Carmen Silva

CARMEN SEBASTIANA SILVA DE JESUS
(71 anos)
Cantora

☼ Veríssimo, MG (22/03/1945)
┼ São Paulo, SP (26/09/2016)

Carmen Sebastiana Silva de Jesus é o nome da cantora brasileira Carmen Silva, também conhecida carinhosamente pelos fãs como A Pérola Negra. Natural de Veríssimo, cidade do Triângulo Mineiro, Carmen Sebastiana Silva de Jesus trabalhava na juventude como babá e empregada doméstica, mas tinha o sonho de ser cantora. Determinada com essa meta, ela passou a participar de programas de calouros.

Iniciou a carreira artística participando de programas de calouros. Venceu o concurso "Um Cantor Por Um Milhão, Um Milhão Por Uma Canção", da TV Record, no final da década de 1960. Recebeu convite da RCA Victor para gravar um compacto simples, que a lançaria para o sucesso com a música "Adeus Solidão", uma versão de Newton Miranda, para a canção "Picking Up Pebbles", de Custis.

Em 1970, "Adeus Solidão" fez parte do LP "O Mundo Colorido da RCA", que a gravadora RCA Victor lançou com a participação de diversos artistas, entre os quais Nelson Gonçalves, Vanusa e Martinho da Vila.

Contratada pela RCA Victor lançou LP em 1971 com as músicas "Goodbye Adiós Adieu Arrivederci" (César e Antônio Queiroz), faixa que contou com a participação especial do apresentador Silvio Santos, "As Estradas do Mundo" (Geraldo Nunes), "O Emigrante" (M. Albertina e J. Guimarães), "Perdão Amor" (Jair Gonçalves), "Eu Não Vou Mais Amar Ninguém" (Dom e Ravel), "Vivo de Esperança" (Anastácia e Dominguinhos), além de mais seis versões de músicas estrangeiras como "Tenho Saudade (Teño Saudade)" (Barro e Alcalá), e "Quando Você Me Deixou (On Laisse Tous Un Jour)" (Fugain, Auffray e Buggy), ambas com versões de Sebastião Ferreira da Silva, "Domingo de Solidão (Sunday Mornin' Comin' Down)" (Kristofferson), versão de Elzo Augusto, "Um Novo Dia Nascerá (Und Wenn Ein Neuer Tag Erwacht)" (Bruhn e Loose), "Diga Diga Diga (Well I Did)" (Reed e Stephens), ambas com versões de George Freedman, e "O Fim (The End)" (Erondes e Jacobson), versão de Mauro Sérgio.


Em 1973 lançou o LP "A Pérola Negra", no qual interpretou "Quatro Horas da Manhã", versão de Marcelo Duran, para a canção "It's Four In The Morning" (J. Chesnut), "Eu Preciso de Você" (Carlos Mendes), "Nossos Caminhos" (Ted Moreno e Ramon Villa), "Rancho de Amor e Fé" (Elzo Augusto e Carlos Mendes), "Não Vou Chorar" (Geraldo Nunes e B. Barbosa), "Eu Posso Não Prestar Mas Eu Te Amo" (Clayton), "Muito Prazer Em Conhecê-lo" (Osmar Navarro), "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim" (Rosângela), "Se Você Soubesse" (Portinho e Wilson Falcão), "Leva Eu "Sodade" (Tito Neto e Alventino Cavalcanti), "Não Vou Deixar Você Fugir de Mim" (N. Orlando e Carlos Mendes), e "Deixe Ele Ir" (Monalisa e Carlos Mendes).

Em 1974, lançou o LP "Cantem Comigo", que incluiu o clássico da música sertaneja "Saudades de Matão" (Raul Torres, Jorge Galati e Antenógenes Silva), as versões dos boleros "Canta Comigo" (P. Herrero e J. L. Armenteros), "Mentiras Nada Mais" (Palito Ortega e L. Fransen), "Recordar" (R. Prado), "Não Me Mates de Amor Coração" (J. Jiménez), "Me Caso Sábado, Perdôa-me (Me Caso El Sabado)" (D. Ramos e Carmen Silva), e "Eu Morro Por Estar Contigo (Me Muero Por Estar Contigo)" (P. Villar), todos com versões de Osmar Navarro, além das músicas "Amor Estou Lhe Chamando" (Carlos Mendes e N. Orlando), "Perdoa" (R. Self e D. Albritten), versão de Marcelo Duran, "Não Sou Mais Teu Amor" (Carlos Mendes e Marinah), "Lá No Céu" (Robin e D. Teixeira), e "Amor Com Amor Se Paga" (Luis Wanderley e Kátia). Nesse ano, fez sucesso com a música "Concerto Para Um Verão", lançada em compacto. Participou ainda do LP "Canções Para Dizer Te Amo", da RCA Victor, com a música "Foi Deus Que Mandou Você Pra Mim", e do LP "Fantásticos - Volume 2", também da RCA Victor, interpretando "A Canção Que Eu Fiz", versão de Rossini Pinto para "Song For Anna" (André Popp e J. Massoulier).

Em 1975 participou do LP "Fantásticos - Volume 4", da RCA Victor, com a interpretação do bolero "Amor Estou Lhe Chamando" (C. Mendes e N. Orlando).

Em 1976 fez grande sucesso com a música "Meu Velho Pai", de autoria do ídolo sertanejo Léo Canhoto, em disco que incluiu ainda as músicas "Lágrimas de Felicidade" (Carlos Mendes e Pardal), "Você Nasceu Pra Mim" (Carlos Mendes e Pardal), "Quero Me Casar Com Você" (Carlos Mendes e Pardal), "Volta" (Monalisa e Marco César), "Que Deus Proteja o Nosso Amor" (Pepe Ávila), "Amor Sem Fronteiras" (Tony Damito), "Chore Baixinho" (Rosângela e Sebastião Ferreira), "Quero Porque Quero" (Artulio Reis e Monalisa), "Quando Estou Junto a Ti (Jader Hat Seine Traume)" (Hoier, O'Brien, Docker e Heilburg), versão do pianista argentino Muraro, além do clássico samba-canção "Cinco Letras Que Choram (Adeus)" (Silvino Neto), e "Coração Solitário", uma versão de Osmar Navarro para o bolero "Corazon Solitário" (H. Menezes). Nesse ano, então em pleno sucesso, participou de duas coletâneas da RCA Victor: "O Melhor do Bataclan", com a música "Concerto Para Um Verão", e do disco "Fantásticos - Volume 5", com a interpretação de "Lágrimas de Felicidade".


