Kadu Carneiro

CARLOS EDUARDO CARNEIRO
(44 anos)
Ator

* Rio de Janeiro, RJ (20/06/1960)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/05/2005)

O ator, considerado como um dos melhores da sua geração ganhou espaço na mídia e se tornou conhecido do público no início da década de 90 quando fez a co-produção cinematográfica "Lambada" e surgiu em um pequeno papel de escravo na minissérie da Tv Manchete, "Escrava Anastácia".

Mas o ator chamaria mesmo a atenção ao viver José do Patrocínio na novela "Sangue do Meu Sangue", realizada no SBT em 1995. A parti daí ganhou papéis de destaque como no filme "Cruz e Souza - O Poeta do Desterro" em que defendeu o papel título e na novela global "Força de um Desejo".

Seu último trabalho foi no filme "Filhas do Vento" e ao morrer não mereceu mais que poucas linhas na imprensa. Segundo o diretor Silvio Back, "ele foi um intérprete de fina e requintada sensibilidade".

Televisão

1999 - Força de Um Desejo ... Pedro
1995 - Sangue do Meu Sangue ... José do Patrocínio
1993 - Você Decide (Episódio: A Barganha)
1991 - Na Rede de Intrigas (1991)
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Capataz de Canjerê
1990 - Escrava Anastácia

Cinema

2005 - Filhas do Vento
2000 - Cronicamente Inviável
1998 - Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro
1990 - Lambada

Teatro

1998 - Cárcere Privado
1997 - Rei Lear
2002 - Hamlet

O ator Kadu Carneiro morreu no hospital Miguel Couto, no Rio de Janeiro, em decorrência de uma Insuficiência Respiratória.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam e Terra

José Parisi

JOSÉ PARISI
(68 anos)
Ator e Diretor de Televisão

* São Paulo, SP (1924)
+ São Paulo, SP (29/12/1992)

O ator nasceu no bairro do Brás, filho de um imigrante italiano. Ainda garoto foi trabalhar na Zona Cerealista do Mercado Municipal de São Paulo e divertia a todos imitando os famosos locutores de rádio na época.

Incentivado pelos amigos foi participar de um concurso promovido pela Rádio Tupi que escolhia um galã para trabalhar com Maria Della Costa. Ficou em segundo lugar mas ganhou um contrato para estrear como locutor de rádio.

Participou da implantação e dos primeiros programas da TV brasileira, na TV Tupi, uma emissora qual pertenceu até que ela fechou as portas. Seu maior sucesso na emissora paulista foi o seriado "Falcão Negro" do qual foi o protagonista por 10 anos.

Também não esteve surgimento da Vera Cruz e participou do primeiro filme da produtora, "Caiçara", ao lado de Eliane Lage e Mário Sérgio. Participou do "TV de Vanguarda", "TV Teatro" e de todas as importantes produções da TV Tupi na década de 50.

No cinema Participou das produções "O Sobrado", "Vereda da Salvação" e "Chão Bruto". Nas novelas foi o Jorge Luiz da primeira versão de "O Direito de Nascer", na TV Tupi e teve papéis de destaque em "A Intrusa", "As Bruxas", "Simplesmente Maria", "A Fábrica", "Rosa dos Ventos", "Os Inocentes", "Tchan, a Grande Sacada" e "Salário Mínimo".

Trabalhou ainda na TV Cultura, no SBT e na TV Manchete, onde encerrou a carreira participando das novelas "Novo Amor" e "Mania de Querer".

Mas o papel que o lançou ao estrelato foi o do herói Falcão Negro, um aventureiro medieval de capa-e-espada, lançado por Péricles Leal no Rio de Janeiro.

Apesar do assédio feminino, José Parisi foi casado por 40 anos com Dirce, união que lhe deu dois filhos, um deles, José Parisi Junior, também ator.

Fonte: Wikipédia

José de Arimatheia

JOSÉ DE ARIMATHEIA
(72 anos)
Ator e Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (1920)
+ Petrópolis, RJ (1992)

Começou na Rádio Nacional como humorista.

Trabalhou depois na TV Rio e na TV Continental até chegar à Rede Globo e participar das duas primeiras novelas: "Eu Compro Essa Mulher" e "O Rei dos Ciganos" em 1966. Fez ainda a novela "Bicho do Mato" como o índio Irú.

Se destacou em programas humorísticos ao lado de Chico Anysio e em Os Trapalhões. Seu personagem mais famoso foi o João Valentão do Chico Anysio Show.

José de Arimatheia faleceu vítima de uma parada cardíaca, em sua casa de Petrópolis, aos 72 anos.

