Rolando Boldrin

ROLANDO BOLDRIN
(86 anos)
Ator, Apresentador, Cantor e Compositor

☼ São Joaquim da Barra, SP (22/10/1936)
┼ São Paulo, SP (09/11/2022)

Rolando Boldrin foi um apresentador, ator, cantor e compositor nascido em São Joaquim da Barra, SP, no dia 22/10/1936.

Desde pequeno, já tocava viola e aos 12 anos de idade, começou uma empreitada musical com o seu irmão, formando a dupla Boy e Formiga, que era bem sucedida na rádio do município.

Aos 16 anos, devido a incentivos por parte de seu pai, Rolando Boldrin foi para a capital São Paulo, de carona em um caminhão. Lá, antes de emplacar na carreira de cantor, foi sapateiro, frentista, carregador, garçom e ajudante de farmacêutico.

Aos 18 anos serviu o exército no quartel de Quitaúna e, nos anos que se seguiram, dedicou-se à atividade musical.

Rolando Boldrin debutou na música, em 1960, como participante do disco de sua futura esposa, que se tornou sua produtora na época, Lurdinha Pereira.

Em 1974, lançou seu primeiro disco solo, pela Continental, "O Cantadô".


Rolando Boldrin
também teve uma grande experiência como ator de teleteatros da TV Tupi, entre o final da década de 50 e começo da de 60, ao lado de vários nomes como Lima Duarte, Laura Cardoso, Dionísio Azevedo dentre outros.

O livro "A TV Antes do VT" mostra várias passagens do ator na emissora, em fotos registradas das gravações dos programas da TV Tupi, antes da implantação do videotape.

Como ator de televisão, entre as décadas de 1960 e 1980, Rolando Boldrin atuou em diversas novelas na TV Record, TV Tupi e Bandeirantes, em aproximadamente 30 novelas.

Como apresentador de televisão, na década de 80, esteve à frente dos programas "Som Brasil" (TV Globo), "Empório Brasileiro" (Bandeirantes) e "Empório Brasil" (SBT). Seu ultimo trabalho como apresentador foi o programa "Sr. Brasil", pela TV Cultura de São Paulo.

Após atuar como Pedro Melo em "O Tronco" (1999), filme baseado no romance homônimo do escritor goiano Bernardo Élis, recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília.

Rolando Boldrin era casado com Patricia Maia Boldrin, produtora e cenógrafa.

Divulgação da Cultura Brasileira

Aproveitando o espaço na televisão, Rolando Boldrin foi um dos maiores divulgadores da música sertaneja brasileira. Em agosto de 1981, estreou o programa "Som Brasil", na TV Globo, com o objetivo de divulgar a música brasileira de inspiração regional.

Rolando Boldrin contava causos, dançava e exibia peças teatrais e pequenos documentários. Mas o destaque eram as atrações musicais, cujo repertório incluía músicas de cantores e compositores que tinham como fonte a cultura popular brasileira.

Rolando Boldrin deixou o programa em 1984, mas levou a ideia a outros programas apresentados por ele, "Empório Brasileiro", "Empório Brasil" e "Sr. Brasil".

Em 2010, Rolando Boldrin foi tema do desfile da escola de samba Pérola Negra no carnaval de São Paulo com o enredo "Vamos Tirar o Brasil da Gaveta". O seu empenho em ressaltar a cultura nacional foi um dos pontos centrais do desfile.

Em 2022, a TV Cultura homenageou Rolando Boldrin pelos seus 85 anos de vida com a exibição do documentário "Eu, a Viola e Deus", dirigido por João Batista de Andrade.

Morte

Rolando Boldrin faleceu na quarta-feira, 09/11/2022, aos 86 anos, em São Paulo, SP, vítima de insuficiência respiratória e renal, segundo informações da TV Cultura. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein havia dois meses.

O velório de Rolando Boldrin será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) na quinta-feira, 10/11/2022, das 8h00 às 15h00, e será aberto ao público. Ele será velado no Hall Monumental, e o acesso para visitação do público será feito pelo portão do estacionamento localizado na Av. Pedro Álvares Cabral, 201, apenas para pedestres. O sepultamento ocorrerá no Cemitério Gethsêmani Morumbi, às 17h00.

