Marisa Fully Coelho

MARISA FULLY COELHO
(36 anos)
Modelo, Atriz e Miss Brasil 1983

* Manhumirim, MG (1962)
+ Manhuaçu, MG (23/11/1998)

Marisa Fully Coelho foi uma modelo e atriz brasileira, eleita Miss Brasil em 11 de junho de 1983 no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, representando o estado de Minas Gerais. Para conquistar o título, ela derrotou outras 26 candidatas de todo o país.

Representante oficial do Brasil no concurso Miss Universo, realizado no dia 11 de julho de 1983 em St. Louis, Estados Unidos, ela não conseguiu se classificar entre as 12 semifinalistas do concurso, vencido pela neozelandesa Lorraine Downes.


O Caminho Para o Miss Brasil

Como Miss Minas Gerais, Marisa representou a cidade de Manhumirim, repetindo o feito de Monica Tanus Paixão, eleita em 1980. Não era a primeira vez que Marisa tentava ir para o Miss Brasil. Em 1979, perdeu o título de Miss Minas Gerais e, consequentemente, o direito de suceder outra mineira, Suzana Araújo dos Santos, na disputa do título nacional. O grande salto só ocorreria em maio de 1983, quando a candidata de Manhumirim arrebatou a coroa estadual num ginásio lotado da Associação Atlética Banco do Brasil, em Belo Horizonte.

No concurso municipal de 1979, Marisa sucedera a sua irmã Patrícia.


Miss Brasil 1983

No dia 11 de junho, Marisa disputou a 30ª edição do concurso de Miss Brasil, a terceira promovida pelo SBT. Nas provas de traje de gala, plástica e simpatia, a mineira perdeu para as candidatas de Mato Grosso do Sul, Denize Dermidjan, e do Rio Grande do Sul, Rejane Heiden, segunda e terceira colocadas no resultado final.

Na contagem de pontos, Marisa derrotou a candidata gaúcha por um ponto de diferença (96 a 95). Entre os jurados que elegeram a quarta Miss Brasil de Minas Gerais estavam personalidades como a apresentadora Xuxa e a vencedora do certame de 1981, Adriana Alves de Oliveira.

Concursos Internacionais

Antes de participar do Miss Universo 1983, Marisa representou o Brasil na primeira edição do concurso Miss Sudamérica (extinto), em Lima, Peru. Ficou em segundo lugar.


Carreira Artística e Compromissos

Após o concurso, Marisa participou de vários programas do SBT e chegou a atuar na novela "Vida Roubada" (1983), exibida pela rede paulista. Também foi jurada de algumas etapas estaduais do Miss Brasil 1984.

Vida Após o Reinado

No dia 2 de junho de 1984, Marisa passou o título para a paulista Ana Elisa Flores. Após o reinado, participou de júris de concursos de beleza em seu Estado e concedeu algumas entrevistas para emissoras locais. Dias antes de sua morte, Marisa planejava retornar às telenovelas e fazia cursos de interpretação.


Morte

No dia 23 de novembro de 1998, Marisa saiu da casa de uma de suas irmãs na cidade de Manhumirim, MG, com as filhas e retornava para a sua cidade de Manhuaçu, MG, quando o carro que dirigia, um Chevrolet S10, colidiu com um Chevrolet Kadett no trecho mineiro da rodovia BR-262. Marisa chegou a ser socorrida e removida para um hospital de Belo Horizonte, MG, mas já chegou sem vida, como noticiou o jornal Estado de Minas.

A morte interrompeu os planos de Marisa Fully Coelho em voltar a ser atriz. Ela deixou duas filhas: Paula, do casamento com Pedro, sobrinho do escritor Fernando Sabino, e Laura, com o compositor Carlos Colla. Marisa Fully Coelho foi enterrada em sua cidade natal.

O irônico é que, duas semanas antes, no enterro do amigo Nicolau Neto, o então coordenador do Miss Minas Gerais, Marisa deu sua última entrevista numa televisão, para o programa "Point", da TV Catuaí: "Eu só espero que Deus me deixe aqui quietinha porque ainda tenho muito o que fazer!".

