Wilma Bentivegna

WILMA BENTIVEGNA
(85 anos)
Cantora, Atriz e Apresentadora

☼ São Paulo, SP (17/07/1929)
┼ Mogi das Cruzes, SP (02/07/2015)

Wilma Bentivegna foi uma cantora, apresentadora e atriz brasileira. Nascida em São Paulo, desenvolveu carreira na segunda metade da década de 50, realizando gravações de discos e apresentações em rádios e TVs. Foi uma importante cantora no rádio paulista, mesmo não tendo sido uma cantora de popularidade nacional. Especializou-se em gravar principalmente versões de canções estrangeiras de sucesso na época. De estatura baixa, sempre pareceu uma menina, sendo chamada por todos de Wilminha.

Começou sua carreira aos 9 anos no programa "Clube do Papai Noel", de Homero Silva, na Rádio Difusora. Começou depois a atuar em radioteatro na Rádio Tupi, sob direção de Otávio Gabus Mendes e na Rádio Difusora, com Oduvaldo Vianna. Fazia papeis infantis, pois sua voz também era de menina. Foi a caçula da "Caravana da Alegria", que viajou por várias cidades do interior de São Paulo.

Atuou já no primeiro dia da TV Tupi, cantando junto com os Garotos Vocalistas, sendo assim a primeira cantora a se apresentar na extinta TV.

Ganhou muitos prêmios, entre eles o de Atriz Revelação. Participou de algumas telenovelas e do filme "Custa Pouco a Felicidade" (1952) de Geraldo Vietri.

Wilma Bentivegna e Ninon Sevilha em 1954
Em 1954, foi contratada pela gravadora Sinter e gravou com acompanhamento de Zezinho e Sua Orquestra, a guaracha "Me Voy a Morir" (F. Cabrera), e com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra o samba-canção "Chove" (Geraldo Vietri), mais tarde célebre novelista de televisão e roteirista de filmes.

Em 1955, foi contratada pela Rádio Nacional de São Paulo e pela TV Paulista.

Em 1956, assinou contrato com a gravadora Odeon e gravou com acompanhamento de Luiz Arruda Paes e Sua Orquestra o fox "Rififi" (Gerard e Rue), com versão de Haroldo Barbosa, o bolero "Ama-me Amor" (Panzeri e Mascheroni), com versão de Valdir Cardoso.

Em 1957, gravou com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra, as canções "Pollyana" (N. Schultze e B. Balzo), e "Marcelino, Pão e Vinho", da trilha sonora de filme homônimo, composição de P. Sorozobal e P. Sorozobal Jr, versões de Ribeiro Filho, que obtiveram boa repercussão nacional.

Gravou em 1959, com acompanhamento de Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, a clássica canção francesa "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), com versão de Odair Marzano, além do samba "Só Tristeza" (Paulo Rogério e Odair Marzano).

Em 1960, gravou com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra a fantasia "Minha Devoção" (O. Cesana), e o samba-canção "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano).


Em 1961 gravou, ainda, com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, as canções "As Folhas Verdes de Verão" (D. Tiomkin e P. F. Webster), com versão de Paulo Rogério, e "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal). Lançou pela gravadora Odeon, o LP "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" no qual interpretou as músicas "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "Minha Devoção" (Oto Cesana), em versão de Odair Marsano, "Sonata da Despedida" (Wilma Camargo e Élcio Álvarez), "Alvorada de Amor" (Almeida Rego), "As Folhas Verdes do Verão" (D. Tiokim e Paul Francis Webster), em versão de Paulo Rogério, "Eu Sem Você" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "És Meu Amor" (S. Weyne e A. Silver), com versão de Teixeira Filho, "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Eu, a Tristeza e Você" e "Canção de Quem Espera", de Sebastião Silva.

Em 1962, registrou as canções "Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Oldair Marzano), e "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério).

