Salomão Schvartzman

SALOMÃO SCHVARTZMAN
(88 anos)
Jornalista, Advogado e Sociólogo

☼ Niterói, RJ (04/06/1931)
┼ São Paulo, SP (06/07/2019)

Salomão Schvartzman foi um jornalista e sociólogo nascido em Niterói, RJ, no dia 04/06/1931.

Salomão Schvartzman começou como um repórter do jornal O Globo do Rio de Janeiro. Trabalhou também na Rádio Globo, tendo coberto inclusive o julgamento do nazista Adolph Eichman em 1961.

Salomão Schvartzman graduou-se em Ciências Políticas e Sociais em 1983 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

Em seguida, trabalhou na revista Manchete, tendo sido chefe da sucursal paulista da revista. Posteriormente, foi âncora do programa "Frente a Frente" da TV Manchete durante onze anos. Também apresentava, na mesma emissora, o programa "Momento Econômico" e o musical "Clássicos em Manchete".

Em 2000, após o fim da Rede Manchete, Salomão Schvartzman transferiu-se para a Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura e pelas rádios Cultura AM e FM. Na Cultura FM, apresentou durante sete anos o programa "Diário da Manhã". Saiu da emissora em 2007, indo logo em sequência para a rádio Scalla FM de São Paulo, onde seguiu apresentando o "Diário da Manhã". Porém, a emissora saiu da cidade e Salomão Schvartzman também saiu da emissora. Posteriormente, passou a atuar na rádio BandNews FM como um colunista e cronista.


Em outubro de 2013, Salomão Schvartzman voltou a apresentar o "Diário da Manhã" na rádio Cultura FM além de seguir com seus programas nas rádios BandNews FM e Bandeirantes.

Salomão Schvartzman apresentou no canal por assinatura Arte 1 o programa "Arte 1 In Concert" além de ser a voz padrão da emissora, e apresentou no canal BandNews o programa "Salomão:" (lê-se "Salomão Dois Pontos").

Salomão Schvartzman participou do documentário poético "Memória de Rio", sob direção do cineasta Roney Freitas e produção da Superfilmes Cinematográfica, em que faz uma meditação sobre o Rio Tietê na cidade de São Paulo.

Ao longo de sua carreira, Salomão Schvartzman sempre finalizava seus programas com o bordão "Seja feliz!".

Salomão Schvartzman recebeu menção honrosa do Prêmio Esso com a matéria "Doca Doca: Por Que Mataria a Mulher Que Amava?", sobre o caso Ângela Diniz, socialite assassinada em 1976, publicada na revista Manchete.

Salomão Schvartzman foi ainda conselheiro do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

De família judaica, - o seu avô e os tios maternos morreram no campo de extermínio alemão de Auschwitz, na Polônia -, era crítico do antissemitismo e abordava, em seus trabalhos, as discussões sobre Israel.

Morte

Salomão Schvartzman faleceu na na manhã de sábado, 06/07/2019, aos 83 anos, em São Paulo, SP. Ele teve a morte declarada às 11h35, logo depois de dar entrada no pronto atendimento do Hospital Albert Einstein. O hospital confirmou a morte do jornalista, mas não informou a causa.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #SalomaoSchvartzman

Zé do Prato

JOSÉ ANTÔNIO DE SOUZA
(43 anos)
Locutor de Rodeio

☼ Regente Feijó, SP (29/04/1948)
┼ São Paulo, SP (27/01/1992)

José Antônio de Souza, mais conhecido como Zé do Prato, foi um locutor de rodeios, nascido em Regente Feijó, SP, no dia 29/04/1948.

Zé do Prato é considerado o maior locutor de rodeio de todos os tempos e um dos mais requisitados às locuções de rodeios em todo país, tendo sido contemplado com inúmeros prêmios, troféus e medalhas.

Zé do Prato foi coroinha na Igreja Matriz de Regente Feijó, trabalhou na lavoura quando pequeno, em uma auto elétrica e participou da fanfarra da escola em que estudava. Como tocava prato, recebeu o apelido de Zé do Prato, já que existiam também outros Josés na formação.

Zé do Prato foi técnico de som na Rádio Regente, em Regente Feijó. Desempenhou, na mesma cidade, a função de sonoplasta e locutor na radio difusora AM 1580 kHz, que lhe permitiu que ensaiasse um palavreado como locutor sertanejo, brincando sempre como se estivesse fazendo um programa.

