Formada em comunicação, Marilena Cury estagiou na organização do 7º Festival Internacional da Canção. Depois, bateu à porta do então diretor Walter Clark, na TV Globo, para pedir trabalho.
Foi vista por Walter Avancini, que a chamou para participar da novela "Gabriela" (1975). Na televisão, participou também de "O Astro" (1977), da minissérie "Hilda Furacão" (1998) e fez sucesso com a personagem Lalume Abdala Adib, da novela "Sassaricando" (1987), que conquistou o público com seus palavrões pronunciados em árabe.
Marilena Cury fez fama também como promoter de algumas das melhores casas noturnas do Rio de Janeiro. Foi assessora de imprensa de artistas, como o humorista Agildo Ribeiro, com quem trabalhou por mais de 15 anos.
Seu último trabalho na TV foi uma participação no programa "Você Decide", em 1998.
Marilena Cury ficou internada no Hospital Cardiotrauma, em Ipanema, durante um mês após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ela morreu, aos 60 anos, no dia 13/05/2007, vítima de parada cardíaca.
Considerado um dos mais talentosos compositores de samba, para muitos o maior da primeira fase do samba carioca.
Filho de um pintor, admirador dos grandes chorões da época, foi estimulado pela família a estudar flauta, piano e violão.
Casou-se cedo, aos 17 anos, com a portuguesa Henriqueta Ferreira, tendo que labutar para sustentar os três filhos. Em fins da primeira década do século passado, tornou-se pianista profissional, animando os bailes de agremiações dançantes, como o "Dragão Clube Universal" e o "Grupo Dançante Carnavalesco Tome a Bença da Vovó". Não perdia nenhuma roda de samba na casa da baiana Tia Ciata, onde encontrava os também sambistas Germano Lopes da Silva, João da Mata, Hilário Jovino Ferreira e Donga.
Ficou surpreso quando Donga, em 1917, registrou como sendo dele (em parceria com Mauro de Almeida) o samba carnavalesco Pelo Telefone, que na casa da Tia Ciata todos cantavam com o nome de O Roceiro. A canção, que até hoje é motivo de discussões, gerou uma das maiores polêmicas da história da música brasileira, com vários compositores, entre eles Sinhô, reividicando sua autoria. Para alimentar a polêmica, compôs, em 1918, Quem São Eles, numa clara provocação aos parceiros de Pelo Telefone. Acabou levando o troco. Exclusivamente para ele, foram compostas Fica Calmo que Aparece, de Donga, Não és tão falado assim, de Hilário Jovino Ferreira, e Já Te Digo, de Pixinguinha e seu irmão China, que traçaram-lhe um perfil nada elegante: ("Ele é alto e feio/ e desdentado/ ele fala do mundo inteiro/ e já está avacalhado..."). Pagou a ambos com a marchinha O Pé de Anjo, primeira composição gravada com a denominação marcha.
O gosto pela sátira lhe trouxe alguns problemas mais sérios, quando compôs "Fala Baixo", em 1921, um brincadeira com o presidente Artur Bernardes. Teve de fugir para casa de sua mãe para não ser preso. Cultivou a fama de farrista, promovendo grandes festas em bordéis, o que não o impediu de ganhar o nobre título de "O Rei do Samba" durante a Noite Luso-Brasileira, realizada no Teatro da República, em 1927.
Durante o ano de 1928, ministrou aulas de violão a Mário Reis, que se tornaria o seu intérprete preferido e que lançaria dois dos seus maiores sucessos: Jura e Gosto Que Me Enrosco. Compôs o último samba, O Homem da Injeção, em julho de 1930, um mês antes de sua morte, no entanto a letra e a melodia deste samba desapareceram misteriosamente, não chegando ao conhecimento do público.
Morte
Morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 41 anos, a bordo da velha barca que fazia a travessia entre a Ilha do Governador e o Cais Pharoux. Conta-se que sua última companheira queimou tudo o quanto lhe pertencia e vendeu seu violão gravado em madrepérola. Historiadores dizem que ele foi um dos poucos que deram à luz ao genuíno samba, saindo da semelhança com a polca que tinha até então. Sua obra é considerada a crônica viva da cidade do Rio de Janeiro de sua época.
