Bezerra da Silva

JOSÉ BEZERRA DA SILVA
(77 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

* Recife, PE (23/02/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/01/2005)

Nordestino, desde a infância foi ligado à música e sempre "sentiu" que apresentava o dom de tocar, causando atritos com a família.

O pai, da Marinha Mercante, saiu de casa quando Bezerra era pequeno, vindo morar no Rio de Janeiro. Com isso, depois de ingressar e ser expulso da Marinha Mercante, descobriu o paradeiro do pai e veio atrás dele. Causando mais atritos com o pai, foi morar sozinho, no Morro do Cantagalo, trabalhando como pintor na construção civil. Juntamente, era instrumentista de percussão e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950.

Durante sete anos viveu como mendigo nas ruas de Copacabana, onde tentou suicídio e foi salvo por um Santo da Umbanda. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando o primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.

Inicialmente gravou músicas sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar o público. O repertório dos discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra notabilizou-se por um estilo Sambandido (ou Gangsta Samba), precursor mesmo do Gangsta Rap norte-americano. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a mostrar a sua realidade em músicas como: "Malandragem Dá um Tempo", "Sequestraram Minha Sogra", "Defunto Caguete", "Bicho Feroz", "Overdose de Cocada", "Malandro Não Vacila", "Meu Pirão Primeiro", "Lugar Macabro", "Piranha", "Pai Véio 171", "Candidato Caô Caô".

Em 1995 gravou pela Sony "Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert", uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com "Bezerra da Silva - Produto do Morro", de Letícia Vianna.

Em 2001 tornou-se evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus e em 2003 gravou o CD Caminho de Luz com músicas gospel. Em 2005, perto da morte, mas ainda demostrando plena atividade, participou de composições com Planet Hemp, O Rappa, Velhas Virgens e outros nomes de prestígio da Música Popular Brasileira.

Bezerra morreu na manhã de segunda-feira, dia 17/01/2005 aos 77 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca. De acordo com o último boletim médico, a causa do óbito foi Falência Múltipla dos Órgãos. O corpo de Bezerra foi velado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O sepultamento foi em uma terça-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju.

Bezerra estava internado desde o dia 28/10, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, com Embolia Pulmonar e Pneumonia.

O curioso desta data é que Bezerra se auto-intitulava "O Bom Malandro", por isso quando morresse, queria que não fosse numa sexta-feira ou feriado, para não atrapalhar a praia dos amigos. E morreu numa segunda-feira - ou seja, depois do fim-de-semana e no dia 17 de janeiro, o primeiro mês do ano - 1 7 1.

Fonte: Wikipedia

Ankito

ANCHIZES PINTO
(85 anos)
Ator e Humorista

* São Paulo, SP (26/02/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (30/03/2009)

Considerado um dos cinco maiores nomes das chanchadas

De família circense, era filho do palhaço Faísca e sobrinho do famoso palhaço Piolim. Era casado com a atriz Denise Casais.

Passou a atuar profissionalmente no circo aos sete anos de idade, no globo da morte.

Onze anos mais tarde, passou a atuar em shows no Cassino da Urca, como acrobata, na época considerado um esporte, e que lhe rendeu cinco vezes o título de campeão sul-americano. Em seguida ingressou no teatro, substituindo por uma noite o ator principal da companhia, porém fez sucesso e permaneceu no elenco. Contracenou com Grande Otelo no show Bahia Mortal e, a essa altura, sua carreira já estava consolidada. Com o sucesso no teatro, em 1952, foi convidado para fazer três dias de filmagem no filme É fogo na roupa, mas o sucesso foi tanto que os três dias passaram a ser 39, tendo inclusive sido colocado o seu nome em primeiro lugar nos créditos do filme. Continuou a fazer shows pelo Brasil com uma companhia de vedetes, em clubes e cinemas, que sempre exibiam um filme dele antes de cada espetáculo.

Protagonizou 56 filmes, todos recordes de bilheteria, entre eles Três recutas, Marujo por acaso, Um candango na Belacap, Os Três Cangaceiros, Rei do movimento, O feijão é nosso, O grande pintor, Angu de caroço, O boca de ouro, E o Bicho Não Deu, Sai dessa recruta e Metido a bacana, onde a dupla Ankito e Grande Otelo apareceu pela primeira vez. Estes filmes foram lançados de 1952 a 1961, período do apogeu de sua carreira artística.

Em 1960 sofreu sofre um acidente grave durante as filmagens Um candango na Belacap, quando caiu de um prédio em construção. O acidente afetou a sua capacidade de fazer acrobacias e abreviou sua carreira cinematográfica.

Em 1966, participou do filme em episódios As cariocas, de Fernando de Barros, Walter Hugo Khouri e Roberto Santos. Atuou também em O Escorpião Escarlate, de Ivan Cardoso e Beijo 2348/72, de Walter Rogério, ambos de 1990.