Até que um dia surgiu a oportunidade de fazer um programa e Zé do Prato começou a apresentar o programa sertanejo "Ranchinho da Amizade".

Anos mais tarde, foi eleito vereador de sua cidade, entre 1973 e 1977, quando já integrava a Cia. Rodeios Marca Estrela, animando as maiores festas do Brasil, que hoje são as festas de Americana, Colorado, Indaiatuba e Aparecida do Taboado.


Segundo Valter Bonfíglio, foi a partir dos anos 80 que o nome de Zé do Prato ganhou projeção nacional. A história contada por Valter Bonfíglio, parceiro de muitos anos do locutor, é que em 1979, durante a Festa do Peão de Barretos (a última narrada por Zé do Prato, de apenas três), eles se conheceram.
"Eu me aproximei da cabininha de locutor e disse que queria conversar. Mas como o Zé estava de saída para participar do filme 'Estrada da Vida', com o Milionário e José Rico, essa conversa só aconteceu em Avaré, dias depois!"
(Valter Bonfíglio)

Naquela ocasião, Zé do Prato pertencia a Cia. Rodeios Marca Estrela, de propriedade do conterrâneo Jorge dos Santos. Um ano depois, o locutor foi para Tanquinho participar da festa de peão. Aconteceu então a união de Jorge do Santos na tropa, equipamentos de áudio de Chiquito SomValter Bonfíglio nos fogos de artifício. "Unimos tudo e começamos a percorrer o Brasil", disse Valter Bonfíglio.

No começo da jornada, o trajeto de Zé do PratoValter Bonfíglio acontecia num antigo Corcel II, que por incrível que pareça sobreviveu aproximadamente por cinco anos a estradas de terra e em mão única.
"Depois ele ganhou um pouco mais de fama e já contratou um motorista particular. E também aprimorou o sistema de som. Até 1980 a aparelhagem era péssima, usavam um toca-fitas de pilha, que era pendurado por uma alça ao braço. Depois vieram as caixas de som, as mesas que o ajudou muito, melhorando cada vez mais sua voz!" 

Segundo Valter Bonfíglio, Zé do Prato era uma pessoa carismática com o público, por isso conquistou todos por onde passou. Era uma espécie de profeta dos rodeios. Zé do Prato dizia que se um dia a televisão entrasse nos rodeios, eles perderiam sua essência. E isso acontece hoje, as festas de peão viraram shows, as pessoas não frequentam por causa da montaria ou pela locução, mas por causa das atrações. Zé do Prato dizia que queria parar antes de ver isso acontecer e que seu sonho era parar no auge, e ele conseguiu.

O sucesso do rodeio no Brasil, deveu-se ao Zé do Prato. Ele conquistou o povo brasileiro e fez com que aprendessem a admirar o rodeio. A maneira de falar, o jeito de brincar e fazer amizade atraía grande público às arenas nas realizações dos espetáculos de rodeio.

Zé do Prato viveu em Piracicaba por muitos anos e dali se projetou nacionalmente. Num tempo em que as festas não possuíam megaestruturas, ele encantava o público simplesmente com sua voz e carisma, se tornando o precursor da locução com trilha sonora.

A história de Zé do Prato está preservada no Museu Nacional Zé do Prato, na Estância Casa de Pedra, na rodovia Piracicaba-Charqueada, no bairro Santa Luzia, em Charqueada, SP.


Devoto de Nossa Senhora, Zé do Prato tornou-se locutor de rodeios depois de ter passado por uma rádio em Regente Feijó. Na falta de recursos tecnológicos, ele andava com um gravador de fita K-7 a tiracolo, um arcaico microfone e duas cornetas, que durante as apresentações de rodeio eram improvisadas ao redor da arena.

Tradicionalmente, fazia a abertura com a oração da Ave Maria e arrancava lágrimas dos presentes com seus versos improvisados. Numa atitude corajosa, ele desbravou rincões Brasil afora e colecionou medalhas, prêmios, troféus e principalmente amigos.

Zé do Prato participou como um dos incentivadores da Festa do Peão de Americana, uma grande festa do peão do Brasil. Apresentou diversos rodeios, entre eles, na arena coberta do Rancho Quarto de Milha de Presidente Prudente, considerada a maior da América Latina.

