Tavito

LUÍS OTÁVIO DE MELO CARVALHO
(71 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ Belo Horizonte, MG (26/01/1948)
┼ São Paulo, SP (26/02/2019)

Tavito, nome artístico de Luís Otávio de Melo Carvalho, foi um cantor, compositor e instrumentista nascido em Belo Horizonte, MG, no dia 26/01/1948. Algumas canções compostas por Tavito tornaram-se grandes sucessos, como "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) e "Casa No Campo" (Tavito e Zé Rodrix). Também ficou conhecido pela composição, ao lado de Aldir Blanc, do jingle que virou tema nas transmissões da TV Globo da vitoriosa Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994.

Aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Autodidata, logo em seguida começou a participar de serenatas e a atuar em festas em sua cidade natal, além de compor suas primeiras canções.

Tavito é companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965, conheceu Vinicius de Moraes, que se encantou com a sua performance ao violão. Foi, então, convidado por ele para acompanhá-lo em alguns shows pela cidade de Belo Horizonte, MG. 

Cursou o 1º ano de Desenho Industrial na Universidade Mineira de Arte, mas abandonou os estudos decidindo-se pela profissão de músico. Mudou-se, então, para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como professor de violão.


Em 1969, participou do Festival Universitário da TV Tupi, no Rio de Janeiro, com a canção "Terça- Feira" (Tavito, Werther Jacques e Antônio Gil), interpretada pelo conjunto Os Três Moraes.

Em 1970, foi convidado por Milton Nascimento para formar uma banda que acompanhasse o cantor e compositor em shows. Nasceu o Som Imaginário, integrado também por Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luís AlvesZé Rodrix, Frederyko e Laudir de Oliveira, mais tarde substituído por Naná Vasconcelos. Ainda em 1970, o grupo defendeu a canção "Feira Moderna" no V Festival Internacional da Canção, na TV Globo, classificando-a em 6º lugar. Tavito gravou três LPs com o conjunto. Nessa época, começou a compor com Mariozinho Rocha, Eduardo Souto Neto e Zé Rodrix.

Em 1971, concorreu com "Casa No Campo" (TavitoZé Rodrix) no VI Festival Internacional da Canção na TV Globo. A canção viria a se tornar um de seus maiores sucessos na voz de Elis Regina. Nessa época já era reconhecido no meio artístico, então começou a participar de gravações com inúmeros intérpretes, tocando tanto o violão quanto a viola de 12 cordas, seu elemento diferencial como instrumentista.

Em 1972, foi convidado por José Scatena para ingressar no mercado publicitário paulista, como compositor de jingles e trilhas comerciais. Mudou-se para São Paulo e em seis meses já era um dos mais requisitados jinglistas dessa cidade.

Em 1973 o Som Imaginário se dissolveu, e seus integrantes partiram para carreiras individuais.


Em 1974, de volta ao Rio de Janeiro, continuou atuando na área publicitária, contratado por diversas produtoras de jingles cariocas. Logo em seguida, montou sua própria empresa, a Zurana Criação e Produção, que viria a se tornar uma das maiores produtoras de jingles do Brasil.

Em 1979, por indicação de Fernando Adour, gravou seu primeiro LP como cantor solista, "Tavito", lançado no ano seguinte pela gravadora CBS. O disco incluiu "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), canção bastante executada e que remete à sua antiga admiração pelo conjunto The Beatles, além de "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja) e "Longe do Medo" (Tavito, Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras.

Na década de 80, lançou os LPs "Tavito II" (1982) e "Tavito III" (1983).

Em 1984, gravou um compacto simples com "Simpatia" (Tavito e Ricardo Magno) e "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno). Decepcionado com a pouca divulgação do disco, passou a compor somente para outros intérpretes.

Ao longo de sua carreira artística, Tavito atuou também como produtor de discos, tendo sido responsável por trabalhos de Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra, entre outros. Assinou, ainda, arranjos vocais para vários artistas, destacando-se Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Ivan Lins.


Até 1992, realizou diversos shows pelo Brasil. A partir desse ano, passou a dedicar-se exclusivamente à composição, aos arranjos e à publicidade.

Em 2004, voltou ao cenário artístico, apresentando-se nos espaços cariocas Panorama e Mistura Fina. Nesse mesmo ano, finalizou a gravação de mais um disco, contendo suas canções "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja), "Começo, Meio e Fim" (Tavito e Ney Azambuja), "Aquele Beijo" (Tavito e Ney Azambuja), "O Primeiro Sinal" (Tavito e Ney Azambuja), "O Dia Em Que Nasceu Nosso Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "A Sorte Grande do Amor" (Tavito e Luiz Carlos Sá), "Um Certo Filme" (Tavito e Rocknaldo), "Água e Luz" (Tavito e Ricardo Magno), "Gostosa" (Tavito e Ricardo Magno), "Hoje Ainda é Dia de Rock (Zé Rodrix e Guarabyra), "Cowboy" (Eduardo Souto Neto e Paulo Sérgio Vallle) e "Naquele Tempo" (Mariozinho Rocha e Renato Corrêa). Ainda em 2004, sua canção "Rua Ramalhete" (Tavito e Ney Azambuja) tornou-se hino oficial da cidade de Belo Horizonte.

Constam da relação dos intérpretes de suas canções Zé Rodrix, Amelinha, Jane Duboc, Leny Andrade, Golden Boys, Erlon Chaves, Paul Mauriat, Elis Regina, Rosa Marya Colin, Roupa Nova, Zizi Possi, Ronnie Von, Selma Reis, Rosemary, Erasmo Carlos, Vânia Bastos, Sandra de Sá, Zé Ramalho, Affonsinho, Biafra, Trio Esperança, Pery Ribeiro, entre outros.

Seu mais recente trabalho foi o CD "Mineiro", em que mostra sua verve eclética e multifacetada, com parceiros novos e também com os consagrados.

Morte

Tavito faleceu na manhã de terça-feira, 26/02/2019, em São Paulo, SP, aos 71 anos. Tavito estava internado há uma semana no Hospital Sancta Maggiore, no bairro Pinheiros, para tratar um tumor de orofaringe, região que envolve boca, língua, palato e faringe.

A filha de Tavito, Júlia Carvalho, informou, por meio do Facebook, que o pai será velado no cemitério da Vila Alpina a partir das 23h00. A cremação ocorrerá no crematório da Vila Alpina, na quarta-feira, 27/02/2019, às 11h00.