Na televisão, participou de muitos programas humorísticos. Fez parte do elenco da TV Tupi, da Record e da Bandeirantes. Mais tarde, na Globo, além das participações nos humorísticos, fez parte do elenco das telenovelas Gina, com a Cristiane Torloni; Marina, com Edson Celulari e A sucessora, de Manoel Carlos. Em 2005, fez o personagem "Falecido", na telenovela Alma gêmea. Atuou também em inúmeras minisséries e participou da primeira versão do Sítio do Pica-pau Amarelo, onde fez os personagens "Soldadinho de chumbo" e o "Curupira

O ator sofria de câncer de pulmão há um ano e meio. Segundo informação dos médicos passada por sua esposa Denise Casais, a causa da morte foi uma Neoplasia Pulmonar.

O enterro aconteceu na terça-feira (30/03) às 11h no Cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro.

Dom Aloísio Lorscheider

ALOÍSIO LEO ARLINDO LORSCHEIDER
(83 anos)
Sacerdote, Frade Franciscano e Cardeal
Ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

* Estrela, RS (08/10/1924)
+ Porto Alegre, RS (23/12/2007)

Dom Frei Aloísio Lorscheider ou Cardeal Lorscheider, como ficou conhecido, nasceu a 08/10/1924, em Estrela, no Rio Grande do Sul. O nome de seu pai era José Aloysio Lorscheider e o da mãe Verônica Gerhardt Lorscheider.

Fez o curso primário em Picada Winck, em Lajeado, em Palanque e Venâncio Aires. Ingressou em 1934, no Seminário dos Padres Franciscanos, em Taquari, onde fez os cursos ginasial e colegial.

Em 1942, fez o Noviciado e o primeiro ano de Filosofia no Convento São Boaventura, em Daltro Filho e Garibaldi.

Em 1944, foi transferido para o Convento Santo Antônio, em Divinópolis, MG, onde terminou o curso de Filosofia e fez o curso de Teologia. Passou a adotar o nome religioso de Frei Aloísio, nome que conservou até o final de sua vida.

Foi ordenado sacerdote a 22 de agosto de 1948, em Divinópolis, MG. Como sacerdote, lecionou latim, alemão e matemática no Seminário Seráfico, em Taquari. No final do mesmo ano, foi enviado a Roma, ao Pontifício Ateneo Antoniano, para especializar-se em Teologia Dogmática.

No mês de junho de 1952, defendeu sua tese doutoral, sendo promovido com nota máxima: summa cum laude.

Regressando de Roma, tornou a lecionar no Seminário Seráfico, em Taquari, até que, em 1953, foi nomeado professor de Teologia Dogmática no Convento Santo Antonio, em Divinópolis.

Durante 6 anos, lecionou Teologia e ocupou sucessivamente os cargos de Comissário Provincial da Ordem Franciscana Secular, Conselheiro Provincial e Mestre dos Estudantes de Teologia e dos Candidatos ao estado de Irmão Franciscano. Além de Teologia Dogmática, lecionou Liturgia, Espiritualidade e Ação Católica, e foi assistente do Círculo Operário Divinopolitano.

Em 1958, tomou parte no Congresso Mariológico Internacional, em Lourdes, França. No mesmo ano, foi chamado a Roma para lecionar Teologia Dogmática no Pontifício Ateneo Antoniano.

Em 1959, foi nomeado Visitador Geral para a Província Franciscana em Portugal. No mesmo ano, de volta da visita canônica, recebeu o encargo de Mestre dos Padres Franciscanos, estudantes nas várias Universidades de Roma.


No dia 3 de fevereiro de 1962, foi nomeado pelo Papa João XXIII, bispo da recém-criada Diocese de Santo Ângelo. No dia 20 de maio de 1962, recebeu a ordenação episcopal na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Adotou como lema de seu episcopado In Cruce Salus Et Vita (Na Cruz, a Salvação e a Vida). No dia 12 de junho, tomou posse na Diocese e, por 11 anos, foi seu bispo diocesano.

Em novembro de 1963, foi eleito pela Assembléia do Concílio Vaticano II, membro das Comissões Conciliares, nomeadamente para a Secretaria de União dos Cristãos. Tomou parte como Padre Conciliar de todas as sessões do Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965.

Pertenceu ao quadro dos dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil  (CNBB), a partir de 1968, como secretário geral, e como presidente duas vezes consecutivas de 1971 a 1975 e 1975 a 1978.

Em 1972, foi eleito primeiro vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e reeleito em 1975. Em 1976, assumiu a presidência do mesmo organismo, em virtude da transferência do titular Dom Eduardo Peronio, Bispo de Mar del Plata, nomeado Cardeal, para a Prefeitura da Congregação dos Religiosos, com sede no Vaticano.

