Helena Silveira

HELENA SILVEIRA
(71 anos)
Escritora e Jornalista

* São Paulo, SP (09/12/1912)
+ São Paulo, SP (31/08/1984)

Filha de Alarico Silveira e Dinorá Ribeiro, foi uma escritora e jornalista conhecida pela coluna que mantinha na Folha de São Paulo, Helena Vê TV, dedicada à crítica dos programas e artistas de televisão. Pertencente a uma família de escritores, era irmã de Dinah Silveira de Queiroz e prima de Rachel de Queiroz, as duas primeiras mulheres a serem aceitas na Academia Brasileira de Letras.

Natural de São Paulo, Helena passou a infância em Casa Branca e em Batatais, fazendo seus estudos na capital. Viajou para a Europa e cursou a Comédie-Française. Ingressou no Correio da Manhã em 1941 e, em 1945, lançava seu primeiro livro, A Humanidade Espera.

Helena chegou a viver no Líbano e na Líbia, onde arrumou inspiração para escrever Damasco e Outros Caminhos (1957).

De sua viagem à China, criou Os Dias Chineses (1961). É de sua autoria dezenas de livros, onde também se destacam Mulheres Frequentemente (1945), Na Selva de São Paulo (1966) e Sombra Azul.

Além da literatura, Helena dedicava-se ao teatro, escrevendo a peça No Fundo do Poço em 1950, junto ao marido, Jamil Almansur Haddad. A peça A Torre, também de 1950, ganhou o prêmio do Departamento de Cultura.

Helena participou de movimentos contra a censura e liberdade de informação, tendo também aderido à causa feminista.

Lolita Rodrigues e Helena Silveira
Durante a fase final do casamento de Ayrton Rodrigues e Lolita Rodrigues, Helena Silveira foi solidária a Lolita quando, no programa Almoço Com as Estrelas, de 1982, ela participou do quadro Para Quem Você Tiraria o Chapéu. Entre os chapéus colocados, havia um com o nome de Lolita. A jornalista pegou o chapéu, disse palavras elogiosas a respeito da amiga, com insinuações entre suas frases. Quando o quadro chegou ao fim, despediu-se de Lolita com beijos e abraços e, quanto a Ayrton Rodrigues, simplesmente ignorou-o.

Helena Silveira faleceu aos 71 anos, em 31 de agosto de 1984.

José Meirelles

JOSÉ MEIRELLES PASSOS
(62 anos)
Jornalista

* (1949)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/08/2011)

José Meirelles foi correspondente de O Globo em Washington por duas décadas, voltando ao Brasil em 2009.

O jornalista participou de coberturas em mais de 40 países, cobrindo conflitos com a Guerra das Malvinas, as duas guerras de invasão do Iraque e a invasão do Panamá pelos Estados Unidos. Ganhou os Prêmios Esso, Prêmio Vladimir Herzog, SIP (Sociedade Interamericana da Imprensa), entre outros.

José Meirelles também é autor de A Noite dos Generais: Os Bastidores do Terror Militar na Argentina, sobre o julgamento, em 1985, das três juntas militares que governaram a Argentina entre 1976 e 1982.

"O livro é sobre esse lado que as reportagens não tinham como revelar, com os bastidores dos generais na prisão", disse sobre a obra, em uma entrevista para o site da ABI (Associação Brasileira da Imprensa).

Na entrevista, ele declarou sua definição de jornalismo: "Um trabalho que me dá prazer, que me ensina algo todos os dias. Ele me dá chances de ver a história de perto, de registrá-la, de aprender a viver. A profissão me leva a conhecer o mundo, algumas vezes do lado do avesso".

Em 1981 e 1983 ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria Revista em matérias para a Revista IstoÉ.

O jornalista José Meirelles Passos, ex-correspondente do Jornal O Globo em Washington (EUA) e em Buenos Aires (Argentina), pela Revista Veja, morreu vítima de Câncer, aos 62 anos.

Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi enterrado no Cemitério São João Batista.

Deixou duas filhas e dois netos.