Rui Chapéu

JOSÉ RUI DE MATTOS AMORIM
(79 anos)
Jogador de Sinuca

☼ Itabuna, BA (21/03/1940)
┼ São Paulo, SP (29/02/2020)

José Rui de Mattos Amorim, mais conhecido como Rui Chapéu, foi um jogador de sinuca, considerado o maior nome da sinuca no Brasil, nascido em Itabuna, BA, no dia 21/03/1940.

Seu apelido deve-se ao fato de sempre aparecer em público com um pequeno chapéu branco - uma espécie de boina - feito sob medida, encomendado de um alfaiate para que ficasse da maneira que gostava.

No fim da década de 1970 Rui largou a profissão de caminhoneiro e passou a viver de seu verdadeiro talento, a sinuca, cruzando o Brasil em apresentações.


Entre 1984 e 1992, Rui Chapéu desafiava jogadores de sinuca na TV Bandeirantes, em jogos transmitidos aos domingos no programa Show do Esporte, apresentado por Luciano do Valle, sendo considerado, por isso, o responsável por mudar a imagem deste esporte no país, antes visto como exclusivo de malandros e vagabundos.

Após bater os doze melhores jogadores do país, Rui Chapéu ganhou um contrato e permaneceu no ar por oito anos.

Seu maior feito foi vencer o inglês Steve Davis, então campeão mundial de sinuca, em 1986 e em 1987.

Em 2019, ele foi um dos "masters" do programa Tá Brincando, da TV Globo.

Segundo a revista Isto É, Rui Chapéu foi incluído e relacionado entre os 1.000 maiores esportistas do século XX.

Morte

Rui Chapéu faleceu na madrugada de sábado, 29/02/2020, aos 79 anos, em São Paulo, SP. Ele passou mal no apartamento de sua filha por volta de 1h00 e foi levado para o hospital, onde foi constatada a presença de água no pulmão. Mais tarde, aproximadamente às 4h00, teve um infarto fulminante e faleceu.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RuiChapeu

Valdir Espinosa

VALDIR ATAHUALPA RAMIREZ ESPINOSA
(72 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (17/10/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/02/2020)

Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa, mais conhecido como Valdir Espinosa, foi um técnico e ex jogador de futebol que atuava como lateral-direito, nascido em Porto Alegre, RS, no dia 17/10/1947.

Entre as maiores conquistas de Valdir Espinosa estão a Taça Libertadores da América e a Taça Intercontinental com a equipe do Grêmio, ambos em 1983, além do Campeonato Carioca de 1989 pelo Botafogo.

Valdir Espinosa trabalhou como auxiliar de Renato Gaúcho no Vasco da Gama, quando este assumiu o comando da equipe em 2005. Permaneceu no clube até o treinador principal ser demitido, em maio de 2007.

No mesmo ano regressou ao Vasco da Gama, que, após um bom começo no Campeonato Brasileiro, passava por um período de poucas vitórias. Agora como treinador principal, Valdir Espinosa encontrou pela frente o desafio de recuperar a equipe, afastando de vez as possibilidades de ser rebaixada e conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana do ano seguinte.

Nas seis partidas que esteve no comando da equipe, venceu três, empatou duas e perdeu uma. O desempenho foi suficiente para garantir a vaga para a Sul-Americana, terminando a competição em 10º. Após o fim do campeonato o treinador decidiu não renovar o contrato e pôs fim nas especulações de que poderia continuar para 2008.


Em 2009, Valdir Espinosa foi auxiliar técnico de Renato Gaúcho no Fluminense.

No dia 12/02/2010, Valdir Espinosa anunciou sua aposentadoria como treinador e também no ramo do futebol mas desistiu, retornando como novo comandante do Duque de Caxias. Mas devido a péssima campanha na série B, foi demitido em julho de 2010.

Fora das quatro linhas, Valdir Espinosa trabalhou como comentarista nos canais Sportv e PFC, entre 2008 e 2009.

Em 2010 foi comentarista na Rádio Manchete e foi candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Em 2012, Valdir Espinosa voltou a ser comentarista, dessa vez na Rádio Globo.

Valdir Espinosa foi coordenador técnico do Grêmio desde a volta de Renato Gaúcho como técnico da equipe em 2016 até sua demissão em 10/08/2017.