Lô Borges, também por meio do Facebook, lamentou a morte do parceiro:
"Partiu hoje meu grande e talentoso amigo Tavito, que tanto contribuiu para a Música Popular Brasileira e, em especial, para a música do Clube da Esquina. Descanse em paz, querido amigo!"
Discografia
  • 1970 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1971 - Som Imaginário (Odeon)
  • 1973 - Som Imaginário - Matança do Porco (Odeon)
  • 1979 - Tavito (Discos CBS / Sony Music, LP e CD)
  • 1981 - Tavito 2 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1982 - Número 3 (Discos CBS / Sony Music, LP)
  • 1983 - Simpatia / Água e Luz (Discos CBS / Sony Music, Compacto Simples)
  • 2009 - Tudo (Tratore, CD e LP Promocional)
  • 2014 - Mineiro (Tratore, CD)

Indicação: Soraya Veras e Miguel Sampaio
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D'Artagnan Júnior

JOSÉ D'ARTAGNAN JÚNIOR
(58 anos)
Ator

☼ São Paulo, SP (01/01/1961)
┼ Rio de Janeiro, RJ (24/02/2019)

José D'Artagnan Júnior foi um ator nascido em São Paulo, SP, no dia 01/01/1961.

D'Artagnan Júnior participou de mais de 20 trabalhos na televisão, entre eles "Insensato Coração" (2011), "O Profeta" (2006), "Da Cor do Pecado" (2004), "Kubanacan" (2003) e "Malhação" (1998). O trabalho mais recente de D'Artagnan Júnior foi na novela "Salve Jorge", em 2012.

D'Artagnan Júnior era casado com a autora Maria Carmem Barbosa, que escreveu, ao lado de Miguel Falabella, as novelas "Salsa e Merengue" (1996) e "A Lua Me Disse" (2005).

Morte

José D'Artagnan Junior faleceu no domingo, 24/02/2019, aos 58 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele enfrentava uma doença no fígado há mais de oito anos. Ele havia se internado três semanas antes de falecer, com Pancreatite e Hepatite C.

O velório de D'Artagnan Junior vai ser realizado na terça-feira, 26/02/2019, às 13h00, no Cemitério do Caju, na Região Portuária. O corpo será cremado às 16h00.


D'Artagnan Júnior deixou um filho do relacionamento anterior, chamado Allan.

Filmografia

Televisão
  • 2012 - Salve Jorge ... Aziz
  • 2011 - Aquele Beijo ... Valério
  • 2011 - Insensato Coração ... Reinaldo
  • 2009 - Poder Paralelo ... Deputado Juraci Ramos
  • 2008 - Toma Lá, Dá Cá ... Osvaldo
  • 2008 - Negócio Da China ... Rômulo
  • 2008 - Dicas De Um Sedutor ... Nicolau
  • 2006 - O Profeta ... Gilberto
  • 2006 - Carga Pesada ... Caminhoneiro
  • 2006 - Avassaladores ... Nestor
  • 2006 - Faça Sua História ... Passageiro
  • 2005 - A Lua Me Disse ... Adilson Goldoni
  • 2004 - Da Cor Do Pecado ... Luís
  • 2003 - Kubanacan ... Solano
  • 2002 - O Quinto Dos Infernos ... Rodrigo
  • 1999 - Andando Nas Nuvens ... Arnon
  • 1998 - Labirinto ... Raimundo
  • 1998 - Pecado Capital ... Jaime
  • 1998 - Malhação ... Guga
  • 1997 - O Amor Está No Ar ... Marcelo Martinez
  • 1996 - Salsa e Merengue ... Edgar
  • 1995 - Cara e Coroa ... Jarbas
  • 1994 - Pátria Minha ... Aderbal
  • 1992 - Você Decide ... Vários Personagens
  • 1983 - Maçã Do Amor ... Dalton
  • 1978 - A Sucessora ... José

Cinema
  • 2003 - Apolônio Brasil, Campeão Da Alegria
  • 2002 - Histórias Do Olhar
  • 2001 - Minha Vida Em Suas Mãos
  • 1987 - Anjos Da Noite
  • 1983 - Onda Nova
  • 1976 - O Vampiro De Copacabana


Fonte: Wikipédia
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Isa Rodrigues

ELISA RODRIGUES CORREIA DE MELLO
(88 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (17/07/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2015)

Isa Rodrigues, nome artístico de Elisa Rodrigues Correia de Mello, foi uma atriz nacida em São Paulo, SP, no dia 17/07/1927.

Filha dos também atores Benito Rodrigues BouzaAlzira Rodrigues Bouza, começou a carreira cantando, dançando e sapateando no teatro no final da década de 1930, o que lhe rendeu o título de Shirley Temple Brasileira.

Sua estreia deu-se em Santos, na companhia de Nino Nello e Tom Bill, com um espetáculo de variedades intitulado "O Team da Gargalhada".

Isa Rodrigues tinha 8 anos, mas cantou e dançou como gente grande. A menina agradou tanto que passou a integrar o elenco da companhia, que viajava pelo Estado de São Paulo. A menina era tão boa que passou a ser anunciada como a grande atração. Apresentava-se cantando e dançando samba e maxixe.

Em 1936, com nove anos de idade, já é conhecida pelo público paulista e também em outros Estados. A família, então, mudou-separa o Rio de Janeiro.

Isa Rodrigues foi chamada a se apresentar em um show no Teatro República, mo Rio de Janeiro, em homenagem à vedete chilena Eva Stachino, que se despedia do Brasil. No dia do grande espetáculo, estavam na plateia Carmen Miranda, Francisco Alves, Orlando Silva, OscaritoAracy Côrtes e Sílvio Caldas.


A menina cantou e dançou com tal desembaraço e graciosidade que foi considerada o maior sucesso da noite. Luís Iglésias, propôs um contrato com a menina, para estrear na sua próxima revista, no Recreio. O pai Benito Rodrigues recusou, pois estava negociando com outra companhia. Luís Iglésias não quis nem saber o fim da história. Cobriu a oferta e ainda contratou, de quebra, os pais. Nascia assim a Shirley Temple brasileira.

Sua estreia aconteceu na revista "É Batatal!", ao lado de gigantes como OscaritoAracy Côrtes e Eva Todor. Ela fez um dueto histórico com Oscarito, cantando "No Tabuleiro da Baiana", na época, recém-gravada por Carmen Miranda. O jogo de cena entre Oscarito e Isa Rodrigues era impagável. A crítica consagrou o surgimento da nova estrela.

A pequena Isa Rodrigues foi capa da tradicional Revista de Theatro, vestida de baiana. Embaixo de sua fotografia, estavam estampados os seguintes dizeres: "Isa Rodrigues, a vedeta de 1937".

E durante os anos seguintes ela explodiu em popularidade. Era como se fosse uma mini-reprodução das grandes vedetes da Praça Tiradentes. Exímia sapateadora, pode-se dizer que foi a primeira criança prodígio na cena teatral brasileira.

Com o fim das apresentações de "É Batatal!", o Recreio lançou "O Palhaço O Que É?", e logo depois "Mamãe Eu Quero" e "Rumo Ao Catete". Isa Rodrigues estava nestes elencos, repetindo o êxito.

"A Menina de Ouro" foi uma revista escrita especialmente para ela. Estreou no Recreio, em 1937, escrita por Freire Jr. e J. Cabral.