Em 1977, lançou seu quinto LP, novamente com prioridade para canções românticas, com destaque para as músicas "Poema dos Cabelos Brancos (Tesouro da Minha Vida)" (Gordurinha), "Mais Uma Lição" (Nonô Basílio), "A Colina do Amor" (Léo Canhoto), "Além de Tudo" (Dora Lopes e Aloísio), "Quero Ser Sua Mulher" (Arthur Moreira), "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), "Ajude-me a Passar a Noite (Ayudame a Pasar La Noche)" (M. Alejandro e A. Magdalena), versão de Rosa Maria, "A Louca (De Amor Para Dar)" (Pety Ávila), "Vou Dar Um Jeito na Vida" (Ronaldo Adriano e Mourão Filho), "Ai Não Digas (Ay No Digas)" (C. Montez e B. Meshel), versão de Muraro, "O Mar (Le Concerto de La Mer)" (O. Toussaint e F. Lecoultre), versão de Jean Pierre, e "Pouco Me Importa" (L. Almeida e Bady). Nesse ano fez sucesso com a música "Eu Sou Feliz Porque Te Amo" (Clayton), incluída na coletânea "Carlos Aguiar Apresenta as Preferidas do Show da Viola", da RCA Camden, organizada pelo radialista Carlos Aguiar.

Em 1979, tendo grande sucesso com apresentações em programas de rádio e televisão, além de diversos shows, lançou dois LPs. Do primeiro, intitulado "Eu Sempre Vou Te Amar", o grande sucesso foi a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima), e versões de boleros como "Entre a Recordação e o Esquecimento" (J. L. Armenteros e P. Herrero), e "Se Amanhece" (A. Magdalena e M. Alejandro), em versões de Osmar Navarro, "Se a Noite Daquela Noite Voltasse" (A. Magdalena e M. Alejandro), versão de Zé Homero, "Estou de Novo Só" (W. Theunissen), "Adeus Amor" (Christian Bruhn e Georg Buschor), "Choraras" (D. Amaya e J. Amaya), em versões de Arthur Moreira, "Possessivo Amor" (Majó), "Segura na Mão de Deus" (Autor Desconhecido), "Acordo de Paz" (Hébano e Louzada), "Amor Sincero" (Carlos Mendes e Pardal) e "Ainda Te Amo" (Ítalo do Nascimento). O outro LP, lançado no mesmo ano, foi "Alma Latina". Este disco foi gravado com o cantor Lindomar Castilho, que interpretou com Carmen Silva doze clássicos da música romântica latino americana, onze delas em versões, com exceção de "Proposta" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). As versões foram "Jura-me" (Maria Grever e Fernando Adour), "História De Um Amor" (Carlos Almarán e Édson Borges), "Não Me Mates De Amor Coração" (José A. JimenezOsmar Navarro), "Esta Tarde Vi Chover" (Armando Manzanero e J. Barroso), "Alma Latina" (Pedro Elias GutierrezOsmar Navarro), "Solamente Uma Vez" (Agustin Lara e Waldomiro Bariani Ortêncio), "O Dia Que Me Querias" (Carlos Gardel, Alfredo Le Pera e Haroldo Barbosa), "Contigo Aprendi" (Armando Manzanero e Nazareno de Brito), "Caminito" (Juan de Dios Filiberto, Gabino Coria Peñaloza e Mauro Pires), "Deus Te Acompanhe" (Larry Russel, Inez James, Buddy Pipper e Joubert de Carvalho), e "Maria Bonita" (Agustin Lara e Giuseppe Ghiaroni).

Em 1980 lançou o LP "Apaixonada", com as músicas "Avião Das Nove" (Praense e Ado), "Tango Triste" (Osvaldo de Souza e Haroldo José), "Se o Povo Rezasse" (Osmar Navarro e Arthur Moreira), "Serenata" (Amado Batista e José Fernandes Santos), "Velha Saudade" (Tulio Pereira), "Manhã Sem Aurora" (Carlos César e José Fortuna), "A Canção Que Eu Dedico a Você" (Nelson Ned), "Lar Doce Lar" (Nelson Ned), "Vamos Juntos" (Pepe Ávila), "Dói Coração" (Baltazar da Silva e Jardel), "Sorriso Mudo" (Baltazar da Silva e Jardel), "Tu Me Deste Amor Tu Me Deste Fé" (E. Franco e Marmy), versão de Florêncio Peixoto. Nesse ano fez sucesso com a guarânia "Espinho Na Cama" (Praense e Compadre Lima).


Em 1981, completando dez anos de RCA Victor, lançou o LP "Momentos De Amor", que incluiu as seguintes versões de boleros: "Ansiedade (Ansiedad de Besarte)" (José Enrique Sarabia Rodriguez), versão do cantor, compositor e produtor sertanejo Palmeira, "Aqueles Olhos Verdes (Aquellos Ojos Verdes)" (M. Menendez e A. Utrera), versão de João de Barro, o popular Braguinha, além das composições "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Oliveira), "Esquina do Adeus" (Goiá), "Daí-nos a Benção" (Domínio Público), "Os Verdes Campos Da Minha Terra (Green Green Grass Of Home)" (Putman), versão de Geraldo Figueiredo, "Pais e Filhos" (Marciano e Darci Rossi), "Doce Mãezinha" (Jean PierreOsmar Navarro), em faixa que contou com a participação de Dominguinhos, "Seria Tão Diferente" (Adelino Moreira e Toni Luna), "Recordação" (Godoy Simões, Tony Dim e M. Pires), "Você Me Paga (The Wanderer)" (G. Moroder e Donna Summer), versão de Arthur Moreira, e o clássico bolero "Que Será" (Marino Pinto e Mário Rossi).

Em 1982, gravou um LP no qual não apareceram as tradicionais versões de boleros, mais composições de muitos novos autores mesclados com obras de compositores já tradicionalmente gravados por ela, como Osmar Navarro. Estão presentes nesse disco as músicas "29 Anos" (Arthur Moreira e Sebastião Ferreira da Silva), "Alvorada" (Geraldo Nunes e Devanir), "Gotinha D'água" (Zamba e Serrana), "Casinha" (S. Rodrigues), "Meu Martírio" (Sergio Velazquez e Arnaldo Diniz), "Meu Natal Sem Mamãe" (Goiá e S. Aurélio), "Quarto Vizinho" (Peão Carreiro e Praense), "Tu Vais Conseguir" (Aniano AlcaldeOsmar Navarro), "Não Vou Mais Fazer Charminho" (Osmar Navarro), "O Milagre Do Sonho" (Vera Liz e Domingos Santos), "Canta Violeiro" (Elena de Grammont), "Festa dos Arrombas" (Hélio Rocha e Daniel Santos), e "Quem Ama Sente Saudade" (Jair dos Santos e Télio Dutra).