Composições
- Achou Ruim Faz Meio Dia
- Ai Uê Dendê
- A Favela Vai Abaixo
- A Medida do Senhor do Bonfim
- Alegrias de Caboclo
- Alivia Estes Olhos (Eu Queria Saber)
- Alô Samba
- Alta Madrugada - Adão Na Roda
- Amar A Uma Só Mulher
- Amor de Poeta
- Amor Sem Dinheiro
- Amostra A Mão
- Ao Futebol
- Aos Pés de Deus
- Ave de Rapina
- Beijo de Colombina
- Bem Que Te Quero
- Benzinho
- Bem Te Vi
- Black Time
- Bobalhão
- Bofe Pamin DGE
- Burro de Carga (Carga de Burro)
- Burucuntum (sob o pseudônimo J. Curangy)
- Cabeça de Promessa
- Cabeça é Ás
- Cabecha Inchada
- Cada Um Por Sua Vez
- Cais Dourado
- Câmbio a Zero
- Canção do Ciúme
- Canção Roceira (Casinha de Sapê)
- Caneca de Couro
- Canjiquinha Quente
- Cansei
- Capineiro
- Carinhos de Vovô
- Carta do ABC (Pegue na Cartilha)
- Cassino Maxixe (com letra de Bastos Tigre)
- Cateretê na Poeira
- Cauã
- Chegou a Hora
- Chequerê
- Cocaína
- Como se Gosta
- Confessa, Meu Bem
- Confissão
- Confissões de Amor
- Correio da Manhã
- Corta Saia
- Criaturas (Vou Me Benzer)
- Custe o Que Custar
- Dá Nele
- De Boca em Boca (Segura o Boi)
- Deixe Deste Costume (Maldito Costume)
- Demo Demo
- Deus Nos Livre do Castigo das Mulheres
- Dia de Exame
- Dia de Gazeta
- Disse Me Disse
- Esponjas
- Estás Crescendo e Ficando Bobo
- Eu Ouço Falar (Seu Julinho)
- Fala Baixo
- Fala Macacada
- Fala, Meu Louro
- Falando Sozinho
- Fique Firme
- Força e Luz (com letra de C. Castro)
- Garoto
- Gegê
- Golpe Feliz
- Gosto Que Me Enrosco
- Guitarra
- Hip Hurra
- Iracema
- Já é Demais
- Já Já
- Jura
- Juriti (Por Que Será?)
- Kananga do Japão
- Lei Seca
- Leonor
- Macumba Gegê
- Maitaca
- Mal de Amor
- Maldito Costume
- Meu Brasil
- Meus Ciúmes
- Mil e Uma Trapalhadas (com Wilson Batista)
- Minha Branca
- Minha Paixão
- Missanga (Ô Rosa)
- Mosca Vareja (com letra de Durval Silva)
- Murmúrios
- Não Posso Me Amofinar
- Não Quero Saber Mais Dela (Samba da Favela)
- Não Sou Baú
- Não Te Quero Mais
- Não Tens Futuro
- Nossa Senhora do Brasil
- Ó Mão de Lixa
- O Pé de Anjo
- O Que é Nosso
- Ojaré
- Oju Burucu
- Olhos de Centelha (com J. Costa Júnior)
- Ora Vejam Só
- Os Olhos da Cabocla
- Pé de Pilão
- Pega-Rapaz
- Pegue Seu Bode
- Penosas No Conforto
- Pianola
- Pingo D'Água (talvez seja a mesma Queda D'água)
- Quando A Mulher Quer
- Quando Come Se Lambuza
- Que Vale A Nota Sem O Carinho da Mulher
- Queda D'água
- Quem Fala de Mim
- Quem São Eles?