Foi eleito vice-presidente da Cáritas Internacional e reeleito em 1972, assumindo a presidência em fevereiro de 1974, em razão do estado de saúde do Monsenhor Vath, o presidente, falecido em 1976.

No dia 4 de abril de 1973, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de Fortaleza. No dia 5 de agosto do mesmo ano, tomou posse naquela Arquidiocese.

No dia 24 de abril de 1976, o Papa Paulo VI nomeou-o Cardeal e em 24 de maio recebeu a investidura do Cardinalato, com o título de São Pedro in Montorio. Tomou parte nos dois conclaves em 1978, que elegeram os papas João Paulo I e João Paulo II. Foi o sétimo cardeal brasileiro.

Em 1995, com problemas cardíacos, ele solicitou ao Papa João Paulo II sua transferência para uma diocese menor. Foi atendido e transferido de Fortaleza para a Arquidiocese de Aparecida, tomando posse no dia 18 de agosto do mesmo ano.

Em maio de 1996, em Guadalajara, no México, participou do II Encontro de Presidentes da Comissão Episcopal de Doutrina (CED).


Em 1997 recebeu o Pálio das mãos do Papa João Paulo II. No mesmo ano, fez parte do Sínodo dos Bispos para a América.

Dedicou particular atenção ao clero, no qual procurou desenvolver um profundo sentido de comunhão eclesial e um singular impulso apostólico. A sua atividade junto aos organismos da Santa Sé foi intensa. Participou de todas as assembleias ordinárias do Sínodo dos Bispos, distinguindo-se nas suas intervenções devido à solidez da doutrina e à prudência pastoral. Sagrou dez bispos e ordenou inúmeros sacerdotes.

Em 2000, com 76 anos, anunciou sua renúncia, já que pelas regras da Igreja Católica era obrigado a renunciar ao cargo por ter passado dos 75 anos. Afirmou, na ocasião, que se fosse por vontade própria continuaria em Aparecida.

Em 28 de janeiro de 2004, recebeu a notícia da aceitação de sua renúncia e em 25 de março do mesmo ano entregou a arquidiocese para Dom Raymundo Damasceno Assis, tornando-se, assim, arcebispo emérito de Aparecida.

Em seguida, retornou para o Convento dos Franciscanos, em Porto Alegre, onde passou seus últimos dias.

Foi o único cardeal brasileiro até hoje a receber votos em um dos conclaves (primeiro conclave de 1978), tanto é que o Cardeal Albino Luciani, que foi eleito Papa, votou várias vezes nele.

No filme "The Godfather: Part III", é citado durante a votação para eleição do novo Papa, em 1978, em que foi eleito o Papa João Paulo I.

Perguntado, na sua posse como Arcebispo de Aparecida, sobre quais medidas tomaria para conter a saída dos fiéis da Igreja Católica, Dom Aloísio Lorscheider retrucou dizendo que havia um engano nessa informação, porque quem saiu da Igreja Católica não foram os fiéis e sim os infiéis, recebendo o aplauso de todos.

Dom Aloísio Lorscheider foi passageiro do vôo 169 da VASP e, segundo um relato "ufológico" não teria confirmado a observação ocular de um OVNI. Na ocasião, quando questionado sobre o porquê de não ir até a janela do avião ver o objeto, respondeu que "não queria saber dessas coisas".


Em 15/03/1994, foi tomado como refém por detentos do Instituto Penal Paulo Sarasarte, em Fortaleza, enquanto acompanhava uma visita da Pastoral Carcerária. Na ocasião, pediu que fosse o último dos reféns a ser libertado, o que aconteceu 20 horas depois, após intensa mobilização da polícia cearense. Ao ser libertado, disse que rezaria pelos sequestradores e chegou a lavar os pés de alguns deles, durante uma missa da Quinta-Feira Santa.

Enquanto estudava no Pontifício Ateneo Antoniano tinha como hábito assumir a limpeza dos corredores e lavatórios. A prática, dizia, servia para exercitar a humildade de um bom discípulo de São Francisco de Assis.

Dom Aloísio Lorscheider faleceu às 5:30 hs, do dia 23/12/2007. Ele estava internado na UTI do Hospital São Francisco de Assis em Porto Alegre desde o dias 12/12/2007 em decorrência de problemas cardíacos.

