Otávio Gabus Mendes, nascido Octavio Gabus Mendes, foi um crítico, radialista, ator, roteirista e diretor de cinema nascido em Ribeirão Bonito, SP, no ano de 1906.
Otávio Gabus Mendes foi um pioneiro que é lenda no rádio, cinema e imprensa brasileiros. Iniciou sua carreira escrevendo sobre filmes nas revistas Para Todos (1925) e Cinearte (1926) nas quais se notabilizou por defender o cinema brasileiro, incentivando a arte e a produção. No rádio trabalhou como locutor, redator, radioator, sincronizador, produtor e diretor.
No Rádio, no final da década de 30 e boa parte da década de 40, quando começou a renovar a programação radiofônica de uma maneira audaciosa e inteligente, organizou a discoteca da Rádio Nacional do Rio de Janeiro (1936), a mais completa do país. Na mesma época lançou os primeiros programas de auditório e de calouros na Rádio Record.
No Rio de Janeiro uniu-se a Adhemar Gonzaga e na Cinédia escreveu e dirigiu três filmes de longa metragem ainda sem som (1929-1930) e "As Armas" (1930), em São Paulo.
Realizou na Cinédia, no Rio de Janeiro, "Mulher" (1931), um dos primeiros filmes eróticos do cinema nacional com trilha sonora, filme que passou por um processo de restauração completo de som e imagem (2001-2005), mantendo não apenas sua versão editorial original, mas também seus inter-títulos e a trilha sonora em vitafone.
No ano seguinte, fez uma adaptação modernizada de "Senhora", de José de Alencar, intitulada "Onde a Terra Acaba" (1933), com Carmen Santos no papel principal e onde também atuou e escreveu o roteiro do famoso "Ganga Bruta" (1933), de Humberto Mauro.
É também autor da originalíssima letra em versos sem rima da valsa "Súplica", gravada por Orlando Silva em 1940, e posteriormente por vários outros intérpretes.
Otávio Gabus Mendes era pai do autor de novelas Cassiano Gabus Mendes e e avô dos atores Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes.
Otávio Gabus Mendes faleceu precocemente aos 40 anos, em 1946, em São Paulo, SP, quatro anos antes da televisão chegar ao Brasil. Mas já escrevia sobre a televisão nos jornais de São Paulo.
Diretor, Autor, Novelista, Escritor, Roteirista, Produtor, Cineasta e Dramaturgo
☼ São Paulo, SP (27/08/1927)
┼ São Paulo, SP (01/08/1996)
Geraldo Vietri foi um diretor e dramaturgo nascido em São Paulo, SP, no dia 27/08/1927.
Personalidade controversa dentro da televisão, pioneiro, de temperamento difícil e politicamente conservador, Geraldo Vietri começou sua carreira na TV Tupi, em 1958, quando um de seus textos, "Este Mundo é dos Loucos", foi aprovado e produzido pela emissora paulista. Depois disso, Geraldo Vietri viria a ser contratado para trabalhar no "TV de Comédia", como autor e diretor. Em "TV de Comédia", ganhou notoriedade e respeito.
Quando a emissora resolveu produzir telenovela, o nome de Geraldo Vietri foi logo lembrado. Na primeira produção diária, "Alma Cigana" (1964), atuou como diretor. Dois anos depois escreveu A Inimiga" (1966), adaptando um original argentino. Consagrado como autor/diretor, mostraria uma inquietação para reformular o gênero com "Os Rebeldes" (1967).
Geraldo Vietri alcançou sucesso e projeção nacional com as telenovelas "Antônio Maria" (1968) e "Nino, o Italianinho" (1969), duas marcas registradas de sua trajetória pelo mundo das telenovelas. Além destas duas, também escreveu "Meu Rico Português" (1975), última novela a derrotar a TV Globo no horário das 19h, feito imbatível durante muito tempo.
Outro grande sucesso foi "Vitória Bonelli" (1972), intensa história de decadência econômica e superação ambientada na colônia italiana de São Paulo que contou com um memorável desempenho de Berta Zemel no papel-título.
Com a falência da TV Tupi, Geraldo Vietri se revezou entre algumas emissoras, dentre elas a TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura, Rede Manchete e CNT.
Geraldo Vietri lançou e formou vários nomes importantes da história de nossa televisão, como Juca de Oliveira, Aracy Balabanian, Tony Ramos, Denis Carvalho e Paulo Figueiredo. Extremamente centralizador, Geraldo Vietri produzia, escrevia e dirigia suas novelas. Essa característica dificultou seu trabalho na esquemática TV Globo, em 1980, quando começou a adaptar o romance "Olhai Os Lírios do Campo", de Érico Veríssimo, para o horário das 18h00. Geraldo Vietri desentendeu-se com o diretor Herval Rossano e não concluiu a novela.
Geraldo Vietri também produziu para o cinema, usando em seus elencos os mesmos amigos que atuavam em suas novelas na TV Tupi. Como exemplo, "Senhora" (1976), com Elaine Cristina e Paulo Figueiredo, e "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), com Adriano Reys. Contudo, não obteve no meio a mesma qualidade e a mesma repercussão de suas incursões na televisão, estabelecendo-se, meramente, como um artesão de produções comerciais.
No cinema, Geraldo Vietri mencionou pela única vez sua própria homossexualidade. No filme "Os Imorais" (1979), mostrou de forma positiva o amor entre dois rapazes.
Geraldo Vietri foi proprietário de restaurantes, um com o ator Flamínio Fávero chamado La Sorella Pizza Bar, inaugurado em 1972, e outro chamado Il Fratello, inaugurado também nos anos 70.