Com sua estrondosa voz, difundiu ao país a expressão "Seguuuura, peãããão!!!" criada por ele, da qual dava garra aos peões e animava o público.

Em sua cidade natal, um estádio recebeu seu nome, onde realiza-se anualmente o Rodeio Zé do Prato, além de ter, também, emprestado seu nome a uma entidade ligada a rodeio da cidade de Cotia.

No Mato Grosso do Sul, em Cassilândia, foi construída uma estátua em sua homenagem, no portal de entrada do recinto de rodeio da cidade. De acordo com o portal da prefeitura daquele município, sua última narração aconteceu em 1991 e ele foi um dos primeiros locutores a atuar na festa. 

Morte

Em 27/12/1991, Zé do Prato foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde realizou uma cirurgia bem sucedida para sanar uma pancreatite. Durante a sua convalescença, inesperadamente foi acometido por uma infecção generalizada, falecendo na UTI para onde havia sido socorrido, no dia 27/01/1992, aos 43 anos.

Zé do Prato encontra-se sepultado na cidade de Piracicaba, SP.

Depois de sua morte, a esposa Áurea Bonfíglio procurou pela prefeitura de Regente Feijó para doar o acervo de troféus e pertences pessoais de Zé do Prato, mas se deparou com a falta de recursos financeiros da administração pública.

Sem essa possibilidade, ela sonhou em ver o museu em Piracicaba, mas os trâmites legais fizeram com que ela desistisse. Foi durante uma visita de Áurea à amiga de infância Salete Antonelli que surgiu a ideia de abrigar o museu no sítio em Charqueada.


Atualmente o espaço possui 200 peças catalogadas no Ministério da Cultura, conforme consta no ofício de 05/09/1997, afixado em um canto do museu.

"Um dos maiores presentes para mim foi o fato de Brasília ter reconhecido isso aqui como patrimônio histórico. E eu tomei este cuidado para que a memória do Zé do Prato seja preservada no futuro. A gente nunca sabe como vai ser o dia de amanhã e a geração futura precisa manter isso aqui!", cita Salete Antonelli, que ajudou na preservação dos objetos do locutor.

No museu estão cinzeiros, microfones, mesa de som com 12 canais, fivelas, botas, cintos, agenda e três imagens de Nossa Senhora Aparecida.

De acordo com Salete Antonelli, a devoção pela santa era tamanha que Zé do Prato andava com duas imagens em miniatura (que guardava no bolso do paletó e da calça) e outra um pouco maior que ficava sempre na mala de viagem e que depois era posicionada na cabeceira da cama de onde estivesse hospedado. 
"O Zé do Prato foi o maior astro que este rodeio já teve. Ele ganhou muito dinheiro com o rodeio. Recordo-me que certa vez a revista Veja fez uma reportagem comentando que o seu salário era maior que o do Gugu do SBT. Seu nome também foi parar no Guinness Book!"
(Salete Antonelli)

Fonte: WikipédiaJô Silvestre
#FamososQuePartiram #ZedoPrato

Duda Molinos

DUDA MOLINOS
(54 anos)
Cabeleireiro e Maquiador

☼ Porto Alegre, RS, (21/12/1964)
┼ São Paulo, SP (07/07/2019)

Duda Molinos foi um maquiador e cabeleireiro, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 21/12/1964.

Aos 13 anos, Duda Molinos começou a frequentar as aulas de desenho e pintura no ateliê de arte da prefeitura de Porto Alegre. De certa forma, o destino do artista se cumpriu e ele nunca mais se separou dos pincéis, esfuminhos e da aquarela.

Aos 14 anos já morava sozinho e seu primeiro emprego foi no salão de beleza Scalp, em Porto Alegre, onde foi responsável por todos os rostos com ares de vanguarda que passaram a desfilar pela cidade. Sua vocação estava firmada.

Duda Molinos estreou no Brasil na era dos profissionais de beleza muito talentosos e que ganharam status de celebridades. Comumente, ele aparecia em programas de TV e virou amigo de clientes como Ana Paula Arósio, Luana Piovani e Cláudia Raia. Foi pioneiro a lançar uma marca de maquiagem com o seu nome, que foi um enorme sucesso.