Em 1984, gravou, pelo selo RCA Camden, aquele que seria o último disco pela gravadora. Nele, interpreta as músicas "O Amor É Um Bichinho" (Edelson Moura e Geraldo Nunes), "Nunca Mais" (Ed Wilson), "Olha o Vira" (Sócrates), "Violeta Solitária" (Meirecler), "Coração Machucado" (Meirecler), "Guitarras Tristes" (Meirecler), "Saudade Danada" (Ringo), "Aqui é o Teu Lugar" (Julio César e Rodrigo Otávio), "O Primeiro Trem" (Thiago e O. Lacerda), "Se Não Fosse Por Amor" (Deny e Dino), "Remelexo" (Wera Liz e Hélio Alves) e "Coração e Cama" (Clayton).

Em 1985, foi contratada pela RGE e lançou o LP "Fofurinha", cuja música título, de autoria de Edelson Moura, seria um de seus maiores sucessos. Desse disco fizeram parte ainda as músicas "O Destino Nos Separou" (Negro Cosmo e Geraldo Nunes), faixa que contou com a participação especial da dupla sertaneja Chrystian & Ralf, "Sempre Juntos" (Deny), "Te Amo Te Amo (Habana de Cuba)" (Pepe Ávila), "Do Seu Mundo Fiz o Meu" (Meirecler), "Retalhos De Amor" (José Fortuna), "É Sempre Um Começo" (Martinha e César Augusto), "Tremelique" (Geraldo Nunes), "Motivação" (Cecílio Nena e Nicéas Drumont), "Ai Que Beijo Bom" (Ed Wilson), "Vem Meu Amor (Ou a Saudade Me Mata)" (Zé Maria e Geraldo Nunes) e "A Felicidade Existe" (Sócrates e Geraldo Nunes).


A gravação de "Fofurinha" foi incluída no LP "14 + Populares", da Som Livre, lançado em 1986.

Seu disco seguinte foi lançado em 1987, teve como sucessos as músicas "Ave Sem Ninho" (Tony Damito), "Sapequinha" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Como é Facil Dizer Te Amo" (Ed Wilson e Cury), "Sofrendo Demais" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Abandono" (Geraldo Nunes e Devanir), "Beco Sem Saída" (Geraldo Nunes e Raquel di César), "Nosso Amor Está Por Um Triz" (Meirecler e Rita Carvalho), "Travesseiro Amigo" (Meirecler), "Acostumado Com Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "A Saudade Doeu" (Edelson Moura), e "Saudade Me Deixe Em Paz" (Everaldo Ferraz e Neusinha). No mesmo ano, sua interpretação de "Nosso Amor Está Por Um Triz" foi incluída no LP "O Fino do Brega" da RGE.

Em 1988, gravou as músicas "O Último Julgamento" (Léo Canhoto), "Festa de Aniversário" (Carlos Colla e Chico Roque), "A Dor Do Amor" (Jotha Luis e Benedito Seviero), "Venerão Rasgado" (Joel Marques e Jotha Luis), "Paixão Infinita" (Edelson Moura), "Trem Bom Danado" (Tony Damito e Aline), "Coração Ferido" (Negro Cosmo), "Prece" (Meirecler), "Fotografia" (Meirecler), "Para Mim e Mais Ninguém" (Pedro Jardim M. Perez) e "Como Vou Viver Sem Você" (Gilson e Joran). Nesse ano, fez uma participação especial no LP do cantor Carlos Alexandre, pela gravadora RGE, interpretando com ele a música "Encanto e Magia" (Mário Maranhão e Tivas).

Em 1989, lançou o LP "Tempero Bom", no qual interpretou duas composições de Elias Muniz: "Tempero Bom" e "Mistério", além de outras composições de autores costumeiramente gravados por ela como "Prisioneiro Do Amor" (Negro Cosmo e Rita Carvalho), "Nunca Mais Solidão" (Meirecler e Rita Carvalho) e "Amigos Nada Mais" (Meirecler). Gravou também "Chorando Na Estação" (Tony Damito e Miro Alves), "É Tudo Um Sonho" (Everaldo Ferraz e Martins Neto), "Em Mãos" (Carlos Rian e Genival Melo), "Sonhei Com Você" (Vicente Dias e José Rico), "Que Saudade De Você" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Coração Acelerado" (Everaldo Ferraz e Neusinha) e "Diga Diga" (Lou Reed e G. Stephens), versão de Jorge Freedam.


Em seu LP de 1990, que levou seu nome como título, teve destaque o compositor Elias Muniz, que assinou cinco das 12 músicas: "Ai Saudade", "Chora Meu Coração", "Dor Bandida", e duas versões, "Baile na Fazenda (Badjo na Fazenda)" (P. Rodrigues) e "Minha Doce Loucura (Bia Lulucha" (Domínio Público). O disco apresentou ainda as músicas "Personagem" (Mauro Motta e Carlos Colla), "A Saudade Faz Sofrer" (Everaldo Ferraz e Neusinha), "Seu Lugar é Aqui" (Nicéas Drumont e Cecílio Nena), "Onde Andará Você" (Alípio Martins e Jesus Couto), "Noites Sem Você" (Lonely Nights)" (A. May), versão de Osmar Navarro, "Na Mesma Moeda" (Edinho da Mata e Luci Martins) e "Deixa o Tempo Passar" (Amado Batista e Reginaldo Sodré).

Em 1992, lançou seu último LP pela RGE, intitulado "Se Você Quer Amor", no qual se destacaram músicas de compositores ligados ao universo sertanejo, muito ouvidos naquele momento, como Elias Munis, Tivas, Fátima Leão, Carlos Randall, e Carlos Colla. Desses autores estão presentes no disco as composições: "Não Judia Não" (Elias Muniz), "Não Vai Ser Fácil Não" (Elias Muniz e Fátima Leão), "Sem Fingir" (Tivas e Rocky), "Cuidado Meu Amor" (Marcos Valle e Carlos Colla), "Não Vire As Costas Pro Nosso Amor" (Jefferson Farias e Carlos Randall), "Ser Tua Namorada" (Geraldo Nunes e Antônio Queiroz) e "Formiguinha" (Geraldo Nunes e Edelson Moura).

Ao longo de sua carreira foi agraciada com os Troféu Roquete Pinto e Troféu Chico Viola.