- Ratos de Raça
- Recordar é Viver (Lembranças da Choça)
- Reminiscência do Passado (Dor de Cabeça)
- Resposta da Inveja
- Sabiá (houve uma segunda versão, com poema de motivo folclórico)
- Sai da Raia
- Salve-se Quem Puder
- Saudades
- Se Ela Soubesse Ler
- Se Meu Amor Me Vê
- Sem Amor
- Sempre Voando
- Sete Coroas
- Só Na Casa Aguiar
- Só Por Amizade
- Sonho de Gaúcho
- Sou da Fandanga (sob o pseudônimo J. Curangy)
- Super-Ale (com Ernesto Silva)
- Tem Papagaio no Poleiro
- Tesourinha
- Tinteiro Virado
- Tirando o Retrato (Oia Ele, Nascimento)
- Três Macacos no Beco
- Tu Maltratas Coração
- Vida Apertada
- Virou Bola
- Viruta & Chicarron
- Viva a Penha
- Volta à Palhoça
Fonte: Wikipédia, www.mpbnet.com.br e www.dec.ufcg.edu.br
Uma das pioneiras do rádio-teatro no Rio Grande do Sul nos anos 30, era casada com o também ator rádio Dário Cardoso, com quem teve o filho Régis Cardoso, diretor de televisão, falecido em 2005.
Em 1940, quando o marido foi contratado pela Companhia Eva Tudor e Luiz Iglesias, teve um infarte e morreu. Viúva, após alguns anos, Norah Fontes resolve vir para São Paulo, com seus dois filhos: Renato e Régis. Começou a trabalhar na Emissoras Associadas de São Paulo, logo encaminhando os filhos para pequenos serviços de escritório. Norah estava casada agora com o locutor Armando Mota.
Em 1950 veio a televisão e mãe e filhos foram trabalhar na PRF3 - Tupi de Televisão. Lá ela atuou em inúmeros teleteatros e entrou para as novelas em 1964 em "A Gata".
Participou de grande sucessos da TV como "A Ré Misteriosa"; "Antonio Maria"; "A Cabana do Pai Tomás"; "Pigmalião 70"; "A Próxima Atração"; "Vitória Bonelli" e "Meu Rico Português". Sua última atuação foi na novela "Os Gigantes", da Globo, em 1979.
Televisão
1979 - Os Gigantes - Matilde
1975 - Meu Rico Português - Mercedes
1974 - A Barba-Azul - Televina
1973 - Rosa-dos-Ventos
1972 - Vitória Bonelli - Mãe Ana
1971 - Minha Doce Namorada - Dona Anita
1970 - A Próxima Atração - Júlia
1970 - Pigmalião 70 - Guiomar
1969 - A Cabana do Pai Tomás - Jéssica
1968 - Antônio Maria - Berenice
1967 - Os Rebeldes
1967 - Meu Filho, Minha Vida
1967 - A Intrusa
1966 - A Ré Misteriosa - Deolinda
1965 - Um Rosto Perdido
1965 - Fatalidade
1965 - A Outra - Dircília
1965 - O Cara Suja - Sofia
1965 - Comédia Carioca
1964 - O Sorriso de Helena - Angélica
1964 - A Gata - Ama de Adriana
1962 - A Estranha Clementine
1959 - TV de Vanguarda
1959 - Doce Lar Teperman
1958 - TV de Comédia
1958 - Sétimo Céu
1958 - TV Teatro
1957 - Seu Genaro
1957 - O Corcunda de Notre Dame - Mãe de Quasímodo
1957 - Pequeno Mundo de D. Camilo
1955 - Seu Pepino
1954 - O Homem Sem Passado
Cinema
1976 - Ninguém segura essas mulheres
1975 - Amadas e violentadas
1970 - Em família
1968 - Bebel, garota propaganda
1968 - O pequeno mundo de Marcos
1965 - Quatro Brasileiros em Paris
1958 - O grande momento
1949 - Quase no céu
Faleceu em Porto Alegre, de Pneumonia, aos 86 anos de idade.
Fonte: Wikipédia, Dramaturgia Brasileira - In Memoriam e www.museudatv.com.br
Nara Leão era filha caçula do casal capixaba Jairo Leão e Altina Lofego Leão. Nasceu em Vitória, ES, e mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha apenas um 1 ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.