Fonte: Wikipédia

Ibáñez Filho

IBÁÑEZ LIMA FILHO
(80 anos)
Ator, Diretor e Produtor de TV e Cinema

☼ Santana do Livramento, RS (10/09/1926)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/11/2006)

Ibáñez Lima Filho foi um ator, diretor e produtor de televisão e cinema brasileiro, nascido em Santana do Livramento, RS, no dia 10/09/1926.

Ibáñez Filho iniciou a carreira no filme "O Craque" (1953), de José Carlos Burle.

Em 1995, dirigido por Walter Avancini e Régis Cardoso, fez seu último trabalho, na telenovela "Tocaia Grande".

Ibáñez Filho foi durante alguns anos diretor do Teatro Vila Lobos, em Copacabana, Rio de Janeiro, e diretor de elenco da extinta TV Manchete, tendo participado da captação de novos talentos.

Ibáñez Filho foi casado com a atriz Aracy Cardoso.

Faleceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/11/2006, aos 80 anos.

Carreira

Cinema

  • 1989 - Solidão, Uma Linda História De Amor
  • 1985 - Femmine In Fuga
  • 1983 - Estranho Jogo Do Sexo
  • 1982 - Escalada Da Violência
  • 1982 - Os Três Palhaços E O Menino
  • 1974 - A Viúva Virgem ... Furunga
  • 1966 - Cristo De Lama ... Bodegueiro
  • 1961 - Teus Olhos Castanhos (Roteirista, Produtor e Diretor)
  • 1959 - Depois Do Carnaval ... Gastão
  • 1954 - Destino Em Apuros
  • 1953 - O Craque

Televisão

  • 1995 - Tocaia Grande
  • Fronteiras Do Desconhecido
  • 1988 - O Primo Basílio
  • 1987 - Bambolê ... Flores
  • 1985 - O Tempo E O Vento ... Chico Pinto
  • 1974 - O Espigão

Fonte: Wikipédia

Dante de Oliveira

DANTE MARTINS DE OLIVEIRA
(54 anos)
Engenheiro e Político

* Cuiabá, MT (06/02/1952)
+ Cuiabá, MT (06/07/2006)

Natural do estado de Mato Grosso, ficou nacionalmente conhecido pela autoria de uma emenda constitucional que levou seu nome, propondo o restabelecimento das eleições diretas para presidente da república, num movimento que resultou na campanha das "Diretas Já".

Filho de Sebastião de Oliveira e Maria Benedita Martins de Oliveira, graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ainda na universidade militou no MR8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro) quando o referido movimento já havia optado pela via política ao invés da luta armada contra o Regime Militar de 1964 e a seguir ingressou no MDB. De volta ao seu estado disputou sua primeira eleição em 1976 quando perdeu a eleição para vereador em Cuiabá. Refeito do infortúnio foi eleito deputado estadual em 1978 e com a extinção do bipartidarismo filiou-se ao PMDB sendo eleito deputado federal em 1982 e nessa condição apresentou no ano seguinte uma emenda restabelecendo as eleições diretas para presidente que se realizariam em 15 de novembro de 1984.

Diretas Já

A ideia de apresentar uma emenda restaurando a eleição direta para Presidente da República não é uma atitude que se possa creditar exclusivamente a Dante de Oliveira, entretanto, sua iniciativa ganhou repercussão por ter sido a primeira a não ficar restrita às paredes do Congresso Nacional e ganhou as ruas num momento em que as manifestações pedindo a volta das eleições diretas se multiplicavam pelo país, a começar pelo município pernambucano de Abreu e Lima em 31 de março de 1983, e resultaria num movimento que dominaria a cena política nacional nos meses seguintes unificando as forças da sociedade civil, dos partidos de oposição e atraindo também os dissidentes governistas para o movimento "Diretas Já". Em 26 de novembro de 1983 os dez governadores de oposição subscreveram em São Paulo um manifesto pedindo o restabelecimento das eleições diretas para presidente. O primeiro "comício oficial" pró-diretas teve lugar em Curitiba dia 12 de janeiro de 1984 com a presença de trinta mil pessoas e foi seguido de outros como o realizado na Praça da Sé no dia do aniversário de 430 anos da capital paulista no qual compareceram duzentas mil pessoas.