Em 12/12/2019, foi anunciado como gerente de futebol do Botafogo do Rio de Janeiro, seu último trabalho.

Morte

Valdir Espinosa faleceu na manhã de quinta-feira, 27/02/2020, devido a complicações causadas por uma cirurgia no abdômen realizada no dia 17/02/2020. Entretanto, devido à mal sucedida recuperação, foi internado novamente no dia 20/02/2020, porém não resistiu.

Posteriormente foi revelado que Valdir Espinosa vinha lutando há vários meses contra um câncer no intestino.

O velório de Valdir Espinosa ocorreu na tarde e noite de quinta-feira, 27/02/2020, no salão nobre de General Severiano, sede do Botafogo, onde ele trabalhava atualmente como gerente de futebol e clube com o qual tinha grande identificação desde a conquista do título do Campeonato Carioca de 1989.

Valdir Espinosa foi sepultado na manhã de sexta-feira, 28/02/2020, no Memorial do Rio de Janeiro, em cerimônia somente com amigos e parentes.

Títulos

Esportivo
  • 1979 - Campeonato do Interior Gaúcho

Ceará
  • 1980 - Campeonato Cearense

Londrina
  • 1981 - Campeonato Paranaense
  • 1981 - Campeonato do Interior Paranaense

Grêmio
  • 1983 - Copa Libertadores da América
  • 1983 - Copa Intercontinental
  • 1983 - Troféu CEL
  • 1983 - Copa Los Angeles
  • 1986 - Campeonato Gaúcho
  • 2016 - Copa do Brasil (Como coordenador técnico)

Al-Hilal
  • 1985 - Campeonato Saudita

Cerro Porteño
  • 1987 - Campeonato Paraguaio
  • 1992 - Campeonato Paraguaio

Botafogo
  • 1989 - Taça Rio
  • 1989 - Campeonato Carioca

Flamengo
  • 1990 - Torneio de Verão de Nova Friburgo

Portuguesa
  • 1996 - Torneio Início Paulista

Atlético Paranaense
  • 2002 - Supercampeonato Paranaense de Futebol

Brasiliense
  • 2005 - Campeonato Brasiliense

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePArtiram #ValdirEspinosa

Durvinha

DURVALINA GOMES DE SÁ
(93 anos)
Cangaceira

☼ Paulo Afonso, BA (1915)
┼ Belo Horizonte, MG (28/06/2008)

Durvalina Gomes de Sá, também conhecida pelo pseudônimo de Jovina Maria da Conceição Souto, conhecida também como Durvinha, foi a última sobrevivente mulher e integrante do grupo de cangaceiros de Lampião e Maria Bonita.

Nascida em Paulo Afonso, BA, no ano de 1915, Durvinha era filha de um fazendeiro local bem-sucedido que possuía duas propriedades rurais na cidade.

Durvinha ingressou no cangaço aos 15 anos, no início dos anos 1930, após proposta do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, ex-cunhado de Lampião. Diferente de outras mulheres no cangaço que foram raptadas de suas famílias, Durvinha acompanhou o bando espontaneamente. Entretanto, este fato causou diversos transtornos a sua família, que teve suas propriedades incendiadas pelas forças volantes e foram ameaçados.

Após a morte de Virgínio, casou-se com o cangaceiro José Antônio Souto, nome falso de Moreno, cujo nome de batismo era Antônio Ignácio da Silva.

Durvinha, à esquerda em cena do filme de Benjamin Abrahão Botto, de 1936. No centro da imagem, Virgínio, seu primeiro companheiro.
Durvinha é conhecida pela filmagem de Benjamin Abrahão Botto em 1936, na qual aponta um pequeno revólver para a câmera, ao lado de outros cangaceiros. No documentário "Os Últimos Cangaceiros", Durvinha fala sobre sua participação nas ações no bando:
- A senhora atirou muito no cangaço?
- Não... eu tinha um medo danado de atirar!
Após a morte de Lampião e a dispersão do bando em 28/07/1938, o casal conseguiu se reunir sem grandes ferimentos na mata. Na época grávida, Durvinha teve seu filho Inácio Carvalho Oliveira. Temendo ser encontrados pelas forças volantes, o casal doou o bebê com 30 dias para um padre na cidade de Taracatu em Pernambuco, visto que o casal estava em fuga e não podia se trajar como cangaceiros ou assumir suas identidades.