Carreira

Cinema
  • 2017 - O Filme da Minha Vida ... Giuseppe
  • 1999 - O Tronco ... Pedro Melo
  • 1987 - Ele, o Boto ... Narrador
  • 1978 - Doramundo ... Pereira
  • 1958 - Os Miseráveis

Televisão Como Apresentador
  • 2005-2022 - Sr. Brasil (TV Cultura)
  • 1995-1996 - Estação Brasil (TV Gazeta com a Rede CNT)
  • 1989-1990 - Empório Brasil (SBT)
  • 1984-1986 - Empório Brasileiro (Bandeirantes)
  • 1981-1984 - Som Brasil (TV Globo)

Televisão Como Ator
  • 1981 - Os Imigrantes ... Décio
  • 1980 - Pé de Vento ... Junqueira
  • 1980 - Cavalo Amarelo ... Alberto
  • 1979 - Cara a Cara ... Orestes
  • 1978 - Roda de Fogo ... Eduardo
  • 1977 - O Espantalho ... Juca
  • 1977 - O Profeta ... João Henrique
  • 1975 - A Viagem ... Alberto
  • 1975 - Ovelha Negra ... Júlio Monteiro
  • 1974 - Os Inocentes ... Otávio Queiróz
  • 1973 - Mulheres de Areia ... César
  • 1972 - Quero Viver ... Alfredo
  • 1972 - O Tempo Não Apaga ... Bernardo
  • 1971 - Quarenta Anos Depois ... Leôncio
  • 1971 - Os Deuses Estão Mortos ... Barão
  • 1970 - As Pupilas do Senhor Reitor ... Padre José
  • 1969 - Algemas de Ouro ... Cícero
  • 1969 - Seu Único Pecado ... Hélio
  • 1968 - Ana ... César
  • 1968 - O Direito dos Filhos ... Ernesto
  • 1966 - Calúnia ... Belot
  • 1965 - Fatalidade
  • 1965 - Olhos Que Amei ... Alexandre
  • 1964 - Gutierritos, o Drama dos Humildes ... Pedro
  • 1964 - O Direito de Nascer ... Ricardo
  • 1964 - Quem Casa Com Maria? ... Igor
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Padre Juca
  • 1964 - Alma Cigana ... Afonso
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec ... Van Gogh
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • 1960 - TV de Vanguarda
  • 1959 - Senhorita Reed ... Johnson
  • 1958 - O Mordomo e a Dama
  • 1958 - O Comediante ... Cornier
  • 1958 - O Preço da Glória ... Resfriado
  • 1958 - O Grande Amor de Maria Waleska
  • 1954 - A Muralha ... Don Jerônimo Taveira

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RolandoBoldrin

Guilherme de Pádua

GUILHERME DE PÁDIA THOMAZ
(53 anos)
Ator, Pastor e Assassino

☼ Belo Horizonte, MG (02/11/1969)
┼ Belo Horizonte, MG (06/11/2022)

Guilherme de Pádua Thomaz foi um ator, pastor e assassino nascido em Belo Horizonte, MG no dia 02/11/1969.

Guilherme de Pádua ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado brutalmente a atriz Daniella Perez, sua colega de elenco e par romântico na novela "De Corpo e Alma" (1992). Daniella Perez era filha de Gloria Perez, autora da telenovela.

O crime ocorreu em 28/12/1992, quando Guilherme de Pádua, com a ajuda da sua então esposa Paula Nogueira Thomaz (atualmente Paula Nogueira Peixoto), assassinou Daniella Perez utilizando um instrumento perfurocortante (uma tesoura segundo Guilherme de Pádua, um punhal segundo o autor da autópsia).

Nascido em Belo Horizonte, MG, anos depois Guilherme de Pádua deixou a cidade e mudou-se para o Rio de Janeiro, para tentar a carreira artística.

Como ator, atuou no filme alemão "Via Appia" (1989) como o garoto de programa José. Fez uma pequena participação na telenovela "Mico Preto" (1990), interpretando Narciso e, atuou na telenovela "De Corpo e Alma" (1992) como o motorista de ônibus Bira, ambas da TV Globo.

Guilherme de Pádua tinha 23 anos quando cometeu o crime e sua então esposa, Paula Nogueira Thomaz, estava grávida.