Em 1996, com declínio de sucesso, entrou em longa crise depressiva que a levou a mudar radicalmente de vida e abraçar a religião evangélica. Começou então nova carreira, tornando-se cantora gospel.


Com problemas emocionais e familiares, envolvida com religiões, sem achar o caminho para a felicidade, Carmen Silva não via saída para sua vida tão atribulada, até que uma viagem para os Estados Unidos mudou a sua história. 

Aproveitando a passagem por aquele país, Carmen Silva decidiu visitar a filha, Karla, que mora nos Estados Unidos. Vendo a aflição da mãe, Karla a convidou para assistir a um culto na igreja que frequentava. Naquele dia, Carmen Silva aceitou a Cristo e iniciou uma nova vida.

Sua carreira gospel começou em 2001, quando foi convidada pelo Missionário R.R. Soares para fazer parte do cast da gravadora Graça Music. O primeiro CD vendeu mais de 100 mil cópias, garantindo à cantora Disco de Ouro pelo trabalho.

Em 2004, Carmen Silva gravou seu segundo álbum, com músicas de sua autoria e em parceria com uma grande amiga, a irmã Meirecler

Em 2008, Carmen Silva voltou a gravar um CD com músicas inéditas, matando as saudades daqueles que admiram seu talento e ministério. Em "Minhas Canções Na Voz de Carmen Silva", cujas músicas são de autoria do Missionário R.R. Soares, a cantora mostra todo seu potencial vocal e bela interpretação nas 12 faixas que compõem o disco. Destaque para "Deus Vai Cuidar De Mim" e "Contrato Fechado", música de trabalho do CD. 

Ao longo da carreira lançou mais de 20 discos individuais, entre LPs e compactos pela RCA Victor e RGE, além de participar de mais de 25 coletâneas de sucessos.

Seus maiores sucessos foram as músicas "Adeus Solidão", "Fofurinha", "Sapequinha", "Espinho Na Cama", "Fotografia", "Amor Com Amor Se Paga", "Meu Velho Pai" e "Ser Sua Namorada".

Morte

Carmen Silva faleceu na manhã de segunda-feira, 26/09/2016, aos 71 anos, em São Paulo, SP, informou a assessoria de imprensa do Hospital Presidente. Ela teve insuficiência cardíaca por conta de uma embolia pulmonar e estava internada desde o dia 14/09/2016.

Discografia

  • 2008 - Minhas Canções na Voz de Carmen Silva (Graça Music)
  • 2004 - Carmen Silva: Volume II (Graça Music)
  • 2002 - Carmen Silva: Volume I (Graça Music)
  • 1992 - Se Você Quer Amor (RGE)
  • 1990 - Carmen Silva (RGE)
  • 1989 - Tempero Bom (RGE)
  • 1988 - Carmen Silva (RGE)
  • 1987 - Carmen Silva (RGE)
  • 1985 - Fofurinha (RGE)
  • 1984 - Carmen Silva (RCA Camden)
  • 1982 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1981 - Momentos de Amor (RCA Victor)
  • 1980 - Apaixonada (RCA Victor)
  • 1979 - Eu Sempre Vou Te Amar (RCA Victor)
  • 1979 - Alma Latina - Carmen Silva e Lindomar Castilho (RCA Victor)
  • 1977 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1976 - Carmen Silva (RCA Victor)
  • 1974 - Cantem Comigo (RCA Victor)
  • 1973 - A Pérola Negra (RCA Victor)
  • 1971 - Carmen Silva (RCA Victor)

Indicação: Miguel Sampaio

Chica Lopes

FRANCISCA DA CONCEIÇÃO LOPES DE OLIVEIRA
(90 anos)
Atriz

☼ São Carlos, SP (08/12/1925)
┼ São Paulo, SP (10/09/2016)

Francisca da Conceição Lopes de Oliveira, mais conhecida como Chica Lopes, foi uma atriz brasileira nascida em São Carlos, SP, no dia 08/12/1925.

Começou a carreira no teatro em 1950 e estreou na televisão em 1975 no episódio do "Teleteatro" (A Cama). 

Em 1976 fez sua primeira novela, "O Julgamento" na TV Tupi. No mesmo canal, fez "Éramos Seis" (1977), "Roda de Fogo" (1978) e "O Direito de Nascer" (1978).

Ficou conhecida pela personagem Durvalina na novela "Éramos Seis". Quando o SBT fez outra versão da trama em 1994, Chica Lopes foi chamada pela emissora para o mesmo papel.

Em 1981, Chica Lopes foi trabalhar na TV Bandeirantes, onde atuou na novela "Os Imigrantes".

Em 1994, voltou à TV na segunda versão de "Éramos Seis", no SBT. Na emissora, fez ainda "Sangue do Meu Sangue" (1995), "Os Ossos do Barão" (1997), "Pícara Sonhadora" (2001), "Marisol" (2002) e "Jamais Te Esquecerei" (2003).

Atuou também na segunda versão de "A Escrava Isaura" em 2004 na Rede Record, interpretando a escrava Joaquina, conselheira da protagonista Isaura, personagem de Bianca Rinaldi. Dois anos depois, fez "Cristal", novamente no SBT.

No cinema, Chica Lopes atuou em vários filmes entre eles destacam-se "Tiradentes, o Mártir da Independência" (1976), seu primeiro longa e "Cafundó" (2005).

Em 25/11/2005, recebeu o Prêmio Zumbi dos Palmares, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Durante a Semana da Cultura Negra, foi considerada uma das principais representantes da raça na televisão brasileira.

Chica Lopes na novela "Cristal", do SBT.
Morte

Chica Lopes morreu no sábado, 10/09/2016, aos 86 anos de idade, em São Paulo, SP, mas a notícia só veio à público em 21/09/2016, quando a também atriz Jussara Freire, informou a notícia em seu perfil no Facebook. A causa da morte não foi divulgada.

Na postagem, Jussara Freire homenageou a amiga com quem contracenou em diversas emissoras.