Moreno e Durvinha
DurvinhaMoreno escaparam do Massacre de Angico e conseguiram ir para Belo Horizonte, MG, disfarçados, de fevereiro a maio de 1940. Ali chegando, trocaram de nomes temendo prisão. Adotaram uma nova vida, tiveram outros filhos e guardaram o segredo até 2006.

Até então, nenhum deles sabia que os pais foram cangaceiros. O casal já com a idade avançada, resolveu contar a verdade. Neli, de temperamento inquieto, fez um trabalho de detetive e conseguiu localizar o irmão mais velho perdido no mundo. Ele, Inácio Carvalho Oliveira, morava no Rio de Janeiro e era militar, por ironia do destino.

Durvinha sobreviveu por mais de setenta anos depois de escapar do ataque da polícia de Alagoas que dizimou parte do bando de Lampião.

Durvinha usou o nome falso de Jovina durante toda a sua vida após o cangaço, revelando seu passado à família apenas poucos anos antes de seu falecimento.

Morte

Durvinha faleceu em 28/06/2008, aos 93 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Durvinha

Claudia Telles

CLÁUDIA TELLES DE MELLO MATTOS
(62 anos)
Cantora, Compositora e Instrumentista

☼ Rio de Janeiro, RJ (26/08/1957)
┼ Rio de Janeiro, RJ (21/02/2020)

Cláudia Telles de Mello Mattos foi uma cantora, compositora e instrumentista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/08/1957, de ascendência portuguesa e francesa, intérprete de canções românticas, dentre elas as mais tocadas "Fim de Tarde" (Robson Jorge e Mauro Motta) e "Eu Preciso Te Esquecer".

Filha do violonista, compositor e advogado Candinho, e de uma das precursoras da bossa nova, a cantora Sylvia Telles, Claudia Telles, ainda menina, foi convidada pela mãe para subir ao palco do Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro, no último show da temporada do espetáculo "Reencontro", que reuniu Sylvia Telles, Edu Lobo, Trio Tamba e Quinteto Villa-Lobos, para cantar "Arrastão" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes).

Ficou órfã de mãe aos 9 anos, tendo sido criada por seus avós maternos, tendo tido pouco contato com o pai. Aos 16 anos, após ter perdido os avós, foi viver sozinha no apartamento que era de sua mãe, em Copacabana. Nesta época trabalhava em musicais no teatro.

Claudia Telles iniciou sua carreira em 1972, fazendo coro para artistas famosos em suas gravações, entre eles The Fevers, Roberto Carlos, José Augusto, Gilberto Gil, Jerry Adriani, Jorge Ben Jor, Belchior, Simone, Rita Lee, Fafá de Belém, entre vários outros. Sua chance de brilhar veio, entretanto, quando uma amiga do Trio Esperança, Regina, precisou se afastar do grupo por causa da gravidez. Claudia Telles a substituiu em gravações e shows, ganhando experiência de público. Daí para frente ela se dedicaria completamente à arte musical.


Além das gravações em estúdio, Claudia Telles foi crooner do conjunto de Chiquinho do Acordeon, um dos mais conceituados da época, durante um ano. Saiu quando Walter D'Ávila Filho, ao escutar uma música nova de seu parceiro e também produtor na época da CBS, Mauro Motta, se lembrou dela e de sua voz - um pouco parecida com a da mãe, mas com um timbre metálico, diferente das vozes que havia no mercado - e deu-lhe, a título de experiência a música para gravar. O sucesso de "Fim de Tarde" (Robson Jorge e Mauro Motta) foi estrondoso.

A música logo passou aos primeiros lugares das paradas. Todos queriam saber de quem era aquela voz suave e vieram os diversos convites para programas de televisão. O público jovem se identificou imediatamente com aquela menina de cabelos escorridos, tímida, que lhes derramava versos de amor. "Fim de Tarde" (Robson Jorge e Mauro Motta) foi um dos grandes sucessos daquele ano de 1976 e agora a menina-mulher, amadurecida pelo tempo e pelas circunstâncias, conhecia a fama.

Foram vendidas mais de 500 mil cópias do compacto simples, o que lhe valeu o primeiro disco de ouro da carreira, oportunidades para excursionar e também para gravar a música em inglês e espanhol.