Guilherme de Pádua e Daniella Perez
O Assassinato de Daniella Perez

Em 28/12/1992, Guilherme de Pádua assassinou a atriz Daniella Perez, junto com sua então esposa Paula Nogueira Thomaz. A motivação do crime seria profissional, pois Guilherme de Pádua havia "perdido espaço" na novela. Daniella Perez era filha da autora da novela em que atuava e existia o ciúme de Paula Nogueira Thomaz em relação a atriz.

O casal emboscou Daniella Perez em frente a um posto de gasolina, situação vista e confirmada por dois frentistas. Quando Daniella Perez deixou o posto, Guilherme de Pádua, com Paula Thomaz escondida no banco de trás, fechou o carro de Daniella Perez, que desceu do veículo.

Guilherme de Pádua então lhe deu um soco e forçou a atriz a entrar no carro do casal, um Volkswagen Santana. Paula Thomaz então assumiu a direção, enquanto Guilherme de Pádua pegou o Ford Escort da atriz, com o qual seguiu para o local do crime. Foi neste momento que outra testemunha, um advogado, viu a cena e seguiu os dois carros por algum tempo.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz então seguiram até um matagal da Barra da Tijuca, onde mataram a atriz e deixaram seu corpo.

A Folha de S.Paulo escreveu:
"O laudo cadavérico da atriz Daniella Perez indica que ela teve entre 16 e 20 ferimentos. A maioria deles estava concentrada na região mamária esquerda - sobre o coração - e o restante, no pescoço. Os ferimentos causaram uma grande hemorragia interna. O pulmão esquerdo foi perfurado e recebeu muito sangue. O coração apresentava oito perfurações e o pescoço, quatro - uma delas atingindo tecidos profundos e causando infiltração de sangue na traquéia. Além desses ferimentos, o corpo mostrava também escoriações no ombro, que poderiam indicar, de acordo com o médico legista Nelson Massini, que ela tenha sido arrastada."
(Segundo a Folha de S.Paulo)

O crime teria sido motivado por inveja, cobiça e vingança, já que, segundo a acusação, Guilherme de Pádua assediava Daniella Perez em busca de uma maior participação de seu personagem na novela. Sem obter êxito em suas investidas e ao ver que seu personagem não ia aparecer em dois capítulos da novela na semana do crime, acreditou que Daniella Perez teria contado sobre suas perseguições a sua mãe, como forma de prejudicá-lo.

Em entrevista, Gloria Perez explicou que não diminuiu a participação de Guilherme de Pádua na novela para prejudicá-lo. Ela conta que, naquela semana, recebeu ordens superiores da TV Globo para não tratar de sequestro na novela, porém ela já tinha escrito capítulos sobre o tema. Em consequência, muitas cenas tiveram que ser cortadas e foi por isso que o personagem de Guilherme de Pádua na novela acabou sumindo por dois capítulos.

Após o corpo ser encontrado e com a grande repercussão do caso na imprensa, Guilherme de Pádua chegou a ir a delegacia confortar a mãe e abraçar o marido de Daniella Perez.

Investigação Policial, Prisão e Pena

Na noite do assassinato, uma testemunha havia visto uma movimentação estranha no local do crime e anotou detalhes dos carros, como as placas, tendo posteriormente ligado para a polícia. No local onde o corpo foi encontrado, a polícia encontrou apenas o Ford Escort de Daniella Perez, mas não o outro veículo. No entanto, com os dados do outro veículo em mãos, os investigadores foram até o estúdio da TV Globo e reconheceram o carro de Guilherme de Pádua, que se encaixava na descrição da testemunha. Posteriormente, descobriram que o assassino alterou a placa, o que mostra a premeditação do crime.

A Justiça ordenou a prisão em flagrante de Guilherme de Pádua e ele foi preso. Contudo, a prisão do ator durou poucos dias, pois o seu advogado entrou com um recurso e o juiz concedeu-lhe liberdade provisória, sob a alegação de que a prisão em flagrante tinha sido ilegal.

Após sair da cadeia, Guilherme de Pádua desapareceu. Após alguns dias, uma nova decisão judicial decretou a prisão preventiva do ator, que passou a ser considerado foragido. O desaparecimento de Guilherme de Pádua causou revolta e os atores da novela fizeram um mutirão para encontrá-lo, interfonando a esmo em prédios da Zona Sul do Rio de Janeiro, à procura do ator. Após alguns dias foragido, Guilherme de Pádua se entregou às autoridades.