Ordenações Episcopais

Dom Aloísio Lorscheider foi o principal celebrante das ordenações episcopais de:

  • Dom Estanislau Amadeu Kreutz
  • Dom Frei Cláudio Cardeal Hummes, OFM
  • Dom Patrício José Hanrahan, CSsR
  • Dom Frei Geraldo Nascimento, OFMCap
  • Dom Benedito Francisco de Albuquerque
  • Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, OAR
  • Dom Carmo João Rhoden, SCJ
  • Dom Frei Luís Flávio Cappio, OFM
  • Dom Frei Irineu Sílvio Wilges, OFM
  • Dom Joércio Gonçalves Pereira, CSsR

Dom Aloísio Lorscheider foi concelebrante nas ordenações episcopais de:

  • Dom José Ivo Lorscheiter
  • Dom Frei Adalberto Paulo da Silva, OFMCap
  • Dom Marcelo Pinto Carvalheira


Fonte: Wikipédia

Alziro Zarur

ALZIRO ABRAÃO ELIAS DAVID ZARUR
(64 anos)
Jornalista, Radialista, Poeta, Escritor,
Fundador e Primeiro Presidente da Legião da Boa Vontade

* Rio de Janeiro, RJ (25/12/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1979)

Filho de imigrantes árabes, Ássima e Elias Zarur, foi aluno brilhante do Colégio Dom Pedro II e já nesse tempo demonstrava seu pendor para o jornalismo e para a liderança: Depois de escrever em todos os órgãos do colégio, fundou o próprio jornal, O Atalaia, e foi chamado para dirigir o órgão oficial, Boletim do Colégio Pedro II.

Aos 15 anos, ingressou como jornalista profissional no matutino A Pátria, de João do Rio, sob a direção de Diniz Júnior.

Dono de uma voz tocante, participou da chamada "Era de Ouro" do rádio brasileiro. Criou os programas "Enciclopédia Literária", "Você Não Tem Consciência!", "Gatinhos e Sinucas", "Teatro de Gente Nova", "Policial Zarur" e "As Aventuras de Sherlock Holmes". Transcrevendo a obra de Arthur Conan Doyle para a linguagem radiofônica, Alziro Zarur lançou o programa policial educativo no país, encerrando todas as produções com a sentença: "O Bem nunca será vencido pelo Mal".

Tendo sido criado por sua avó no catolicismo Romano e frequentado diversos círculos religiosos - templos protestantes, centros espíritas, sociedades positivistas, etc - Alziro Zarur afastou-se dos círculos sociais durante um ano, entre 1948 e 1949, vivenciando um "exílio espiritual" para planejar, em pormenores, a obra que viria a fundar.


Assim, em 04/03/1949, criou o programa "A Hora da Boa Vontade" na Rádio Globo. O programa, de forte cunho religioso, destinava-se principalmente aos doentes do corpo e da alma. Obteve índices estrondosos de audiência, mas foi muito criticado por pessoas do meio radiofônico, que viam a iniciativa de Alziro Zarur ora como um mero modismo, ora como fanatismo, ou ainda como maneira de projetar-se para futuros empreendimentos políticos.

Em 1950, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), com o objetivo de promover o diálogo inter-religioso e contribuir para o desenvolvimento solidário por meio de ações nas áreas social, educacional, cultural e filosófica.

Com o estabelecimento da Legião da Boa VontadeAlziro Zarur iniciou a Cruzada de Religiões Irmanadas, em prol da união das crenças, na busca pela paz. Teve adesão de diversos padres, pastores, líderes espíritas e lideranças de outros segmentos doutrinários. No entanto, oito anos depois abandonou o projeto dessa Cruzada alegando o despreparo das autoridades religiosas para o ecumenismo. Porém, sua preocupação em respeitar as diferentes religiões foi reconhecida pelo Vaticano. Alziro Zarur recebeu do Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio a Medalha do Papa Paulo VI, "por serviços prestados à causa do Ecumenismo".

Em 1958, casou-se em cerimônia na Igreja Ortodoxa, religião de seus pais. A partir desta mesma data, concentrou a atuação da Legião da Boa Vontade na promoção da caridade.


Pelas ondas da Rádio Mundial, controlada por ele mesmo, Alziro Zarur motivou por todo o Brasil a formação de grupos particulares que promoviam ações beneficentes em nome da Legião da Boa Vontade.

Concedeu entrevistas em todas as emissoras de televisão da época. Realizou programas culturais, dentro da série "O Povo Quer Saber" e "O Show é Zarur", respondendo sobre os mais variados assuntos, com auditórios lotados. Dava grande ênfase ao Novo Mandamento dado por Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Na Rádio Mundial, de 1956 à 1966, divulgou toda a Bíblia Sagrada, de meia em meia hora, durante as 24 horas do dia, fato único em todo o mundo.

E, 1965, quando o Rio de Janeiro comemorava 400 anos de sua fundação, Alziro Zarur foi homenageado com o título de "Radialista do IV Centenário". Recebeu também, com mais nove descendentes de sírios e libaneses, a Condecoração da Liga dos Estados Árabes (LEA), das mãos de seu ministro Plenipotenciário.

Atendendo ao pedido dos senadores Petrônio Portella e Nelson Carneiro, analisou a Lei de Diretrizes e Bases Para o Ensino, sugerindo que ela fosse complementada por uma Lei de Diretrizes e Bases Para a Educação, baseada em valores morais e princípios espirituais.