Durante a infância, Nara Leão teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo Os Oito Batutas de Pixinguinha.
Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na Rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Nara Leão tornou-se professora da academia.
Musa da Bossa Nova
A Bossa Nova nasceu em reuniões no apartamento dos pais da cantora, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e seu então namorado, Ronaldo Bôscoli.
No fim dos anos 50, Nara Leão foi repórter do jornal Última Hora, onde Ronaldo Bôscoli também trabalhava, e que pertencia a Samuel Wainer, casado com a irmã de Nara Leão, Danuza Leão.
O namoro com Ronaldo Bôscoli terminou quando ele a traiu e iniciou um caso com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires, em 1961. Daí em diante, Nara Leão se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Ronaldo Bôscoli em 1960, e de idéias mais à esquerda.
Iniciou um namoro com o cineasta Ruy Guerra e se casou com ele um tempo depois. Nessa época passou a se interessar pelo samba de morro.
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia "Pobre Menina Rica" (1963). O título de Musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorreu após o movimento militar de 1964, com a apresentação do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar.
Maria Bethânia, por sua vez, a substituiu no ano seguinte, interpretando "Carcará", pois Nara Leão precisara se afastar por estar afônica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 60.
De Musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Embora os Centro Popular de Cultura (CPC) já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo "Opinião" tem forte influência do espírito cepecista.
Em 1966, interpretou a canção "A Banda", de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, que ganhou o festival e público brasileiro.
Dentre suas interpretações mais conhecidas, destacam-se "O Barquinho", "A Banda" e "Com Açúcar e Com Afeto", feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Nara Leão também aderiu ao Movimento Tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - "Tropicália" ou "Panis et Circensis", lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.
Vida Pessoal
Já separada alguns anos do marido Ruy Guerra, de quem não teve filhos, Nara Leão casa-se novamente, dessa vez com o cineasta Cacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco.
No fim dos anos 60, mudou-se para a Europa com o marido, permanecendo lá por dois anos, tendo morado na França, em Paris, onde nasceu Isabel, primeira filha do casal.
No começo dos anos 70, ela voltou para o Brasil grávida e nasceu no Rio de Janeiro o segundo filho do casal, Francisco. Nessa época, decidiu estudar psicologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
De fato, Nara Leão planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois era muito cansativa a vida de uma cantora, já que ela agora era mãe e casada, tinha que se dedicar mais aos filhos e ao marido do que a música, apesar dela amar cantar, teve que fazer essa difícil escolha.
Morte
Nara Leão morreu na manhã de 07/06/1989 vítima de um tumor cerebral inoperável, aos 47 anos. Ela já sabia do tumor, e sofria com esse problema havia 10 anos. O tumor estava numa área muito delicada do cérebro, por isso ela não podia ser operada. Sentia fortes dores e tonturas, e isso também foi um contribuinte para ela tentar largar carreira musical.
O último disco foi "My Foolish Heart", lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.
Após a Morte
Em 2002, seus discos lançados anteriormente em LPs foram relançados em duas caixas separadas - uma com o período 1964-1975 e a outra 1977-1989 - trazendo também faixas-bônus e um livreto sobre sua biografia. Mesmo depois de ter morrido há anos, suas músicas ainda eram sucesso, como até hoje são.
Discografia
1964 - Nara
1964 - Opinião de Nara
1965 - O Canto Livre de Nara
1965 - Cinco na Bossa
1965 - Show Opinião
1966 - Nara Pede Passagem
1966 - Manhã de Liberdade
1966 - Liberdade, Liberdade
1967 - Nara
1967 - Vento de Maio
1968 - Nara Leão
1969 - Coisas do Mundo
1971 - Dez Anos Depois
1974 - Meu Primeiro Amor
1977 - Meus Amigos São Um Barato
1978 - Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos
1979 - Nara Canta en Castellano
1980 - Com Açúcar, Com Afeto
1981 - Romance Popular
1982 - Nasci Para Bailar
1983 - Meu Samba Encabulado
1984 - Abraços E Beijinhos e Carinhos Sem Ter Fim… Nara
Armando Bógus foi um ator nascido em São Paulo, SP, no dia 19/04/1930. Atuou em teatro, cinema e televisão.