Após Guilherme de Pádua confessar o crime, o casal foi preso por homicídio duplamente qualificado -  por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Em 25/01/1997, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados por homicídio qualificado, com motivo torpe, a 19 anos e seis meses de cadeia.

Guilherme de Pádua chega ao presídio Ari Franco, em Água Santa, em 1997.
Desdobramentos

Em 1995, enquanto estava preso, Guilherme de Pádua escreveu o livro "História Que o Brasil Desconhece", editado pela Escriba Editora Multimídia de Artes Gráficas. Ele pretendia lançá-lo durante a Bienal do Livro do Rio daquele ano, mas uma liminar conseguida por Glória Perez suspendeu o lançamento, tendo sido oficiado à Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais para que fizesse a apreensão dos exemplares. Glória Perez obteve então decisão judicial condenando Guilherme de Pádua e a editora a uma multa de R$ 20 mil por cada dia em que a decisão não fosse cumprida, entre 20/08/1995 a 09/04/1996.

A venda do livro foi proibida porque, segundo a decisão judicial, diminuiria a imagem e a honra de Daniella Perez. Contudo, o livro foi distribuído aos jurados pelo advogado de Gloria Perez como uma maneira de provar as injúrias e difamações que Guilherme de Pádua fazia contra a vítima.

O assassinato de Daniella Perez mobilizou o Brasil e causou revolta na sociedade, com muitos brasileiros exigindo o endurecimento das leis penais. O Congresso brasileiro chegou a debater a pena de morte, mas o projeto não andou.

Em 1993, a mãe de Daniella Perez, iniciou um movimento com vistas a tornar o homicídio qualificado crime hediondo, de modo que os condenados por esse crime passassem a ter de cumprir mais tempo de prisão para conseguir mudar para o regime aberto ou para ter a progressão de pena. Mesmo numa época em que as pessoas não tinham acesso à Internet, em apenas três meses Gloria Perez conseguiu recolher 1,3 milhão de assinaturas para o seu projeto de lei, após percorrer programas de rádio, televisão e grandes shows de música para pedir a adesão das pessoas. Os papéis passavam de mão em mão.

Em outubro de 1993, Gloria Perez entregou as assinaturas ao Congresso Nacional. A nova lei foi aprovada em agosto de 1994 e sancionada pelo presidente Itamar Franco no mês seguinte. Todavia, a nova lei não pôde ser aplicada no caso de Daniella Perez, uma vez que o direito brasileiro não permite que uma lei mais severa retroaja para prejudicar alguém.

Guilherme de Pádua é mencionado em um capítulo do livro da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, "Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado".

Guilherme de Pádua e Paula Maia
Vida Após a Prisão e Liberdade

Guilherme de Pádua foi solto em 14/10/1999, após ficar preso por seis anos e nove meses, o que significa o cumprimento de um terço da pena. Em entrevista, o promotor Francisco Cembranelli afirmou:
"Foi um delito que ficou praticamente impune. Foi até uma pena alta (19 anos para ele e 18 anos e meio para ela), mas eles cumpriram muito pouco tempo!"
O promotor refere-se ao direito à progressão de regime existente na lei penal brasileira, fazendo com que o condenado não cumpra o total da pena em regime fechado.

Guilherme de Pádua se separou de Paula Thomaz e em março de 2006, casou-se com a produtora de moda Paula Maia, 14 anos mais nova e que havia conhecido na igreja que ambos frequentavam.

Em abril de 2010, Guilherme de Pádua foi entrevistado no Programa do Ratinho e, pelo Twitter, Glória Perez afirmou que Guilherme de Pádua não era mais réu, logo, não estava mais protegido pelo direito de mentir que a lei brasileira concede a réus. Portanto, qualquer declaração mentirosa resultaria em processo. Assim, Guilherme de Pádua recusou-se a responder perguntas sobre o caso para não ser processado.

Em junho de 2010, foi noticiado que sua mulher, Paula Maia, estaria lançando um livro contando a história do marido: "Que Amor é Esse? A história Real de Guilherme de Pádua".