Fonte: Wikipédia

Radamés Gnattali

RADAMÉS GNATTALI
(82 anos)
Compositor, Arranjador e Instrumentista

* Porto Alegre, RS (27/01/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (13/02/1988)

Radamés Gnattali estudou com Guilherme Fontainha no Conservatório de Porto Alegre, e na Escola Nacional de Música, com Agnelo França. Terminou o curso de piano em 1924 e fez concertos em várias capitais brasileiras, viajando também como violista do Quarteto Oswald, desde então passou a estudar composição e orquestração.

Em 1939 substituiu Pixinguinha como arranjador da gravadora RCA Victor. Durante trinta anos trabalhou como arranjador na Rádio Nacional. Foi o autor da parte orquestral de gravações célebres como a do cantor Orlando Silva para a música "Carinhoso", de Pixinguinha e João de Barro, ainda a famosa gravação original de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, ou de "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro. Esta última imortalizada na voz de Dick Farney.

Em 1960, Radamés Gnattali, embarcou para Europa, apresentando-se num sexteto que incluía acordeão, guitarra, bateria e contrabaixo.

Foi contemporâneo de compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de MedeirosPixinguinha. Na década de 70, Radamés Gnattali teve influência na composição de choros, incentivando jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento e Maurício Carrilho, e para a formação de grupos de choro como o Camerata Carioca. Nasceu assim uma amizade que gerou muitos encontros e parcerias. Em 1979 surgiu, no cenário da música instrumental, o conjunto de choro Camerata Carioca, tendo Radamés Gnattali como padrinho. Também compôs obras importantes para o violão, orquestra, concerto para piano e uma variedade de choros.

Radamés Gnattali foi parceiro de Tom Jobim. No seu círculo de amizades Tom Jobim, Cartola, Heitor Villa-LobosPixinguinha, Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Lorenzo Fernândez e Camargo Guarnieri. É autor do hino do Estado de Mato Grosso do Sul - a peça foi escolhida em concurso público nacional.

Em janeiro de 1983, recebeu o Prêmio Shell na categoria de música erudita. Na ocasião, foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. Em maio do mesmo ano, numa série de eventos em homenagem a Pixinguinha, Radamés Gnattali e Elizeth Cardoso apresentaram o recital "Uma Rosa Para Pixinguinha" e, em parceria com a Camerata Carioca, gravou o disco "Vivaldi e Pixinguinha".

A saúde começou a fraquejar em 1986, quando Radamés Gnattali sofreu um derrame que o deixou com o lado direito do corpo paralisado. Em 1988, em decorrência de problemas circulatórios, sofreu outro derrame, falecendo no dia 13 de fevereiro de 1988 na cidade do Rio de Janeiro.


Homenagem a Radamés

Em 2007 foi gravado um CD duplo com composições de Radamés Gnattali com patrocínio da Petrobras, "Retratos de Radamés" com os violonistas Edelton Gloeden e Paulo Porto Alegre.

Discografia

  • 1948 - A Saudade Mata a Gente / Copacabana - Fim de Semana em Paquetá
  • 1949 - Barqueiro do São Francisco / Um Cantinho e Você
  • 1949 - Isso é Brasil / Carinhoso
  • 1949 - Bate Papo / Caminho da Saudade
  • 1949 - Tico-Tico no Fubá / Fim de Tarde (Com o Quarteto Continental)
  • 1949 - Sempre Esperei Por Você / Remexendo (Com o Quarteto Continental)
  • 1950 - Onde Estás? / Tema (Vero e Seu Ritmo)
  • 1950 - Tocantins / Madrigal (Vero e Seu Ritmo)
  • 1952 - Mambolero / Improviso
  • 1953 - Fantasia Brasileira / Rapsódia Brasileira (Com Sua Orquestra)
  • 1982 - Tributo a Garoto (Com Raphael Rabello)

Principais Composições

  • 1944-1962 - Brasilianas nº 1,2,3,6,9 e 10
  • 1963 - Concertos Para Piano e Orquestra nº 1,2 e 3
  • 1941 - Concerto Para Violoncelo e Orquestra
  • 1960 - Concerto para Harmônica de Boca
  • Hino do Estado do Mato Grosso do Sul
  • 10 Estudos Para Violão

Fonte: Wikipédia