Armando Bógus estudou no Colégio Marista Arquidiocesano. Na década de 50, foi expulso de dois colégios de São Paulo por militar em grupos de esquerda.
Na década de 50, participou do Grupo Jograis de São Paulo fundado pelo ator Ruy Afonso que se apresentava no Brasil e no exterior recitando poesias de diversos autores.
Estreou como ator em 1955, com a peça "Moral Em Concordata", que se transformou no seu primeiro filme em 1959.
Na televisão começou na TV Excelsior e, no teatro, destacou-se sua parceria com o diretor Ademar Guerra, participando em peças como "Marat Sade" (1967) e na primeira montagem de "Hair" no Brasil, em 1969.
Fundou, com Antunes Filho e Felipe Carone o Pequeno Teatro de Comédia (PTC), enquanto encenava peças brasileiras na televisão. Armando Bógus viveu personagens marcantes da teledramaturgia brasileira e foi um dos atores da primeira versão de "Vila Sésamo", primeiro na TV Cultura e depois na TV Globo, em 1972, ao lado de Sônia Braga, Laerte Morrone e Aracy Balabanian.
Nas novelas, os seus personagens mais marcantes foram o comerciante Nacib em "Gabriela" (1975), o austero Estêvão em "O Casarão" (1976), o médico Daniel em "Ciranda de Pedra" (1981), Licurgo Cambará na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985), o avarento Zé das Medalhas em "Roque Santeiro" (1985), o esperto Modesto Pires em "Tieta" (1989) e o vilão Cândido Alegria, personagem que construiu se inspirando no Fradinho, do Henfil, e no padrão clássico do político mineiro, em "Pedra Sobre Pedra" (1992), a sua última telenovela.
No cinema também foi presença constante nas décadas de 70 e 80 em filmes como "A Compadecida", "Anuska, Manequim e Mulher", "O Cortiço", "Doramundo", "Paula, a História de Uma Subversiva", "Teu, Tua" e "Os Campeões".
Armando Bógus foi casado duas vezes. A primeira com a também atriz Irina Grecco com quem teve o filho Marco Antonio, e a segunda com Elisabeth Nunes Souza. Era primo do jornalista Luís Nassif.
Morte
Armando Bógus faleceu no dia 02/05/19993, aos 63 anos, em São Paulo, SP, vítima de leucemia. Por conta da doença ficou internado quase dois meses no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, se submetendo a uma quimioterapia.
Armando Bógus e Sônia Braga em "Gabriela" (1975)
Carreira
Televisão
1993 - Sex Appeal ... Baltazar
1992 - Pedra Sobre Pedra ... Cândido Alegria
1990 - Meu Bem, Meu Mal ... Felipe Mello
1989 - Tieta ... Modesto Pires
1988 - Bebê a Bordo ... Liminha
1987 - Bambolê ... Gabriel
1985 - Roque Santeiro ... Zé das Medalhas
1985 - O Tempo e o Vento ... Licurgo Cambará
1984 - Partido Alto ... Artur
1984 - Meu Destino É Pecar ... Narrador
1983 - Champagne ... Farid
1983 - Louco Amor
1982 - Final Feliz
1982 - Sétimo Sentido ... Valério Ribeiro
1981 - Ciranda de Pedra ... Daniel
1980 - Coração Alado ... Gamela
1980 - Chega Mais ... Nestor
1979 - Marron Glacê ... Nestor
1978 - Pecado Rasgado ... Nélio
1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Henrique
1976 - O Casarão ... Estevão Bastos
1975 - Gabriela ... Nacib
1972 - Vila Sésamo ... Juca
1970 - A Próxima Atração ... Pardal
1969 - Sangue do Meu Sangue ... Maurício Camargo
1968 - Legião dos Esquecidos ... Roberto
1966 - Redenção ... Eduardo
1966 - As Minas de Prata ... Cristovão
1966 - Almas de Pedra ... Ricardo
1965 - Os Quatro Filhos ... Gérson
1964 - O Pintor e a Florista ... Marcos
1964 - A Outra Face de Anita ... Hugo
1964 - As Solteiras ... Luiz Emílio
Cinema
1982 - Os Campeões ... Mário
1979 - Por Um Corpo de Mulher
1979 - Teu Tua
1979 - Paula - A História de Uma Subversiva
1978 - Doramundo
1978 - J.J.J., o Amigo do Super-Homem ... João Juca Júnior (J.J.J.)