Sócio remido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da Associação Brasileira de Radiodifusão (ABR) e um dos pioneiros do Sindicato dos Jornalistas, Alziro Zarur criou a Associação Brasileira de Cronistas Radiofânicos (ABCR). Também lançou, em outubro de 1975, os fundamentos da Academia Brasileira de Escritores de Televisão, Rádio e Imprensa (ABETRI).


Em 24 de junho de 1964, fundou uma espécie de partido político, O Partido da Boa Vontade (PBV), que, no entanto, nunca chegou a funcionar como verdadeiro partido. O partido nasceu para "atender a uma exigência espiritual do povo brasileiro" segundo Alziro Zarur, que pretendia se lançar à presidência em 1965. O O Partido da Boa Vontade foi cassado em 1965, por força do artigo 18 do Ato Institucional Nº 2, de 27/10/1965, juntamente com vários outros partidos.

Em outubro de 1973, proclamou em Maringá a instalação na Terra da Religião de Deus, a 4ª Revelação de Deus aos Homens, as demais haviam sido a revelação a Moisés, a revelação a Jesus Cristo e a revelação dos espíritos superiores a Allan Kardec. Na ocasião, prometeu um Templo Ecumênico a ser erigido em Brasília, o qual foi concretizado anos depois por seu sucessor José de Paiva Netto.

Alziro Zarur também fundou a Agência Paz Promoções, que passou a ser responsável pelos lançamentos literários da Legião da Boa Vontade.

Em 1976, Alziro Zarur sagrou-se campeão mundial de permanência no ar, com a impressionante marca de 33 mil audições.

Após a morte de Alziro Zarur em 1979, sua esposa Iracy Zarur sucedeu-o juntamente com seus filhos Paulo e Pedro, tendo tomado posse numa Assembleia Magna em dezembro de 1979 (Jornal Última Hora de 05/12/1979). José de Paiva Netto tornou-se o presidente da instituição em 1980.

Fonte: Wikipédia

J. Silvestre

JOÃO SILVESTRE
(77 anos)
Ator, Escritor, Jornalista e Apresentador de TV

* Salto, SP (14/12/1922)
+ Fort Lauderdale, Estados Unidos (07/01/2000)

J. Silvestre começou a sua carreira profissional no rádio, no ano de 1941, atuando como locutor. De 1941 a 1945 trabalhou na Rádio Bandeirantes, da capital paulista, ganhando experiência como ator, sonoplasta, contra-regra, ensaiador e autor. Escreveu, nesse período, seus primeiros contos, novelas e peças para radio-teatro, com uma produção nesse campo que cresceu rapidamente.

Em 1945 transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, de onde partiu para realizar seu primeiro trabalho em propaganda, na Standard.

Em 1946 voltou para São Paulo e para o radioteatro, na Rádio Cultura, atuando como ator, autor e diretor.

Foi nessa estação, Rádio Cultura, em 1947, que se iniciou na carreira de animador e apresentador de programa de calouros.

Retornou em 1950 à Rádio Tupi e no mês de setembro participou, como apresentador, da primeira transmissão da TV Tupi em caráter experimental, num programa estrelado por Frei José Mojica. Daí em diante, foi cada vez mais absorvido pela televisão.


Em 1952 transferiu-se novamente para São Paulo, permanecendo na TV Tupi, e foi, na época, dos primeiros profissionais brasileiros a escrever e interpretar telenovelas. Entre elas a de maior destaque, "Os Quatro Filhos" (1965).

Acumulou, no curso de quatro anos, uma vasta bagagem de contos, novelas e peças de radioteatro (encontrou tempo para uma experiência teatral, como ator e autor, no Teatro de Arena) e foi em 1956, na televisão, que J. Silvestre registrou o seu grande sucesso como apresentador de "O Céu é o Limite".

Já então trabalhando exclusivamente na televisão, inaugurando várias emissoras em todo o país, ainda pôde dedicar-se à propaganda e viveu um período profissional de contínuas viagens no eixo Rio - São Paulo, para atender a compromissos nas duas cidades. Com o advento da Embratel, lançou o primeiro programa em cadeia no Brasil, "Domingo Alegre da Bondade", originado na TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1972 afastou-se da televisão, só voltando em 1976 com um programa jornalístico diário de fim de noite. Esse período, ausente do vídeo, dedicou-se ao livro "Como Vencer na Televisão" apresentado aos leitores brasileiros.

João Oscar e J. Silvestre
Foi convidado pelo presidente da República e nomeado presidente da Radiobrás em Brasília durante a gestão do então presidente João Figueiredo.

Prosseguiu em sua carreira nos anos 80, no SBT com os programas "Show Sem Limite" e, na TV Bandeirantes os programas "Programa J. Silvestre", no mesmo formato de "O Show Sem Limite", e "Essas Mulheres Maravilhosas", sempre com muito sucesso, sempre líder de audiência no seu horário. Ainda na TV Bandeirantes, J. Silvestre criou uma serie de programas diários de prêmios e variedades com novos apresentadores.