"R I P Chica Lopes. Nossa querida e amiga de tantas novelas. A amada Durvalina, das 2 versões de 'Éramos Seis', foi chamada para habitar outra constelação. Fica homenagens e muito carinho. Muito, muito obrigada querida Chica"
(Jussara Freire)

Chica Lopes morava no bairro Santa Felícia, era viúva e tinha uma filha. Ela foi enterrada no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Chica Lopes e Patrícia França na novela "A Escrava Isaura", da Rede Record.
Trabalhos

Televisão
  • 2016 - Êta Mundo Bom ... Criada - Participação (Globo)
  • 2006 - Cristal ... Balbina (SBT)
  • 2004 - A Escrava Isaura ... Joaquina (Record)
  • 2003 - Jamais Te Esquecerei ... Irmã Margarida (SBT)
  • 2002 - Marisol  ... Dolores (SBT)
  • 2001 - Pícara Sonhadora ... Luzia (SBT)
  • 1997 - Os Ossos do Barão ... Marlene (SBT)
  • 1995 - Sangue do Meu Sangue ... Bentinha (SBT)
  • 1994 - Éramos Seis ... Durvalina (SBT)
  • 1981 - Os Imigrantes ... Dora (Bandeirantes)
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Tina (Tupi)
  • 1978 - Roda de Fogo ... Rosa (Tupi)
  • 1977 - Éramos Seis ... Durvalina (Tupi)
  • 1976 - O Julgamento ... Elvira (Tupi)
  • 1975 - Teleteatro ... (Tupi)
Cinema
  • 2005 - Cafundó ... Nhá Chica
  • 1983 - O Médium
  • 1981 - A Noite das Depravadas ... Empregada da Pensão
  • 1980 - Força Estranha
  • 1977 - Tiradentes, o Mártir da Independência

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Peninha

PAULO HUMBERTO PIZZIALI
(66 anos)
Percussionista

☼ Rio de Janeiro, RJ (1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/09/2016)

Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido por Peninha, foi um percussionista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ em 1950.

Peninha começou a tocar em bailes de carnaval há aproximadamente 30 anos com a Orquestra do Formiga. Era ritmista como se falava na época. Mais tarde trabalhou com a Orquestra de Ed Maciel, tocou com Anselmo ManzoniJohnny Alf, Gal Costa, SimoneSivuca e fez parte da Orquestra da Rede Globo, onde tocou com Bezerra da Silva, que ainda não era cantor.

Formou um grupo que se chamava "Escreveu Não Leu, o Palco é Meu". Esse grupo não tinha baterista, mas possuía 8 percussionistas: Peninha, Chacal, Ariovaldo, Cesinha, o irmão de Peninha, outro Cesinha, Pelé do Pandeiro e Zizinho além de um trombone, uma flauta, uma guitarra e um baixo.

Peninha, que em 2016 completou 50 anos de carreira, em 1986 estava com Simone e o Barão vermelho estava gravando o álbum "Declare Guerra", já sem Cazuza, e chamaram-no para gravar algumas faixas. O trabalho rendeu, foi bem e quando o disco foi lançado, convidaram Peninha para participar da banda.

Antes disso, havia participado de diversas gravações, incluindo "Manhã Sem Sono" e a clássica "Bete Balanço". Ele se juntou ao grupo ao lado do guitarrista Fernando Magalhães, participando não só de shows e discos, mas e também de composições da banda.


Essa mudança de estilo, de Música Popular Brasileira para Rock'n Roll e Blues foi uma grande virada em sua carreira. Até então, a única banda de rock que lhe chamava atenção era Led Zeppelin. Mesmo assim, não teve problemas para se adaptar com a nova banda. 

Nas três décadas desde que entrou no Barão Vermelho, Peninha participou de discos como "Carnaval" (1988), "“Carne Crua" (1994) e "Barão Vermelho" (2004), gravado após um período de separação. Ele também esteve em diversas apresentações memoráveis da banda, em festivais como o Rock In Rio e o Hollywood Rock. 

Peninha foi integrante fixo até 2013, quando passou a trabalhar com o maestro e arranjador Lincoln Olivetti, morto em 13/01/2015.

Nos períodos de folga do Barão Vermelho, Peninha tocava com a sua banda Gungala, com forte influência de salsa, uma de suas grandes influências e que era pouco explorada com os antigos colegas.

"Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente", disse o vocalista Roberto Frejat ao jornal O Globo.

"Toda a percussão que se ouve nas gravações do Barão Vermelho é dele. Mesmo antes de ser membro efetivo da banda, ele já tinha gravado conosco, em músicas como 'Manhã Sem Sono', do disco 'Barão Vermelho II' (1983), e 'Bete Balanço', de 'Maior abandonado' (1984)", disse o cantor e guitarrista Roberto Frejat, emocionado com a perda do amigo.

Frejat e Peninha
Morte

Peninha morreu na segunda-feira, 19/09/2016, por volta das 17h30, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma hemorragia no estômago.

 Ele estava internado em estado grave no CTI do Hospital da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, desde o começo do mês, por causa de hepatite C e uma hérnia no abdômen. Peninha sofria de problemas digestivos. O corpo de Peninha será cremado.

Peninha deixou quatro filhos, Paulo, Pedro, Rafael e Luca.

A informação foi confirmada pela ex-mulher de Peninha, Ana Tereza Lima Soler:

"Queridos amigos e familiares, é com pesar que venho comunicar que o pai dos meus filhos, Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido como (Peninha percussão), faleceu agora."
(Ana Tereza Lima Soler, ex-mulher de Peninha, nas redes sociais)

"Foram 66 anos muito bem vividos. Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente!"
(Roberto Frejat)

Indicação: Luiz Carlos (LUCS)

Mazolinha

VÁGNER APARECIDO NUNES
(57 anos)
Jogador de Futebol

☼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (03/04/1959)
┼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (05/09/2016)

Vágner Aparecido Nunes, mais conhecido como Mazolinha, foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Santa Bárbara d'Oeste, SP, no dia 03/04/1959. O esquecido herói do Botafogo.

Ponta-direita de origem, tinha 1,67m de altura e pesava 70 kg no auge de sua forma física. Mazolinha iniciou carreira no Rio Branco em 1986, onde na ocasião disputou o Campeonato Brasileiro da Série A.

Após se destacar na equipe paulista, chamou atenção do Botafogo, que tratou de o contratar.

Aos 29 anos de idade, ficou marcado na história do time da Estrela Solitária quando na final do Campeonato Carioca de 1989, deu um belo o cruzamento para o gol do companheiro de equipe, Maurício. Assim, o Botafogo quebrou um jejum de 21 anos sem o título.


Depois do Alvinegro Carioca, desembarcou no Avaí após rejeitar uma proposta do São José em janeiro de 1990. Lá, prometeu muitos gols e empenho à torcida.

Mazolinha abriu uma loja de confecções no mesmo ano em que chegou ao Avaí, mas acabou perdendo todos os seus bens. Perdeu a loja, carro, dois terrenos, uma chácara, uma casa em construção e até sua esposa.

Passou por Santo André e União Barbarense antes de encerrar carreira no Ríver Atlético Clube, time do Piauí.

Sem muito que fazer e necessitando de dinheiro, virou sacoleiro. Todo mês ia ao Paraguai, até que foi assaltado. Temendo que a violência se repetisse, desistiu da profissão.