Isa Rodrigues e Carlos Melo
A produção apresentava-a como a menor vedete dos palcos brasileiros e, com certeza, dos teatros do mundo. A peça contava a história da americana Shirley Temple que decide tirar umas férias no sul da Califórnia. Para despistar os fãs e a imprensa, forja uma visita ao Brasil, contratando uma sósia brasileira que, se passando pela atriz, comparece a todos os eventos, atuando em cinema e teatro, enganando a todos. Mas a farsa dura pouco tempo: é descoberta e levada a julgamento. Na hora do veredicto, o clímax da peça, Isa Rodrigues tinha uma grande cena dramática, que emocionava todas as noites.

Entre 1937 e 1941, Isa Rodrigues reinou absoluta na Praça Tiradentes. Seu sucesso era enorme. Havia uma multidão se amassando para ver a estrelinha.

Em 1939, depois de excursionar pelo País, Isa Rodrigues perdeu a maior oportunidade de sua vida: Uma proposta para filmar em Hollywood, ao lado da própria Shirley Temple, feita por dois representantes da MGM na América Latina. O pai Benito Rodrigues recusou, pois tinha acabado de renovar com a Cia. Manoel Pinto.

Em 1941, Isa Rodrigues tentou interromper sua carreira para estudar, mas voltou para ajudar as finanças dos pais que dependiam dela. Ela havia crescido no palco.

Em 1950 casou-se com o ator Carlos Mello, pai de seu único filho, Carlos AlbertoIsa Rodrigues tornou-se uma atriz versátil que havia passado com desenvoltura do teatro de revista para a comédia.

Em 1953, aos 26 anos, Isa Rodrigues retornou à revista em "Mulheres de Todo o Mundo", no Teatro Carlos Gomes, ao lado da amiga desde os tempos do Recreio, Dercy Gonçalves. A ex menina-prodígio e revelação na comédia, pela primeira vez, veste maiô e bota as pernas de fora. O público e a crítica adoraram. Com Dercy Gonçalves ainda atuaria em "Bomba da Paz", no João Caetano. Agora como vedete passou por muitas companhias.


Em 1955, foi elevada ao estrelato como vedete na temporada paulista com Colé Santana, no Teatro Alumínio. Encabeçou o elenco de "Gostei Demais..." e "Gente Bem & Champanhota", onde substitui Nélia Paula. Aproveitou a estada em São Paulo para filmar seu primeiro longa-metragem, "Eva No Brasil".

Estrelou outras revistas como "Te Futuco... Num Futuca" (1959) e "Rio, Amor e Fantasia" (1960). Sua especialidade eram os números de samba e as cenas cômicas. Isa Rodrigues, com Consuelo Leandro e Sônia Mamede, sabia fazer a caricata bonita, engraçada e sensual, ao mesmo tempo.

Em 1962, Isa Rodrigues era a artista mais bem paga da TV Excelsior. Ao lado de outros egressos do Teatro de Revista, participou dos mais célebres programas humorísticos como "Noites Cariocas", "O Riso é o Limite", "Vovô Deville" e "Times Square".

Nos anos 1970, participava dos programas do Chico Anysio e dos Trapalhões da TV Globo.

No cinema, Isa Rodrigues participou de "Eva no Brasil" (1956), "Marido de Mulher Boa" (1960), "E Eles Não Voltaram" (1960), "Três Colegas de Batina" (1962), quando foi dirigida por Darcy Evangelista e atuado com Eliana Macedo e o Trio Irakitan, e "Sexomaníaco" (1976).

Sua despedida dos palcos aconteceu em 1985, com a peça "Viva a Nova República" encenado no Copacabana Palace, ao lado de Íris Bruzzi e Milton Moraes.

Após a despedida dos palcos, Isa Rodrigues se dedicou integralmente a família.

Em 1990, com a morte do marido, também ator, Carlos José Correia de Mello, por vontade própria decidiu mudar-se para o Retiro dos Artistas, onde viveu até falecer, no dia 15/12/2015, aos 88 anos.

Isa Rodrigues e Zé Trindade
Filmografia

  • 1976 - O Sexomaníaco
  • 1962 - Três Colegas de Batina
  • 1960 - E Eles Não Voltaram
  • 1960 - Marido de Mulher Boa
  • 1956 - Eva no Brasil

Fonte: Wikipédia e "As Grandes Vedetes do Brasil" (Neyde Veneziano)
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Antonieta de Barros

ANTONIETA DE BARROS
(50 anos)
Jornalista, Professora, Escritora e Política

☼ Florianópolis, SC (11/07/1901)
┼ Florianópolis, SC (28/03/1952)

Antonieta de Barros foi uma jornalista, professora, escritora e política nascida em Florianópolis, SC, no dia 11/07/1901.

Antonieta de Barros era filha de ex-escrava, que trabalhava na casa do político Vidal Ramos, pai de Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado, que chegou a assumir por dois meses a Presidência da República.

Ela foi inspiração para o Movimento Negro, foi apagada dos livros de história, tendo sido uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do país. Foi a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular.

De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.

Em 1922, a normalista fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964.


Professora de português e literatura, Antonieta de Barros exerceu o magistério durante toda a sua vida, inclusive em cargos de direção. Foi professora do atual Instituto de Educação entre os anos de 1933 e 1951, assumindo sua direção de 1944 a 1951, quando se aposentou.

Antonieta de Barros notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do Estado de Santa Catarina.

Eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, filiada ao Partido Liberal Catarinense (PLC), cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo. Atuou na Assembléia Legislativa de Santa Catarina até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.

Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático (PSD) e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Na ocasião, continuou lutando pela valorização do magistério: exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.

Eleita para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país. Atuou como professora, jornalista e escritora, destacando-se pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão.


Além da militância política, Antonieta de Barros participou ativamente da vida cultural de seu Estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito.

Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa, em 1930, e escreveu artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, escreveu em 1937 o livro "Farrapos de Ideias". Foi por intermédio dele que Antonieta de Barros enveredou pelos caminhos da política.

Ao longo de sua vida, Antonieta de Barros atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas idéias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina concede anualmente a Medalha Antonieta de Barros a mulheres com relevantes serviços em defesa dos diretos da mulher catarinense, e seu nome foi dado ao túnel da Via Expressa Sul, em Florianópolis.

 Antonieta de Barros nunca se casou.

Morte

Antonieta de Barros faleceu em 28/03/1952, aos 50 anos de idade, e está sepultada no Cemitério São Francisco de Assis em Florianópolis, SC.

Meire Nogueira

MEIRE NOGUEIRA MAZOLLA
(78 anos)
Atriz e Apresentadora de Televisão

☼ Onda Verde, SP (21/01/1940)
┼ Curitiba, PR (05/12/2018)

Meire Nogueira Mazolla, mais conhecida como Meire Nogueira, foi uma atriz e apresentadora de televisão, nascida em Onda Verde, SP, no dia 21/01/1940.