Em 2012, Guilherme de Pádua começou a trabalhar na empresa Itaipu Vidros como Gerente de TI. Em 9 de dezembro deste mesmo ano, ele foi entrevistado no programa Domingo Espetacular, no quadro "A Grande Reportagem", contando para Marcelo Rezende sua versão sobre o assassinato, versão esta que já fora modificada várias vezes. Disse nesta entrevista, por exemplo, que não bateu em Daniella Perez depois de abordar a vítima, desmentindo as duas testemunhas oculares.
"Os frentistas Flávio de Almeida Bastos e Danielson da Silva Gomes, ao deporem ontem à tarde pela primeira vez no 2.º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, confirmaram que viram o ator Guilherme de Pádua dar um soco na atriz Daniella Perez, agarrá-la pelo pescoço e colocá-la à força no carro do ator!"
(Folha de S.Paulo em 08/01/1994)

Guilherme de Pádua e Luciana Lacerda
Em 2014, o casamento de Guilherme de Pádua e Paula Maia chegou ao fim. Ela falou para a imprensa posteriormente, em agosto de 2015, que ele era "um grande manipulador".

Guilherme de Pádua foi condenado em 29/04/2016 a pagar uma indenização de 500 salários mínimos (cerca de R$ 440 mil na época) à mãe, a escritora Gloria Perez, e ao marido da atriz, o ator Raul Gazolla. Além disso, Guilherme de Pádua ainda teve que arcar com as despesas de sepultamento e funeral de Daniella Perez e com os custos processuais e honorários de advogados, valor estipulado em 10% sobre a condenação.

Em 14/03/2017, Guilherme de Pádua casou-se pela terceira vez, com a estilista Juliana Lacerda. Em dezembro de 2017, se tornou pastor na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Em 24/05/2020, Guilherme de Pádua chamou a atenção por comparecer a uma manifestação pró Bolsonaro com Juliana Lacerda, gerando indignação de usuários no Twitter.

Em agosto de 2022, Guilherme de Pádua postou um vídeo em seu canal do YouTube, pedindo perdão para a mãe de Daniella Perez, a autora Gloria Perez, e para o viúvo, o ator Raul Gazolla. O vídeo gerou muita revolta, com acusações de que Guilherme de Pádua não estava sendo sincero, e que só teria gravado o vídeo devido à repercussão gerada pelo lançamento de um documentário sobre a morte de Daniella Perez na HBO Max.

Também em agosto houve rumores de que Guilherme de Pádua e Juliana Lacerda, sua esposa, teriam tido um encontro com o então presidente Jair Bolsonaro, pois Juliana postou uma foto com Michelle Bolsonaro, esposa do presidente. Contudo, tanto Bolsonaro quanto Guilherme de Pádua negaram o encontro. Nas redes sociais, Juliana Lacerda afirmou que participou de uma cerimônia religiosa em que Michelle estava, momento em que entrou numa fila para conseguir tirar uma foto com a primeira-dama, afirmando ainda que Michelle Bolsonaro nem sabia quem ela era e que nunca tinha conversado com ela antes.

Morte

Guilherme de Pádua faleceu no domingo, 06/11/2022, aos 53 anos, em sua residência na cidade de Belo Horizonte, MG, vítima de um infarto.

A informação da morte foi divulgada pelo pastor Márcio Valadão, fundador da Igreja Batista da Lagoinha, onde Guilherme de Pádua atuava como pastor, durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais. Na parte da manhã, Guilherme de Pádua havia frequentado a igreja, como fazia todos os domingos, e conversado com frequentadores.

O corpo de Guilherme de Pádua foi velado desde às 10h30 da manhã de segunda-feira, 07/11/2022, na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. A cerimônia foi fechada e teve um esquema de segurança que impedia a entrada de imprensa e curiosos, sendo restrita a familiares e membros da igreja.

O sepultamento de Guilherme de Pádua ocorreu no cemitério Parque da Colina, às 14h30. 

Sorrindo, pastor Márcio Valadão anuncia morte de Guilherme de Pádua
Curiosidades Macabras Sobre a Morte de Guilherme de Pádua

Pastor
Márcio Valadão, pastor da Igreja Batista Lagoinha, foi quem informou na noite de domingo, 06/11/2022, durante uma live no Instagram, a morte de Guilherme de Pádua. O religioso deu o que falar nas redes sociais ao aparecer com um sorriso no rosto ao dar a trágica notícia.