Aos 19 anos, Claudia Telles se projetava nos mesmos caminhos antes trilhados com incomparável êxito pela mãe. Passou então a ser requisitada para shows, cantando do samba ao bolero. Mas sua paixão era a bossa nova, chegando a ser considerada a mais perfeita intérprete de "Dindi", uma das muitas músicas que havia feito de sua mãe uma celebridade e unanimidade nacional, ultrapassando as fronteiras do Brasil.


No seu primeiro LP, em 1977, Claudia Telles regravou "Dindi" (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), grande sucesso na voz de sua mãe, e fez mais dois grandes sucessos, "Eu Preciso Te Esquecer" e "Aprenda a Amar".

Nos anos 1970, lançou mais alguns compactos e os LPs "Claudia Telles" (1977), "Miragem" (1978) e "Eu Quero Ser Igual a Todo Mundo" (1979).

Claudia Telles nunca escondeu de ninguém o prazer que sentiu ao gravar "Dindi", um dos grandes sucessos de Sylvia Telles: "Foi uma forma de homenageá-la!". A homenagem foi além, veio em forma de batalha. A mesma batalha empreendida por Sylvia Telles para mostrar o que queria e do que era capaz, apenas com uma diferença: a dura comparação do seu trabalho com o da mãe, a eterna luta para provar que chegou onde quis sem nunca contar apenas com o fato de ser mais uma filha da mãe famosa.

Quatro anos após o sucesso de "Fim de Tarde" (Robson Jorge e Mauro Motta), em entrevista à revista O Cruzeiro, contou do seu desejo de resgatar à memória os sucessos da bossa nova. Seria um tributo a sua mãe e ao maior movimento da história da música brasileira. Entrou em contato com sua gravadora e discutiram esta possibilidade. A ideia, entretanto, nunca saiu da gaveta, deixando seu sonho adormecido por algum tempo.

Em 1995, gravou um CD contendo obras de Cartola e Nelson Cavaquinho.

Dois anos depois, a gravadora CID promoveu um encontro entre mãe e filha no disco "Por Causa de Você", com a voz de Sylvia Telles extraída das gravações originais.

Claudia Telles lançou, em 2000, o CD "Chega de Saudade - Tributo a Vinicius de Morais", registrando canções do poeta, e, em 2003, o CD "Sambas e Bossas".


Em 2004, fez temporada de shows no Vinicius Piano Bar, no Rio de Janeiro, ao lado do compositor Paulinho Tapajós.

Em 2005, fez show de lançamento do CD "Tributo a Tom Jobim" no Bar do Tom, no Rio de Janeiro, RJ.

Claudia Telles lançou, em 2009, o CD "Quem Sabe Você", contendo as inéditas músicas "Ai Saudade" (Johnny Alf), "Biquininho Azul", parceria do pai, o violonista Candinho, com Ronaldo Bôscoli, e a faixa-título, de Roberto Menescal e Abel Silva. Também no disco, uma homenagem à mãe na parceria pouco conhecida de Sylvia Telles com Chico Anysio, "Sem Você Pra Que", gravada apenas uma vez, por Sylvia Telles, em 1957. Completando o repertório, as canções "Felicidade Vem Depois", primeira composição de Gilberto Gil, "Carta ao Tom 74" (Toquinho e Vinicius de Moraes), "Reza" (Edu Lobo e Ruy Guerra) um pot-pourri em homenagem ao cantor Miltinho: "Solução", "Mulher de 30" e "Palhaçada", "Tamanco no Samba" (Orlandivo), "Juras" (Rosa Passos) e ainda "Não Quero Ver Você Triste" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) com letra de seu tio Mario Telles, última música gravada por Sylvia Telles. O disco contou com a participação de Emílio Santiago.

Em 2010, dividindo o palco com Paulinho Tapajós e Tavynho Bonfá, apresentou-se no Bar do Tom, no Rio de Janeiro, RJ, com o show "Sucesso Sempre", do qual participaram também os músicos Marcello Lessa (violão), Marcelo Tapajós (violão de aço), Paulo Fernando Marcondes Ferraz (percussão) e Laudir de Oliveira (percussão).

Claudia Telles era separada e teve três filhos, que não seguiram a carreira artística.

