Oscarino Varjão

OSCARINO FARIAS VARJÃO
(80 anos)
Ventríloquo

☼ Paraná do Xiborena Rio Solimões, AM (15/05/1937)
┼ Manaus, AM (15/04/2018)

Oscarino Farias Varjão, mais conhecido pelo seu nome artístico Oscarino Varjão, foi um ventríloquo nascido no Rio Solimões, AM, no dia 15/05/1937. Com mais de 60 anos de carreira ficou conhecido nacionalmente pelo seu personagem Peteleco.

Oscarino nasceu na comunidade Paraná do Xiborena, no Rio Solimões, atualmente um dos distritos de Iranduba, no Amazonas. De origem muito simples, sua família mudou-se para Manaus em meados da década de 50. Oscarino foi engraxate na Rua Marquês de Santa Cruz, no Centro de Manaus, e ajudava a mãe, Iracema Barbosa, na venda de tapiocas no Mercado Municipal, quando confeccionou um boneco, o qual batizou de Chiquinho, em 1953, seu primeiro personagem.

Em 1957, aos 20 anos de idade, criou o boneco Peteleco, na casa de sua sogra, como forma de superar as dificuldades financeiras. Desde então, Oscarino passou a realizar apresentações em escolas, programas de rádio e TV em várias localidades do país.

Reconhecido como um dos grandes mestres de sua arte, principalmente pela habilidade de se expressar sem mexer a boca, Oscarino chegou a conceder entrevista no "Programa do Jô", na TV Globo, no dia 14/11/2000.

Sua obra também lhe rendeu um documentário chamado "Oscarino & Peteleco".

Em 2016, seu personagem Peteleco foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Amazonas.

Personagens

Oscarino teve seu talento reconhecido por Américo Alvarez, artista amazonense conhecido como Vovô Branco, que pediu ao pintor Branco e Silva que lhe desse um boneco chamado Marinheiro, seu segundo personagem.

Depois, ele recebeu de um pernambucano um boneco chamado Charles e, por fim, confeccionou o seu maior sucesso, passando de geração a geração. O Peteleco é um boneco negro, que encantava de crianças a adultos. Com uma personalidade irreverente e olhar atento a tudo, Peteleco sempre respondia rápido às perguntas e às vezes grosseiro, se alguém pegasse no seu pé.

Batizado pelo seu pai, Oscar Lopes Varjão, Peteleco recebeu a cor negra em homenagem a ele, que era um homem negro e que sofria racismo. Dessa forma, o boneco também tornou-se um veículo de conscientização contra o racismo, a partir de histórias que ele viu o pai vivenciar.

O personagem ficou nacionalmente conhecido quando se apresentou no "Programa do Jô", porém, antes disso, apresentava-se mais restritamente na região Norte, onde era adorado pelas crianças por seu carisma, contando histórias, cantigas educativas e muitas paródias divertidas, deixando sempre a mensagem de que estudar é importante, assim como o respeito aos pais e aos mais velhos.

O corpo de Oscarino sendo velado e ao seu lado o boneco Peteleco, seu parceiro nos quase 60 anos de carreira.
Problemas de Saúde e Morte

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas divulgou uma nota informando que artista era portador de diabetes, colelitíase, hipertensão arterial sistêmica, possuía sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e asma.

Oscarino lutava contra um câncer e foi internado no dia 13/04/2018, onde esteve entubado na emergência do Hospital 28 de Agosto, mas não resistiu e morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória no domingo, dia 15/04/2018.

O velório de Oscarino aconteceu no salão nobre do Centro Cultural Palácio Rio Negro e seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Manaus, AM.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #OscarinoVarjao

Edyr de Castro

EDYR DE CASTRO
(72 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/09/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/01/2019)

Edyr de Castro foi uma atriz e cantora nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/09/1946.

Começou a carreira assinando com seu nome original, passando depois a assinar Edyr Duque. Foi uma das componentes do grupo vocal As Frenéticas, tendo também integrado o grupo Mucamas do Painho derivado de sua participação no programa Chico Anysio Show.

Edyr de Castro foi casada com o cantor e compositor Zé Rodrix com quem teve Joy Rodrigues. É filha única e avó de Amodini.

Na televisão, Edyr de Castro trabalhou nas novelas "Roque Santeiro" (1985), "Cambalacho" (1986) "Por Amor" (1997), "Cabocla" (2004), "Amor e Intrigas" (2007) e "Poder Paralelo" (2009).

No cinema atuou em "Menino Maluquinho - O Filme" (1995), "Proibido Proibir" (2006) e "5x Favela - Agora Por Nós Mesmos" (2009)

No teatro ela atuou na peça "Hair" (1969).

Em seus últimos anos de vida, Edyr de Castro morava no Retiro dos Artistas, após descobrir que sofria de Alzheimer.

As Frenéticas
1976 - 1984: Formação e Sucesso

As Frenéticas foi um grupo vocal feminino brasileiro formado por seis integrantes, que surgiu em 1976 no Rio de Janeiro, no auge do sucesso das discotecas no Brasil.

Em 05/08/1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days, que se tornou a febre das noites cariocas. Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Nelson Motta teve a ideia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento, mas com uma inovação: No meio da noite, subiriam de surpresa ao palco, cantariam três ou quatro músicas, antes de voltar a servir.