Munido de tesouras, pincéis de maquiagem e maleta de artes plásticas, em 1984 desembarcou no circuito de moda paulistano. Sua primeira grande criação em São Paulo foi com a modelo, então estreante, Cláudia Liz, fazendo seu cabelo e maquiagem para o clique do fotógrafo J.R. Duran, sob a coordenação de moda de Constanza Pascolato. A partir daí, Duda Molinos entrou de vez no circuito e assinou como coordenador de beleza os desfiles de Paco Rabanne, Pierre Cardin, Gaultier Jeans, Christian Dior, Christian Lacroix, Vivianne Westwood, Blue Marine e Sonia Rikiel realizados no Brasil.


Atualmente, Duda Molinos era presença certa na agenda de moda brasileira como criador de beleza para os desfiles dos principais estilistas nacionais, para as campanhas publicitárias das grifes de moda e beleza e para os editoriais de mídia impressa. Era considerado uma das maiores autoridades em beleza do país. Tanto que tinha a coluna Personalidades, na revista Quem Acontece, além de dar dicas de beleza no programa de televisão da Ana Maria Braga.

Um dos últimos eventos em que esteve presente foi o Make-up & Hair, no Iguatemi Collection, em Salvador, BA. Assinou o make-up dos desfiles da Eugênia Fleury em São Paulo, participou das edições do Fashion Rio no stande da L´Oreal, fez o cabelo e a maquiagem de 30 modelos para o VI Agulhas da Alta Moda Brasileira, assinou o make-up do desfile da Ellus, durante o SP Fashion Week e foi contratado pela TV Globo para assumir a composição visual do elenco do "Programa Fama".

Graças a este talento bem aproveitado, recebeu vários prêmios em sua carreira. Vencedor de quase todas as edições do Prêmio Avon Color de Maquiagem, foi o homenageado na primeira edição do Prêmio em 1995, foi vencedor em 1996, nas categorias Desfile, Eventos Promocionais, Midia Impressa Editorial e, em 1999, na categoria Vídeo Independente Profissional e Clipe e foi homenageado na edição do Avon Color em 2018 pelo conjunto de seu trabalho. Em 2019, recebeu uma homenagem especial dos organizadores.


Ainda em 2019, ganhou o Prêmio Abit de melhor maquiador. Tudo começou com o prêmio de melhor categoria Make Up que recebeu do concurso Phytoervas Fashion Awards de 1997/1998.

Em 2000, Duda Molinos lançou seu livro "Maquiagem", um marco na história da maquiagem no Brasil. Com 224 páginas, 117 fotos, 87 ilustrações, no formato 21cm x 21cm, editado pelo Senac São Paulo e custando R$ 45,00, o livro foi redigido por Leusa Araújo e apresenta para a mulher brasileira um guia prático que mostra as facilidades, truques e técnicas que uma boa maquiagem pode proporcionar, apresentando uma infinidade de novos produtos que a maioria ainda não teve a oportunidade de descobrir com a abertura do mercado de importados nos últimos três anos.

Quem já botou a cara à prova de seu talento acha impressionante a suavidade com que vai adicionando cores, sombras e traços muito sutis no rosto até fazer revelar uma beleza singular.

No lado pessoal, Duda Molinos quebra um pouco o espelho do que se espera de um maquiador e fala pouco, foge do telefone e não tem folga às segundas-feiras. Quem o vê sair de sua casa com um contêiner metálico de mais de 30 quilos abarrotados de pincéis, aquarelas, purpurinas e perucas não dúvida: tudo o que carrega ali dentro é talento, ouro em pó, que ele vai transformar em beleza no rosto das mulheres.

Duda Molinos foi jurado do programa "Brazil's Next Top Model" e curador de beleza do Movimento HotSpot.

Morte

Duda Molinos faleceu na manhã de domingo, 07/07/2019, em casa, na Bela Vista, região central de São Paulo, aos 54 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. De acordo com a assessoria, Duda Molinos enfrentou o câncer de garganta anos atrás, mas já estava 100% curado.

O velório aconteceu na manhã de segunda-feira, 08/07/2019, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, onde o corpo foi sepultado.

Fonte: WikipédiaMais Equilíbrio
#FamososQuePartiram #DudaMolinos