1978 - O Cortiço
1970 - Parafernália o Dia de Caça
1969 - A Compadecida ... João Grilo
1968 - Anuska, Manequim e Mulher ... Amigo de Sabato
César Lattes foi um físico brasileiro, co-descobridor do méson pi, nascido em Curitiba, PR, no dia 11/07/1924. César Lattes nasceu em uma família de judeus italianos imigrantes em Curitiba, PR, no Sul do Brasil. Fez os seus primeiros estudos naquela cidade e em São Paulo, vindo a graduar-se na Universidade de São Paulo, formando-se em 1943, em matemática e física. César Lattes fazia parte de um grupo inicial de brilhantes jovens físicos brasileiros que foram trabalhar com professores europeus como Gleb Wataghin (1899-1986) e Giuseppe Occhialini (1907-1993). César Lattes foi considerado o mais brilhante destes e foi descoberto, ainda muito jovem, como um pesquisador de campo. Seus colegas, que também se tornaram importantes cientistas brasileiros, foram Oscar Sala, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos e Jayme Tiomno.
Com a idade de 23 anos, ele foi um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas no Rio de Janeiro.
De 1947 a 1948, César Lattes começou a sua principal linha de pesquisa, pelo estudo dos raios cósmicos, os quais foram descobertos em 1932 pelo físico estadunidense Carl David Anderson. Ele preparou um laboratório a mais de 5.000 metros de altitude em Chacaltaya, uma montanha dos Andes, na Bolívia, empregando chapas fotográficas para registrar os raios cósmicos.
Viajando para a Inglaterra com seu professor Occhialini, César Lattes foi trabalhar no H. H. Wills Laboratory da Universidade de Bristol, dirigida por Cecil Frank Powell (1903-1969). Após melhorar uma nova emulsão nuclear usada por Cecil Frank Powell, pedindo à Kodak Co. para adicionar mais boro a ela, em 1947, realizou com eles uma grande descoberta experimental, de uma nova partícula atômica, o méson pi (ou pion), a qual desintegra em um novo tipo de partícula, o méson mu (muon).
Foi uma grande reviravolta na ciência. Até então, era aceito que os átomos eram formados por somente 3 tipos de sub-partículas ou partículas elementares (prótons, nêutrons e elétrons). Alguns cientistas contestaram os resultados, mas o apoio do dinamarquês Niels Bohr, um dos maiores físicos da época, pesou na aceitação da novidade que daria início a uma nova área de pesquisa, a Física de Partículas.
O jovem impetuoso César Lattes começou então a escrever um trabalho para a revista Nature sem se preocupar com o consentimento de Cecil Frank Powell. No mesmo ano, foi responsável pelo cálculo da massa da nova partícula, em um meticuloso trabalho. Um ano depois, trabalhando com Eugene Gardner (1913-1950) na Universidade da Califórnia em Berkeley, Estados Unidos, César Lattes foi capaz de detectar a produção artificial de partículas píon no ciclotron do laboratório, pelo bombardeio de átomos de carbono com partículas. Ele tinha somente 24 anos de idade.
Em 1949, César Lattes retornou como professor e pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Depois de outra breve estada nos Estados Unidos, de 1955 a 1957, ele voltou para o Brasil e aceitou uma posição na sua alma mater, o Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP). Também nesse ano, César Lattes ingressou para a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Em 1967, César Lattes aceitou a posição de professor titular no novo Instituto Gleb Wataghin de Física na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), nome que se originou de seu professor fundador, o qual ele também ajudou a fundar. Ele também se tornou o diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Altas energias e Léptons.
Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das co-denominadas bolas de fogo, um fenômeno espontâneo que ocorre durante colisões de altas-energias, e os quais tinham sido detectados pela utilização de chapas de emulsão fotográfica nucleares inventadas por ele, e colocadas no pico de Chacaltaya nos Andes Bolivianos.
César Lattes é um dos mais distintos e condecorados físicos brasileiros, e seu trabalho foi fundamental no desenvolvimento da física atômica. Ele também foi um grande líder científico dos físicos brasileiros e foi uma das principais personalidades por trás da criação de várias instituições importantes como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
César Lattes figura como um dos poucos brasileiros na Biographical Encyclopedia Of Science And Technology de Isaac Asimov, como também na Enciclopédia Britânica. Embora tenha sido o principal pesquisador e primeiro autor do histórico artigo da Nature descrevendo méson pi, Cecil Frank Powell foi o único agraciado com o Prémio Nobel de Física em 1950 pelo "seu desenvolvimento de um método fotográfico de estudo dos processos nucleares e sua descoberta que levou ao descobrimento dos mésons".
A razão para esta aparente negligência é que a política do Comitê do Nobel até 1960 era dar o prêmio para o líder do grupo de pesquisa, somente. O brasileiro, no entanto, nunca foi contemplado. No museu de Niels Bohr, em Copenhague, Dinamarca, há uma carta em que está escrito "Por que César Lattes não ganhou o Prêmio Nobel - abrir 50 anos depois da minha morte". Como Bohr morreu em 1962, em 2012 seria o em que supostamente saberíamos a resposta do enigma. Mas isso não aconteceu.
César Lattes e José Leite Lopes
Reconhecimento
Em sua homenagem, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) batizou o sistema utilizado para cadastrar cientistas, pesquisadores e estudantes como o nome de Plataforma Lattes. A Plataforma Lattes é uma base de dados de currículos e instituições das áreas de Ciência e Tecnologia (C&T). O Currículo Lattes registra a vida profissional dos pesquisadores sendo elemento indispensável à análise de mérito e competência dos pleitos apresentados, atualmente, a quase todas as agências de fomento no Brasil.
1948 - Cavaleiro da Grande Cruz , outorgado pela Ordo Capitulares Stellae Argentae Crucitae;
1951 - Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências;
1953 - Prêmio Ciências, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura;
1957 - Prêmio Evaristo Fonseca Costa, do Conselho Nacional de Pesquisas;
1972 - Cidadão Honorário Boliviano;
1973 - Medalha Carneiro Felipe, do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
1977 - Pelo governo da Venezuela, que lhe conferiu a Comenda Andrés Bello;
1978 - Organização dos Estados Americanos (OEA) lhe outorgou o prêmio Bernardo Houssay;
1987 - Prêmio em Física, da Academia de Ciências do Terceiro Mundo, no ICTP - The Abdus Salam International Centre For Theoretical Physics, sediado em Trieste, Itália;
1989 - Medalha Santos Dumont;
1992 - Símbolo do Município de Campinas;
Centro de Estudos Astronômicos César Lattes de Minas Gerais;
Biblioteca Central César Lattes (UNICAMP);
Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes, Campus do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - Campinas;
Auditório César Lattes - Usina de Itaipú;
Grêmio Estudantil César Lattes (UTFPR);
Centro Acadêmico dos cursos de Matemática e Física da Universidade de Taubaté (UNITAU);
Associação Atlética Acadêmica César Lattes (AAACeL) - Atlética dos cursos de Física (bacharel e licenciatura) e do curso integrado em Física, Matemática e Matemática Aplicada Computacional da Unicamp.
Citações
"A ciência deve ser universal, sem dúvida. Porém, nós não devemos acreditar incondicionalmente nisto."
"A ciência universal seria o ideal. Mas a prática é bem diferente. Felizmente, todo segredo dura pouco."
