J. Silvestre

JOÃO SILVESTRE
(77 anos)
Ator, Escritor, Jornalista e Apresentador de TV

* Salto, SP (14/12/1922)
+ Fort Lauderdale, Estados Unidos (07/01/2000)

J. Silvestre começou a sua carreira profissional no rádio, no ano de 1941, atuando como locutor. De 1941 a 1945 trabalhou na Rádio Bandeirantes, da capital paulista, ganhando experiência como ator, sonoplasta, contra-regra, ensaiador e autor. Escreveu, nesse período, seus primeiros contos, novelas e peças para radio-teatro, com uma produção nesse campo que cresceu rapidamente.

Em 1945 transferiu-se para a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, de onde partiu para realizar seu primeiro trabalho em propaganda, na Standard.

Em 1946 voltou para São Paulo e para o radioteatro, na Rádio Cultura, atuando como ator, autor e diretor.

Foi nessa estação, Rádio Cultura, em 1947, que se iniciou na carreira de animador e apresentador de programa de calouros.

Retornou em 1950 à Rádio Tupi e no mês de setembro participou, como apresentador, da primeira transmissão da TV Tupi em caráter experimental, num programa estrelado por Frei José Mojica. Daí em diante, foi cada vez mais absorvido pela televisão.


Em 1952 transferiu-se novamente para São Paulo, permanecendo na TV Tupi, e foi, na época, dos primeiros profissionais brasileiros a escrever e interpretar telenovelas. Entre elas a de maior destaque, "Os Quatro Filhos" (1965).

Acumulou, no curso de quatro anos, uma vasta bagagem de contos, novelas e peças de radioteatro (encontrou tempo para uma experiência teatral, como ator e autor, no Teatro de Arena) e foi em 1956, na televisão, que J. Silvestre registrou o seu grande sucesso como apresentador de "O Céu é o Limite".

Já então trabalhando exclusivamente na televisão, inaugurando várias emissoras em todo o país, ainda pôde dedicar-se à propaganda e viveu um período profissional de contínuas viagens no eixo Rio - São Paulo, para atender a compromissos nas duas cidades. Com o advento da Embratel, lançou o primeiro programa em cadeia no Brasil, "Domingo Alegre da Bondade", originado na TV Tupi do Rio de Janeiro.

Em 1972 afastou-se da televisão, só voltando em 1976 com um programa jornalístico diário de fim de noite. Esse período, ausente do vídeo, dedicou-se ao livro "Como Vencer na Televisão" apresentado aos leitores brasileiros.

João Oscar e J. Silvestre
Foi convidado pelo presidente da República e nomeado presidente da Radiobrás em Brasília durante a gestão do então presidente João Figueiredo.

Prosseguiu em sua carreira nos anos 80, no SBT com os programas "Show Sem Limite" e, na TV Bandeirantes os programas "Programa J. Silvestre", no mesmo formato de "O Show Sem Limite", e "Essas Mulheres Maravilhosas", sempre com muito sucesso, sempre líder de audiência no seu horário. Ainda na TV Bandeirantes, J. Silvestre criou uma serie de programas diários de prêmios e variedades com novos apresentadores.

Em apresentações especiais na Rede Globo, homenageou personalidades como Renato Aragão e Xuxa com um de seus quadros mais conhecidos: "Esta é a Sua Vida". Estes programas especiais foram repetidos varias vezes emissora.

Em 1997, na TV Manchete em um novo programa: "Domingo Milionário". Pela primeira vez J. Silvestre não teve participação na produção ou formulação deste programa. O programa nunca refletiu suas idéias. Mas este programa ficou pouco tempo no ar, e J. Silvestre não voltaria mais para a televisão falecendo em 2000.

Fonte: Programa J. Silvestre


João Só

JOÃO EVANGELISTA MELO FORTES
(48 anos)
Cantor e Compositor

* Teresina, PI (03/11/1943)
+ Salvador, BA (20/06/1992)

João Evangelista de Melo Fortes, ou simplesmente João Só, nasceu no dia 3 de novembro de 1943 em Teresina no Piauí. Filho caçula da família que já contava com 11 irmãos, mudou-se ainda bem cedo para Salvador na Bahia, onde passou boa parte da infância e da vida. João Só era portanto, como ele mesmo costumava dizer, baiano de coração.

