Carlos Zara

ANTÔNIO CARLOS ZARATTINI
(72 anos)
Ator e Diretor


* Campinas, SP (14/02/1930)
+ São Paulo, SP (11/12/2002)

Antônio Carlos Zarattini, conhecido como Carlos Zara, nasceu em Campinas, no interior de São Paulo. Ele queria ser pianista clássico e estudou por 8 anos, mas, aos 18 anos, mudou-se para capital paulista. Formou-se em engenharia na Escola Politécnica.

Em São Paulo, Carlos Zara fez amizades com pessoas do meio teatral e logo passou a dividir a carreira de engenheiro com a de ator.

Estreou no teatro em 1953 com a peça "Cama Para Três". Era a época do grande Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) onde trabalhavam os principais nomes do cenário teatral. Entre as peças montadas na época salientam-se: "Panorama Visto da Ponte", "Chá e Simpatia", "O Comício" e "Em Moeda Corrente do País".

Depois da estreia nos palcos, Carlos Zara foi trabalhar nos estúdios da TV Record, em 1956.


Carlos Zara como César Reis em "Pai Herói"
Em 1959, participou do teleteatro da TV Tupi, e um ano depois, a convite da TV Record, aceitou o desafio de encenar e dirigir clássicos da literatura no Rio Grande do Sul, no Teatro Record. Ainda na televisão, Carlos Zara fez "Papai, Mamãe e Eu", "O Idiota", "O Pagador de Promessas" e "Chapéu Cheio de Chuva".

Em 1963, Carlos Zara foi chamado para fazer parte do elenco da TV Excelsior, onde, em 1967, fez um de seus papéis mais marcantes, o Capitão Rodrigo, personagem da adaptação para a TV do romance "O Tempo e o Vento", de Érico Veríssimo.

Na televisão, Carlos Zara participou como ator ou como diretor de mais de 30 novelas e minisséries na TV Globo, TV Excelsior e TV Tupi, destacando-se, dentre esses trabalhos, "O Meu Pé de Laranja Lima" (1970), "Nossa Filha Gabriela" (1971), "A Barba Azul"(1974), "Pai Herói" (1979), "Baila Comigo" (1981), "Elas Por Elas" (1982), "Vida Nova" (1988), "Mulheres de Areia" (1993), "Pátria Minha" (1994), "Sassaricando" (1987) e "Cara & Coroa" (1995).


Carlos Zara e Eva Wilma
Seu último trabalho na televisão foi ao lado de sua esposa e também atriz Eva Wilma, com quem foi casado por 23 anos, no seriado "Mulher" (1998). Os dois se conheceram nos bastidores da TV Tupi, na década de 70, onde fizeram vários pares românticos nas principais novelas da emissora e se casaram após o término das gravações da novela "O Julgamento" (1976), em que ambos participavam e a última que fizeram na emissora, já que depois se transferiram para a TV Globo.

Paralelamente ao trabalho na televisão, Carlos Zara desenvolveu uma sólida carreira teatral com um total de 26 peças no currículo.

No cinema, teve atuação mais discreta, tendo participado de apenas cinco filmes, três deles no início da carreira: "Quem Matou Anabela?", "O Pão Que o Diabo Amassou" e "Crepúsculo de Ódios".

Depois, com uma carreira como ator e diretor já consagrada, ele participou de dois sucessos: "Pra Frente, Brasil" (1981) e "Lamarca" (1994), filmes que tinham tudo a ver com o pensamento político dele, que viveu as agruras da Ditadura Militar já que seu irmão, Ricardo Zaratini era guerrilheiro e foi preso político por muito anos.


 Morte

Carlos Zara faleceu aos 72 anos de idade, vítima de falência múltipla de órgãos e insuficiência respiratória provocadas por um câncer de esôfago, após passar cinco dias no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O câncer, descoberto em agosto de 2001, estava sendo tratado com sessões de radioterapia e quimioterapia.

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