Barão de Serra Negra

FRANCISCO JOSÉ DA CONCEIÇÃO
(78 anos)
Fazendeiro e Político

* Fazenda Bom Jardim, Rio das Pedras (Piracicaba), SP (1822)
+ Fazenda Bom Jardim, Rio das Pedras (Piracicaba), SP (01/10/1900)

Primeiro e único Barão de Serra Negra, foi um fazendeiro e político brasileiro.

Era filho de Antônio José da Conceição e Rita Morato de Carvalho, sendo neto materno de Manuel Morato do Canto, tido como um dos fundadores modernos de Rio das Pedras. Descendia de Lemos Conde, descobridor das Minas de Paranaguá. Sua mãe era descendente de Amador Bueno de Ribeira, "O Aclamado".

Francisco José da Conceição foi cafeicultor destacado em Piracicaba, tendo sido o primeiro a introduzir aparelhos aperfeiçoados para beneficiar café e instrumentos aratórios na região. Também iniciou o plantio de algodão nesse município.

Foi fundador e benfeitor, em 1854, da Santa Casa de Misericórdia, à qual doou oitocentas ações de suas empresas. Também, nesta cidade, construiu o Hospício dos Alienados. Foi chefe do Partido Liberal. Ofereceu hospedagem por duas vezes, em 1877 e depois, ao Conde d'Eu, quando de sua visita a Piracicaba. Foi um dos incorporadores da Cia. de Navegação Fluvial a Vapor e um dos fundadores do Banco de Piracicaba.

Casou-se com Gertrudes Eufrosina da Rocha, filha do capitalista português Manuel da Rocha Garcia e de Ana Joquina do Amaral Rocha. Desta união, nasceram dez filhos:

  • João Batista da Rocha Conceição casado com Maria de Nazaré da Costa Pinto, filha do Conselheiro Antônio da Costa Pinto e de sua primeira mulher, Maria de Nazaré de Sousa Queirós;
  • Francisco Júlio da Conceição casado com Ana Monteiro de Barros, filha de Rodrigo Antônio Monteiro de Barros;
  • Antônio Augusto da Conceição casado com Laura Correia Pacheco, filha de Antônio Correia Pacheco;
  • Júlio Conceição, famoso botânico e orquidófilo, casado com Mariana de Freitas, natural de Santos;
  • Francisca Conceição casada com Adolfo Correia Dias;
  • Angelina Conceição casada com Torquato da Silva Leitão, médico e político de Piracicaba;
  • José da Conceição casado com Angelina da Silveira, filha do Comendador Joaquim da Silveira.

Título Nobiliárquico

Agraciado Barão, pelo Imperador Dom Pedro II, em 17 de maio de 1871.

Homenagem

O estádio municipal de Piracicaba chama-se Barão de Serra Negra, em sua homenagem. O estádio é o local onde o XV de Piracicaba manda seus jogos.

Fonte: Wikipédia

Olegário Maciel

OLEGÁRIO DIAS MACIEL
(77 anos)
Engenheiro e Político

* Bom Despacho, MG (08/10/1855)
+ Belo Horizonte, MG (05/09/1933)

Foi um dos líderes da Revolução de 1930 que conduziu Getúlio Vargas ao poder no Brasil.

Filho de Antônio Dias Maciel e Flaviana Rosa da Silva Maciel, iniciou seus estudos no Colégio do Caraça. Formou-se em Engenharia pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1878. Foi engenheiro superintendente da Companhia Belga da Estrada de Ferro Pitangui-Patos e também juiz de paz em Santo Antônio de Patos, atual Patos de Minas, MG.

O município vizinho de Patos de Minas passou a se chamar Presidente Olegário em homenagem à Olegário Maciel, que fora presidente da província de Minas Gerais no tempo da República Velha (1889-1930).

Atuação Política

Iniciou sua carreira política em Minas Gerais como deputado provincial pelo Partido Liberal entre 1880 e 1883. No início da República, elegeu-se deputado à Constituinte Mineira de 1891 a 1893. Foi eleito deputado federal pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) em 1894, iniciando ali um longo período de permanência na Câmara Federal, onde obteve sucessivos mandatos até 1911.

Permaneceu alguns anos afastados da política, exercendo os cargos de consultor técnico do Ministério de Viação e Obras Públicas e inspetor dos Serviços de Vias Férreas durante o governo de Venceslau Brás (1914-1918).

Retornou à política ao se eleger vice-presidente do estado de Minas Gerais para o período de 1922 a 1926 na chapa de Raul Soares de Moura, assumindo o governo de agosto a dezembro de 1924, em virtude da doença e morte de Raul Soares. Também em 1922, elegeu-se senador por Minas Gerais, permanecendo no cargo por oito anos.

Em 1930 foi indicado por Antônio Carlos Ribeiro de Andrada para sucedê-lo na presidência de Minas Gerais, elegeu-se e assumiu o cargo em 7 de setembro daquele ano. Assim como Antônio Carlos, que por temer a derrota adiou por muito tempo seu apoio ao movimento que pretendia depor o presidente Washington Luís, Olegário Maciel também hesitou inicialmente em colocar-se ao lado dos revolucionários.

Após algumas consultas ao ex-presidente Artur Bernardes, acabou por juntar-se aos estados do Rio Grande do Sul e da Paraíba, derrubando Washington Luís para evitar a posse de Júlio Prestes, que vencera a disputa pela Presidência da República travada com o candidato apoiado pela Aliança Liberal, Getúlio Vargas. O movimento saiu-se vitorioso e conduziu Getúlio Vargas à Presidência da República. Olegário Maciel foi o único dos presidentes estaduais a ser mantido em seu cargo, uma vez que, para os demais Estados, Getúlio Vargas nomeou interventores federais.

Olegário Maciel apoiou em Minas Gerais a formação de uma agremiação fascista, denominada Legião de Outubro, cujo objetivo era fortalecer o apoio ao novo regime, o que despertou a reação contrária de Artur Bernardes e seus seguidores dentro do Partido Republicano Mineiro.

Em agosto de 1931, Osvaldo Aranha tentou um golpe contra Olegário Maciel, no entanto a tentativa de afastá-lo do governo de Minas foi frustrada pela ação da Força Pública estadual, sob o comando de seu oficial-de-gabinete Gustavo Capanema.

Olegário Maciel tentou reunir as forças políticas mineiras no Partido Social Nacionalista, mas seus esforçoes não lograram êxito em razão do Movimento Constitucionalista deflagrado por São Paulo em 9 de julho de 1932. Se antes do conflito Olegário Maciel era entusiasta da reconstitucionalização do Brasil, após o levante paulista preferiu manter-se fiel ao governo federal, não apenas deslocando tropas de Minas Gerais para combates na divisa com São Paulo, como também punindo quem tentava dentro de Minas Gerais apoiar as ações paulistas, como era o caso de Artur Bernardes e Venceslau Brás.

Fundou em 1933 o Partido Progressista, vindo a falecer alguns meses depois.

Fonte: Wikipédia