Foi aí que resolveu retornar à sua cidade natal e reconstruir sua vida ao lado da segunda mulher e do filho. Virou pedreiro, profissão que havia aprendido com seu pai. Conseguiu também um emprego numa escolinha de futebol e, quando tudo parecia voltar ao normal, um infarto quase acabou com seus sonhos e vida. Mazolinha teve que colocar três pontes safena.

Morte

Mazolinha faleceu na manhã de segunda-feira, 05/09/2016, em Santa Bárbara d'Oeste, SP, aos 57 anos, vítima de um infarto fulminante. Mazolinha chegou a ser socorrido e levado para o Pronto Socorro Edson Mano, mas faleceu.

O corpo de Mazolinha foi velado na tarde de segunda-feira, 05/09/2016, no Velório Municipal Berto Lira, e o sepultamento ocorreu às 14h00, de terça-feira, 06/09/2016, no Cemitério Parque da Ressurreição, em Santa Bárbara d'Oeste, SP.

Mazolinha deixou três filhos e a lembrança do dia em que foi jogado para o alto como herói, ainda que para logo cair no esquecimento.

Domingos Montagner

DOMINGOS MONTAGNER
(54 anos)
Ator, Palhaço, Artista Circense, Teatrólogo e Empresário

☼ São Paulo, SP (26/02/1962)
┼ Canindé de São Francisco, SE (15/09/2016)

Domingos Montagner foi um ator, palhaço, artista circense, teatrólogo e empresário brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 26/02/1962.

Domingos Montagner nasceu no bairro paulistano do Tatuapé numa família descendentes de italianos.

Domingos Montagner Iniciou sua carreira em teatros e circos, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro conheceu as técnicas e o vocabulário que o conduziram para o circo e a arte popular.

Com Fernando Sampaio, formou em 1997 o Grupo La Mínima, que possui 12 espetáculos em repertório. "A Noite dos Palhaços Mudos", de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator.

Em 2003, com mais oito artistas, criou o Circo Zanni, do qual é diretor artístico.

Sua estreia na televisão aconteceu com o seriado "Mothern", no canal GNT. Na TV Globo, suas primeiras participações foram no programa "Força Tarefa" (2009) e nas séries "A Cura" (2010) e "Divã" (2011).


Em 2011, atuou em sua primeira novela, "Cordel Encantado", pela qual recebeu os prêmios Contigo e Melhores do Ano do programa "Domingão do Faustão", ambos na categoria Ator Revelação.

Em 2012, protagonizou a minissérie "Brado Retumbante", de Euclydes Marinho, vivendo o presidente Paulo Ventura, pela qual recebeu o prêmio Contigo na categoria de Melhor Ator de Série / Minissérie. Também em 2012, o artista atuou na novela "Salve Jorge", de Glória Perez. Estreou no cinema no mesmo ano, com uma participação especial no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira.

Em 2013, Domingos Montagner foi escalado para a novela das 18h00, "Joia Rara", de Thelma Guedes e Duca Rachid.

Em 2015, interpretou Miguel, o protagonista da novela "Sete Vidas", de Lícia Manzo, e em seguida deu vida ao delegado Espinosa na série "Romance Policial - Espinosa". A adaptação do livro "Uma Janela em Copacabana", de Luiz Alfredo Garcia Roza, foi ao ar no canal GNT,  com direção geral de José Henrique Fonseca. No mesmo ano, Domingos Montagner participou dos longas-metragens "Vidas Partidas" (Marcos Schechtman),  "De Onde Te Vejo" (Luiz Villaça) e "O Outro Lado do Vento" (Walter Lima Jr.), que entram em cartaz em 2016.

Atualmente, Domingos Montagner estava no elenco de "Velho Chico", novela de Benedito Ruy Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho.

Circo

O Circo Zanni, do qual Domingos Montagner era diretor artístico e um dos nove sócios, estreou no verão de 2004, em Boiçucanga, litoral norte de São Paulo, após dez meses de preparação e busca de recursos para adquirir sua própria lona e estrutura.

Hoje a companhia acumula um total de 26 temporadas - em estados como São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Goiás e Santa Catarina -, tendo superado a marca de 130 mil espectadores. Participou de Festivais de Circo no Brasil e no exterior, ganhou Prêmios de Estímulo e Fomento à Cultura e patrocínios por meio da Lei Federal Rouanet de Incentivo à Cultura.

Recentemente, foi eleito o melhor circo de São Paulo na edição especial "O Melhor de São Paulo" da Revista Época e, este ano de 2016, foi uma das atrações do 1º Festival Internacional de Circo de Buenos Aires, na Argentina.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio são os fundadores do Circo Zanni, que busca revitalizar a importância dos circos de pequeno e médio porte na vida cultural das cidades.

Teatro

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se em 1989, no Circo Escola Picadeiro em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação do mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.

Em 1997, criaram o Grupo LaMínima, que estreou com o espetáculo "LaMínima Cia. de Ballet", baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, a arte do circo e do palhaço, conduziram o trabalho da dupla, em espetáculos de rua e sala, que percorreram, nestes 15 anos dezenas de festivais e temporadas nacionais e internacionais.

Dentre os principais prêmios recebidos pelo LaMínima estão dois APCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por "Piratas do Tietê - O Filme" e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por "À La Carte"; Prêmio Coca-Cola FEMSA na Categoria de Melhor Espetáculo Jovem de 2003 por "Piratas do Tietê - O Filme".

A Noite dos Palhaços Mudos recebeu em 2008 os prêmios Shell de Teatro SP - Melhor Ator para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elenco.

Morte

Domingos Montagner desapareceu na quinta-feira, 15/09/2016, depois de mergulhar no Rio São Francisco, na região de Canindé de São Francisco, divisa com Alagoas e Sergipe. Ele estava de folga junto com uma colega, mergulhou e foi levado pela correnteza. A colega em questão era a atriz Camila Pitanga e ela entrou na água junto com Domingos Montagner.

De acordo com a colunista Patricia Kogut, do jornal "O Globo"Camila Pitanga também mergulhou, mas conseguiu segurar em uma pedra para não ser arrastada pela correnteza.

"A Camila está transtornada. Ela contou que os dois estavam de folga e foram dar um mergulho para se despedir do rio. A correnteza começou a puxá-lo. Domingos lutou, mas acabou afundando e não emergiu mais. Camila foi mais ágil, nadou e se agarrou a uma pedra. Todas as forças do estado de Sergipe trabalharam nas buscas."