Estreia da Novela Explode Coração
A morte de Guilherme de Pádua ocorreu no dia 06/11/2022, justamente 27 anos após a estreia da novela "Explode Coração" que aconteceu no dia 06/11/1995, que marcou a volta de Gloria Perez à televisão após o assassinato da filha.

Paródia "Enfarta Coração"
Em 1995, o programa "Casseta & Planeta", que costumava fazer paródias das principais novelas da TV Globo, criou uma para a trama de Gloria Perez "Explode Coração", que virou "Enfarta Coração". Coincidentemente, Guilherme de Pádua morreu vítima de um infarto.

Punhal no Coração
Daniella Perez foi assassinada com mais de 18 facadas no coração, e quase 30 anos depois, Guilherme de Pádua morreu de infarto. É como se o assassino tenha sofrido uma espécie de karma astral.

Astróloga
A astróloga Mônica Bounfiglio realizou a leitura do mapa astral de Guilherme de Pádua, três meses antes da morte do ex-ator. Na ocasião, ela disse que ele estaria com medo de morrer.

Morte no Ano de Lançamento da Série "Pacto Brutal"
Guilherme de Pádua faleceu no mesmo ano que a HBO Max lançou "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez", uma série documental que aborda o crime e traz relatos inéditos de familiares e dos amigos mais próximos de Daniella Perez, incluindo sua mãe, a autora Gloria Perez, que encabeça todo o caso.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #GuilhermeDePadua

Éder Jofre

ÉDER JOFRE
(86 anos)
Pugilista

☼ São Paulo, SP (26/03/1936)
┼ Embu das Artes, SP (02/10/2022)

Éder Jofre foi um pugilista nascido em São Paulo, SP, no dia 26/03/1936.

Conhecido pela alcunha Galo de Ouro, concedida pelo escritor Benedito Ruy Barbosa, foi Tricampeão Mundial de Boxe, Campeão Peso Pena pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC), e Campeão do Peso Galo pelo Conselho Mundial de Boxe (WBC) e pela NBA (National Boxing Association), posterior Associação Mundial de Boxe (WBA). Lutava, quando amador, sob as cores do São Paulo Futebol Clube.

Introduzido ao Hall da Fama do boxe, localizado na cidade de Canastota, Estados Unidos, em 1992, Éder Jofre foi considerado, por especialistas de boxe do mundo inteiro na revista especializada em boxe The Ring como o "Melhor pugilista da década de 1960", à frente de Muhammad Ali, que ficou na segunda colocação. Além disso, em 2002 ele foi ranqueado na 9ª posição entre os "Melhores pugilistas dos últimos cinquenta anos" novamente pela revista norte-americana The Ring, e considerado por especialistas como o maior Peso Galo do boxe na era contemporânea.


Éder Jofre
converteu-se ao vegetarianismo em 1956, depois de uma leitura que indicava que a carne era prejudicial ao organismo humano, conforme declarou no documentário "A Carne é Fraca" produzido pelo Instituto Nina Rosa.

Éder Jofre nasceu no centro de São Paulo, na rua do Seminário, e posteriormente se mudou para o bairro paulistano do Peruche, localizado na Zona Norte. Sua família era de boxeadores. Seu pai, o argentino José Aristides Jofre, conhecido como Kid Jofre (1907-1974), já havia sido um respeitável pugilista, passando assim os ensinamentos para o filho, que logo aprendeu a "amar a nobre arte", apesar de sua primeira opção profissional ter sido pelo desenho arquitetônico, curso que realizou em sua adolescência. Em virtude do desabamento do teto do Liceu de Artes e Ofícios, perdeu o material didático e por não ter recursos para adquirir um novo, desistiu do sonho de desenhista.

Só para ilustrar, Éder Jofre adorava fazer desenhos de seus super heróis favoritos, como Capitão Marvel, Super Homem e Capitão América. Sua família materna de origem italiana, os Zumbano, também tinha tradição no boxe.


Em 1953, Éder Jofre subiu pela primeira vez nos ringues como amador, no torneio "Forja de Campeões", patrocinado pelo jornal A Gazeta Esportiva. Ainda na condição de amador, disputou os Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne, Austrália. Chegou aos jogos como um dos favoritos, já que estava invicto como amador até então, mas devido a organização brasileira, que o fez treinar com um lutador bem maior e cuja consequência foi a quebra de seu nariz, fez com que ele lutasse sem muitas condições, tendo que respirar pela boca, culminando na derrota, em sua segunda luta na competição, por decisão dos jurados para o chileno Claudio Barrientos que após tornar-se profissional voltou novamente a lutar contra Éder Jofre e foi derrotado sendo vítima de 8 knock downs.

