Miúcha

HELOÍSA MARIA BUARQUE DE HOLANDA
(81 anos)
Cantora e Compositora

☼ Rio de Janeiro, RJ (30/11/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/12/2018)

Heloísa Maria Buarque de Holanda, mais conhecida como Miúcha, foi uma cantora e compositora nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 30/11/1937.

Filha de Sérgio Buarque de Holanda, historiador e jornalista brasileiro, e de Maria Amélia Cesário Alvim, pintora e pianista. É também irmã do cantor e compositor Chico Buarque e das também cantoras Ana de Holanda e Cristina Buarque. É mãe da cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento com o compositor João Gilberto e tia da atriz Silvia Buarque, também e ex-cunhada da atriz Marieta Severo.

Miúcha nasceu no Rio de Janeiro, mas sua família mudou-se para São Paulo quando ela tinha apenas 8 anos. Ainda criança formou um conjunto vocal com seus irmãos, incluindo Chico Buarque. Sua casa era frequentada por Vinicius de Moraes e outros compositores.

Nos anos 1960, ganhou do governo francês uma bolsa de estudo em História da Arte. Matriculou-se na Sorbonne e na École du Louvre. Nessa época, viajou pela Itália e Grécia com dois amigos e o violão, tocando pelas cidades por onde passava. A experiência resultou em uma apresentação no bar La Candelaria, em Saint Germain, onde atuava Violeta Parra, que convidou João Gilberto para ouvir a cantora brasileira que interpretava bossa nova. Pouco tempo depois, mudou-se para Nova York e casou-se com João Gilberto, com quem teve a filha Bebel Gilberto, que se tornaria também cantora.

Tom Jobim, Miúcha, Vinícius de Moraes e Toquinho
Iniciou sua carreira artística em 1975, onde fez sua primeira gravação profissional como cantora participando do disco "The Best Of Two Worlds", de João Gilberto e Stan Getz, lançado em Nova York. Ainda nesse ano, atuou no Newport Jazz Festival, apresentou-se em shows com Stan Getz e gravou a faixa "Boto" no LP "Urubu", de Tom Jobim

Após este lançamento, Miúcha tornou-se parceira de Tom Jobim em dois discos, de 1977 e 1979, e fez parte do espetáculo organizado por Aloysio de Oliveira junto com Vinicius de MoraesTom Jobim e Toquinho. O espetáculo ficou em cartaz durante um ano no Canecão, Rio de Janeiro, seguiu para apresentações internacionais na América do Sul e na Europa, e deu origem a gravação "Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha Gravado Ao Vivo No Canecão" (1977).

Em 1977, gravou, com Tom Jobim, o álbum "Miúcha e Antônio Carlos Jobim", com destaque para as faixas "Maninha", composta especialmente para ela pelo irmão Chico Buarque, "Pela Luz Dos Olhos Teus" (Vinicius de Moraes) e "Vai Levando" (Chico Buarque e Caetano Veloso).

Em 1979, gravou, com Tom Jobim, o LP "Miúcha & Tom Jobim", contendo, entre outras, "Triste Alegria" (Miúcha), "Falando De Amor" (Tom Jobim) e "Dinheiro Em Penca" (Tom Jobim e Cacaso). O disco contou com a participação de Ron Carter e com arranjos de Claus Ogerman.

Chico Buarque e Miúcha
Em 1980, lançou o LP "Miúcha", que contou com arranjos de João Donato e com a participação de sua filha Bebel Gilberto, na faixa "Joujoux Et Balangandans" (Lamartine Babo), e também de João Gilberto (violão), nas faixas "All Of Me" (Gerald Marks e Seymour Simons) e "O Que É, O Que É" (Bororó e Evagrio Lopes). Constam, ainda, do repertório duas músicas de sua autoria: "Todo Amor" e "Segura A Coisa", essa última hino do bloco de mesmo nome do Carnaval de Olinda, mais tarde regravada pela cantora com a Banda do Maestro Duda.