Morte
César Lattes aposentou-se em 1986, quando recebeu o título de Doutor Honoris Causa e Professor Emérito pela Universidade de Campinas. Mesmo aposentado ele continuou a viver em uma casa no subúrbio próxima ao campus da universidade. Ele morreu vítima de um ataque cardíaco, aos 80 anos, no dia 08/03/2005.
Integrou o "Trio de Osso", ao lado de Lamartine Babo e de seu esposo Heber de Bôscoli. O trio apresentava o divertido programa "Trem da Alegria", nos áureos tempos da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Na TV, Yara Salles trabalhou em "Coração Alado" (1980), "Cabocla" (1979) e "Nuvem de Fogo" (1963), entre outras novelas.
Fez apenas um filme, "Prá Lá de Boa" no início da década de 50.
Yara Salles era a mãe adotiva do ator Perry Salles.
Resistiu a ir para a TV por querer só se dedicar ao rádio, mas acabou chegando às novelas em 1979, para viver a Dona Generosa da novela "Cabocla". Depois, ao lado do filho e da nora, Vera Fischer, fez a novela "Coração Alado", onde viveu a personagem Dalva.
Ela morreu na cidade de Bananal após sofrer o terceiro infarto.
Yara Cortes começou a carreira incentivada pelos professores do colégio, onde se apresentava em festas do ginásio. Antes de ingressar definitivamente na carreira de atriz, chegou a trabalhar profissionalmente como enfermeira e aeromoça.
A carreira deslanchou quando entrou para um concurso da Companhia de Teatro Dulcina, onde ganhou seu primeiro prêmio e um contrato. Foi neste momento que Odete Cipriano Serpa assumiu o pseudônimo de Yara Cortes.
Sua estréia foi na peça "Mulheres", em 1948, na Companhia Dulcina-Odilon.
Em 1951 começou a atuar nos teleteatros da TV Tupi e, em 1959, estreou no cinema, no filme "O Palhaço O Que É?".
Yara Cortes também participou da Companhia Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Sérgio Britto. O grupo fez sucesso ao encenar a peça "O Mambembe" no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Depois de acumular experiência nas principais companhias de teatro de São Paulo e do Rio de Janeiro na década de 60, ela estreou na tevê na novela "Acorrentados", de Janete Clair, em 1969.
Yara Cortes ingressou na TV Globo no dia 01/08/1975, onde trabalhou em minisséries e novelas. Os papéis de maior destaque foram Dona Xepa, da novela homônima, e Carolina, na novela "O Casarão". Yara Cortes ainda brilhou em "Marrom Glacê" (1979), "Ti-Ti-Ti" (1985), "Roda de Fogo" (1986), "Mandala" (1987), "História de Amor" (1995), "A Viagem" (1994) e no seriado "O Bem Amado" (1980 - 1984).
Yara Cortes faleceu aos 81 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória. Ela sofria de câncer de pulmão.
Cinema
1974 - Rainha Diaba ... Violeta
1973 - Obsessão
1972 - Jerônimo, O Herói de Sertão ... Tabarra
1971 - Viver de Morrer
1959 - O Palhaço O Que É?
Televisão
1995 - História de Amor ... Olga Moretti Miranda
1994 - A Madona de Cedro ... Emerenciana
1994 - A Viagem ... Maroca
1991 - Felicidade ... Filó
1990 - Mico Preto ... Cristina
1989 - Top Model ... Norma
1989 - Pacto de Sangue ... Afrosina
1988 - O Pagador de Promessas ... Dagmar
1987 - Mandala ... Conchita
1986 - Roda de Fogo ... Joana Garcez
1985 - Ti Ti Ti ... Júlia
1985 - Tenda dos Milagres ... Zabela
1984 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
1983 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
1982 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
1981 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
1980 - O Bem Amado (Série) ... Delegada Chica Bandeira
1980 - Chega Mais ... Clô (Participação no 1º Capítulo)
1979 - Marron Glacé ... Clô
1978 - Pecado Rasgado ... Alice
1977 - Dona Xepa ... Dona Xepa
1976 - O Casarão ... Carolina
1975 - O Grito ... Carmem
1974 - O Rebu ... Maria Angélica de Lara Campos (Bubu)