Cícero Pompeu de Toledo

CÍCERO POMPEU DE TOLEDO
(49 anos)
Dirigente Esportivo

* São Paulo, SP (07/01/1910)
+ São Paulo, SP (08/09/1959)

Cícero Pompeu de Toledo, foi um dirigente esportivo brasileiro das décadas de 40 e 50 e ingressou no São Paulo Futebol Clube em 1939.

De 1944 a 1946, assumiu o cargo de secretário da diretoria e sua gestão foi marcada por um significativo aumento do quadro social do clube. Em 1947 foi eleito pela primeira vez presidente do clube, sendo consecutivamente reeleito até 1957, ano em que se afastou por motivos de saúde.

Em suas últimas gestões à frente do tricolor, incentivou a formulação do projeto de construção do Estádio do Morumbi, dando início à construção da praça de esportes que hoje leva o seu nome. Mas não teve a felicidade de ver a obra concluída.

Cícero Pompeu de Toledo é considerado o presidente de honra do São Paulo Futebol Clube - portanto, eterno presidente do clube - como reconhecimento à sua imensa contribuição para que o sonho de construção de um estádio particular se tornasse realidade.

Em sua homenagem, o nome oficial do Estádio do Morumbi é Estádio Cícero Pompeu de Toledo.

Fonte: Ex-SPFCpédia, Wikipédia e Projeto VIP

Jararaca

JOSÉ LUÍS RODRIGUES CALAZANS
(81 anos)
Instrumentista, Cantor, Compositor e Humorista

* Maceió, AL (29/09/1896)
+ Rio de Janeiro, RJ (11/10/1977)

José Luiz Rodrigues Calazans, o Jararaca, era filho do poeta e professor muito conhecido Ernesto Alves Rodrigues e começou a tocar sua viola aos 8 anos de idade, inspirado em seus irmãos que também eram violeiros e seresteiros.

Jararaca
Ainda criança conviveu muito com os boiadeiros que vinham de Minas Gerais, onde ouvia diversas estórias, que mais tarde iriam influenciar bastante a sua música.

Em 1915 aproximadamente começou atuar juntamente com um grupo teatral na cidade Piranhas, em Alagoas. Dizem também que integrou o bando de Lampião por quase dois anos, e no início da década de 20 resolveu tentar a carreira artística.

Jararaca e Ratinho foi uma dupla sertaneja, compositores e humoristas formada pelos músicos José Luiz Rodrigues Calazans (Jararaca) e por Severino Rangel de Carvalho (Ratinho).

Severino Rangel, o Ratinho, ficou órfão ainda bebê e acabou sendo criado por seu tios e padrinhos e foi sua tia a incentivar o sobrinho na música. Começou a tocar ainda criança na Banda Musical de Itabaiana, no estado da Bahia, e em 1914 mudou-se para Recife onde integrou a orquestra sinfônica local tocando trompete, saxofone e ainda dava aulas numa escola de aprendizes.

Jararaca e Ratinho
Por volta de 1919 Severino Rangel e José Calazans se conheceram quando passaram a integrar o Bloco dos Boêmios. Pouco tempo depois em 1921, formaram o grupo Os Boêmios e tempos depois o grupo passou a ser conhecido como Os Turunas Pernambucanos, onde cada um dos integrantes adotou o nome de um animal, foi quando José Luiz resolveu adotar o nome de Jararaca.

Com o conjunto excursionaram cantando cocos e emboladas, com seus trajes típicos percorrendo diversos lugares, e incentivado por Pixinguinha eles acabaram vindo para o Rio de Janeiro em 1922.

Depois que o grupo foi desfeito, José Luiz e Severino resolveram formar a dupla Jararaca e Ratinho e começaram a conhecer o sucesso quando passaram a cantar embolada e também fazendo apresentações satíricas e humorísticas em São Paulo.

Seu primeiro disco aconteceu em 1929, através da gravadora Odeon com músicas regionais.

Em 1937 Jararaca compôs a clássica Mamãe Eu Quero em parceria com Vicente Paiva e seu sucesso foi tanto que ultrapassou as fronteiras brasileiras, sendo gravada por artistas internacionais como Bing Crosby e Carmem Miranda.