Sandra Pêra, que era cunhada de Nelson Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto Dzi Croquettes, e a cantora Dhu Moraes. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a atriz Edyr de Castro, que tinha participado do elenco do musical "Hair". Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee.

Mas o sucesso das Frenéticas, como foram chamadas para associá-las ao nome da discoteca, foi tão grande, que milhares de frequentadores entusiasmados exigiam que elas cantassem cada vez mais.

Passaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes. O público foi capturado por uma combinação inusitada de humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco. No seu primeiro sucesso, "Perigosa", o refrão "dentro de mim" repetido inúmeras vezes entre gemidos lúbricos e gritinhos histéricos, deu o tom de suas apresentações.

Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado. As Frenéticas foram as primeiras contratadas da gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil. O primeiro compacto, "A Felicidade Bate a Sua Porta", de Gonzaguinha, foi muito executado nas rádios. Em seguida, o primeiro LP "Frenéticas" vendeu 150 mil cópias rapidamente e recebeu um Disco de Ouro.

No final dos anos 70 conseguiram o feito inédito de emplacar o tema de abertura de duas novelas da TV Globo, "Dancin' Days" (1978) e "Feijão Maravilha" (1979). Depois vieram mais três discos pela Warner.

Em 1982, Sandra Pêra e Regina Chaves saem do grupo e o quarteto remanescente assina contrato com a gravadora Top Tape. Mas o único álbum lançado por este selo não fez sucesso e o grupo se desfez em 1984.

1992: Primeiro Retorno

O sexteto voltou a se reunir em 1992 para gravar o tema de abertura da novela "Perigosas Peruas" (1992), da TV Globo, e duas músicas inéditas para uma coletânea de seus sucessos lançada em CD. Até então, a discografia do grupo era constituída apenas de LPs de vinil. Outra coletânea em CD foi lançada em 1999.

Leiloca e Edyr de Castro em foto de 1999
2001: Segundo Retorno

O grupo realizou uma nova reunião em 2001, embora contando apenas com Lidoka, Edyr de Castro e Dudu. As três, aconselhadas por uma numeróloga, mudaram seus nomes artísticos respectivamente para Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes. As demais integrantes do grupo original não quiseram retornar, preferindo continuar nas atividades que exerciam: Regina, como produtora do humorista Chico Anysio, Leiloca como astróloga e atriz, Sandra, como diretora de teatro. As integrantes contaram com as backing vocals Gabriela Pinheiro, Cláudia Borioni e Liane Maya nas apresentação, que mantiveram-se apenas nos vocais de apoio, sem serem creditadas como membros oficiais ou tomaram a frente com as demais.

Ao recusar o convite, Leiloca deixou registradas em seu website: Ela só participaria desta volta, se houvesse infraestrutura com um show bem produzido, patrocinadores e divulgação. Após uma rápida turnê e alguns programas de televisão o grupo encerrou o retorno comemorativo de 25 anos.

Em uma aparição especial juntas, o grupo se apresentou em 12/07/2006 em São Paulo para comemorar os 30 anos.

2018: Teatro Musical

Em 2018 LeilocaDhu Moraes e Sandra se reuniram para estrelar o musical "70 - Década do Divino Maravilhoso" que contava a história da década de 70 e As Frenéticas são as grandes homenageadas. Sequência de "60 - Década de Arromba - Doc.Musical" teve estréia nacional em 15/11/2018 no Theatro Net Rio.

Morte

Edyr de Castro faleceu às 09h08 de terça-feira, 15/01/2019, aos 72 anos, vítima de falência múltipla de órgãos. Ela estava internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Edyr de Castro lutava contra o Alzheimer desde 2011.

O corpo de Edyr de Castro será velado a partir das 10h00 de quarta-feira, 16/01/2019, na Capela 2 do Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. A cremação está prevista para 13h00 no mesmo local.

Nas redes sociais, Leiloca Neves e Sandra Pêra, amigas dos tempos das Frenéticas, fizeram homenagens para Edyr de CastroLeiloca postou uma foto do tempo em que elas estavam juntas com a mensagem: "Edyr de Castro, a mais sábia de todas nós!"

Edyr de Castro deixa uma filha, que teve do casamento com o cantor e compositor Zé Rodrix, falecido em 22/05/2009, e uma neta.

Carreira

Televisão
  • 2009 - Poder Paralelo ... Rosa Nunes
  • 2007 - Amor e Intrigas ... Donata
  • 2007 - Sete Pecados ...  Vendedora na barraquinha da escola
  • 2006 - Sinhá Moça ... Ruth
  • 2004 - Cabocla ... Maria
  • 2003 - Agora é que São Elas ... Ruth
  • 2000 - A Turma do Pererê
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga ... Zanza
  • 1997 - Por Amor ... Elvira
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Zulmira
  • 1986 - Cambalacho ... Doroteia
  • 1985 - Roque Santeiro ... Nininha
  • 1985 - Tenda dos Milagres ... Terência

Cinema
  • 1995 - Menino Maluquinho - O Filme ... Irene
  • 2006 - Proibido Proibir ... Rosalina
  • 2009 - 5x Favela - Agora Por Nós Mesmos ... Madalena

Teatro
  • 1969 - Hair

Fonte: Wikipédia e G1
#EdyrdeCastro #FamososQuePartiram