O início de João Só na música aconteceu muito cedo. Costumava olhar um dos seus irmãos tocando violão, a fim de tentar memorizar algumas posições, e logo conseguiu base suficiente para destacar-se no cavaquinho, tendo inclusive feito uma apresentação em um programa chamado "Hora da Criança" de Adroaldo Ribeiro Costa na Rádio Cultura da Bahia.

A música então incorporou-se de vez à vida de João Só. Aos 15 anos, já era um grande instrumentista, projetando-se no mercado profissional. Depois do cavaquinho, dedicou-se ao violão, seu principal instrumento. Trabalhando na noite, foi levado ao piano e a outros instrumentos como o violino, o bongô e o contrabaixo. No início da década de setenta, realizou várias apresentações no Norte e Nordeste em uma caravana da gravadora EMI, com o objetivo de engajar-se no cenário nacional. A oportunidade não demorou muito. Levado pelo cantor Miltinho, gravou na Odeon o seu primeiro e grande sucesso: "Menina da ladeira".

João Só concebeu esta música de uma maneira muito natural e espontânea. Após participar de um jantar oferecido aos profissionais de publicidade num dos restaurantes da Ribeira, onde se localizava o antigo aeroporto, começou a tocar o violão e cantar alguns versos. Já sozinho e com a casa fechando as portas, desenvolveu todo o tema da música: "Parecia até que era um trabalho antigo, conhecido" dizia. Quando chegou em casa, gravou tudo para não esquecer. No outro dia, viu que quase nada precisava ser mudado.

Com "Menina da ladeira", João Só começou a participar de shows em várias partes do País: "O disco estourou em todas as paradas em apenas quatro meses. A partir daí, minha vida ficou muito agitada. Tinha que atender compromissos em várias cidades. Às vezes saía de um avião para entrar em outro" costumava dizer. Nesse ritmo, se tornou cada vez mais conhecido. Em 1972, após apresentar-se na Argentina, ao lado de Paulo Diniz, gravou o primeiro LP, com músicas do porte de "Canção pra Janaína" e "Copacabana". Foi convidado para gravar outros discos. A partir de 1978, João se dedicou exclusivamente a shows: "Deixei um pouco de lado as gravações. E não estou arrependido, principalmente por causa do aprimoramento da música na noite" disse ele.

João Só veio a falecer de infarto no dia 20 de junho de 1992, quando descansava na casa de sua família em Salvador, aos 48 anos de idade. Em cerca de 20 anos de carreira, gravou 15 discos e algumas fitas, compôs mais de 40 músicas gravadas e fez centenas de shows por todo o Brasil. Deixou, além do trabalho, o único filho Richard Evangelista Fortes.

Fonte: http://joao.so.vilabol.uol.com.br/bio.htm

Fábio Sabag

FADOLO SABAG
(77 anos)
Ator, Diretor e Produtor de Teatro, Cinema e TV

* Bariri, SP (19/11/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/12/2008)

Seu verdadeiro nome era Fadolo Sabag. Seuspais, e Salim Bader Sabag, são de origem libanesa e tiveram nove filhos. Antes de iniciar sua carreira artística, Fabio estudou por três anos na Escola Paulista de Medicina, na cidade de São Paulo.

Atuou como figurante em diversas óperas nenhuma Teatro Municipal de São Paulo, onde conheceu o grupo de teatro do diretor Antunes Filho. Participou ainda de programas de Auditório na Rádio Tupi e Difusora de São Paulo, até ser convidado por Helio Araujo para escrever o programa "Quem sabe mais, o homem ou uma mulher?", Na Rádio Cultura.

Fabio Sabag participou da primeira peça televisada, "O imbecil", de Luigi Pirandello, levada ao ar pela TV Tupi, em 1950, sob a direção de Osmar Rodrigues Cruz. Em 1951, participou da montagem de "Irmãos das Almas", de Martins Pena, e dirigiu uma peça "Alô, alguém aí?", De William Saroyan. No ano seguinte, participou novamente como ator da peça "Volta, Mocidade", de William Inge, e dirigiu, produziu e atuou em "O filhote de Espantalho", de Oswaldo Waddington. Ainda em 1952, produziu uma peça "Chapeuzinho Vermelho", de Paulo Magalhães, que teve a direção de Antunes Filho, e participou como ator das peças "Olá, seu Nicolau", de Luiz Watson, e "Espetáculo Grego", de Alberto Cavalcanti .