Receoso quanto aos acontecimentos o governo João Figueiredo exerceu uma forte pressão sobre os parlamentares do PDS para que a emenda não fosse aprovada e segundo um relato de Dante de Oliveira o próprio Tancredo Neves chegou a afirmar que, diante da pressão governamental e da cúpula militar, a emenda não seria aprovada. Ainda assim a cúpula do movimento manteve a campanha nas ruas e às vésperas da votação uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) apontava que 84% dos entrevistados apoiavam a Emenda Dante de Oliveira. Como último recurso a fim de barrar as diretas, o governo federal enviou ao parlamento a chamada "Emenda Figueiredo" a qual, dentre outras medidas, previa o restabelecimento das eleições diretas apenas em 1988, entretanto nada foi capaz de dissuadir a apreciação da emenda oposicionista que se realizaria em 25 de abril de 1984 e foi cercada de grande expectativa, algo frustrado pela não obtenção do quórum de dois terços dos votos necessários à sua aprovação, pois embora tenha obtido 298 votos favoráveis e apenas 25 votos em sentido contrário, a ausência de 112 deputados federais do PDS (dos quais bastariam apenas 22 votos para que a emenda fosse submetida ao crivo do Senado Federal) pôs fim ao movimento. Tal resultado, porém, acentuou as fissuras no partido governista e abriu o caminho para a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985.

No Executivo

Encerrado o período militar os brasileiros foram frustrados pela morte de Tancredo Neves e assim a Presidência da República ficou nas mãos de José Sarney cujas medidas de remoção do "entulho autoritário" (leis restritivas que ainda vigiam) previam a realização de eleições diretas nas capitais dos estados, áreas de segurança nacional, instâncias hidrominerais municípios de territórios e municípios recém-criados em 15 de novembro de 1985 e nisso Dante de Oliveira foi eleito prefeito de Cuiabá pelo PMDB, cargo do qual se afastou entre 28 de maio de 1986 e 2 de junho de 1987 quando foi ministro da Reforma Agrária do governo Sarney, e desse modo a capital mato-grossense foi administrada pelo vice-prefeito Estevão Torquato da Silva.

Findo seu mandato, ingressou no PDT e foi candidato a deputado federal em 1990, não conseguindo se eleger. Essa derrota foi revertida em 1992, quando foi eleito para o seu segundo mandato como prefeito de Cuiabá, cargo ao qual renunciou em 1994, meses antes de ser eleito governador de Mato Grosso. Após divergências com sua legenda, ingressou no PSDB e foi reeleito governador em 1998 e, ao deixar o cargo em 2002, perdeu a eleição para senador.

Em 2006 tencionava disputar mais um mandato de deputado federal, mas antes disso veio a falecer em Cuiabá vítima de uma Pneumonia, num quadro agravado pelo Diabetes.

Após sua morte, recebeu várias homenagens, inclusive a Avenida dos Trabalhadores hoje se chama Avenida Governador Dante Martins de Oliveira.

Fonte: Wikipédia

Flávio Rangel

FLÁVIO NOGUEIRA RANGEL
(54 anos)
Diretor Teatral, Cenógrafo, Jornalista e Tradutor

* Tabapuã, SP (06/08/1934)
+ São Paulo, SP (25/10/1988)

Flávio Rangel, um dos principais nomes do teatro brasileiro no século 20, não foi somente o diretor de mais de 80 espetáculos no teatro e televisão. Traduziu 19 peças, iluminou, produziu e escreveu para o teatro, preparou cinco livros, colaborou com os principais órgãos de imprensa no país e dirigiu shows musicais (Simone, Nara Leão, Raíces de América). Participou de várias montagens do Teatro Brasileiro de Comédia, companhia que revitalizou e modernizou o teatro na década de 50 no Brasil.

Flávio nasceu em Tabapuã, no interior de São Paulo e com três anos de idade mudou-se para a capital. Estudou na Escola Caetano de Campos e no Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Entrou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas não completou o curso. Em 1956, escreveu textos para teleteatros do Grande Teatro Tupi, mas a profissionalização veio no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, em 1957, com "Do Outro Lado da Rua", de Augusto Boal.

Em 1958, ganhou o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais, pela encenação de "Juventude Sem Dono", de Michael Vincent Gazzo. Em 1959, para o Teatro Popular de Arte, dirigiu "Gimba, Presidente dos Valentes", de Gianfrancesco Guarnieri . Apresentou-se no Festival do Teatro das Nações, em Paris, Roma e Portugal. Com bolsa de estudo, viajou para os Estados Unidos, onde estagiou em teatros da Broadway.

No ano seguinte, Flávio Rangel assumiu a direção artística do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Levou à cena "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes e "A Semente", de Gianfrancesco Guarnieri . Conquistou consecutivamente os prêmios Saci, Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais, de melhor diretor. Em seguida, encenou "Almas Mortas", de Nikolai Gogol e "A Escada", de Jorge Andrade, que o fez premiado como o melhor diretor de 1961.