As buscas para encontrar Domingos Montagner contaram com 2 helicópteros, 2 lanchas e vários pescadores locais.

O corpo de Domingos Montagner foi encontrado na na quinta-feira, 15/09/2016, no Rio São Francisco, informaram as autoridades de Canindé de São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Ele deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos.

Segundo relatos iniciais, o ator gravou cenas da novela pela manhã e, no início da tarde, estava em momento de lazer. Depois do almoço, mergulhou no Rio São Francisco ao lado da atriz Camila Pitanga. Eles teriam nadado até um conjunto de rochas, o que exigiu fisicamente dos atores. Camila Pitanga conseguiu chegar às rochas, mas o ator, não.

Em "Velho Chico", seu personagem, Santo, chegou a desaparecer nas águas do Rio São Francisco, após levar três tiros em um atentado. A população da cidade se mobilizou, então, para encontrá-lo, com receio que ele tivesse se afogado. Mas Santo foi salvo por um pajé de uma tribo indígena.

Trabalhos

Televisão
  • 2008 - Mothern ... João
  • 2010 - Força Tarefa  ... Cabo Moacyr
  • 2010 - A Cura ... Pai de Ezequiel
  • 2011 - Divã ... Carlos Alencar
  • 2011 - Cordel Encantado  ... Capitão Herculano Araújo
  • 2012 - O Brado Retumbante ... Paulo Ventura
  • 2012 - Salve Jorge ... Zyah
  • 2012 - Gonzaga - De Pai pra Filho ... Coronel Raimundo
  • 2013 - Jóia Rara ... Raimundo Fonseca (Mundo)
  • 2015 - Sete Vidas ... João Miguel Oliveira Sanches
  • 2015 - Romance Policial - Espinosa ... Espinosa
  • 2016 - Velho Chico ... Santo dos Anjos

Cinema
  • 2009 - Paredes Nuas
  • 2012 - A Noite dos Palhaços Mudos ... Palhaço
  • 2014 - A Grande Vitória ... César Trombini
  • 2014 - Tarja Branca - A Revolução Que Faltava
  • 2015 - Através da Sombra ... Afonso
  • 2016 - De Onde Eu Te Vejo ... Fábio
  • 2016 - Um Namorado Para Minha Mulher ... Corvo
  • 2016 - Vidas Partidas ... Raul
  • 2016 - O Rei das Manhãs ... Palhaço

Teatro
  • 2001 - À La Carte
  • 2003 - Piratas do Tietê, O Filme
  • 2006 - Feia - Uma Comédia Circense
  • 2007 - Reprise
  • 2008 - A Noite dos Palhaços Mudos
  • 2012 - Mistero Buffo
  • 2016 - Mistero Buffo

Prêmios e Indicações

  • 2011 - Prêmio Extra de Televisão - "Cordel Encantado" (Revelação Masculina - Indicado)
  • 2011 - Melhores do Ano  - Melhor Ator Revelação - "Cordel Encantando" (Venceu)
  • 2011 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator Coadjuvante - "Cordel Encantado" (Indicado)
  • 2012 - Prêmio Contigo! de TV - Revelação da TV (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Contigo! de TV - Melhor Ator de Série ou Minissérie - "O Brado Retumbante" (Venceu)
  • 2013 - Prêmio Quem de Televisão - Melhor Ator - "Salve Jorge" (Indicado )
  • 2015 - Troféu APCA - Melhor Ator - "Sete Vidas" (Indicado)

Duda Ribeiro

DUDA RIBEIRO
(54 anos)
Ator, Diretor e Roteirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/06/1962)
┼ Rio de Janeiro, RJ (14/09/2016)

Duda Ribeiro foi um ator, diretor e roteirista brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, em 05/06/1962, foi criado em São Pedro da Aldeia, RJ. Somente em 1971, voltou ao Rio de Janeiro, onde passou a adolescência.

Em 1986, concluiu o curso de engenharia mecânica, na Faculdades Souza Marques e só no final do curso teve contato com o teatro. Foi convidado pelo diretor Carlos Wilson, para a montagem do espetáculo "Nossa Cidade", mesmo nunca tendo atuado. Conheceu Carlos Wilson em uma reunião no Tablado, na qual, foi com Marcello Novaes.

A formação em engenharia ajudou Duda Ribeiro de certa forma, já que aprendeu a ser uma pessoa mais metódica e organizada, valores muito importantes no teatro.

Atuou em mais de 30 espetáculos teatrais, sendo que alguns fizeram muito sucesso no cenário nacional, com destaque para o musical "Rocky Horror Show", direção de Jorge Fernando, "Ciúme", direção de Marília Pêra, "Romeu e Julieta", direção de Pedro Vasconcelos, dentre tantos outros.

Na televisão, Duda Ribeiro fez oito novelas, três minisséries e várias participações. Com a autora Glória Perez, atuou em "Barriga de Aluguel" (1990), "De Corpo e Alma" (1992), "Pecado Capital" (1988) e na minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes" (2007). Com o autor Carlos Lombardi, nas novelas "Vira lata" (1996) e "Kubanacan" (2003). Do autor Agnaldo Silva fez "Pedra Sobre Pedra" (1992).


No cinema, fez parte do elenco dos filmes "Assalto ao Banco Central" (2011) e "Heleno" (2012).

Duda Ribeiro foi professor do segundo período na Faculdade Estácio de Sá, no curso Autor/Roteirista Para Televisão. Deu aulas de Adaptação Literária Para Roteiro de Televisão.

Produziu, atuou e dirigiu esquetes e espetáculos de humor para a Tim, jornal O Globo, Petrobrás, Gerdau, entre outros.

Em julho de 2009, Duda Ribeiro lançou seu primeiro livro: "Falando Sob Elas", pela editora Nova Fronteira Cultural. O livro é uma junção de oito textos teatrais, todos com os personagens principais sendo mulheres.

Em 2012, estava no teatro no espetáculo "Dona Flor e Seus Dois Maridos", de Jorge Amado, com direção de Pedro Vasconcelos.

Duda Ribeiro dizia que para ele nada nessa vida é por acaso. Tudo acontece com um propósito, e com sua carreira não foi diferente. Ainda completou "Digo que não escolhi, fui escolhido".

Duda Ribeiro interpretou o personagem Adam em "Salve Jorge" (2012) e participou do "Vai Que Cola" em 2013. Ele estava escalado para a próxima novela de Gloria Perez, "À Flor da Pele", que estreia em 2017 na Rede Globo.

Em 2010, Duda Ribeiro passou por seis cirurgias para tratar um câncer no fígado e precisou realizar um transplante.