Fabio Sabag trabalhou com Graça Mello e Olga Navarro não Teatro de Alumínio, da atriz Nicette Bruno, ainda em 1952, antes de ingressar como diretor e produtor na TV Paulista, hoje TV Globo de São Paulo. Em seguida, na TV Tupi, participou como ator dos programas infantis de Júlio de Gouveia e Tatiana Belinky. Entre 1952 e 1956, integrou o Elenco do Teatro de Sérgio Britto, e coordenou o Núcleo de teatro infantil. Este trabalho com as crianças funcionou como uma espécie de ensaio para o programa "Teatrinho Troll", que durante dez anos (de 1956 um 1966) foi ao ar na TV Tupi, sob sua direção.

Em 1968, Fabio Sabag dirigiu sua primeira novela na TV Globo. "A Grande Mentira", escrita por Hedy Maia e gravada em São Paulo, foi a primeira produção da emissora ter um forte apelo entre o público daquela cidade. Para sonorizar uma trama, o diretor usava os discos que estavam nas Paradas de sucesso na Rádio Excelsior. Assim, o público ouvia durante uma novela como músicas mais votadas. Com o término de "A grande mentira", Fabio Sabag voltou para o Rio de Janeiro e assumiu a direção de "A gata de vison" (1968), de Glória Magadan, na qual também atuou. Em seguida, dirigiu como novelas "A última valsa" (1969), de Glória Magadan, e "A Cabana do Pai Tomás" (1969), de Hedy Maia, Sérgio Cardoso e Walther Negrão.

Entre 1973 e 1977, Fabio Sabag ocupou o frete de produtor artístico e executivo da Central Globo de Produção, trabalhando diretamente com a supervisão de novelas, ao lado de Daniel Filho. Com a divisão das novelas em núcleos, passou a dirigir alguns casos especiais e quadros do Fantástico. Logo depois, esteve à frente das novelas "Anjo Mau" (1976) e "Locomotivas" (1977), ambas escritas por Cassiano Gabus Mendes. Em 1977, foi convidado pelo diretor Walter Avancini e passou a integrar o núcleo das 22h, dirigindo uma novela "Nina" (1977), de Walter George Durst.

Fabio Sabag dirigiu ainda novelas como "Mandala" (1987), de Dias Gomes e Marcílio Moraes, "Que Rei sou eu?" (1989), de Cassiano Gabus Mendes, "Sexo dos Anjos" (1989), de Ivani Ribeiro, "Vamp" (1991), de Antônio Calmon, e "De Corpo e Alma" (1992), de Glória Perez. Como diretor, comandou também episódios dos seriados "Malu mulher" (1980), "Plantão de Polícia" (1980) e "Obrigado Doutor" (1981), estrelado por Francisco Cuoco. Além disso, dirigiu o programa "Você decide" de 1992 a 1997.

Fabio Sabag atuou em várias novelas da TV Globo. Entre os personagens que interpretou, destacam-se: o Bispo, de "O Casarão" (1976), escrita Lauro César Muniz; Turquinho, de "Partido Alto" (1984), de Aguinaldo Silva e Glória Perez; Olívio, de "Cambalacho "(1986), escrita por Sílvio de Abreu; Lourival, de" Brega & chique "(1987), de Cassiano Gabus Mendes; Castro, da minissérie" O Primo Basílio "(1988), de Gilberto Braga e Leonor Bassères; Roger, de "Que Rei sou eu?" (1989), escrita por Cassiano Gabus Mendes, e Quindoca, da segunda versão de "Pecado capital" (1998), escrita por Glória Perez.

Em quase 60 anos de carreira não teatro, trabalhando como diretor, ator ou produtor, participou de mais de 70 peças. Entre as quais, "Gata em teto de zinco quente", de Tennesse Williams, "A Bela Madame Vargas", de João do Rio, "O camareiro sentir", de Ronald Harwood, e "O silicone", de Gugu Olimecha.

Não cinema, foram mais de 50 filmes, entre os quais: "Mineirinho vivo ou morto", de Aurélio Teixeira, "Os inconfidentes", de Joaquim Pedro de Andrade e "A Ópera do Malandro", de Ruy Guerra.

Fabio Sabag também foi colunista dos jornais O Tempo, Edição Final, Revista Polichinelo Rio e de noite. Além disso, é autor de "O solteiro na Cozinha", livro de receitas nacionais e internacionais publicado em dezembro de 1995, pela Editora Brasil-América.