Meire Nogueira produziu e apresentou vários programas na televisão e no rádio, chegando a conquistar o Troféu Imprensa e o Troféu Roquette Pinto.

Em 1966, Meire Nogueira recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo, já em sua primeira edição, das mãos do então governador Ademar de Barros.

Quando tinha apenas um ano de idade, sua família se mudou para Rolândia, no Paraná. Anos depois, passou a morar em Curitiba, estudando no Colégio Nossa Senhora de Lourdes até transferir-se para o Instituto de Educação do Paraná. Posteriormente, cursou Direito na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).


Em São Paulo, iniciou sua carreira de comunicadora, atuando como garota-propaganda, jornalista e radialista. Eleita Miss Inverno, recebeu como prêmio um contrato com a TV Record.

Entre 1964 e 1968, apresentou um dos primeiros programas infantis da televisão: "Meire, Meire Queridinha" na TV Tupi.

Em 1995, criou e patenteou o programa "Tempo de Viver", o primeiro dirigido ao público da chamada terceira idade. O programa ficou cinco anos no ar pela Rede Vida de Televisão.

De 2000 a 2002 comandou o programa "A Casa é Sua" na RedeTV!.


Em Brasília, durante um ano, apresentou o programa  "Meire Nogueira & Cia", falando sobre política e economia.

De volta ao Paraná, comandou, na TVE Paraná, o programa de variedades "Alegria de Viver". Também comandou programas na TV Evangelizar e TV Iguaçu.

Como atriz, Meire Nogueira participou do filme "Um Marido Barra-Limpa" (1957) e das novelas "Estrelas no Chão" (1967), "O Preço de Uma Vida" (1965), "Gutierritos, o Drama dos Humildes" (1964) e "O Direito de Nascer" (1964).

Meire Nogueira foi casada com o ator Carlos Zara, o empresário Alberto Trabulsi, com o fazendeiro Carlos Consoni e com o juiz José Ruy Borges Pereira.

Morte

Meire Nogueira faleceu na noite de quarta-feira, 05/12/2018, aos 78 anos, em Curitiba, PR. Ela lutava contra um câncer, descoberto tão somente há um mês. Ela estava se tratando, passou por cirurgia, mas houve complicações no quadro clínico. Meire Nogueira precisou ficar internada, entrou em coma e não resistiu.

O corpo foi velado no Salão Jade da Capela Vaticano, na rua Desembargador Hugo Simas, número 26, em Curitiba, PR. O sepultamento ocorreu no dia 06/12/2018, durante a tarde, no Cemitério Municipal da Água Verde.

Fonte: Wikipédia

Caio César

CAIO CÉSAR CARDOSO DE MELO
(27 anos)
Ator, Dublador e Policial Militar

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/09/1988)
┼ Rio de Janeiro, RJ (30/09/2015)

Caio César Cardoso de Melo foi um ator, dublador e policial militar nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/09/1988.

Caio César era mais conhecido por ser a voz oficial dos personagens Harry Potter da série homônima e Diego Bustamante em "Rebelde". Ele começou sua carreira em meados dos anos 90, aos quatro anos de idade, dublando o personagem principal na série "Gênio do Barulho".

Filho de Cid Cardoso e Ana Maria de Melo, além de ser ator e dublador, Caio César foi Policial Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), lotado na Unidade de Polícia Pacificadora da Fazendinha.

Foi muito amigo de seus colegas de dublagem Charles Emmanuel e Luísa Palomanes, os quais dublaram, respectivamente, Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) da saga "Harry Potter".

Morte

Caio César foi morto na tarde de quarta-feira, 30/09/2015, durante um patrulhamento de rotina na região do Campo do Sargento, no Complexo do Alemão, dois dias após seu aniversário de 27 anos.

Caio César foi baleado no pescoço por um tiro de fuzil quando patrulhava a região e foi surpreendido por criminosos, segundo a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), por volta das 11h00. O soldado foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

Trabalhos

  • Harry Potter (Daniel Radcliffe) ... Harry Potter
  • Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) ... A Mulher de Preto
  • Maps (Daniel Radcliffe) ... Um Verão Para Toda a Vida
  • Mark Pendell (Daniel Radcliffe) ... O Alfaiate do Panamá
  • Igor Straussman (Daniel Radcliffe) ... Victor Frankenstein
  • David Copperfield (Daniel Radcliffe) ... David Copperfield (2ª Dublagem)
  • Giosuè Orefice (Giacomo Coppini) ... A Vida é Bela
  • Ronald "Ronnie" Chu (Aaron Yoo) ... Paranóia
  • Scott Brody (Alexander Pollock) ... Como Cães e Gatos
  • Alan Tracy (Brady Corbet) ... Os Thunderbirds
  • Samuel Martin (Bryan Chafin) ... O Patriota
  • Jack Banning (Charlie Korsmo) ... Hook - A Volta do Capitão Gancho (DVD)
  • Tantor (Criança) ... Tarzan
  • Linguado (Criança) ... A Pequena Sereia II: O Retorno Para o Mar
  • Luca (Charlie Lucas) ... Chá Com Mussolini
  • Tommy em Barbie ... O Quebra Nozes
  • Evidence Room Kid #1 (Charlie Stewart) ... Animal
  • Brad (Christoph Sanders) ... Legalmente Loiras
  • Noelie Griffin (Ciarán Fitzgerald) ... Tempos de Rebeldia
  • Kirby Bigger (Cody McMains) ... Inimigos Para Sempre
  • Jovem Boba Feet (Daniel Logan) ... Star Wars Episódio II: Ataque dos Clones
  • Charlie (Blake Michael Bryan) ... Jurassic Park III
  • Adam (Marc Donato) ... A Corrente do Bem
  • Nathan Jenkyll (Kevin M. Horton) ... American Pie - O Livro do Amor
  • Tony Thompson (Jonathan Lipnicki) ... O Pequeno Vampiro
  • Rafe (Jesse James) ... Pearl Harbor
  • Ryan "T-Dog" Anderson (Troy Gentile) ... Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor
  • Lúcio (Spencer Treat Clark) ... Gladiador
  • Piggy (Danuel Popily) ... O Senhor das Moscas
  • Raymond (Aldis Hodge) ... Duro de Matar 3: A Vingança
  • Roger Bomman (Joseph Gordon-Levitt) ... Os Anjos Entram em Campo
  • Andre (Lewis Crutch) ... Charlotte Gray - Uma Paixão sem Fronteiras
  • Alexander (Benjamin Brock) ... Uma Noite Mágica
  • Joey (Aidan Drummond) ... De Porta em Porta
  • Christopher Ives (Christopher Joel Ives) ... À Espera de um Milagre
  • James Jr. (Clint Lienau) ... Divinos Segredos
  • Johnny Sullivan (Daniel Henson) ... Alta Frequência
  • Darryl (Daniel Williams) ... Garantia de Vida
  • Jovem Wayne (Devin Douglas Drewitz) ... Mulher Infernal
  • Babe ... Babe - O Porquinho Atrapalhado na Cidade
  • Bebê Urso ... Shrek
  • Sokka ... Avatar: A Lenda de Aang
  • Cabeçadura ... Como Treinar o seu Dragão e Dragões: Pilotos de Berk
  • Botas ... Dora, a Aventureira
  • Christopher Robin ... As Novas Aventuras do Ursinho Puff
  • Max ... Historinhas de Dragões
  • Kovu ... O Rei Leão 2: O Reino de Simba
  • Corujão ... Mecanimais
  • Orbit ... Rob, o Robô
  • Jimmy ... Du, Dudu e Edu
  • T.J. Henderson (Tahj Mowry) ... Gênio do Barulho
  • Otto Rocket ... Rocket Power
  • Olie ... O Mundo Redondo de Olie
  • Otto ... Esquadrão do Tempo
  • Chip ... Os Jovens Titãs
  • Stuart e Antonio ... Beyblade
  • Jim ... Beyblade V-Forces: A Origem da Corrida de Dragões
  • Hiro Granger ... Beyblade G-Revolution
  • Walkatruta e Iguana Ártica ... Ben 10: Omniverse (2ª dublagem)
  • Príncipe Chiclete ... Hora de Aventura (2ª dublagem)
  • T.K ... Digimon, Digimon 2 e Digimon: O Filme
  • Diego Bustamante (Christopher Uckermann) ... Rebelde
  • Dillon o Ranger Preto ... Power Rangers: RPM
  • Donnie Turnbull ... Robotboy
  • João Monroy (Rodrigo Soberón) ... O Diário de Daniela
  • Ucker (Christopher Uckermann) ... RBD, La Familia
  • Lars ... O Ursinho Polar
  • Bear ... De Férias Com o Ex
  • Lloyd ... Lloyd no Espaço
  • Leonardo Leopoldo ... A Turma do Pererê
  • Alvinho Jones ... Luluzinha
  • Robert Topping ... Assassin's Creed Syndicate
  • Yuki ... Beyblade Metal Fury
  • Nicholas "Nicky" Banks (Ross Bagley) ... Um Maluco no Pedaço
  • Fleck ... iCarly
  • Cavaleiro ... Unicórnios e Dinossauros
  • Paulinho (Luciano Corigliano) ... Amy, a Menina da Mochila Azul

