilante Rodoviário
  • 1970 - Marcado Para o Perigo


Indicação: Miguel Sampaio