A temporada de 1962 começou com "A Morte de Um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller. Depois, com "A Revolução dos Beatos", de Dias Gomes, Flávio se desligou do TBC, pensando em transpor "Gimba" para o cinema, o que só ocorreu anos depois. Em 1964 levou à cena "Depois da Queda", de Arthur Miller. Em 1965 fez "Santa Joana", de Bernard Shaw. Para o "Grupo Opinião", junto com Millôr Fernandes, escreveu e dirigiu "Liberdade, Liberdade" - um dos maiores sucessos de sua carreira.

Num ato de protesto no Rio de Janeiro, foi preso com outros intelectuais, soltos após semanas de protestos da classe artística. Flávio voltou à prisão em 1970, por escrever crônicas para "O Pasquim". Foi colaborador do jornal "Folha de São Paulo" entre 1978 e 1984.

Grandes Sucessos

Em 1966, fez "O Sr. Puntila e Seu Criado Matti", de Bertold Brecht, e no ano seguinte "Édipo Rei", de Sófocles. Em 1969 lançou "À Flor da Pele" e uma versão para "Esperando Godot", de Samuel Beckett, com Walmor Chagas e Cacilda Becker, que fez seu último espetáculo. Flávio dirigiu ainda uma versão para "Hamlet", de William Shakespeare, e em 1971, "Abelardo e Heloísa", de Ronald Millar. Seguiram-se "A Capital Federal", de Artur Azevedo, "O Homem de la Mancha", de Dale Wasserman, "Dr. Fausto da Silva", de Paulo Pontes, e "Pippin", musical da Broadway.

Durante a década de 1970, Flávio se dedicou a "Mumu, a Vaca Metafísica", de Marcílio Morais; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams, com Ariclê Perez (com quem foi casado); "O Santo Inquérito", de Dias Gomes; "A Nonna", de Roberto Cossa; "Tudo Bem no Ano que Vem", de Bernard Slade; "Investigação na Classe Dominante" e "O Rei de Ramos", musical de Dias Gomes e Chico Buarques. Também fez uma nova versão para "O Pagador de Promessas".

A partir dos anos 80, Flávio Rangel assumiu os musicais, dirigindo em 1982, "Amadeus". No ano seguinte, com "Piaf", marcou a carreira de Bibi Ferreira. "Vargas", porém, outro musical de Dias Gomes e Ferreira Gullar, gerou polêmicas com políticos do Rio. Em 1984, encenou o espetáculo "Freud, no Distante País da Alma", de Henry Denker. Sem destaque, fez "A Herdeira", baseado em Henry James, e "Negócios de Estado", comédia de Louis Verneuil.

Seu último trabalho foi "Cyrano de Bergerac", de Edmond Rostand, em 1985, à frente da Companhia Estável de Repertório - CER. Para Flávio, o teatro era "imperecível, imortal".

Suas crônicas jornalísticas foram reunidas em quatro títulos: "Seria Cômico Se Não Fosse Trágico", "A Praça dos Sem Poderes", "Os Prezados Leitores" e "Diário do Brasil".

A causa de sua morte foi Câncer Pulmonar.

Fonte: UOL Educação e Projeto VIP

Ibrahim Sued

IBRAHIM SUED
(71 anos)
Jornalista e Colunista Social

* Rio de Janeiro, RJ (23/06/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/10/1995)

Filho de imigrantes árabes, nasceu em família muito pobre, no bairro do Botafogo. Cresceu na Tijuca e em Vila Isabel, e morou muitos anos em quartos de pensão em Copacabana. Foi aluno de escola pública, onde concluiu o antigo Curso Ginasial e, aos 17 anos de idade, empregou-se no comércio. Devido aos frequentes atrasos, abandonou esse emprego.

Iniciou a sua carreira na imprensa como repórter fotográfico em 1946, fazendo plantão nas redações das sete horas da noite às sete da manhã. Adquiriu reputação ao cobrir a visita do então comandante das tropas aliadas na Segunda Guerra Mundial, general Dwight D. Eisenhower, ao Brasil. Na ocasião, fez uma fotografia em que Otávio Mangabeira parecia beijar a mão de Dwight D. Eisenhower, utilizada pelos críticos que, à época, combatiam o que chamavam de "servilismo" brasileiro em relação aos Estados Unidos da América.

Ainda da década de 1940, foi companheiro de boemia de personalidades como Carlinhos Niemeyer, Sérgio Porto, Paulo Soledade e Heleno de Freitas, com quem fundou o Clube dos Cafajestes.