Em 2005, o selo Revivendo lançou o CD "Wilma Bentivegna - Hino ao Amor" com 18 interpretações suas, entre as quais, a música título, de Edith Piaf e Margueritte Monnot"Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Odair Marzano), "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano), "Minha Tristeza e o Mar" (Wilma Bentivegna), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "As Folhas Verdes de Verão" (Dimitri Tiomkin e Paul Francis Webster), "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Rififi" (M. Philippe-Gerard e Jaques Larue), "Eu, a Tristeza e Você" (Sebastião Silva), "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério), "Noite de Amor" (Tchaikovsky) com adaptação de Fred Jorge, e "Marcelino Pão e Vinho" (Pablo Sorozobal).

Morte

Wilma Bentivegna morreu na tarde de quinta-feira, 02/07/2015, no Hospital Ipiranga em Mogi das Cruzes, SP. De acordo com amigos da família, Wilma Bentivegna passou mal em casa e foi hospitalizada, mas não resistiu. O corpo será velado na Câmara Municipal da cidade de Suzano onde residia.

Segundo o Hospital Ipiranga, a cantora faleceu por volta das 15:00 hs, após ter passado por atendimento. Amigo da família, o jornalista Gil Fuentes contou que a causa da morte foi insuficiência respiratória.

"A Wilma já não andava muito bem há algum tempo. Estava com depressão e quase não saia de casa. É uma grande perda porque a Wilma fez sucesso em uma época que era necessário saber cantar. Ela trabalhou com Lima Duarte e participou da inauguração da TV"
(Gil Fuentes)

Discografia

  • 1962 - Canção de um Triste / Preciso de Alguém (Odeon, 78)
  • 1961 - As Folhas Verdes de Verão / Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, 78)
  • 1961 - Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, LP)
  • 1960 - Minha Devoção / Vontade de Enlouquecer (Odeon, 78)
  • 1959 - Hino ao Amor / Só Tristeza (Odeon, 78)
  • 1957 - Pollyana / Marcelino, Pão e Vinho (Odeon, 78)
  • 1956 - Rififi / Ama-me Amor (Odeon, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Gaúcho

FRANCISCO DE PAULA BRANDÃO RANGEL
(58 anos)
Cantor, Compositor e Violonista

☼ Cruz Alta, RS (29/06/1911)
┼ Rio de Janeiro, RJ (31/03/1970)

Francisco de Paula Brandão Rangel, mais conhecido por seu nome artístico de Gaúcho, foi um cantor e compositor brasileiro. Formou com Joel de Almeida a dupla Joel & Gaúcho, uma das mais bem-sucedidas da Música Popular Brasileira, especialmente na década de 1940. Como compositor, foi também um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM).

Joel de Almeida e Francisco de Paula Brandão Rangel, o Gaúcho conheceram-se no Rio de Janeiro em 1930 quando Joel de Almeida tinha 17 anos e Gaúcho 19 anos, em encontro promovido por amigos em uma noitada de samba na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Começaram então a cantar juntos, com Joel de Almeida batendo no chapéu de palha e Gaúcho tocando violão.

Francisco Rangel, o Gaúcho, chegou ao Rio de Janeiro como soldado das tropas de Getúlio Vargas que derrubaram o então presidente Washington Luís. A partir desse encontro, passaram a atuar em festinhas e serenatas. No mesmo ano, estrearam na Rádio Phillips no Rio de Janeiro através de Renato Murce no programa "Hora do Outro Mundo".

Contratados pela Rádio Philips, passaram a se apresentar também no "Programa Casé" e foram apelidados de Irmãos Gêmeos da Voz por Alziro Zarur.

Em 1935, a dupla obteve seu primeiro destaque em disco com o samba "Estão Batendo" (Gadé e Valfrido Silva), gravado pela Columbia. No lado B, o disco trazia o samba "O Chapéu é Quem Diz" (Gaúcho e Joel de Almeida), cuja gravação contou com o acompanhamento de Pixinguinha e sua orquestra.