Geraldo Vietri sofria de enfisema pulmonar.
Morte
Geraldo Vietri faleceu na quinta-feira, 01/08/1996, aos 68 anos, vítima de broncopneumonia.
Carreira
CNT
1996 - Antônio dos Milagres ... Autor
1996 - Irmã Catarina ... Co-autor
1995 - A Verdadeira História de Papai Noel ... Autor
Manchete
1991 - O Fantasma da Ópera ... Supervisor de Texto
1991 - Floradas na Serra ... Autor (Remake)
1991 - Na Rede de Intrigas ... Autor
1985 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
1984 - Santa Marta Fabril S.A. ... Autor e Diretor
TV Bandeirantes
1983/1984 - Casa de Irene ... Autor e Diretor
1982 - Renúncia ... Autor e Diretor
1981/1982 - Dona Santa ... Autor e Diretor
TV Cultura
1981 - Floradas na Serra ... Autor
1981 - O Homem Que Sabia Javanês ... (Adaptação para o Teleconto)
TV Globo
1980 - Olhai os Lírios do Campo ... Autor
1986 - A Única Chance (Teletema) ... Autor
1990 - Iaiá Garcia (Teletema) ... Autor
TV Tupi
1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano ... Diretor e Supervisor
1976 - Os Apóstolos de Judas ... Autor e Diretor
1975 - Meu Rico Português ... Autor e Diretor
1972 - Vitória Bonelli ... Autor e Diretor
1971 - A Fábrica ... Autor e Diretor
1971 - A Selvagem ... Autor e Diretor
1969 - Nino, o Italianinho ... Autor e Diretor
1968 - Antônio Maria ... Autor e Diretor
1967 - Os Rebeldes ... Autor e Diretor
1967 - Paixão Proibida ... Diretor
1967 - A Ponte de Waterloo ... Autor e Diretor (Remake)
1967 - A Intrusa ... Autor e Diretor
1967 - Angústia de Amar ... Diretor
1966 - Ciúme ... Diretor
1966 - A Ré Misteriosa ... Autor e Diretor
1966 - A Inimiga ... Autor e Diretor
1965 - Um Rosto Perdido ... Diretor
1965 - A Outra ... Diretor
1965 - O Cara Suja ... Diretor
1965 - Teresa ... Diretor
1964 - O Sorriso de Helena ... Diretor
1964 - Quando o Amor é Mais Forte ... Diretor
1964 - Se o Mar Contasse ... Diretor
1964 - A Gata ... Diretor
1964 - Alma Cigana ... Diretor
1963 - Klauss, o Loiro ... Autor e Diretor
1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec ... Autor e Diretor
1963 - Terror nas Trevas ... Autor e Diretor
1963 - A Sublime Aventura ... Autor e Diretor
1963 - As Chaves do Reino ... Autor e Diretor
1962 - Prelúdio, a Vida de Chopin ... Autor e Diretor
1962 - A Única Verdade ... Autor e Diretor (Remake)
1962 - A Estranha Clementine ... Autor e Diretor
1962 - A Noite Eterna ... Autor e Diretor
1959 - Adolescência ... Autor e Diretor
1959 - A Ponte de Waterloo ... Autor
1958 - A Única Verdade ... Autor
Argentina
1971 - Nino, Las Cosas Simples de La Vida (Adaptação de "Nino, o Italianinho")
1984 - Lúcia Bonelli (Adaptação de "Vitória Bonelli")
1987 - El Duende Azul (Foi exibida em 1989 pela Band com o título de "Desencontros")
Wilson Fragoso foi um ator de rádio e televisão, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 19/05/1929.
Wilson Fragoso iniciou sua carreira na TV Piratini e na TV Gaúcha, participando de teleteatros. Em busca de novas oportunidades partiu para São Paulo, fez testes na TV Tupi e foi aprovado para um pequeno papel na novela "Somos Todos Irmãos" (1966). Seu papel na trama, o Príncipe Raul, foi crescendo e no final nivelou-se aos protagonistas Sérgio Cardoso e Rosamaria Murtinho.
A partir daí transformou-se num dos mais importantes e prestigiados atores da emissora paulista, marcando presença em duas dezenas de novelas, com destaque para "Antônio Maria" (1969) e "Meu Rico Português" (1975), ambas de Geraldo Vietri, autor com quem teve várias parcerias.
Na TV Tupi, atuou em novelas como "O Rouxinol da Galiléia" (1968), "Nino, o Italianinho" (1969), "Simplesmente Maria" (1970), "Os Apóstolos de Judas" (1976) e "Gaivotas" (1979).
Com o fechamento da TV Tupi, passou a atuar em novelas do SBT e da TV Bandeirantes, onde fez seu último trabalho na televisão, na minissérie "O Cometa" (1989).
No cinema, atuou nos filmes "O Pequeno Mundo de Marcos" (1968), "Que Forma Estranha de Amar" (1977) e "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1977).
Wilson Fragoso foi casado com atriz Elaine da Costa Alves 'Sônia Dalmare' (1961-1967), e tiveram três filhos: Zelvio Alexandre, Marco Antônio e Ricardo. Atualmente era casado com Ana Maria Silveira (1967-2019), e tiveram dois filhos: Fernando Tietê e Ana Claúdia.
Morte
Wilson Fragoso faleceu na terça-feira, 19/02/2019, aos 89 anos, em São Paulo, SP. Foi sepultado no cemitério do Araçá, Zona Oeste de São Paulo.