Morte

Claudia Telles faleceu por volta das 23h00 de sexta-feira, 21/02/2020, aos 62 anos, após uma parada cardíaca, a falência múltipla de órgãos que acabou provocando a morte. Claudia Telles sofreu um infarto no dia 16/01/2020 e permaneceu no CTI do Hospital Ronaldo Gazzola, no Rio de Janeiro, RJ.

Os filhos disseram que uma hora os problemas apareceriam. O primeiro era uma insuficiência cardíaca por conta do cigarro, pois ela fumava muito. Já o segundo é que ela tinha um problema em uma válvula aórtica, em decorrência do cigarro, algo que gerou uma endocardite, que é uma infecção no revestimento interno do coração, envolvendo as válvulas cardíacas. Como se não bastasse, ela ainda sofreu uma insuficiência renal durante todo esse processo.

O quadro de saúde era estável, mas grave: ela estava sedada, segundo o hospital. Um dos filhos dela ainda contou:
"O atual estado dela é estável, mas já progrediu bastante, mas não deixa de ser muito grave. Vai ter que batalhar para voltar para casa. Com certeza, este é um dos momentos de mais angústia que sofri na minha vida!"

Discografia

Álbuns

  • 1977 - Claudia Telles (CBS)
  • 1978 - Miragem (CBS)
  • 1979 - Eu Quero Ser Igual a Todo Mundo (CBS)
  • 1988 - Solidão Pra Que (RGE)
  • 1995 - Claudia Telles Interpreta Nelson Cavaquinho e Cartola (CID)
  • 1997 - Por Causa de Você (CID)
  • 2000 - Chega de Saudade - Tributo a Vinicius de Moraes (CID)
  • 2002 - Sambas e Bossas (CID)
  • 2004 - Tributo a Tom Jobim (CID)
  • 2009 - Quem Sabe Você (Lua Discos)
Compactos

  • 1976 - Fim de Tarde (CBS)
  • 1977 - Eu Preciso Te Esquecer (CBS)
  • 1977 - Aprenda a Amar (CBS)
  • 1978 - Por Eu Não Saber (CBS)
  • 1976 - Eu Voltei (CBS)
  • 1976 - Tanto Amor (Lança Discos / Polygram)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #ClaudiaTelles

Zé do Caixão

JOSÉ MOJICA MARINS
(83 anos)
Ator, Cineasta e Roteirista de Cinema e Televisão

☼ São Paulo, SP (13/03/1936)
┼ São Paulo, SP (19/02/2020)

José Mojica Marins foi um cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão, mais conhecido como Zé do Caixão, seu personagem mais famoso, nascido em São Paulo, SP, no dia 13/03/1936. É considerado o "Pai do Terror Nacional", tendo sua obra grande importância para o gênero, influenciando várias gerações.

Nascido em uma fazenda pertencente à fábrica de cigarros Caruso, na Vila Mariana, em São Paulo, era filho dos artistas circenses Antônio André e Carmen Marins, primo de Fernando Marins, e neto do espanhol José Marins que chegou ao Brasil em 1904. Seu tio, Miguel, também filho de José Marins, foi toureiro enquanto o avô, José Marins, fazia performance de toureiro vestido de palhaço no picadeiro.

José Mojica Marins ainda criança, passava horas lendo gibis, assistindo a filmes na sala de projeção do cinema em que seu pai trabalhava, brincava de teatro de bonecos e montava peças com fantasias feitas de papelão e tecido.

Quando tinha 3 anos, a família de José Mojica veio a se mudar para os fundos de um cinema na Vila Anastácio. Seu pai passou a ser gerente do cinema.

Depois que ganhou uma Câmera V-8, aos 12 anos, não mais parou de fazer cinema. Essa era a sua vida. Muitos de seus filmes artesanais feitos nessa época eram exibidos em cidades pequenas, cobrindo assim os custos de produção.

Autodidata, montou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos e quando tinha 17 anos, depois de vários filmes amadores, fundou com ajuda de amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas. Especializado em terror escatológico, criou uma escola de atores em 1956, onde na década seguinte, em 1964, montaria uma sinagoga, no bairro do Brás, onde fazia experiências com atores amadores, usando insetos para medir sua coragem.


Embora José Mojica tenha sido conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, aventura, dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada, no Brasil, durante aquela época.

José Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. José Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.

Em todos seus filmes, com exceção de "Encarnação do Demônio" (2008), José Mojica foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: Nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho.

Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. José Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: A voz de Laercio Laurelli.