Joel e Gaúcho
Em 1936, já pela RCA Victor, lançaram a marcha "Pierrô Apaixonado" (Heitor dos Prazeres e Noel Rosa), grande sucesso no Carnaval que marcou o início de uma série de êxitos no gênero. Eles a cantaram no filme "Alô, Alô, Carnaval" e passaram a se apresentar nos Cassinos da Urca e Atlântico e no Copacabana Palace Hotel. Ainda em 1936, gravou com Joel de Almeida o samba "Ai Se Tu Soubesses" (Gaúcho e Joel de Almeida). Lançaram os sambas "Não Precisa Pagar (Miguel Bauso, J. Fernandes e Buci Moreira), e "Pequena Futurista" (Francisco Matoso). Gravaram a marcha "Palhaço Não Chora" (Homero Ferreira, Kid Pepe e J. Piedade), os sambas "Mangueira" (Kid Pepe e Alcebíades Barcelos) e  "Nosso Amor Morreu" (Carolina Cardoso de Menezes).

Em 1937 gravaram os sambas "Parece Mandinga" (Constantino Silva e Nelson R. da Silva) e "Você Não Tem Razão" (Pedro Caetano). No mesmo ano gravaram a marcha "Jóia do Brasil" (Fernando de Castro Barbosa).

Em 1938 lançaram a marcha "Você Perdeu" (Benedito Lacerda e Darci de Oliveira) e o samba "Com as Mãos Nas Cadeiras" (Benedito Lacerda e Gastão Viana).

Em 1940 gravaram a batucada "Cai, Cai" (Roberto Martins), que se tornou um grande sucesso no Carnaval daquele ano, além da marcha, "Todo Barulho é Pouco" (Roberto Martins e Nássara).

Em 1941 gravaram a valsa "Sempre o Mesmo Velho Rio..." (João de Barro e Alberto Ribeiro), o samba "O Morro Começa Aí" (Custódio Mesquita e Heber de Bôscoli), e a marcha "Vamos Comadre" (Joel de Almeida e Pedro Caetano).

Em 1942 entre outras composições, gravaram os frevos "Dança do Carrapicho" e "O Passo do Caroá", ambos de Nelson Ferreira e Sebastião Lopes.

Em 1943 gravaram de Nássara e E. Frazão, as marchas "O Danúbio Azulou" e "Sai, Quinta Coluna", que referenciava a situação política nacional e internacional naqueles tempos de guerra mundial. De Joel de Almeida e Pedro Caetano, gravaram o maxixe "Quem Foi Que Disse?" e a valsa "Aceite o Convite". No mesmo ano, lançaram o sucesso "Aurora" (Roberto Roberti e Mário Lago), que depois chegou a ser lançado internacionalmente com as Andrew Sisters, gravado na Continental.

Joel e Gaúcho
Em 1944 gravaram a marcha "Quero Respeito" (Arno Canegal, Janet de Almeida e Ari Monteiro) e o samba "Guiomar" (Haroldo Lobo e Wilson Batista).

Em 1946 lançaram para o Carnaval a marcha "Mulata (Rainha do Meu Carnaval)" (Pereira Matos e Felisberto Martins). No mesmo período, gravaram com as Seis Pequenas do Barulho, a marcha "Alá! Alá!" (Pedro Caetano e Claudionor Cruz).

Em 1947 gravaram o boogie-woogie "Boogie-Woogie do Rato" (Denis Brean), um de seus mais expressivos lançamentos, e a batucada "Onde Há Fumaça Há Fogo". Nesse mesmo ano realizaram excursão à Argentina, apresentando na Rádio El Mundo e na Boate Embassy, na capital argentina. Nessa mesma ocasião, a dupla se desfez, com Joel de Almeida permanecendo em Buenos Aires como cantor e com Gaúcho retornando ao Brasil.

No início dos anos 1950 Joel de Almeida retornou ao Brasil e a dupla se refez realizando mais algumas gravações.