Fonte: Wikipédia

Bibi Ferreira

ABIGAIL IZQUIERDO FERREIRA
(96 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Diretora

☼ Rio de Janeiro,, RJ (01/06/1922)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/02/2019)

Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, foi uma atriz, cantora, compositora e diretora, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 01/06/1922. Era filha do ator Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo.

Fez sua estreia teatral aos 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de autoria de Oduvaldo Vianna, substituindo uma boneca que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Logo após, os pais se separaram e Bibi Ferreira passou a viver com a mãe, que foi trabalhar na Companhia Velasco, uma companhia de teatro de revista espanhola. Seu primeiro idioma, até os quatro anos, foi o espanhol. O idioma português e o grande amor pela ópera ela viria a aprender com o pai.

De volta ao Brasil, tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro. Entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia do pai.

Aos nove anos teve negada a matrícula no Colégio Sion, em Laranjeiras, por ser filha de um ator de teatro. Completou o curso secundário no Colégio Anglo-Americano.

Sua estreia profissional nos palcos aconteceu em 28/02/1941, quando interpretou Mirandolina, na peça "La Locandiera".


Em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda Becker, Maria Della Costa e a diretora Henriette Morineau. Pouco mais tarde, foi para Portugal, onde dirigiu peças durante quatro anos, com grande sucesso.

Participou em várias peças em Portugal com grande sucesso, principalmente teatro de revista, entre as quais:
  • 1957 - "Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades
  • 1957 - "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória
  • 1958 - "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória
  • 1959 - "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória
  • 1960 - "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória

Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, como "Minha Querida Dama" (My Fair Lady), estrelado por Bibi Ferreira e Paulo Autran. Nessa época atuou também em musicais de teatro e televisão. Em 1960, iniciou a apresentação na TV Excelsior de São Paulo, de "Brasil 60 (61, 62, 63...) conforme o ano. Um programa ao vivo, que durante dois anos levou à televisão os maiores nomes do teatro.


Bibi Ferreira participou, atuando ou dirigindo, de alguns dos grandes espetáculos teatrais e musicais montados no Brasil.

Em 1970, dirigiu "Brasileiro, Profissão: Esperança", de Paulo Pontes. Foi numa das versões desse espetáculo que pela primeira vez dirigiu a cantora Maria Bethânia, na outra versão dirigiu Clara Nunes.

Em 1972, atuou em "O Homem de La Mancha" ao lado de Paulo Autran, com tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, além das versões de Chico Buarque e Ruy Guerra para as canções.

Em 1975, participou de "Gota d'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes.

Em 1976, dirigiu Walmor Chagas, Marília Pêra, Marco Nanini e 50 artistas em "Deus Lhe Pague", de Joracy Camargo.

Na década de 1980, dirigiu de textos comerciais a peças de dramaturgia sofisticada, de musicais de grande porte a dramas intimistas. Em 1980, dirigiu "Toalhas Quentes", de Marc Camoletti.


Em 1981, "Um Rubi no Umbigo", de Ferreira Gullar, e "Calúnia", de Lillian Hellman. No mesmo ano, com sua produção e direção, estreou "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, promovendo a volta aos palcos de Dulcina de Moraes, após vinte anos de ausência.

Em 1983 voltou aos palcos com "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção", espetáculo de grande sucesso de público e crítica. Por sua atuação recebeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984 e, no ano seguinte, da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo (APETESP) e Governador do Estado. O espetáculo, que fez muitas viagens, permaneceu seis anos em cartaz e, em quatro anos, atingiu um milhão de espectadores, incluindo uma temporada em Portugal, com atores portugueses no elenco.

Dirigiu ainda inúmeros programas de televisão e shows de artistas da música popular brasileira, como Maria BethâniaClara Nunes nos anos 70 e 80.

Nos anos 90, Bibi Ferreira reviveu seus maiores sucessos, remontando "Brasileiro, Profissão: Esperança" e fazendo um espetáculo em que cantava canções e contava histórias de Piaf.

Em "Bibi In Concert", comemorou 50 anos de carreira e, depois de anos de temporada, fez o "Bibi In Concert 2".

Bibi Ferreira Anos 60 na peça "My Fair Lady"
Em 1996 recebeu o Prêmio Sharp de Teatro. Encenou "Roque Santeiro", de Dias Gomes, em versão musical.

Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera, "Carmen" de Georges Bizet.

Em 2003, na Marquês de Sapucaí recebeu homenagem da Escola de Samba Unidos do Viradouro.

Na década de 2010, Bibi Ferreira começou a realizar espetáculos focados em apenas um artista, como a francesa Edith Piaf, a portuguesa Amália Rodrigues, e o americano Frank Sinatra.

Em 2007, após 50 anos afastada do teatro de comédia, voltou aos palcos fazendo "Às Favas Com os Escrúpulos", texto de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares.

Em 2015, entrou para a lista 10 Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Aos 95 anos fez sua turnê de despedida com "Bibi - Por Toda Minha Vida", espetáculo só com músicas brasileiras.

Vida Pessoal

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, era filha do ator carioca Procópio Ferreira e da bailarina argentina Aída Izquierdo. Era neta paterna de portugueses, oriundos da Ilha da Madeira. Pela parte materna, era neta dos espanhóis Antonio Izquierdo e Irma Queirolo.

Bibi Ferreira foi casada seis vezes. Seu primeiro matrimônio durou dez anos, e foi realizado em 29/09/1943, na capital paraguaia, Assunção, com o diretor Carlos Martins Lage. Desquitaram-se em 1953, no Rio de Janeiro.

Em 1954 uniu-se pela segunda vez, com o ator Armando Carlos Magno, primo de Pascoal Carlos Magno. Desta união, teve sua única filha, Tereza Cristina Izquierdo Magno, nascida em 20/08/1954, no Rio de Janeiro. Em 1955 o casal separou-se.

Em 1956 uniu-se com o ator Herval Rossano, de quem se separou em 1958.

De 1963 a 1965, viveu junto com Édson França, e de 1966 a 1967 morou com o ator Paulo Porto.

Seu último casamento durou oito anos, de 1968 a 1976, com o ator Paulo Pontes. A atriz ficou viúva em 27/12/1976.

Bibi Ferreira manteve outros relacionamentos ao longo de sua vida, mas não quis mais casar-se novamente.

Morte

Bibi Ferreira faleceu na quarta-feira, 13/02/2019, aos 96 anos, vítima de parada cardíaca, no Rio de Janeiro, RJ. Segundo Tereza Cristina Ferreira, sua filha, Bibi Ferreira morreu no início da tarde em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A atriz acordou e a enfermeira que a acompanhava percebeu que o batimento cardíaco estava baixo e, por isso, chamou um médico. Tereza Cristina acredita que a mãe morreu dormindo.
"Ela amanheceu normal, acordou tomou seu café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila!"
(Tereza Cristina Izquierdo Magno)

Bibi Ferreira com o pai, Procópio Ferreira, em 1978.
Filmografia

Cinema
  • 2011 - Flávio Rangel - O Teatro na Palma da Mão ... Ela Mesma
  • 1956 - Leonora dos Sete Mares
  • 1949 - Almas Adversas ... Zefa / Georgina
  • 1947 - O Fim do Rio ... Teresa
  • 1936 - Cidade-Mulher

Televisão
  • 1960-1964 - Brasil 60 ... Apresentadora
  • 1960- 1994 - Bibi Sempre aos Domingos ... Apresentadora
  • 1968- 1973 - Bibi Especial ... Apresentadora
  • 1968-1973 - Festival de Carnaval ... Apresentadora
  • Bibi ao Vivo ... Apresentadora
  • 1968 - Curso de Alfabetização Para Adultos ... Apresentadora
  • 1972 - Oscar 1972 ... Apresentadora
  • 1978-1979 - Brasil 79 ... Apresentadora
  • 1984 - Marquesa de Santos ... Dona Carlota Joaquina
  • 1992 - Bibi In Concert ... Ela Mesma

Prêmios e Indicações
  • 1952 - Troféu APCA - Melhor Diretora "A Herdeira" ... Venceu
  • 1961 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Venceu
  • 1962 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1964 - Prêmio Saci - Melhor Atriz "My Fair Lady" ... Venceu
  • 1966 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora "TV Excelsior" ... Indicada
  • 1971 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Venceu
  • 1973 - Troféu Imprensa - Melhor Animadora ... Indicada
  • 1977 - Prêmio Molière - Melhor Atriz "Gota d'Água" ... Venceu
  • 1977 - Troféu APCA - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1984 - Troféu Mambembe - Melhor Atriz "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção" ... Venceu
  • 1984 - Prêmio Molière - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Apetesp - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Pirandello - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1985 - Prêmio Governador do Estado - Melhor Atriz ... Venceu
  • 1996 - Prêmio Sharp - Melhor Atriz "Bibi In Concert 2" ... Venceu
  • 2000 - Festival Internacional da Cultura em Tóquio - Melhor Comunicadora "Curso de Alfabetização Para Adultos" ... Venceu
  • 2003 - Prêmio Shell - Homenagem
  • 2008 - Troféu APCA - Grande Prêmio da Critica ... Venceu
  • 2010 - Troféu Bibi Ferreira e Medalha Procopio Ferreira - Homenagem
  • 2010 - Prêmio Claudia - Homenagem
  • 2011 - Prêmio Contigo de Teatro - Homenagem
  • 2011 - Prêmio APTR - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Aplauso Brasil de Teatro - Homenagem
  • 2012 - Prêmio Bravo! Prime de Cultura - Artista Prime do Ano ... Venceu
  • 2013 - Prêmio Faz Diferença - O Globo - Segundo Caderno - Teatro ... Venceu
  • 2013 - Brazilian Press Awards - Homenagem
  • 2014 - Prêmio Bibi Ferreira - Homenagem

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #bibiferreira

Caio

LUIZ CARLOS TAVARES FRANCO
(63 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/03/1955)
┼ São Luís, MA (12/02/2019)

Luiz Carlos Tavares Franco, também conhecido como Caio, foi um técnico e jogador de futebol que atuava como centroavante. Caio foi jogador profissional do Grêmio entre 1983 e 1984.

Criado no bairro de Madureira na cidade do Rio de Janeiro, Caio teve uma infância humilde. A família tinha mais quatro filhos além de Caio, e o pai, Valter Franco, era fotógrafo.

Quando garoto Caio atuava pelas categorias infantis do Brasil Novo, clube do bairro do Madureira, do qual o seu pai era sócio. Em partida amistosa entre Brasil Novo e Botafogo, Caio teve ótimo desempenho e chamou a atenção de Joca e Joel, treinadores do dente de leite do Botafogo. Imediatamente foi levado pelos dois treinadores para treinar no clube.

Antes, treinando no clube do bairro que morava, no Botafogo, para treinar, pegava o trem de Madureira até a Central do Brasil, indo em seguida para o campo do Botafogo. Como o pai de Caio, Srº Valter, era botafoguense, incentivou o filho a frequentar o chamado dente de leite do alvinegro.