Laercio Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964), "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967) e "O Estranho Mundo de Zé do Caixão" (1968). Enquanto "O Ritual dos Sádicos" (1970), "Finis Hominis" (1971), "Quando os Deuses Adormecem" (1972), foram dublados por Araken Saldanha, na AIC. Já "Exorcismo Negro" (1974) e "Delírios de um Anormal" (1978) tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.

Anos 1950

Depois da fundação de sua escola, a carreira profissional de José Mojica Marins passou a ficar cada vez mais mais próxima. José Mojica tentou realizar o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) por três vezes e o filme acabou como inacabado. Semiprofissional, o filme "Sentença de Deus" (1954/1956) é experimental no sentido mais genuíno e revela os primeiros passos de José Mojica na arte do cinema.

Em 1958, veio a ser concluído "A Sina do Aventureiro", em lente 75 mm, com apenas duas pessoas que não eram da escola de atores de José Mojica, mas que depois vieram a ter aulas, Ruth FerreiraShirley Alvez. "A Sina do Aventureiro" (1958) é um faroeste caboclo (ou western feijoada, na definição do pesquisador Rodrigo Pereira), vertente prolífica, mas desprezada pela historiografia clássica do cinema brasileiro. Insere-se, portanto, na tradição mais ampla dos filmes rurais de aventura, território que compreende nomes tão heterogêneos quanto significativos como E. C. Kerrigan, Amilar Alves, Luiz de Barros, Humberto Mauro, Eurides Ramos, Antoninho Hossri, Victor Lima Barreto, Carlos Coimbra, Wilson Silva, Osvaldo de Oliveira, Reynaldo Paes de Barros, Edward Freund, Ozualdo Candeias, Tony Vieira e Rubens Prado.

Para lançar o filme "A Sina do Aventureiro" (1958), José Mojica Marins contou com a ajuda dos irmãos Valancy, que eram proprietários do Cine Coral, em São Paulo, aonde o filme permaneceu em cartaz por muito tempo. O realizador do filme, Mojica Marins explicou, posteriormente, como foi o sucesso do filme:
"Para fazer sucesso, eu usei um estratagema, porque já era difícil você entrar uma semana, e ficar três semanas em cartaz num cinema era mais difícil ainda. O que eu fiz? Eu pegava os meus alunos, numa época em que os cinemas tinham fila, e dividia um grupo de alunos numa fila, outro grupo em outra e mais outra. Todos eram atores, né? Então ficavam todos no meio da fila e diziam: 'Pô, a gente perdendo tempo nessa fila, passando uma fita tão boa no Cine Coral!'. Com isso, eles saíam de lá e levavam o pessoal da fila. E ia todo mundo para o Cine Coral. A fita foi muito bem nas capitais. Estourou em Salvador, em Porto Alegre. Porque ela tem uma miscelânea de Nordeste, de roupa nordestina com roupa gaúcha, com roupa americana. Eu misturo tudo, tem uma miscelânea. No final, tem uma curiosidade: a fita realmente agradou, só não agradou aos padres. Aí eu tive uma desavença com os padres que me acompanharia a vida toda!"
(José Mojica Marins)


Depois de aceitar a proposta de Augusto de Cervantes, de fazer um filme que agradasse aos padres, José Mojica criou a história de "Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) e procurou Ozualdo Candeias para fazer o roteiro - que não foi creditado.

As tragédias familiares são apresentadas pelo cineasta com requintes de maldade, temperados por aquele neo-realismo involuntário das produções sem dinheiro. A direção de José Mojica deixou o filme ainda mais cru e violento.

O filme conta o drama de cinco crianças pobres que vivem infelizes com suas respectivas famílias. Cansados de abuso e desprezo, os amigos fogem de casa e saem pelas estradas, acompanhados do violão e da cantoria de Carlito (vivido por Franquito), o mais velho deles. O jovem Franquito, o "garoto da voz de ouro", foi uma aposta para embarcar no estrondoso sucesso de Pablito Calvo, astro-mirim de "Marcelino, Pão e Vinho" (1955).

José Mojica compôs três das dez canções interpretadas por Franquito"Meu Destino em Tuas Mãos" (1963) foi realizado com o dinheiro da venda dos Long Plays de Franquito, hoje uma raridade por ser um dos primeiros filmes a ter disco com todas as músicas lançado pela gravadora Copacabana. O filme, apesar de ter agradado os padres, não teve repercussão nenhum e acabou esquecido.