Profissionalmente, Éder Jofre começou em 1957 na categoria Peso Galo. No ano seguinte, era já um campeão brasileiro em sua categoria.

Em 1960, contra o argentino Ernesto Miranda, conquistou o título sul-americano dos Galos, começando assim, a escrever o seu nome na história do boxe mundial.

Em 1961, mudou-se para os Estados Unidos e tornou-se campeão mundial pela National Boxing Association, a mesma que se tornou a Associação Mundial de Boxe (WBA) em 1962, vencendo, por nocaute, o mexicano Eloy Sanchez no Olympic Auditorium.

Éder Jofre e Popó Freitas
Em 1962, unificou os títulos da categoria Peso Galo, vencendo o irlandês Johnny Caldwell, campeão da versão europeia. Éder Jofre conseguiu manter o seu título mundial até 1965, ganhando todas as lutas por nocaute. Naquele ano, em um resultado contestado, foi derrotado pelo japonês Fighting Harada. Em 1966, na revanche, outra derrota em um resultado controverso, culminando em enorme desilusão.

Em 1970, após três anos de sua "aposentadoria", onde fazia várias exibições pelo Brasil afora, em um circo de sua tia Olga Zumbano, voltou aos ringues lutando na categoria Peso Pena. Foram 25 vitórias, sendo uma delas em cima do gigante cubano, naturalizado espanhol, José Legra que lhe valeu o título mundial do Conselho Mundial de Boxe (WBC), em uma categoria superior a que ele começou. Isso aconteceu em 05/05/1973. Durante a luta seu pai passou mal e foi internado.

Éder Jofre fez uma única defesa do título dos Penas contra um dos maiores pugilistas mexicano, Vicente Saldivar, e o derrotou por nocaute no 4º round mantendo seu cinturão.

Em 1974, seu pai e treinador, Kid Jofre, faleceu devido a um câncer no pulmão, e em 1976, devido a morte do irmão Dogalberto, aposentou-se do boxe profissional.

Mesmo após ter se aposentado do esporte, continuou a disputar lutas em forma de exibições. Uma delas realizada no Ginásio do Ibirapuera, que é considerado uma das mais notáveis contra Servílio de Oliveira, o primeiro medalhista Olímpico do Boxe brasileiro em 1968, transmitida pela TV Record.

Éder Jofre também foi professor de boxe em uma famosa academia paulistana, treinando modelos, atores, empresários.

Éder Jofre como vereador em 1984
Participação na Política

Como político, foi eleito vereador de São Paulo pelo Partido Democrático Social (PDS), em 1982. Em 1989, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), seguindo carreira política de 1989 a 2000, quando foi membro da Assembleia Constituinte Municipal que promulgou a Lei Orgânica do Município de São Paulo, sendo um dos seus signatários.

Éder Jofre foi autor de 25 leis, sendo a grande maioria relacionada a saúde e educação.

Cinema

Um filme foi produzido em homenagem a Éder Jofre, com o título de "10 Segundos Para Vencer". O filme conta sua história e a relação entre ele e seu pai e treinador, Kid Jofre, além de mostrar suas grandes conquistas no boxe.

Criado por Thomas Stavros, que também assina o roteiro e produção, o filme foi produzido pela Globo Filmes, em parceria com a Tambellini Filmes. Também são produtores, Breno Silveira e Chico Abréia, e dirigido por José Alvarenga Júnior.

Daniel de Oliveira fez o papel de Éder Jofre. O filme conta ainda com a participação de Osmar Prado, Ravel Andrade, Sandra Corveloni, Kelly Freitas, Samuel Toledo, Wither Dalus e Ricardo Gelli.

A data de lançamento do filme foi 27/09/2018.

No dia 25/08/2018, o filme foi agraciado por 2 Kikitos no Festival de Cinema de Gramado: Melhor Ator para Osmar Prado (Kid Jofre) e Melhor Ator Coadjuvante para Ricardo Gelli (Antonio "Tonico" Zumbano).

