Cyro Monteiro

CYRO MONTEIRO
(60 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (28/05/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/07/1973)

Filho do capitão Monteiro, um dentista e funcionário público, Cyro Monteiro foi talvez o mais típico dos cariocas. Nascido no bairro do Rocha, do qual ele tinha muito orgulho e se proclamava símbolo, em 28 de maio de 1913, o destino só poderia reservar-lhe a música como futuro. Sobrinho do pianista Nonô, um dos mais famosos do Rio de Janeiro, à época, acompanhador de Sílvio Caldas, que ensaiava na casa da família Monteiro, Cyro Monteiro cresceu em ambiente musical, que no futuro geraria seus sobrinhos Cauby, Andiara, Araken e Moacir Peixoto, cantores e instrumentistas, ouvindo e aprendendo.

Foi o próprio Sílvio Caldas que o lançou, pois em 1933, quando a dupla que fazia com Luiz Barbosa, o cantor do chapéu de palha, se desfez, chamou Cyro Monteiro para substituí-lo. Apesar do sucesso, cada um acabou para seu lado e, no ano seguinte, Cyro Monteiro estava no "Programa das Donas de Casa", da Rádio Mayrink Veiga, já batucando sua caixinha de fósforos, criando a marca registrada que o acompanharia por toda a carreira.

Elizeth Cardoso e Cyro Monteiro
Em 1936, fez a primeira gravação para o carnaval daquele ano, o que o projetou para o sucesso, levando-o a cantar ao lado de Carmen Miranda, Francisco Alves e Mário Reis

Como de hábito naquele momento, cantava em todas as emissoras, ao lado dos grandes cartazes. Até ter seu próprio grande sucesso, que veio do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues em parceria com Felisberto Martins, com o samba "Se Acaso Você Chegasse", em 1937, que ele gravaria na RCA Victor, em 1938.

Teve muitos outros sucessos nos anos 40, como "Falsa Baiana", "Escurinho", ambas de Geraldo Pereira, e "Boogie-Woogie na Favela" de Denis Brean.

Cyro Monteiro e Jorge Veiga
Em 1956, participou como ator da peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes. Ainda nos anos 50 e 60 participou de programas de televisão como "O Fino da Bossa" e "Bossaudade", gravou discos e fez muitos espetáculos.

Figura humana de raras qualidades, Cyro Monteiro é até hoje exaltado por todos quantos o conheceram. Sua simpatia, bondade e bom caráter proverbiais abriam-lhe todas as portas durante a longa carreira, que nem uma enfermidade pulmonar conseguiu interromper. Recuperado, com voz pequena, mas conservando a bossa, a divisão e o vibrato, suas características marcantes, Cyro Monteiro foi senhor de uma das mais bonitas carreiras da música popular brasileira.

Fonte: Wikipédia e Fonte: MPB Net
Indicação: Reginaldo Monte

Jorge Veiga


JORGE DE OLIVEIRA VEIGA
(69 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (14/04/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/06/1979)

Jorge de Oliveira Veiga, foi um cantor e compositor brasileiro, especializado em sambas.

Nasceu no bairro suburbano do Engenho de Dentro, onde teve uma infância de pobreza. Trabalhou desde a infância como engraxate, vendedor de frutas e de doces. Quando adulto, passou a trabalhar como pintor de paredes. Costumava cantar durante o serviço e um dia o proprietário de uma casa comercial em que Jorge Veiga trabalhava gostou do que ouviu. Graças à indicação deste homem, Jorge Veiga conseguiu se apresentar como calouro em um programa da Rádio Educadora do Brasil (PRB-7).

A partir de 1934 iniciou sua carreira artística apresentando-se em circos e pavilhões populares do Rio de Janeiro. Naquele mesmo ano, começou a se apresentar imitando Sílvio Caldas no programa "Metrópolis", da Rádio Educadora.

Em 1939 realizou sua primeira gravação, "Adeus João", cantando ao lado do acordeonista Antenógenes Silva, que era o titular do disco.

Jorge Veiga e Wanderléa em show do Projeto Pixinguinha 1977
Especializou-se em sambas malandros e anedóticos, além dos sambas de breque. Em 1942, quando atuava na Rádio Guanabara, conheceu Paulo Gracindo, na época apresentador de programas de rádio, que mudaria seu estilo de interpretação segundo o próprio cantor: "(Paulo Gracindo) me ensinou a cantar sempre sorrindo, para dar mais leveza à interpretação e divertir mais os ouvintes", diria Jorge Veiga anos mais tarde. Pelos anos seguintes realizaria dezenas de gravações, com muito sucesso popular.

Graças ao rádio, Jorge Veiga conquistou ainda mais popularidade. Na Rádio Nacional abria suas apresentações sempre com a mesma frase: "Alô, alô, aviadores que cruzam os céus do Brasil. Aqui fala Jorge Veiga pela Rádio Nacional. Queiram dar os seus prefixos para a guia de nossas aeronaves".

Em 1959, Jorge Veiga alcançou seu maior sucesso com a regravação do samba "Acertei No Milhar", de Wilson Batista e Geraldo Pereira, que virou um marco na sua carreira.

Em 1979, ano de sua morte, a CBS lançou o LP "O Eterno Jorge Veiga", com um apanhado de seus sucessos, incluindo composições suas como "Boi Com abóbora", "Festival de Bolachadas" e "Casa Que Tem Cachorro".

Fonte: Wikipédia
Indicação: Reginaldo Monte