Trabalhou com Joel Silveira na revista Diretrizes. Começou a conhecer gente, frequentar festas e a piscina do Hotel Copacabana Palace. De pequenas notícias na seção "Vozes da Cidade", no recém-fundado Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda, passou a fazer a coluna "Zum-Zum", no A Vanguarda (1951).


Em 1954, passou a trabalhar no O Globo, onde permaneceu até falecer, em 1995. Ali se destacou, assinando uma coluna social que marcou época e influenciou jornalistas como Ancelmo Gois e Ricardo Boechat.

Causou polêmicas com as suas listas das "Dez mais": as dez mais belas mulheres, as dez mais elegantes e as dez melhores anfitriãs da sociedade carioca. A sua coluna passou a ser lida por todas as camadas sociais a partir do final da década de 1950, tendo passado a conviver com personalidades famosas no Brasil e no exterior.

Casou-se em 1958, num evento que tornou-se um dos maiores daquele ano. Nessa época, passou a manter um programa exclusivo pela antiga TV Rio, "Ibrahim Sued e Gente Bem", onde apresentava entrevistas, reportagens filmadas e comentários sobre a sociedade em geral.

Em comemoração aos 30 anos de sua coluna em O Globo, em junho de 1983 teve lugar uma memorável recepção no Copacabana Palace, onde compareceram personalidades como Marta Rocha, Roberto Marinho, Emílio Garrastazu Médici, Dulce Figueiredo e mais 1500 convidados que consumiram, entre outros, 600 garrafas de champanhe, 300 litros de vinho tinto francês, 120 quilos de camarão, 60 quilos de lagosta, 10 quilos de foie gras, 210 patos além de copiosa variedade de frutas e saladas. O evento contou ainda com uma queima de fogos de artifício e com o desfile de passistas de escolas de samba calçadão da Avenida Atlântica.


Em 1985 foi homenageado no Carnaval carioca pela Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo "Ibrahim, De Leve Eu Chego Lá". Ainda na década de 1980, Ibrahim Sued foi a figura principal do casamento de sua filha Isabel Cristina, um dos maiores acontecimentos sociais à época, com quatro mil convidados.

Em 1993, deixou o jornalismo diário e passou a publicar apenas uma coluna dominical no O Globo. A Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro lhe fez a outorga do Título de Professor Emérito do Curso de Jornalismo, em evento que contou com a presença da nata da sociedade, além de políticos, sambistas, músicos e intelectuais. Ao entregar-lhe a comenda, o professor Paulo Alonso, Diretor Acadêmico dessa instituição carioca, fez um discurso marcado pela emoção, lembrando momentos marcantes da vida do colunista. Paulo Alonso, que também atuava no jornal O Globo, falou da sua amizade com Ibrahim Sued e ainda da capacidade do "Turco", apelido de Ibrahim Sued, em lidar com dificuldades e vencê-las. Foi uma solenidade que ganhou o noticiário brasileiro.

Ibrahim Sued cunhou expressões que se tornaram marcantes como "De leve", "Sorry periferia", "Depois eu conto", "Bola Branca", "Bola Preta", "Ademã que eu vou em frente", "Os cães ladram e a caravana passa", "Olho vivo, que cavalo não desce escada", dentre outras.

Considerado como um homem elegante, contou certa vez que, no início da sua carreira tinha apenas um terno, que deixava todo dia debaixo do colchão de sua cama, para que não perdesse o vinco.

Morte

Ibrahim Sued morreu aos 71 anos, vítima de um infarto agudo do miocárdio, no domingo, 01/10/1995, no Rio de Janeiro, RJ.

O velório aconteceu na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, e o corpo foi levado no carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério. Cerca de cem pessoas, entre parentes, amigos e socialites, acompanharam o enterro.

O caixão foi coberto com a medalha da Legion d'Honneur, que Ibrahim Sued recebeu da França, e com as bandeiras do Brasil e da Confraria do Garoto, que celebra a boêmia carioca e da qual Ibrahim Sued era membro honorário.

O corpo de Ibrahim Sued foi sepultado na segunda-feira, 02/10/1995, às 11:30 hs, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, no jazigo da família da primeira mulher, Glória Drummond de Sued. Ela ficou o tempo inteiro ao lado da filha Isabel e da última mulher do colunista, Simone Rodrigues.

Um cartaz lembrava uma expressão usada pelo colunista: "Ademã", um abrasileiramento do francês "À demain" (até amanhã), que Ibrahim Sued usava para se despedir dos amigos.

Em 2003 Ibrahim Sued  foi homenageado com uma estátua em frente ao Hotel Copacabana Palace.

Fonte: Wikipédia