Morte

Duda Ribeiro morreu na quarta-feira, 14/09/2016, aos 54 anos. Ele lutava contra um câncer e estava internado no Hospital Adventista Silvestre no Rio de Janeiro.

Em nota oficial, a direção do hospital informou que Duda Ribeiro estava "em processo de quimioterapia para tratamento de um tumor neuroendócrino, que evoluiu para uma pneumonia grave e resultou em choque séptico. O ator faleceu nesta quarta-feira, às 05h10".

Em seu última publicação no Facebook, no dia 07/09/2016, Duda Ribeiro escreveu:

"A vida nas mãos do Criador. Não se iluda, ela não será controlada por você. Por isso tente, uma vez só, deixar que ela flua como Ele quer."

Vários amigos lamentaram a morte do ator nas redes sociais.

"Amigo querido. Aprendi com ele em cada momento de sua luta. Aceitando com alegria seu destino e nos alegrando a todos sempre. Mais uma estrela nos ilumina agora em paz!"
(Letícia Spiller no Instagram)

A autora Gloria Perez contou que o ator já foi namorado de sua filha Daniella Perez.

"Duda chegou em nossa família na adolescência, como o primeiro namorado sério da Dany. E ficou para sempre, como um amigo querido e presente. Hoje ele foi embora, depois de lutar tanto e tão bravamente pela vida. Muita saudade, Duda!"

"Meu amigo amado, é com essa imagem que me despeço de você, em 'Assalto ao Banco Central'. Foi você que me ensinou a fazer comédia, foi com a sua direção que ganhei premio de atriz revelação no teatro, foi com você que fiz um dos melhores e mais divertidos trabalhos da minha vida. Te amo muito, parabéns pela sua passagem nesse plano, dois filhos lindos, um grande homem, grande amigo e um grande ator. Vai com Deus!"
(Antonia Fontenelle)

Duda Ribeiro deixa dois filhos, Júlia, 16 anos, e Felipe, de 14, frutos do seu relacionamento com a dentista Patricia Iorio.

Trabalhos

Televisão

  • 2013 - Vai Que Cola
  • 2012 - Salve Jorge ... Adam
  • 2011 - Tapas & Beijos ... Ricardo
  • 2009 - Caminho das Índias ... Miguel
  • 2009 - Paraíso ... Mané Corrupio
  • 2008 - Beleza Pura ... Lino
  • 2008 - Casos e Acasos ... Denilson
  • 2008 - Toma Lá, Dá Cá ... Detetive Paranhos
  • 2008 - Faça Sua História ... Passageiro
  • 2007 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Jeca Tatu
  • 2007 - Amazônia, de Galvez a Chico Mendes ... Doutor
  • 2006 - Avassaladoras ... Tônio
  • 2005 - A Lua Me Disse ... Policial
  • 2000 - Aquerela do Brasil ... Policial Ferreira
  • 1999 - Você Decide (Episódio: Uma Mina de Ouro)
  • 1998 - Labirinto ... Valmir
  • 1998 - Pecado Capital ... Tatu
  • 1991 - Barriga de Aluguel ... Ricky

Teatro

  • Doida Varrida (Autor)
  • O Mundo é dos Animais (Autor e Ator)
  • Quem é Que Manda? (Autor e Diretor)
  • Uma Dupla de Dois (Autor e Ator)
  • Doido Varrido (Autor e Ator)
  • Ópera dos Horrores (Autor)
  • O Enviado (Autor, Ator e Diretor)
  • Romeu e Julieta (Ator)
  • Rádio no Ar (Autor e Diretor)
  • Mulheres de Nelson (Diretor e Adaptação)
  • Dona Flor e Seus Dois Maridos (Ator)
  • Não Olhe Pra Baixo, Você Vai Querer Pular (Diretor)

Brasília

BRASÍLIA MARIA COSTA GÓIS
(56 anos)
Primeira Criança Nascida em Brasília

☼ Brasília, DF (21/04/1960)
┼ Brasília, DF (10/09/2016)

A trajetória de Brasília Maria Costa Góis se confunde com a história da Capital Federal. Ela foi a primeira pessoa a nascer na cidade. Brasília nasceu às 6h15 do dia 21 de abril de 1960, no Hospital São Vicente de Paula, em Taguatinga.

Em grande parte da vida, ela estampou os jornais e participou de programas de televisão. O enrendo sempre era relacionado à curiosidade de ser a primeira nascida em solo brasiliense. Filha de Gonçalo Góis, um piauiense que veio vender cereais na nova capital, Brasília não gostava do nome quando era criança, mas depois se acostumou.

Aos 15 anos, recebeu um grande presente: o então governador do Distrito Federal, Elmo Serejo Farias, organizou um baile de debutante para ela. Na ocasião, vieram 26 adolescentes de todo o país, que haviam nascido no mesmo dia.

"Foi a coisa mais chique do mundo. Fui tratada como uma rainha pelo Elmo Serejo!"
(Contou ela ao Correio Brasiliense, em uma reportagem de outubro de 2010)


O filho de Brasília, de 15 anos, se chama Kristiano - escrito com K em homenagem a Juscelino Kubitschek. A filha Grazielle, de 21 anos, quase se chamou Brasilinha, mas a mãe desistiu antes de ir ao cartório.


Brasília até tentou a vida política. Ela se candidatou a deputada distrital pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em 2002. Teve 518 votos. Tentou se candidatar em 2006, mas foi impugnada porque não havia prestado contas dos gastos da campanha anterior. Seu programa era em "Defesa da melhoria da saúde, educação e segurança".

Servidora pública aposentada do Hospital Regional de Ceilândia (HRC), ela se afastou em virtude da depressão. Fumante inveterada, ela foi diagnosticada com doença pulmonar obstrutiva crônica e também sofria de hipertensão e diabetes.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde lamentou a morte de Brasília e informou que, desde quando deu entrada na rede, recebeu toda assistência necessária para melhor evolução do quadro clínico.

"A secretaria fez diversas buscas por leitos de UTI em toda a rede e em unidades particulares para atender a solicitação médica no tempo possível. Infelizmente, devido ao agravamento do quadro clínico apresentado, ela faleceu às 3h50 deste sábado (10/09/2016)."

Brasília morreu no sábado, 10/09/2016, aos 56 anos, depois de uma parada cardíaca. A ilustre brasiliense, afilhada de Juscelino Kubitschek, estava internada desde a última quarta-feira, 07/09/2016, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Antes disso, a família lutou até na Justiça para conseguir em uma vaga na UTI.

Brasília Maria Costa Góis deixa dois filhos.