Em apresentações especiais na Rede Globo, homenageou personalidades como Renato Aragão e Xuxa com um de seus quadros mais conhecidos: "Esta é a Sua Vida". Estes programas especiais foram repetidos varias vezes emissora.

Em 1997, na TV Manchete em um novo programa: "Domingo Milionário". Pela primeira vez J. Silvestre não teve participação na produção ou formulação deste programa. O programa nunca refletiu suas idéias. Mas este programa ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a televisão falecendo em 2000.

Fonte: Programa J. Silvestre


João Só

JOÃO EVANGELISTA MELO FORTES
(48 anos)
Cantor e Compositor

* Teresina, PI (03/11/1943)
+ Salvador, BA (20/06/1992)

João Evangelista de Melo Fortes, ou simplesmente João Só, nasceu no dia 3 de novembro de 1943 em Teresina no Piauí. Filho caçula da família que já contava com 11 irmãos, mudou-se ainda bem cedo para Salvador na Bahia, onde passou boa parte da infância e da vida. João Só era portanto, como ele mesmo costumava dizer, baiano de coração.

O início de João Só na música aconteceu muito cedo. Costumava olhar um dos seus irmãos tocando violão, a fim de tentar memorizar algumas posições, e logo conseguiu base suficiente para destacar-se no cavaquinho, tendo inclusive feito uma apresentação em um programa chamado "Hora da Criança" de Adroaldo Ribeiro Costa na Rádio Cultura da Bahia.

A música então incorporou-se de vez à vida de João Só. Aos 15 anos, já era um grande instrumentista, projetando-se no mercado profissional. Depois do cavaquinho, dedicou-se ao violão, seu principal instrumento. Trabalhando na noite, foi levado ao piano e a outros instrumentos como o violino, o bongô e o contrabaixo. No início da década de setenta, realizou várias apresentações no Norte e Nordeste em uma caravana da gravadora EMI, com o objetivo de engajar-se no cenário nacional. A oportunidade não demorou muito. Levado pelo cantor Miltinho, gravou na Odeon o seu primeiro e grande sucesso: "Menina da ladeira".

João Só concebeu esta música de uma maneira muito natural e espontânea. Após participar de um jantar oferecido aos profissionais de publicidade num dos restaurantes da Ribeira, onde se localizava o antigo aeroporto, começou a tocar o violão e cantar alguns versos. Já sozinho e com a casa fechando as portas, desenvolveu todo o tema da música: "Parecia até que era um trabalho antigo, conhecido" dizia. Quando chegou em casa, gravou tudo para não esquecer. No outro dia, viu que quase nada precisava ser mudado.

Com "Menina da ladeira", João Só começou a participar de shows em várias partes do País: "O disco estourou em todas as paradas em apenas quatro meses. A partir daí, minha vida ficou muito agitada. Tinha que atender compromissos em várias cidades. Às vezes saía de um avião para entrar em outro" costumava dizer. Nesse ritmo, se tornou cada vez mais conhecido. Em 1972, após apresentar-se na Argentina, ao lado de Paulo Diniz, gravou o primeiro LP, com músicas do porte de "Canção pra Janaína" e "Copacabana". Foi convidado para gravar outros discos. A partir de 1978, João se dedicou exclusivamente a shows: "Deixei um pouco de lado as gravações. E não estou arrependido, principalmente por causa do aprimoramento da música na noite" disse ele.

João Só veio a falecer de infarto no dia 20 de junho de 1992, quando descansava na casa de sua família em Salvador, aos 48 anos de idade. Em cerca de 20 anos de carreira, gravou 15 discos e algumas fitas, compôs mais de 40 músicas gravadas e fez centenas de shows por todo o Brasil. Deixou, além do trabalho, o único filho Richard Evangelista Fortes.

Fonte: http://joao.so.vilabol.uol.com.br/bio.htm

Fábio Sabag

FADOLO SABAG
(77 anos)
Ator, Diretor e Produtor de Teatro, Cinema e TV

* Bariri, SP (19/11/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/12/2008)

Seu verdadeiro nome era Fadolo Sabag. Seuspais, e Salim Bader Sabag, são de origem libanesa e tiveram nove filhos. Antes de iniciar sua carreira artística, Fabio estudou por três anos na Escola Paulista de Medicina, na cidade de São Paulo.

Atuou como figurante em diversas óperas nenhuma Teatro Municipal de São Paulo, onde conheceu o grupo de teatro do diretor Antunes Filho. Participou ainda de programas de Auditório na Rádio Tupi e Difusora de São Paulo, até ser convidado por Helio Araujo para escrever o programa "Quem sabe mais, o homem ou uma mulher?", Na Rádio Cultura.