Em 1989, apresentou-se, com o compositor João de Barro (Braguinha) e o conjunto Coisas Nossas, no musical "Yes, Nós Temos Braguinha", criado e dirigido por Ricardo Cravo Albin. O espetáculo foi montado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, para a entrega do Prêmio Shell de 1989 a Braguinha, e percorreu todo o Brasil. Nesse mesmo ano, gravou mais um LP intitulado "Miúcha", que contou com a participação especial de Pablo Milanés e Sua Banda, em gravação realizada em Cuba. Registrou no disco quatro parcerias de Guinga e Paulo César Pinheiro, "Chorando As Mágoas", "Por Gratidão", "Non Sense" e "Porto de Araújo", além de "Para Viver", versão de sua autoria para a canção "Para Vivir" (Pablo Milanés), entre outras músicas. Ainda em 1989, o jornal francês Le Monde incluiu dois de seus discos entre os sete melhores de música brasileira do ano.

Em 1999, lançou o CD "Rosa Amarela", com arranjos de Maurício Carrilho e J. Moraes, registrando as canções "Cabrochinha" (Paulo César Pinheiro e Maurício Carrilho), "João E Maria" (Chico Buarque e Sivuca), "De Você Eu Gosto" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), "A Mesma Rosa Amarela" (Carlos Pena Filho e Capiba), "Doce De Coco" (Hermínio Bello de Carvalho e Jacob do Bandolim), "Pressentimento" (Élton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), "Santo Amaro" (Luiz Claudio Ramos, Franklin da Flauta e Aldir Blanc), "Assentamento" (Chico Buarque), "Por Causa Desta Cabocla" (Ary Barroso e Luiz Peixoto), "Choro Bandido" (Chico Buarque e Edu Lobo), "Valsa De Uma Cidade" (Ismael Netto e Antônio Maria), "Só O Tempo" (Paulinho da Viola) e "Querelas Do Brasil" (Aldir Blanc e Maurício Tapajós).O disco foi lançado inicialmente no Japão, após shows realizados pela cantora nesse país, e, em seguida, no Brasil, pela BMG Brasil.


Em 2002, lançou o CD "Miúcha.compositores", com produção musical de José Milton e arranjos de João Donato, Francis Hime, Cristóvão Bastos, Leandro Braga, Eduardo Souto Neto e Hélvius Vilela. Constam do repertório do disco as canções "Pode Ir" (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), o samba-canção "Quando A Lembrança Não Vem" (Música de João Donato e letra de Tom Jobim), "Canção Inédita" (Edu Lobo e Chico Buarque), que inclui uma citação a Tchaikovsky feita pelas cordas de Cristóvão Bastos, "Fox e Trote" (Guinga e Nei Lopes), "Tomara" (NovelliMaurício Tapajós e Paulo César Pinheiro), "Cor De Cinza" (Noel Rosa), "E Daí" (Miguel Gustavo), "Solidão" (Tom Jobim e Alcides Gonçalves), "Lembre-se" (Moacir SantosVinicius de Moraes), "Refém Da solidão" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), "Vento" (Cristóvão Bastos e Abel Silva), "A Dor A Mais" (Fancis Hime e Vinicius de Moraes), faixa que inclui uma citação a "Medo De Amar" (Vinicius de Moraes), e "Você, Você" (Guinga e Chico Buarque), faixa que contou com a participação de Guinga, ao violão, e "Tempo De Amar" (Miúcha e João Donato). Ainda em 2002, trabalhou na produção de um documentário de Nelson Pereira dos Santos sobre seu pai, o historiador Sérgio Buarque de Hollanda.