Em 1951 gravaram as marchas "Ai Amor" (Freire Jr.) e "Madame Butterfly" (Antônio Almeida).

Em 1952 gravaram a marcha "Saudades da Aurora" (Antônio Almeida, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.). Nesse mesmo ano, Gaúcho resolveu abandonar o rádio, indo morar em Itacuruçá, praia no Rio de Janeiro, e a dupla se desfez definitivamente. Todavia, continuou atuando como compositor, tendo músicas gravadas por Léo RomanoDircinha Batista e pela dupla de palhaços Arrelia e Pimentinha.

Em 1957, seu choro "Chorinho Diferente" foi gravado por Sivuca e Seu Conjunto pela Copacabana.

Joel e Gaúcho
Em 1958, o samba "Três Beijos" (Gaúcho, Antônio Bruno e José Saccomani) foi gravado na RCA Victor pelo Trio Nagô, e o samba "Copo Simbólico" (GaúchoAntônio Bruno e José Saccomani), foi registrado pelo cantor Mário Martins pela gravadora Odeon. Fez com Arrelia e Morais, o samba "O Que é o Que é" gravado pelo palhaço de circo Arrelia em disco Copacabana.

Em 1959, teve o samba "Olha Nos Meus Olhos" gravado por Léo Romano na Odeon.

Em 1960, teve o samba "Preciso Amar" gravado por Léo Romano na Odeon, além de duas marchas lançadas na gravadora Copacabana, "Mustafá" (GaúchoArrelia e Léo Romano), na voz da dupla de palhaços de circo Arrelia e Pimentinha, e "Lá Em Casa Todo Mundo... Ó!", na voz do cantor Homem de Melo.

Em 1961, o samba "Ouça, Meu Amigo" (Gaúcho, João Saccomani e Jota Pacheco), foi gravado por Léo Romano na Mocambo.

Em 1962, a dupla tornou a se reunir e gravou pela RCA Victor o LP "Joel & Gaúcho" registrando os seus grandes sucessos, disco comemorativo aos trinta anos de formação da dupla.

Em 1963, a marcha "Trovador de Toledo" (Gaúcho, J. Nunes e José Saccomani),  foi gravada por Dircinha Batista, e a marcha "Galo de Ouro" (Gaúcho, Emílio SaccomaniArrelia), homenagem ao pugilista Éder Jofre, então campeão mundial de pesos pena, foi gravada pela dupla de palhaços de circo Arrelia e Pimentinha.

Em 1971 foi lançado pela RCA Victor o LP "Joel e Gaúcho - Os Irmãos Gêmeos da Voz", com destaque para "O Chapéu é Quem Diz" (Joel de Almeida e Gaúcho), "Canção Pra Inglês Ver" (Lamartine Babo), "Aurora" (Roberto Roberti e Mário Lago), e "Cai, Cai" (Roberto Martins). 

Embora sua carreira tenha ficado marcada pela dupla que fez com Joel, também incursionou pela carreira de compositor tendo inclusive sido um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (SBACEM).

Fonte: Wikipédia, Dicionário Cravo Albin da MPB e Collector's
Indicação: Miguel Sampaio

Delfim Moreira

DELFIM MOREIRA DA COSTA RIBEIRO
(51 anos)
Advogado, Político, Presidente e Vice-Presidente do Brasil

☼ Cristina, MG (07/11/1868)
┼ Santa Rita do Sapucaí, MG (01/07/1920)

Delfim Moreira da Costa Ribeiro foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do Brasil por um breve período, entre 15/11/1918 e 28/07/1919. Seu governo foi apelidado de Regência Republicana por tamanha a rapidez em que esteve no cargo e por sua doença não permitir que fosse ele que tomasse as decisões de fato.

Seu pai, Antonio Moreira da Costa Pinto, era português do Porto. Do lado materno, era descendente de famílias brasileiras bem antigas, como a família Moraes de Antas.