Fabio Sabag participou da primeira peça televisada, "O imbecil", de Luigi Pirandello, levada ao ar pela TV Tupi, em 1950, sob a direção de Osmar Rodrigues Cruz. Em 1951, participou da montagem de "Irmãos das Almas", de Martins Pena, e dirigiu uma peça "Alô, alguém aí?", De William Saroyan. No ano seguinte, participou novamente como ator da peça "Volta, Mocidade", de William Inge, e dirigiu, produziu e atuou em "O filhote de Espantalho", de Oswaldo Waddington. Ainda em 1952, produziu uma peça "Chapeuzinho Vermelho", de Paulo Magalhães, que teve a direção de Antunes Filho, e participou como ator das peças "Olá, seu Nicolau", de Luiz Watson, e "Espetáculo Grego", de Alberto Cavalcanti .

Fabio Sabag trabalhou com Graça Mello e Olga Navarro não Teatro de Alumínio, da atriz Nicette Bruno, ainda em 1952, antes de ingressar como diretor e produtor na TV Paulista, hoje TV Globo de São Paulo. Em seguida, na TV Tupi, participou como ator dos programas infantis de Júlio de Gouveia e Tatiana Belinky. Entre 1952 e 1956, integrou o Elenco do Teatro de Sérgio Britto, e coordenou o Núcleo de teatro infantil. Este trabalho com as crianças funcionou como uma espécie de ensaio para o programa "Teatrinho Troll", que durante dez anos (de 1956 um 1966) foi ao ar na TV Tupi, sob sua direção.

Em 1968, Fabio Sabag dirigiu sua primeira novela na TV Globo. "A Grande Mentira", escrita por Hedy Maia e gravada em São Paulo, foi a primeira produção da emissora ter um forte apelo entre o público daquela cidade. Para sonorizar uma trama, o diretor usava os discos que estavam nas Paradas de sucesso na Rádio Excelsior. Assim, o público ouvia durante uma novela como músicas mais votadas. Com o término de "A grande mentira", Fabio Sabag voltou para o Rio de Janeiro e assumiu a direção de "A gata de vison" (1968), de Glória Magadan, na qual também atuou. Em seguida, dirigiu como novelas "A última valsa" (1969), de Glória Magadan, e "A Cabana do Pai Tomás" (1969), de Hedy Maia, Sérgio Cardoso e Walther Negrão.

Entre 1973 e 1977, Fabio Sabag ocupou o frete de produtor artístico e executivo da Central Globo de Produção, trabalhando diretamente com a supervisão de novelas, ao lado de Daniel Filho. Com a divisão das novelas em núcleos, passou a dirigir alguns casos especiais e quadros do Fantástico. Logo depois, esteve à frente das novelas "Anjo Mau" (1976) e "Locomotivas" (1977), ambas escritas por Cassiano Gabus Mendes. Em 1977, foi convidado pelo diretor Walter Avancini e passou a integrar o núcleo das 22h, dirigindo uma novela "Nina" (1977), de Walter George Durst.

Fabio Sabag dirigiu ainda novelas como "Mandala" (1987), de Dias Gomes e Marcílio Moraes, "Que Rei sou eu?" (1989), de Cassiano Gabus Mendes, "Sexo dos Anjos" (1989), de Ivani Ribeiro, "Vamp" (1991), de Antônio Calmon, e "De Corpo e Alma" (1992), de Glória Perez. Como diretor, comandou também episódios dos seriados "Malu mulher" (1980), "Plantão de Polícia" (1980) e "Obrigado Doutor" (1981), estrelado por Francisco Cuoco. Além disso, dirigiu o programa "Você decide" de 1992 a 1997.

Fabio Sabag atuou em várias novelas da TV Globo. Entre os personagens que interpretou, destacam-se: o Bispo, de "O Casarão" (1976), escrita Lauro César Muniz; Turquinho, de "Partido Alto" (1984), de Aguinaldo Silva e Glória Perez; Olívio, de "Cambalacho "(1986), escrita por Sílvio de Abreu; Lourival, de" Brega & chique "(1987), de Cassiano Gabus Mendes; Castro, da minissérie" O Primo Basílio "(1988), de Gilberto Braga e Leonor Bassères; Roger, de "Que Rei sou eu?" (1989), escrita por Cassiano Gabus Mendes, e Quindoca, da segunda versão de "Pecado capital" (1998), escrita por Glória Perez.

Em quase 60 anos de carreira não teatro, trabalhando como diretor, ator ou produtor, participou de mais de 70 peças. Entre as quais, "Gata em teto de zinco quente", de Tennesse Williams, "A Bela Madame Vargas", de João do Rio, "O camareiro sentir", de Ronald Harwood, e "O silicone", de Gugu Olimecha.