Homenagens

A partir de 17/10/2021, Éder Jofre tornou-se o primeiro boxeador do Brasil a ter seu nome incluído na galeria do Hall da Fama da Costa Oeste (WCBHOF), em Los Angeles.

Indicado em 1992, Éder Jofre também já faz parte do Hall da Fama do Boxe Internacional (IBHOF), localizado em Canastota, New York, o mais importante deles, criado em 1989, onde também é o único nome brasileiro.

Éder Jofre também faz parte de outras três galerias semelhantes que listam os melhores de todos os tempos na modalidade, todas nos Estados Unidos.

A revista The Ring, edição de 90 anos, o escolheu como melhor boxeador da década de 1960. Muhammad Ali ficou em segundo lugar.

Apesar da satisfação de vê-lo ser homenageado internacionalmente, os filhos de Éder Jofre lamentam que ele seja pouco reconhecido no Brasil.

Morte

Em março de 2022, Éder Jofre foi internado em São Paulo, por causa de uma pneumonia.
 
Éder Jofre faleceu no domingo, 02/10/2022, aos 86 anos, em Embu das Artes, SP, já bastante debilitado pela pneumonia.

Cartel

  • 81 lutas;
  • 75 vitórias;
  • 50 nocautes;
  • 4 empates;
  • 2 derrotas (Os 2 contestados combates contra Fighting Harada);
  • 75 Vitórias (52 knockouts, 23 por decisão), 2 Derrotas (2 por decisão), 4 Empates.

Conquistas

  • 1953 - Campeão da Forja de Campeões (Amador);
  • 1954 - Campeão SESI (Amador);
  • Campeão Taça Ramón Perdomo Platero - Brasil x Uruguai;
  • 1958 - Campeão Brasileiro dos Galos;
  • 1960 - Campeão Sul-americano dos Galos;
  • Campeão Mundial Pesos Galo Conselho Mundial de Boxe (CMB);
  • 1960 - Campeão Mundial dos Galos da Associação Mundial de Boxe (AMB);
  • 1962 - Campeão Unificado dos Galos (Títulos: NBA americana e européia);
  • 1973 - Campeão Mundial dos Penas pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB).

Prêmios e Homenagens

  • 1963 - Melhor Peso Galo do Mundo;
  • 1964 - Grand Award Of Sports (Melhor Pugilista do Ano) - New York Theatre;
  • Melhor Peso Galo de Todos os Tempos pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB);
  • 1985 - Melhor Peso Galo da História pela Associação Interamericana de Imprensa;
  • Pugilistas que defenderam com sucesso consecutivamente a partir de 5 vezes o Título Mundial dos Pesos Galo pela Associação Mundial de Boxe (AMB) recebem o cinturão de Super Campeão denominado "Eder Jofre";
  • 1992 - Indicado para o Hall da Fama do boxe, localizado na cidade de Canastota, New York - Estados Unidos. Até hoje é o único pugilista brasileiro no Hall da Fama;
  • 2002 - Nono melhor pugilista dos últimos cinquenta anos pela revista norte-americana The Ring (Lista que também inclui, por exemplo, Sugar Ray Robinson, Muhammad Ali, Julio Cesar Chavez, Sugar Ray Leonard, Roberto Duran e Carlos Monzón);
  • Citado no mangá japonês Hajime no Ippo pelo seu upper na luta contra Masahiko Harada em Nagoya, Japão, em 1965, onde seu upper acertou o ar e fez um incrível som. Genji Kamogawa compara o upper do protagonista, Ippo Makunouchi, ao de Éder Jofre quando o vê pela primeira vez (Edição nº 5);
  • Citado na edição de 90º aniversário da revista The Ring, conceituada no âmbito do boxe, como Melhor Pugilista da Década de 60, à frente de Muhammad Ali, que ficou na 2ª colocação. A eleição para essa lista foi realizada por especialistas de boxe do mundo inteiro;
  • 2021 - Ingressou no West Coast Boxing Hall Of Fame - Califórnia, Estados Unidos.

Títulos

  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pela Associação Mundial de Boxe (AMB) - 18/11/1960 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pela União Europeia de Boxe (UEB) - 18/01/1962 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos Galo pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - 1963 a 18/05/1965;
  • Campeão Mundial dos Pesos-Pena pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB) - 05/05/1973 a 17/06/1974 (Aposentadoria)

Fonte: Wikipédia
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