Caio ficou ali dos 11 aos 19 anos, onde foi subindo de categoria, dente de leite, juvenil e profissionais. Conciliava os treinos com os estudos, no Colégio Piedade e posteriormente na Faculdade Gama Filho.


Botafogo: Iniciou a sua carreira profissional no Botafogo como ponta-direita. Estreou no dia 23/05/1975, na derrota para o América em pleno estádio do Maracanã, pelo Campeonato Carioca daquele ano. Porém o jovem Caio não encontrou espaço no Botafogo, pois o time da época contava com ótimo elenco, tendo craques como Zequinha, Gérson e Afonsinho. Caio jogou apenas essa partida pelo Botafogo e foi emprestado ao Madureira por indicação de Zequinha.

Madureira: Pelo Madureira, Caio estreou justamente contra o seu ex-clube, o Botafogo, na derrota por 3 x 0 para o Botafogo. Caio foi um dos destaques da equipe no Campeonato Carioca, apesar do Madureira não ter bom desempenho.

Naquele ano o Campeonato Carioca contava com craques como Adílio, Andrade, Zico e Roberto Dinamite. O então ponta-direita Caio passou quase dois anos na equipe da Rua Conselheiro Galvão, antes de transferir-se, em 1977, aos 22 anos, ao Moto Club por intermédio do Coronel Santana, que havia sido treinador do Maranhão Atlético Clube e que havia conhecido Caio durante um jogo no Rio de Janeiro. 


Moto Clube: Caio já deixou o Rio de Janeiro com o contrato assinado, após ganhar passe livre no clube carioca. Chegou a São Luis em uma quarta feira à tarde, dia 18/05/1977, e à noite já estava nas tribunas do Nhozinho Santos, para acompanhar a vitória do seu novo clube diante do Tupan por 3 x 0.

Sua estréia foi uma semana após a sua chegada, contra o Sampaio Corrêa, na decisão do terceiro turno do Campeonato Maranhense. Apesar do Moto Clube ser derrotado, Caio teve grande desempenho na sua estréia, levando vantagem no confronto com o lateral Ferreira do Sampaio Corrêa.

Pelas grandes atuações, caiu nas graças da torcida motense. Naquele ano, o técnico Marçal escalava o time no esquema 4-3-3, e logo acabou mudando a posição de Caio, de ponta-direita para centroavante. A escalação do Moto Clube da época era: Marão; Célio Rodrigues, Vivo, Irineu e Breno; Tião, Toninho Abaeté (Beato) e Edmilson Leite; Alberto, Paulo César e Caio.

Caio foi Campeão Maranhense em 1977 e disputou o Campeonato Brasileiro daquele ano.

A fama de Turista nasceu por conta do jornalista Herbert Fontenelle que o apelidou assim pelo que vinha acontecendo na época com Caio. Ele simplesmente sumia dos treinos e ia ao Rio de Janeiro, mas depois acabava retornando, conversava com o Cassas de Lima, dirigente do Moto Clube, os problemas se resolviam e Caio retornava aos treinos. Sempre especulava-se que, por falta de acerto no contrato, Caio ia embora para o Rio de Janeiro.

Na verdade, segundo o próprio jogador, o que muita gente não sabia era que o atleta estava noivo e ela ainda residia no Rio de Janeiro. Caio morava em uma pensão na capital São Luis e fugia para visitar a noiva. Até que o presidente do clube Pereira dos Santos, do alto da sua autoridade de major da polícia, prometeu mandar prendê-lo após uma nova sumida. Nunca mais Caio desapareceu, enterrando de vez a mania de viajar sem um aviso prévio. O apelido de Turista, porém, permaneceu até hoje na capital maranhense.

Libertadores da América, 1983.
Paysandu: No inicio de 1978, após um jogo amistoso entre Moto Club e Paysandu, onde o próprio Caio foi o autor de um golaço, ele e Paulo César (destaques da partidas), foram por empréstimo ao Paysandu, para as disputas da Taça de Ouro no primeiro semestre daquele ano.

Após a eliminação precoce do bicolor na competição, ambos retornaram ao Moto Clube para as disputas do Campeonato Maranhense.

Caio retornou a tempo de ver o Moto Clube chegar ao vice-campeonato diante do seu maior rival. No dia 27/06/1979, o Moto Clube venceu o Vitória do Mar por 8 x 0, no jogo em que o treinador Marçal havia colocado Caio como meia-esquerda. Caio anotou três gols na partida.

A essa altura ele já vinha sendo observado por João Avelino, olheiro e auxiliar técnico de Oswaldo Brandão, da Portuguesa de Desportos. João Avelino estava nas arquibancadas durante a goleada contra o Vitória do Mar e não teve dúvidas em levar o meia-esquerda (naquele jogo, pois ele no momento já era centroavante) para o Canindé.

Quando a Portuguesa o procurou, o atleta já havia conseguido o passe livre, porém, renovado por mais um ano com o Moto Clube como gratidão pela passagem pelo rubro-negro. Caio deu ao Moto o direito de negociá-lo para um grande centro como o futebol paulista, mediante é claro os 15% referentes à transação para a Lusa. 


Portuguesa: Caio chegou a Portuguesa no andamento do Campeonato Paulista de 1979, quando Oswaldo Brandão, treinador da Lusa, que foi mandado embora e João Avelino assumiu o cargo. O clube sofreu uma grande reformulação no elenco, chegando alguns bons jovens atletas para o plantel, como Rui Lima, Quaresma, Cacá, Gerson Sodré e o próprio Caio, que terminou o Campeonato Paulista daquele ano como vice-artilheiro, com 19 gols, um a menos que Rubem Feijão, do Santos.

Quando retornou de férias em São Luis, em Janeiro de 1983, Caio não teve o seu contrato renovado com a Lusa, embora ele tenha sido ídolo do clube e um dos grandes nomes do elenco da Portuguesa. O jogador, então, passou a treinar separadamente do grupo, pois ainda tinha período de contrato a cumprir.

Caio ficou na Portuguesa até março de 1983, sem ao menos conseguir deixar a equipe do Canindé entre os quatro primeiros colocados do campeonato paulista durante toda a sua passagem pelo clube. 

As suas grandes atuações e o seu refinado trato com a bola, porém, foram o suficiente para despertar o interesse do Grêmio, que o levou após uma breve negociação. Foi por empréstimo à equipe de Porto Alegre por intermédio de Wilton, preparador físico que trabalhou no São Paulo e que, na época, trabalhava no clube porto-alegrense. 

Caio comemorando o segundo gol na final da Libertadores da America de 1983.
Grêmio: O Grêmio precisava com urgência de um centroavante para a disputa da Taça Libertadores de 1983. Contrataram César, que atuava no futebol português, mas não estava rendendo em campo. Diziam ser pela diferença do calendário entre o futebol brasileiro e o de Portugal. A diretoria, então, oficializou a vinda de Caio, que chegou por empréstimo de 10 meses e na condição de reserva de César.

