J. Carlos

JOSÉ CARLOS DE BRITO E CUNHA
(66 anos)
Chargista, Ilustrador e Designer Gráfico

* Rio de Janeiro, RJ (18/06/1884)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/10/1950)

José Carlos de Brito e Cunha, conhecido como J. Carlos, foi um chargista, ilustrador e designer grafico brasileiro. J. Carlos também fez esculturas, foi autor de teatro de revista, letrista de samba, e é considerado um dos maiores representantes do estilo Art Déco no design gráfico brasileiro.

Seu primeiro trabalho foi publicado em 1902, na Revista Tagarela, com uma legenda explicando ser aquele o desenho de um principiante, mas, em seguida, passa a colaborar regularmente com a revista e em abril do ano seguinte já desenha a capa da publicação. Os trabalhos de J. Carlos apareceriam nas melhores revistas de sua época: O Malho, O Tico Tico, Fon-Fon, Careta, A Cigarra, Vida Moderna, Eu Sei Tudo, Revista da Semana e O Cruzeiro.

Fez histórias em quadrinhos com a negrinha Lamparina, mas seus desenhos mais conhecidos são as figuras típicas do Rio de Janeiro, os políticos da então capital federal, os sambistas, os foliões no carnaval e, principalmente, a melindrosa, uma mulher elegante e urbana que surgia com a modernidade do século XX. Juntamente com Raul Pederneiras e com Kalixto formou o triunvirato máximo da caricatura brasileira da Primeira República.

Além de variada, sua obra é bastante numerosa, sendo calculada por alguns em mais de cem mil ilustrações.

Nos anos 30, J. Carlos foi o primeiro brasileiro a desenhar Mickey Mouse. J. Carlos desenhou o personagem em capas e peças publicitárias na revista O Tico Tico.

Também foi responsável pela capa da primeira edição do Suplemento Infantil do jornal A Nação, suplemento criado por Adolfo Aizen.

Em 1941, Walt Disney visitou o Brasil. Disney ficou impressionado com o estilo de J. Carlos e o convidou para trabalhar em Hollywood. O ilustrador recusou o convite, porém enviou a Disney um desenho de um papagaio que serviu de inspiração para a criação de Zé Carioca.

No álbum Hoje é Dia de Festa de 1997, o cantor Zeca Pagodinho inseriu desenhos de J. Carlos na capa.

Morte

J. Carlos sofreu um Aneurisma Cerebral enquanto estava reunido com o compositor João de Barro, o Braguinha, discutindo a ilustração para a capa de seu próximo disco, e faleceu dois dias depois.

Fonte: Wikipédia

Preguinho

JOÃO COELHO NETTO
(74 anos)
Jogador de Futebol

* Rio de Janeiro, RJ (08/02/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/10/1979)

Filho do escritor Coelho Neto, autor do livro sobre o primeiro cinquentenário da História do Fluminense, historiador e dirigente deste clube. Preguinho era sócio do Fluminense antes mesmo de nascer, ingressando nas equipes infantis do clube carioca em em 1916, com 11 anos. Sua estreia enquanto futebolista do tricolor carioca ocorreu em 19 de abril de 1925: naquela tarde, Preguinho havia conquistado o tricampeonato estadual de natação, na categoria de 600 metros. Ainda com a medalha no peito, pegou um táxi até o Estádio das Laranjeiras para ajudar o Fluminense a conquistar o Torneio Início do Rio de Janeiro.

Passou toda sua carreira no Fluminense. Enquanto futebolista, foi o primeiro capitão, artilheiro e autor do primeiro gol da Seleção Brasileira de Futebol em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia (derrota do Brasil por 1-2), na Copa do Mundo de 1930, em época em que seu apelido era Prego, sem o diminutivo.

No jogo seguinte da competição, ante a Bolívia, marcou dois dos quatro gols da vitória brasileira (4-0). Para além de ter sido o autor do primeiro gol do escrete em fase finais do Mundial, Preguinho ficaria ainda na história por ter sido o melhor marcador do Brasil na competição de 1930 (com 3 gols) e por ter sido o primeiro capitão dessa equipe.

Há um depoimento seu sobre sua participação nesta Copa, no filme Futebol Total, dirigido por Carlos Leonam e Oswaldo Caldeira e produzido por Carlos Niemeyer e pelo Canal 100 e, até o final de sua vida, Preguinho participou ativamente da política do Tricolor, sendo figura muito importante na política interna do Fluminense Football Club.

Ainda no Século XXI é um dos maiores artilheiros do Fluminense com 184 gols marcados.

Foi o artilheiro do Fluminense nos campeonatos cariocas de 1928, 1929, 1930, 1931 e 1932, sendo que em 1930 e 1932 foi o artilheiro do Campeonato Carioca.

Além do futebol, Preguinho praticou outras nove modalidades: remo, vôlei, basquete, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, hóquei, tênis de mesa e natação.

Após a profissionalização do futebol, em 1933, Preguinho continuou a atuar de forma amadora, recusando-se a receber dinheiro do Fluminense. Afora seu desempenho dentro das quatro linhas, é também um dos maiores pontuadores da história do basquete tricolor, com 711 pontos anotados.

Amor ao Tricolor

Ele sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol. Jogou por este de clube de 1925 a 1934. Em 1925, depois de nadar a prova dos 600 metros e ajudar o Fluminense a ser tricampeão estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras a tempo de jogar contra o São Cristóvão e ganhar o título do Torneio Início.

Trouxe para o Fluminense 387 medalhas e 55 títulos nas oito modalidades que praticava. Tais façanhas fizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 22 de janeiro de 1952, Preguinho recebeu o título de "Benemérito-Atleta" do Fluminense, o que mais o orgulhou até a sua morte, em 1979. Um busto na sede do clube e o nome do ginásio são merecidas homenagens. À ocasião, ele disse:

"Eu nem sabia falar direito e o Fluminense já estava em minha alma, meu coração e em meu corpo."

Morte

Preguinho morreu em 1979, aos 74 anos, devido a problemas pulmonares.

Fonte: Wikipédia