Em 2003, sua gravação com Tom Jobim da música "Pela Luz Dos Olhos Teus", lançada em 1977 no disco "Miúcha e Antônio Carlos Jobim", foi tema de abertura da novela "Mulheres Apaixonadas" da TV Globo. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Miúcha Canta Vinicius & Vinicius - Música e Letra", contendo exclusivamente obras nas quais Vinicius de Moraes é autor da música e da letra: "Tomara", "Ai Quem Me Dera", "Saudades Do Brasil Em Portugal", "Medo De Amar", "Serenata Do Adeus", "Valsa De Eurídice", "Teleco Teco", "Tempo Será", "Pela Luz Dos Olhos Teus", "Encontro À Tarde", "Canção De Nós Dois""Cem Por Cento", "Georgiana" e "Quem For Mulher Que Me Siga". Eduardo Souto Neto, Cristóvão Bastos, Helvius Vilela e Leandro Braga assinaram os arranjos do disco, que contou com a participação de Chico Buarque, Bebel Gilberto, Zeca Pagodinho, Daniel Jobim, Toquinho e Yamandú Costa, entre outros artistas.


Lançou, em 2007, o CD "Outros Sonhos", dedicado a Tom Jobim, Chico BuarqueVinicius de Moraes. No repertório, "Uma Palavra" (Chico Buarque), "Outros Sonhos" (Chico Buarque), "Você Vai Ver" (Tom Jobim), "Chansong" (Tom Jobim), "Fotografia" (Tom Jobim), "Eu Te Amo / Dis-moi Comment" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Anos Dourados" (Tom Jobim e Chico Buarque), "Quando Tu Passas Por Mim" (Vinicius de Moraes e Antônio Maria), "Amei Tanto / Pra Que Chorar" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), "Desalento" (Chico BuarqueVinicius de Moraes), "Gente Humilde" (Garoto, Chico BuarqueVinicius de Moraes), "Olha Maria" (Tom Jobim, Chico BuarqueVinicius de Moraes) e "Todo O Sentimento" (Cristóvão Bastos e Chico Buarque). Também nesse ano, foi co-roteirista de um documentário sobre Antônio Carlos Jobim, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

Em 2008, lançou o disco "Miúcha Com Vinicius / Tom / João". Como parte da coleção da Sony "Bossa Nova 50 Anos", o CD trouxe a voz da cantora em interpretações de clássicos de Vinicius de MoraesTom Jobim e João Gilberto como "Samba Do Avião", "Águas De Março", "Falando De Amor", "Minha Namorada", "Triste Alegria" e "Izaura".

Em 2015, saiu pela Biscoito Fino, "Miúcha Ao Vivo No Paço Imperial", resultado da gravação de um show realizado em 2000, no Rio de Janeiro. Acompanhada pelo pianista Cristovão Bastos e também na companhia de Guinga e Francis Hime, cantou "Na Batucada Da Vida", "Pra Que Mentir", "Carta Ao Tom", "O Amor Em Paz", "Pela Luz Dos Olhos Teus", "Falando De Amor", "Maninha", "João e Maria", "Chansong", "Querida", "Anos Dourados", "Todo O Sentimento", "Resposta Ao Tempo", "Catavento E Girassol", "Valsa Rancho", "Pressentimento", "Deixa / Tem Dó".

Morte

Miúcha faleceu às 17h30 de quinta-feira, 27/12/2018, aos 81 anos, vítima de parada respiratória, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, RJ, onde se tratava de um câncer de pulmão.

O sepultamento ocorreu na sexta-feira, 28/12/2018, no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Discografia

  • 1976 - The Best Of Two Worlds - Stan Getz e João Gilberto
  • 1977 - Miúcha & Antônio Carlos Jobim
  • 1977 - Tom/Vinicius/Toquinho/Miúcha - Gravado Ao vivo No Canecão
  • 1977 - Os Saltimbancos
  • 1979 - Miúcha & Tom Jobim
  • 1979 - Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho e Miúcha - Musicalmente Ao vivo Na Itália
  • 1980 - Miucha
  • 1989 - Miúcha
  • 1999 - Vivendo Vinicius Ao Vivo - Baden Powell, Carlos Lyra, Miúcha e Toquinho
  • 1999 - Rosa Amarela
  • 2002 - Miúcha.compositores
  • 2003 - Miúcha Canta Vinicius & Vinicius - Música e Letra
  • 2007 - Miúcha Outros Sonhos
  • 2008 - Miúcha Com Vinícius / Tom / João
  • 2015 - Miúcha Ao Vivo No Paço Imperial