Delfim Moreira nasceu na pequena cidade mineira chamada Cristina no dia 07/11/1868.

Estudou no Seminário de Mariana e cursou Direito na Faculdade de Direito de São Paulo, diplomando-se em 1890. Começou sua carreira trabalhando como promotor público nas cidades de Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre, ambas no Estado de Minas Gerais.

Delfim Moreira fazia parte de uma geração de republicanos históricos, foi angariando cargos políticos cada vez maiores. Já em 1894 foi nomeado secretário do interior de Minas Gerais, ocupando o posto até 1902. Foi também governador do estado de Minas Gerais entre 1914 e 1918. Ainda em 1908 chegou à Câmara Federal, mas renunciou preferindo ficar na secretaria do interior.

Após o governo de Wenceslau Brás, integrou a chapa de Rodrigues Alves na disputa eleitoral pela presidência na posição de pleiteante à vice-presidência. Entretanto, nos últimos anos do governo de Wenceslau Brás uma grave epidemia de Gripe Espanhola assolou a população brasileira, aproximadamente 15 mil pessoas morreram no território brasileiro, sendo que um dos infectados foi justamente o candidato à presidência Rodrigues Alves. A chapa de Rodrigues Alves e Delfim Moreira saiu vitoriosa no pleito eleitoral, mas o primeiro acabou falecendo e não desempenhou nada na função de presidente. Em lugar do presidente falecido assumiu o seu vice, Delfim Moreira. Este ficou no cargo até que novas eleições fossem convocadas, pois a constituição da época não permitia que o vice assumisse antes de se passar dois anos do mandato eleitoral.

Assim, Delfim Moreira governou o país entre 15/11/1918 e 28/07/1919, sempre tendo em mente que um novo processo eleitoral encerraria brevemente o mandato. Mesmo assim, desempenhou sua função tomando as ações possíveis. Seu pequeno mandato enfrentou sérios problemas sociais combatendo várias greves gerais no Brasil. Além disso, reformou a administração no Estado do Acre, republicou o Código Civil Brasileiro com correções do texto publicado em 1916 e decretou a intervenção no Estado de Goiás.

Na Conferência de Paz ocorrida em Paris em 1919 foi Delfim Moreira que fez o Brasil ser representado enviando o senador Epitácio Pessoa, o qual era candidato na disputa eleitoral para presidência contra Ruy BarbosaEpitácio Pessoa foi eleito no dia 13/05/1919, enquanto estava ainda em Paris. Quando retornou ao Brasil recebeu de Delfim Moreira o cargo de presidente, levando novamente Delfim Moreira para a vice-presidência.

Durante todo o curto mandato desenvolvendo a função de presidente, Delfim Moreira esteve acometido por uma doença que o deixava desconcentrado e desligado de suas tarefas. Na prática era o ministro Afrânio de Melo Franco quem tomava as decisões do governo. Mais tarde a doença o fez se recolher em Santa Rita do Sapucaí, MG, e por lá acabou falecendo no dia 01/07/1920, sem completar também o mandato de vice-presidente. Então uma nova eleição para preencher o cargo foi convocada e nela saiu vitorioso o senador mineiro Francisco Álvaro Bueno de Paiva.

Delfim Moreira foi homenageado com uma cidade em Minas Gerais que leva o seu nome.

Ministros
  • Agricultura, Indústria e Comércio: Antônio de Pádua Sales
  • Fazenda: Amaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque, João Ribeiro de Oliveira e Sousa
  • Guerra: general-de-brigada Alberto Cardoso de Aguiar
  • Justiça e Negócios Interiores: Amaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque (interino), Urbano Santos da Costa Araújo
  • Marinha: vice-almirante Antônio Coutinho Gomes Pereira
  • Relações Exteriores: Domício da Gama, Augusto Cochrane de Alencar (interino)
  • Viação e Obras Públicas: Afrânio de Melo Franco