Na disputa pela titularidade, Caio levou a melhor, pois estava com condicionamento físico adiantado. Foi o centroavante gremista na Copa Libertadores. Vestiu a camisa do Grêmio ao lado de nomes como Renato Portaluppi, Mário Sérgio, Hugo de León e Tita. O treinador era Valdir Espinosa.

Caio foi importante no Grêmio para as conquistas da Copa Libertadores e Mundial de Clubes de 1983. Na final da Libertadores no Estádio Olímpico Monumental, foi dele um dos gols contra o Peñarol do Uruguai.

No Mundial em Tókio, perdeu a condição de titular para o recém chegado Paulo César Caju, que havia sido contratado a pedido do treinador Valdir Espinosa. Anos depois Caio revelou que se sentiu contrariado com a situação, pois ele vinha sendo o titular e ajudou o Grêmio a chegar ao Japão.

Porém, Paulo César Caju não aguentou sequer o primeiro tempo e Caio foi logo lançado a campo. E foi Caio o autor da assistência do tento da vitória gremista sobre o Hamburgo, da Alemanha, por 2 x 1.

Era um momento de maior glória na carreira de Caio. Como prêmio pela conquista, a diretoria Tricolor pagou a cada atleta a quantia de seis mil dólares.

Caio saiu da Portuguesa para o Grêmio por empréstimo com o passe estipulado. Com a proximidade do fim do período de empréstimo o Grêmio contratou Caio em definitivo.

Durante partida pela Libertadores de 1984, Caio teve uma distensão na virilha, da qual não conseguiu se recuperar naquele ano. Apesar do prestígio que tinha no Grêmio, Caio resolveu deixar o clube em dezembro de 1984. O jogador se dizia desacreditado na sua recuperação da lesão e decidiu abandonar os gramados aos 30 anos.

Caio teve propostas de empréstimo para o Santos e Palmeiras, além do Benfica de Portugal ter tentado sua contratação. Mas com a decisão de abandonar os gramados, nada se concretizou e Caio voltou para o Maranhão. 

Caio é o terceiro agachado, com a camisa do Moto Club
Moto Clube: Ao contrário do que muitos pensam, quando deixou o Grêmio, foi para o Maranhão para outro ramo. Investiu em uma rede de Farmácias na cidade. Caio chegou a abrir cinco farmácias, mas os negócios naufragaram.

Em uma dessas peladas de fim de semana na praia, para espanto do agora aposentado jogador, ele não sentiu mais a incômoda contusão que o atrapalhara nos gramados.

Tinha parado com o futebol, mas na época Mário Carneiro, Cassas de Lima, Ibrahim Assub e outros dirigentes do Moto Clube pediram para o jogador atuar pelo clube novamente. Porém, o Grêmio ainda era o dono do passe de Caio, sendo assim, não poderia atuar por outra equipe.

Mário Carneiro foi até Porto Alegre e conseguiu a liberação do atleta para a sua segunda passagem pelo clube maranhense. Ele assinou um contrato diferente que provocou muitas críticas, onde ele não precisaria viajar e nem se concentrar como os demais jogadores. Caio estreou pelo Moto Clube em 1985.

Em 1986 foi emprestado ao Tuna Luso por seis meses, retornando ao Moto Clube após o período.

Caio permaneceu no Moto Clube até 1989, ano do título maranhense. Após a reapresentação do plantel, em janeiro de 1990 foi realizada uma reunião entre o grupo de jogadores, insatisfeitos com os salários atrasados. Neste encontro Caio, um dos mais experientes do grupo confrontou o presidente do clube Edmar Cutrim, encerrando assim seu vínculo com o Moto Clube.

Caio assinou em seguida, por revanchismo, com o Sampaio Corrêa, levado pelo então presidente do seu novo clube, Pedro Vasconcelos

Sampaio Corrêa: Pela Sampaio Corrêa, foi bicampeão maranhense em 1990 e 1991. Abandonou em definitivo os gramados logo em seguida a conquista do bicampeonato, já com 36 anos.

Passou então a trabalhar com escolinhas de futebol pelo Cohatrac em São Luís. Foi treinador e auxiliar pela Caxiense, Tupan, Imperatriz, Maranhão e Moto Club.

A sua última experiência como treinador foi em 2000, pela equipe do Açailândia, onde encerrou a competição na nona colocação.

Volta ao Rio Grande do Sul

Em 2014, aos 59 anos, Caio estava no Maranhão e trabalhava como taxista, sofrendo de um problema de circulação na perna direita (Trombose) que poderia levar a amputação caso não fosse feita uma cirurgia.

Como taxista recebia aproximadamente R$ 1.500,00 mensais e não conseguia pagar pelo procedimento de aproximadamente R$ 15.000.00. O ex-companheiro de Grêmio Renato Portaluppi revelou na época que já havia se oferecido para resolver o problema, mas que Caio por orgulho havia negado a ajuda.

Porém, com a divulgação da notícia, os campeões de 1983, Tarciso, Fábio Koff, Hugo de León, Baidek, Renato e Casemiro, além do empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, montaram uma força tarefa para ajudar seu amigo Caio.

Caio aceitou a ajuda dos amigos, foi para o Rio Grande do Sul onde fez a cirurgia que precisava e acabou fixando residência em Ivoti onde era zelador dos alojamentos do Sport Club Ivoti, clube administrado pela Globalfut que pertence ao empresário Sérgio Cláudio Madalozzo, que o ajudou no momento crítico.

Uma de suas últimas aparições públicas foi no final de 2018. Antes da partida contra o Corinthians, no dia 02/12/2018, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio comemorou o aniversário de 35 anos da conquista do Mundial e, depois de celebrarem a data em um almoço, diretoria e jogadores da época fizeram a festa com torcida na Arena Grêmio, em Porto Alegre. Caio, em cadeira de rodas, teve a companhia de César, Osvaldo, Mazaropi, China, Baidek, Tonho, o ex-técnico Valdir Espinosa e seu auxiliar Zeca Rodrigues.

Morte

Caio faleceu na manhã de terça-feira, 12/02/2019, aos 63 anos, em São Luís, MA. Caio sofria com problemas de saúde como a trombose. Em julho de 2017, ele chegou a ter a perna direita amputada. A outra perna também precisou ser amputada depois.

Títulos
  • 1977 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1983 - FIFA Mundial Interclubes (Grêmio)
  • 1983 - Copa Los Angeles (Grêmio)
  • 1983 - Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1983 - Troféu CEL (Grêmio)
  • 1984 - Vice-campeão da Copa Libertadores da América (Grêmio)
  • 1989 - Campeonato Maranhense (Moto Club)
  • 1990 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)
  • 1991 - Campeonato Maranhense (Sampaio Corrêa)

Indicação: Miguel Sampaio
#famososquepartiram #caio