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #Miúcha

Sérgio de Carvalho

SÉRGIO MAGALHÃES DE CARVALHO
(69 anos)
Produtor Musical

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/10/1949)
┼ Rio de Janeiro, RJ (26/01/2019)

Sérgio Magalhães de Carvalho foi um produtor musical nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/10/1949.

Irmão de Mú Carvalho (Tecladista, compositor e produtor musical), Dadi (Baixista, compositor e cantor) e Heloisa Tapajós (Pesquisadora de MPB). Primo, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (Radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (Produtor musical). Tio de Daniel Carvalho (Músico e produtor musical). Primo, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi.

Entre 1965 e 1970, integrou grupos musicais amadores, atuando como baterista. Ingressou na Faculdade de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1971, deixando o curso três anos depois para se dedicar integralmente à atividade de produtor musical.

Iniciou sua carreira profissional em 1972, como produtor musical contratado pela PolyGram, tendo permanecido na gravadora até 1981.

Em 1974, produziu um projeto com Leon Russell e músicos brasileiros, gravado nos estúdios RCA.

Polygram Discos Anos 70
Em 1975, produziu duas faixas do artista Mick Jagger, gravadas no Brasil para um projeto solo.

Em 1976 foi responsável pela criação do grupo "A Cor do Som", integrado por Dadi, Mú Carvalho, Armandinho, Gustavo e Ary Dias. Ainda neste ano criou a série "Música Popular Brasileira Contemporânea" (PolyGram), que abriu importante espaço para a música instrumental brasileira.

Em 1978, atuou como diretor musical de dois especiais de Chico Buarque: "Fados Tropicais", para a Rádio Televisão Portuguesa, em Lisboa, e "Cálice", para a TV Bandeirantes.

Em 1981 realizou estágio de produção musical e gravação no Trafalgar Record Studios, em Roma.

De 1981 a 1994, exerceu a função de produtor musical contratado da TV Globo, tendo sido responsável por diversos especiais e trilhas de novelas da emissora. Atuou, também, como produtor de discos autônomo, realizando trabalhos para diversas gravadoras, e também como produtor musical de trilhas sonoras para cinema.

Gravação da Cor do Som, 1981.
Entre 1972 e 1994, assinou a produção musical dos discos:
  • Chico Buarque"Calabar, O Elogio Da Traição", "Sinal Fechado", "Meus Caros Amigos", "Cálice", "Vida", "Joana, A Francesa", "Os Saltimbancos", "A Ópera Do Malandro" e "Chico Em Español".
  • Caetano Veloso e Chico Buarque: "Caetano E Chico Juntos E Ao Vivo" (1972) e "Ao Vivo Com Convidados" (1986).
  • Chico Buarque e Milton Nascimento: "Cio Da Terra".
  • Fafá de Belém"Banho De Cheiro".
  • Emílio Santiago: "Emílio", "O Canto Crescente", "Guerreiro Coração" e "Amor De Lua".
  • Edu Lobo: "Camaleão" e "Tempo Presente".
  • Gal Costa.
  • Elba Ramalho.
  • Luiz Melodia: "Pérola Negra".
  • Quinteto Violado: "A Feira" e "A Missa Do Vaqueiro".
  • Nara Leão: "Meu Primeiro Amor".
  • Simone: "Delírios, Delícias".
  • Léo Jaime: "Direto Do Meu Coração Pro Seu".
  • João Bosco: "Bosco".
  • Francis Hime: "Essas Parcerias" e "Clareando".
  • Altamiro Carrilho: "Antologia Do Chorinho".
  • MPB-4: "Lindo Balão Azul" e "Caminhos Livres".
  • Quarteto Em Cy.
  • Nara Leão e MPB-4: "Música Popular Infantil".
  • Guilherme Lamounier: "Um Toque De Amor" e "Enrosca".
  • A Cor do Som: "Magia Tropical".
  • MPB-4 e Quarteto Em Cy: "Vinicius De Moraes, A Arte Do Encontro".
  • Zizi Possi: "Pedaço De Mim".
  • Raul Seixas: "Há Dez Mil Anos Atrás" e "Raul Rock Seixas".
  • Mercedes Sosa: "San Vicente".
  • Ana Belém: "Ana Em Rio".