Trabalharam por quase uma década na Rádio Nacional, sempre como músicos caipiras e humoristas fazendo sucesso com diversas músicas. Nos anos 60 e 70 passaram a também atuar na televisão em diversos programas como Balança Mas Não Cai, Uau e Alô Brasil, Aquele Abraço.

Após a morte de Ratinho em 1972, Jararaca continuou sua trajetória sozinho participando como cantor e humorista, inclusive no programa Chico City onde ele interpretou o papel do Cangaceiro Sucuri e assim continuou suas atuações até sua morte em 1977.

Para saber mais, acesse: Severino Rangel de Carvalho

Fonte: TV Sinopse e Wikipédia

Ratinho

SEVERINO RANGEL DE CARVALHO
(76 anos)
Instrumentista, Cantor, Compositor e Humorista

* Itabaiana, PB (13/04/1896)
+ Duque de Caxias, RJ (08/09/1972)

Compositor de choros e hábil saxofonista brasileiro nascido em Itabaiana, estado da Paraíba, integrante da dupla Jararaca e Ratinho.

Severino Rangel, o Ratinho, ficou órfão ainda bebê e acabou sendo criado por seu tios e padrinhos e foi sua tia a incentivar o sobrinho na música. Começou a tocar ainda criança na Banda Musical de Itabaiana, no estado da Bahia, e em 1914 mudou-se para Recife onde integrou a orquestra sinfônica local tocando trompete, saxofone e ainda dava aulas numa escola de aprendizes.

Jararaca e Ratinho
A dupla brasileira de músicos humoristas, autores de gags humorísticas com que presentearam milhares de fãs que riram de suas pantomimas ao longo dos 54 anos da dupla, imbatíveis seja na TV, rádio ou num auditório de teatro, começaram na música integrando o grupo carnavalesco de Recife chamado Os Boêmios (1918), excursionando pelas cidades circunvizinhas com seus instrumentos de corda e sopro tocando polcas, emboladas, frevos e outros ritmos.

Ambos chegaram de Recife para o Rio de Janeiro em 1922, com o conjunto musical Os Turunas Pernambucanos. A dupla nasceu da dissolução do grupo em 1925 e passou a fazer grande sucesso com seus números musicais entremeados de quadros humorísticos. Começaram a compor em 1927 e estrearam no Teatro Santa Helena, em São Paulo.

Era o início de uma vitoriosa carreira fazendo o caipira do centro-sul e o sertanejo nordestino e gravaram o primeiro disco em 1929. Apresentavam-se no Cassino da Urca e em teatros e circos por todo o Brasil fazendo shows e divulgando suas gravações.


Atingiram o auge no rádio em um período em que tiveram seu próprio programa na Rádio Mayrink Veiga no ano de 1939 e na Rádio Nacional entre 1940 e 1964, alcançando índices de 70% de audiência. Estrearam na televisão no programa A, E, I, O... Urca (1951) na TV Tupi Rio.

A dupla entrou em decadência perdendo público quando Ratinho foi demitido em 1964 por motivos políticos, pois era amigo do comunista Luís Carlos Prestes, e terminou quase esquecida com a morte de Ratinho em 1972, pobre e morando em uma humilde casa na cidade de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, ao lado da casa de seu parceiro. Este parceiro continuou se apresentando sozinho em programas de televisão e rádio, até sua morte cinco anos depois.

Internado para fazer uma operação no olho direito, o parceiro sobrevivente teve complicações cardiovasculares e faleceu. Seus principais sucessos foram Saxofone, Por Que Choras?; Choro de Ratinho; Meu Pirão Primeiro; Batucada da Dupla e Mamãe Eu Quero, marcha carnavalesca de autoria de Jararaca.

Mamãe Eu Quero caiu na graça dos norte americanos a partir da versão da portuguesa naturalizada brasileira, famosa no cinema de Hollywood, Carmem Miranda, e ganhou mais de 21 versões em inglês, especialmente a difundida internacionalmente na voz de Bing Crosby.

Com suas anedotas, causos e adivinhações calcadas no espírito troçador que tinham os verdadeiros artistas, deixaram mais de 800 discos de 78 rpm e dois LPs onde alternavam números musicais com vasto anedotário.