O ator e diretor morreu na madrugada de 31 de dezembro de 2008. Internado desde 27 de novembro no hospital Quinta D''Or, no bairro de São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, o ator lutava contra um câncer de próstata em Metástase e teve seu quadro clínico agravado nos últimos dias por uma pneumonia, que provocou insuficiência respiratória.


Walter D'Ávila

WALTER D'ÁVILA
(81 anos)
Ator e Humorista

* Porto Alegre, RS (29/11/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/04/1996)


Começou no circo ainda criança, seguindo a carreira da irmã mais velha, também um comediante Ema D'Ávila. Iniciaram a carreira artística como na sociedade Amadores Carnavalesca Passa Fome e Anda Gordo. O nome da entidade já era o prenúncio da carreira de comediante que ambos iriam abraçar mais tarde. Depois, conseguiram um contrato na Rádio Gaúcha, Walter como comediante e Ema como cantora de música popular. A convite de Jardel Jércolis, passaram a integrar sua companhia de teatro, no Rio de Janeiro. Walter foi aproveitado apenas como ponto, mas aceitou o trabalho com humildade, pois assim poderia continuar sem teatro. Passado algum tempo, Alda Garrido convidou-os para uma temporada em São Paulo.

Entrou para o rádio em 1932 e para uma TV em 1957. Ainda no rádio, nos anos 1950, na Escolinha do Professor Raimundo, criou o Seu Baltazar da Rocha, personagem que o acompanhou até o fim da vida.O personagem interpretado por Walter conquistou um grande êxito de público e ele passou a ser o primeiro cômico da Companhia. No início da década de 60, o humorista já era uma figura popular, atuando nos programas mais importantes das emissoras de televisão do Rio e São Paulo. Em suas últimas aparições na versão televisiva da Escolinha, já não se parecia muito com o comediante vivaz de outros tempos.


D'Ávila trabalhou com o lendário produtor de teatro de revista Walter Pinto, fez shows com Carlos Machado e teve uma boa quilometragem Cinematográfica, participando de filmes como Noites Cariocas (1935), O ébrio (1946), Família Lero-Lero (1953) e Três colegas de batina (1961).

Atuou em novelas, como Feijão Maravilha (1979) e Espelho Mágico (1977).

Desde que se estabeleceu na TV, porém, deixou de lado como outras atividades. Walter chegou a participar de praticamente todos os importantes programas humorísticos da televisão, como "Balança Mas Não Cai" e "A Praça da Alegria". O próprio comediante se considerava um descansado e dizia preferir a televisão, justificando: "Paga mais e cansa menos."

Morreu vítima de Pneumonia e Câncer Generalizado.

Gibe

GILBERTO FERNANDES
(75 anos)
Ator, Comediante, Produtor e Redator


* São Paulo, SP (10/01/1935)
+ São Paulo, SP (16/07/2010)

O humorista e Redator Gilberto Fernandes, mais conhecido como Gibe, começou a carreira artística no circo, trabalhou no teatro e nas chanchadas do cinema.

Gibe ficou famoso na década de 1980 com o personagem Papai Papudo, que participava do programa "Bozo", exibido no SBT. Papai Papudo repetia o bordão "5 e 60", criação de Gibe, quando o Bozo lhe perguntava as horas.

Além do "Bozo", ele também trabalhou como redator e ator do quadro Câmera Escondida, do programa "Topa tudo por dinheiro", também do SBT, onde ficou até 2002.

"Era um homem bom, amigo, engraçado, e tinha piadas novas todos os dias. Quem o conhecia, logo notava que Gibe era detalhista, pontual e um profissional de primeira linha. Tinha muito convívio com ele e tinha um coração enorme, ajudava a todos. Dava ideias paras cenas e gostava do que fazia", declarou Hélio Chiari, diretor de externas do "Programa Silvio Santos", em comunicado divulgado pela emissora no dia do seu falecimento.

Gibe faleceu aos 75 anos. O humorista estava internado no Instituto do Coração, em São Paulo, onde deu entrada com um quadro de estenose (estreitamento) de válvula.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, Gibe passou por uma cirurgia no dia 7 de julho de 2010 e continuava internado quando não resistiu e faleceu.

O corpo do redator foi velado no Cemitério do Araçá, em São Paulo e seguiu para a cidade de Registro, onde ocorreu o enterro.

Estava trabalhando como redator do humorístico "Turma do Didi", da TV Globo.