Dentre tantos outros cantores, totalizando 102 álbuns produzidos.

Sérgio de Carvalho assinando contrato com Lobão.
Como produtor musical da TV Globo, dirigiu diversos especiais de artistas, como Roberto Carlos, destacando-se 10 especiais de Natal do cantor, Rita Lee ("Saúde"), "Chico Buarque & Caetano Veloso" (Série de 12 programas com a participação de vários artistas brasileiros, como Tom Jobim, Gal Costa, Maria Bethânia, Elza Soares, Pablo Milanês, Sílvio Rodrigues, Mercedes Sosa, Jorge Benjor ("Energia"), Djavan ("Facho De Luz"), Elba Ramalho ("Coração Brasileiro"), Luiz Gonzaga ("Danado De Bom"), Blitz ("Contra O Gênio Do Mal"), Baby e Pepeu ("Masculino/Feminina"), Ivan Lins ("Juntos"), Leandro & Leonardo (Série de especiais e especial na Disney World), Simone ("Raio De Luz"), David Bowie, StingCyndi Lauper, dentre outros.

Ainda na TV Globo, assinou a direção musical do Festival dos Festivais e dos projetos Canta Brasil I e II, e a produção musical das transmissões dos eventos Hollywood Rock e Free Jazz Festival, além de ter realizado a produção musical de trilhas sonoras, e seus respectivos discos, de novelas e minisséries, como "Fera Radical", "Bambolê", "O Primo Basílio" e "O Salvador Da Pátria"

Como produtor musical de trilhas sonoras para cinema, participou dos filmes "Joana, A Francesa", de Cacá Diégues, "Vai Trabalhar, Vagabundo" e "Se Segura, Malandro", ambos de Hugo Carvana, "A Noiva Da Cidade", de Alex Viany, "Certas Palavras Com Chico Buarque", de Maurício Beru, "Eu Te Amo", de Arnaldo Jabor, "O Cavalinho Azul", de Eduardo Escorel, e "Sole Nudo", do diretor italiano Tonino Cervi

De 1994 a 1997, exerceu a função de diretor artístico da gravadora BMG, onde, com um cast de 43 artistas, foi responsável por 97 discos de músicos como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gal Costa, Elba Ramalho, Joanna, Zé Ramalho, Grupo Raça, Roupa Nova, José Augusto, Amado Batista, Eliana, Engenheiros do Hawaii, Gian & Giovani, Chiclete Com Banana, Lulu Santos, Fábio Jr., Fagner, entre outros. Nesse período contratou, além de outros, o grupo de samba Os Morenos e o grupo de pop-rock Pato Fu, consolidados posteriormente como expoentes desses segmentos.


Em 1996, além de responsável pela direção artística da gravadora, produziu o CD "Bebadosamba", de Paulinho da Viola, que valeu ao compositor e cantor seu primeiro disco de ouro e o Prêmio Sharp em cinco categorias: Melhor Disco, Melhor Música, Melhor Arranjo, Melhor Cantor e Melhor Capa.