Para saber mais, acesse: José Luiz Rodrigues Calazans

Fonte: UAEC e Wikipédia

César Ladeira

CÉSAR ROCHA BRITO LADEIRA
(58 anos)
Radialista e Produtor de Rádio

* Campinas, SP (11/12/1910)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/09/1969)

Aluno da Faculdade de Direito quando, em 1931, quando ficou seduzido pelo rádio que começava a tomar um impulso extraordinário em todo o Brasil, e estreou como locutor na Rádio Record de São Paulo.

A Rádio Record de São Paulo, adquirida em 1931 por Paulo Machado de Carvalho, assume o papel de porta-voz do movimento insurrecional e pelas vozes de três locutores: César Ladeira, Nicolau Tuma e Renato Macedo, tendo por fundo musical a marcha Paris Belfort, levava a todo país o noticiário dos revoltosos paulistas furando o bloqueio da censura varguista.

Sua fama transpôs as fronteiras do estado de São Paulo e espalhou-se por todo o país em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando sempre à meia-noite, transmitia com entusiasmo as idéias do movimento. César Ladeira causou impacto neste ano. Depois, com a vitória do governo central, quase foi deportado com Paulo Machado de Carvalho, criador do rádio-jornalismo.


Em 1933, chegava ao Rio de Janeiro para assinar contrato na Rádio Mayrink Veiga, como locutor e diretor artístico. Atuava como um embaixador da musica paulistana, trazendo para a então capital da república os novos valores lá revelados. Desta forma aqui chegou Zézinho em 1933, passando logo a integrar o famoso regional da Rádio Mayrink Veiga.

Mesmo com o término da revolução e tendo se mudado para o Rio de Janeiro, César Ladeira - campinense de nascimento - não encerraria sua ligação com o ideal dos bravos heróis de 1932.

Em 1957, na ocasião da celebração dos 25 anos da Revolução Constitucionalista, o locutor lançaria um LP chamado: São Paulo de 32.

Neste álbum totalmente narrado por ele, temos uma crônica de sua própria autoria chamada 25 Anos Depois além de poemas de Guilherme de Almeida e Oliveira Ribeiro Neto.

Em 1935 estréia no cinema em Alô, Alô Brasil.


Em 1936 é a vez de César Ladeira buscar uma turma da pesada: Aimoré, Garoto, Nestor Amaral e Laurindo Almeida.

O locutor brasileiro nasceu da voz de César Ladeira, plena de "erres" iniciais carregados, copiados dos argentinos que os empregam só para distingui-los dos "agás" aspirados do espanhol. A voz grave de César Ladeira já era a mensagem em si. Ele começava na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, depois da Hora do Brasil, e enfiava propaganda e cantores durante duas horas.

Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados, e um epíteto consagrador a cada artista do seu elenco. Desta forma, alguns cantores passaram a ser identificados: A Pequena Notável para Carmen Miranda, O Cantor Que Dispensa Adjetivos para Carlos Galhardo, O Caboclinho Querido para Sílvio Caldas, A Garota Grau Dez para Emilinha Borba e O Cantor das Mil e Uma Fãs para Ciro Monteiro.

Despertou o gosto dos ouvintes para a crônica vibrante, o editorial e o comentário. Difundiu programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Rádio Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes.

Carlos Lacerda, César Ladeira, Luiz Vieira
Locutor mais imitado do rádio brasileiro, em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde apresentou com grande sucesso o programa Seu Criado, Obrigado, ao lado de Daisy Lúcidi, durante dez anos, a Crônica da Cidade, por 20 anos e escreveu vários programas musicais.

César Ladeira participou ainda de alguns filmes brasileiros e criou a Empresa Brasileira de Comédias Musicais, produzindo o Café Concerto, espetáculo de luxo encenado nas boates cariocas Casablanca e Acapulco. Em 1967, apresentava-se em teatros de comédia na extinta TV Tupi Rio do Rio de Janeiro.

Foi marido da atriz Renata Fronzi. Seus filhos, Cesar Fronzi Ladeira e Renato Fronzi Ladeira, foram os criadores da banda de rock A Bolha.

É nome de rua em sua cidade natal.

Fonte: Pro-Memória de Campinas-SP, São Paulo Antiga e Wikipédia