Não cinema, foram mais de 50 filmes, entre os quais: "Mineirinho vivo ou morto", de Aurélio Teixeira, "Os inconfidentes", de Joaquim Pedro de Andrade e "A Ópera do Malandro", de Ruy Guerra.

Fabio Sabag também foi colunista dos jornais O Tempo, Edição Final, Revista Polichinelo Rio e de noite. Além disso, é autor de "O solteiro na Cozinha", livro de receitas nacionais e internacionais publicado em dezembro de 1995, pela Editora Brasil-América.

O ator e diretor morreu na madrugada de 31 de dezembro de 2008. Internado desde 27 de novembro no hospital Quinta D''Or, no bairro de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, o ator lutava contra um câncer de próstata em Metástase e teve seu quadro clínico agravado nos últimos dias por uma pneumonia, que provocou insuficiência respiratória.


Walter D'Ávila

WALTER D'ÁVILA
(81 anos)
Ator e Humorista

* Porto Alegre, RS (29/11/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/04/1996)


Começou no circo ainda criança, seguindo a carreira da irmã mais velha, também um comediante Ema D'Ávila. Iniciaram a carreira artística como na sociedade Amadores Carnavalesca Passa Fome e Anda Gordo. O nome da entidade já era o prenúncio da carreira de comediante que ambos iriam abraçar mais tarde. Depois, conseguiram um contrato na Rádio Gaúcha, Walter como comediante e Ema como cantora de música popular. A convite de Jardel Jércolis, passaram a integrar sua companhia de teatro, no Rio de Janeiro. Walter foi aproveitado apenas como ponto, mas aceitou o trabalho com humildade, pois assim poderia continuar sem teatro. Passado algum tempo, Alda Garrido convidou-os para uma temporada em São Paulo.

Entrou para o rádio em 1932 e para uma TV em 1957. Ainda no rádio, nos anos 1950, na Escolinha do Professor Raimundo, criou o Seu Baltazar da Rocha, personagem que o acompanhou até o fim da vida.O personagem interpretado por Walter conquistou um grande êxito de público e ele passou a ser o primeiro cômico da Companhia. No início da década de 60, o humorista já era uma figura popular, atuando nos programas mais importantes das emissoras de televisão do Rio e São Paulo. Em suas últimas aparições na versão televisiva da Escolinha, já não se parecia muito com o comediante vivaz de outros tempos.


D'Ávila trabalhou com o lendário produtor de teatro de revista Walter Pinto, fez shows com Carlos Machado e teve uma boa quilometragem Cinematográfica, participando de filmes como Noites Cariocas (1935), O ébrio (1946), Família Lero-Lero (1953) e Três colegas de batina (1961).

Atuou em novelas, como Feijão Maravilha (1979) e Espelho Mágico (1977).

Desde que se estabeleceu na TV, porém, deixou de lado como outras atividades. Walter chegou a participar de praticamente todos os importantes programas humorísticos da televisão, como "Balança Mas Não Cai" e "A Praça da Alegria". O próprio comediante se considerava um descansado e dizia preferir a televisão, justificando: "Paga mais e cansa menos."

Morreu vítima de Pneumonia e Câncer Generalizado.

Gibe

GILBERTO FERNANDES
(75 anos)
Ator, Comediante, Produtor e Redator


* São Paulo, SP (10/01/1935)
+ São Paulo, SP (16/07/2010)

O humorista e Redator Gilberto Fernandes, mais conhecido como Gibe, começou a carreira artística no circo, trabalhou no teatro e nas chanchadas do cinema.

Gibe ficou famoso na década de 1980 com o personagem Papai Papudo, que participava do programa "Bozo", exibido no SBT. Papai Papudo repetia o bordão "5 e 60", criação de Gibe, quando o Bozo lhe perguntava as horas.

Além do "Bozo", ele também trabalhou como redator e ator do quadro Câmera Escondida, do programa "Topa tudo por dinheiro", também do SBT, onde ficou até 2002.

"Era um homem bom, amigo, engraçado, e tinha piadas novas todos os dias. Quem o conhecia, logo notava que Gibe era detalhista, pontual e um profissional de primeira linha. Tinha muito convívio com ele e tinha um coração enorme, ajudava a todos. Dava ideias paras cenas e gostava do que fazia", declarou Hélio Chiari, diretor de externas do "Programa Silvio Santos", em comunicado divulgado pela emissora no dia do seu falecimento.

Gibe faleceu aos 75 anos. O humorista estava internado no Instituto do Coração, em São Paulo, onde deu entrada com um quadro de estenose (estreitamento) de válvula.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, Gibe passou por uma cirurgia no dia 7 de julho de 2010 e continuava internado quando não resistiu e faleceu.

O corpo do redator foi velado no Cemitério do Araçá, em São Paulo e seguiu para a cidade de Registro, onde ocorreu o enterro.

Estava trabalhando como redator do humorístico "Turma do Didi", da TV Globo.