Ainda na BMG, desenvolveu a carreira do grupo Só Pra Contrariar, que atingiu a vendagem de seis milhões de cópias em quatro discos produzidos nesse período, com destaque para o CD "Só Pra Contrariar-97", primeiro disco de diamante triplo da história da indústria fonográfica brasileira, por ter atingido a vendagem recorde de três milhões de CDs.

Em 1997, transferiu-se para a Universal Music, que então iniciava suas atividades no Brasil, com a tarefa de montar um cast de artistas locais, exercendo o cargo de diretor artístico. Nessa gravadora, consolidou a carreira da dupla Claudinho & Buchecha, cujo disco "A Forma" foi contemplado com um disco de diamante (Um milhão de cópias vendidas), além de ter sido responsável pelos CDs de Ed Motta "Manual Prático", contemplado com seu primeiro disco de platina, e "Remix E Aperitivos", disco de ouro. Contratou o conjunto Os Morenos, que também recebeu ali seu primeiro disco de ouro, e o cantor Wando, disco de ouro com "Palavras Inocentes", além de Elza Soares, Bezerra da Silva e Lobão.

Em 1999, assinou a produção musical do CD "Claudinho & Buchecha Ao Vivo", sendo indicado para o Grammy Latino na categoria Melhor Produtor.

Após a fusão da Universal com a PolyGram, em janeiro de 1999, permaneceu na mesma função, assinando a direção artística de discos de Ney Matogrosso, Zizi Possi, É O Tchan , Netinho, Os Morenos, Claudinho & Buchecha, Banda Beijo, Grupo Raça Negra, As Meninas, Alcione e João Gilberto.


Em 2002, retornou à BMG, produzindo uma série de dezesseis discos do programa "Fama" (TV Globo) e, a partir deste projeto, permaneceu nessa gravadora como consultor de A&R, participando da produção de diversos artistas, como Ana Carolina, Danny CarlosTitãs, entre outros.

Em 2005, como produtor autônomo, foi responsável pelos seguintes projetos: "Rock'n'road All Night" (CD) e "Rock'n'road Live" (CD e DVD), de Danni Carlos, "Alexia Bomtempo" (CD), "Bem Demais" (CD), de Gláucia Nasser, e "A Cor Do Som Acústico" (CD e DVD), do grupo A Cor do Som. No final desse mesmo ano, assumiu a Gerência de A&R da BMG Music Publishing.

Paralelamente ao seu trabalho na editora, continuou exercendo a atividade de produtor musical, tendo sido responsável, em 2006, pelo CD "Rock'n'road Movies", de Danni Carlos.

Ao longo de sua trajetória profissional, como produtor musical e diretor artístico, sua atuação na indústria fonográfica gerou uma participação da vendagem de mais de 38 milhões de discos e um total de 86 discos de ouro, 29 discos de platina, 20 discos de platina duplo, 12 discos de Platina triplo, 2 discos de diamante, 1 disco de diamante duplo e 1 disco de diamante triplo, e ainda o prêmio Grammy da 43ª edição da Academia Norte Americana, na categoria Best World Music Álbum, pelo CD "Voz e Violão", de João Gilberto.

Sérgio de Carvalho era membro votante da National Academy Of Recording Arts & Sciences (Naras) e da Latin Academy Of Recording Arts & Sciences (Laras), responsáveis pelos Prêmios Grammy.

Morte

Sérgio de Carvalho faleceu no sábado, 26/01/2019, aos 69 anos e a causa da morte não foi informada. O velório ocorreu no domingo, 27/01/2019, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro, das 10h00 às 15h00, na Capela 5. Às 16h00, ocorreu uma cerimônia de despedida no crematório São Francisco Xavier, no Caju.

Comunicado da família:

"Queridos amigos,
É com enorme tristeza que a família comunica o falecimento do Sérgio de Carvalho, uma das pessoas mais incríveis que já passaram por este plano."

#FamososQuePartiram # SergioDeCarvalho