Algum tempo depois, o produtor Nelson Teixeira Mendes contratou José Mojica para ser ator no "O Diabo de Vila Velha" (1966), um bang-bang. Como condição, José Mojica pediu para poder levar o pai, que estava muito doente, para o Paraná, onde o filme ia ser feito. Após muitas discussões com o diretor Ody Fraga, este veio a se afastar e José Mojica assumiu a direção filme, aonde demonstrou afinidade com o gênero faroeste, que já havia exercitado em "A Sina do Aventureiro" (1958) e ao qual voltaria em "D'Gajão Mata Para Vingar" (1971).

Anos 1960

José Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em nenhum mito do horror conhecido mundialmente. Zé do Caixão, seu personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11/10/1963, após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até seu próprio túmulo.

Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no planeta Terra, que se transformou em luz e, depois de anos esta luz voltou a Terra.

A primeira aparição do personagem foi no filme "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1963). Desde então, ele apareceu em diversos filmes, ganhou popularidade e tem sido retratado em diversas outras mídias.

Embora raramente mencionada nos filmes, o nome verdadeiro Zé do Caixão é Josefel Zanatas. José Mojica Marins dá uma explicação para o nome em uma entrevista para o Portal Brasileiro de Cinema:
"Eu fui achando um nome: Josefel - 'fel' por ser amargo - e achei também o Zanatas legal, porque de trás para frente dava Satanás!"
(José Mojica Marins)


Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os explora para atender seus objetivos. Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no diabo.

O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: Ele quer ser o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia de uma mulher perfeita não é exatamente físico, mas alguém que ele considera intelectualmente superior à média. E nessa busca ele está disposto a matar quem cruza seu caminho.

Quanto à concepção visual do Zé do Caixão, fica evidente a inspiração do personagem clássico Drácula, interpretado por Bela Lugosi na versão da década de 30, dos estúdios Universal. Entretanto, José Mojica acrescentou aos trajes negros e elegantes do personagem, características psicológicas profundas e enraizadas nas tradições brasileiras. Além disso, as unhas grandes foram claramente inspiradas no personagem-título de "Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens" (1922).

José Mojica Marins afirma que a idéia do personagem surgiu em um sonho:
"Certa noite, ao chegar em casa bem cansado, fui jantar. Em seguida, estava meio sonolento, entre dormindo e acordado, e foi aí que tudo aconteceu: vi num sonho um vulto me arrastando para um cemitério. Logo ele me deixou em frente a uma lápide, lá havia duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. As pessoas em casa ficaram bastante assustadas, chamaram até um pai-de-santo por achar que eu estava com o diabo no corpo. Acordei aos berros, e naquele momento decidi que faria um filme diferente de tudo que já havia realizado. Estava nascendo naquele momento o personagem que se tornaria uma lenda: Zé do Caixão. O personagem começava a tomar forma na minha mente e na minha vida. O cemitério me deu o nome; completavam a indumentária do Zé, a capa preta da macumba e a cartola, que era o símbolo de uma marca de cigarros clássicos. Ele seria um agente funerário!"
(José Mojica Marins)


Futuramente, José Mojica Marins definiria melhor a origem de seu personagem:

"Josefel Zanatas nasceu em berço de ouro, seus pais tinham uma rede de agências funerárias, fato que fez com que Josefel fosse uma criança muito sozinha, pois seus colegas os discriminaram por causa da profissão de seus pais.
Na escola era um ótimo aluno e, como não tinha amigos, fez dos livros seus grandes companheiros. Foi na escola que conheceu Sara, uma menina muito bonita e de boa família. Logo se tornaram grandes amigos, não se separavam por nada. Cresceram juntos e com o passar do tempo a amizade se transformou em amor. Decidiram que iriam se casar e mudar para uma cidade maior onde teriam mais chances de crescer na vida. Sara queria se casar fora do país, então tanto os pais de Sara quanto de Josefel resolveram viajar antes para começarem os preparativos para cerimônia.
Durante o voo, uma tragédia acontece: o avião com os pais de Sara e Josefel sofre um acidente e não há sobreviventes. Por causa do luto eles decidem adiar o casamento. Em decorrência da II Guerra Mundial, em agosto de 1943, cria-se a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Somente vinte e oito mil pessoas se alistaram, Josefel era um deles e em conversa com Sara decidem juntos que só casariam quando ele voltasse da guerra.
E assim, na noite de 30 de junho, Josefel parte para a Itália. Durante o tempo que ficou lá, Josefel sofreu muito, e as saudades de Sara foram aumentando depois que ele parou de receber cartas dela. Depois que Josefel partiu para a Guerra, Sara continuou cuidando da funerária. Sempre escrevia para ele, mas depois de muitas cartas sem resposta, acabou concluindo que ele deveria estar morto. Como a vida não estava fácil, Sara aceitou o convite que havia recebido do prefeito e se casou com ele.
No dia 18 de julho de 1945, Josefel desembarca na estação de sua cidade e percebe que a cidade está vazia e sua casa fechada. Desesperado para encontrar Sara, decide perguntar a um bêbado onde estavam todos. O bêbado informa que a cidade inteira estava na casa do prefeito, pois havia uma festa para comemorar a volta dos "Pracinhas". Chegando na festa ele encontra Sara sentada no colo do prefeito e, antes que ela pudesse se explicar, ele saca o revólver e mata os dois. Josefel não é condenado pelo crime pois foi alegado que ele estava traumatizado pela guerra. Para ele não importava ser preso ou não, ele havia perdido Sara e com ela perderia também o sentimento chamado amor.
Josefel, que até então era um homem doce e bondoso, se torna uma pessoa amarga e sem sentimentos. Passa então a aterrorizar os moradores da cidade e logo recebe o apelido de Zé do Caixão. Zé do Caixão é um homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça. Seu objetivo é encontrar uma mulher que compartilhe seus pensamentos e juntos tenham um filho, que possa dar continuidade à sua espécie, que ele acredita ser superior. Para Zé do Caixão, as crianças são os únicos seres puros, sem maldade no coração. Em busca pela mulher superior, ele passa por cima de todos aqueles que atrapalharem seus planos, não tem dó nem piedade e mata se for preciso!"
(José Mojica Marins)

À Meia Noite Levarei Sua Alma

Por falta de um ator, pois não havia nenhum que se submetesse à caracterização do personagem, o autor transformou-se em Zé do Caixão. José Mojica, na época, estava de barba, por causa de uma promessa de família. Com o tempo o nome do personagem passou a confundir-se com o do próprio autor e lhe trouxe praticamente toda sua fama. Com dificuldade, pois os atores não confiavam nem acreditam em Mojica, ele realizou as filmagens de "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964), com apenas atores de sua escola de teatro.

O filme marca a maturidade de José Mojica Marins como diretor, que se relaciona perfeitamente com o domínio da linguagem cinematográfica. Em "À Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964) há todo um requintado trabalho de construção de espaços diferenciados para Zé do Caixão, e esse é o modo como o filme logra distinguir este personagem dos outros.

Após a etapa de montagem com Luiz Elias, José Mojica Marins iria atrás do distribuidor da Bahia que havia levado "A Sina do Aventureiro" (1958), que estava em São Paulo e havia ido à Boca do Lixo.

Após assistir o filme montado, o distribuidor passou a divulgar o filme que já era tido como um grande sucesso. Na mesma época, José Mojica Marins relançou "A Sina do Aventureiro" (1958) e teve um retorno lucrativo grande.

Ele havia feito amizade como um cineasta cubano que realizava filmes pornográficos que pediu a José Mojica que acrescentasse mais dez minutos de cenas mais fortes, onde José Mojica colocou algumas cenas de nudez de algumas moças.

O filme foi vendido por cerca de 20% do que havia sido gasto.

Dificuldades, Auge, Decadência e Retorno

José Mojica Marins apresentou, na década de 1990, o programa "Cine Trash", que obteve alta audiência, e as apresentações macabras de Zé do Caixão se tornaram um marco na televisão, o programa foi exibido na TV Bandeirantes.

José Mojica teve seus títulos lançados na Europa e nos Estados Unidos, onde participou de mostras, festivais e recebeu prêmios. No Brasil, José Mojica não conseguiu o mesmo sucesso e reconhecimento. Existem poucos títulos de seus filmes disponíveis no mercado, o que tornou sua obra pouco conhecida. Sua participação na mídia se dá quase sempre de maneira cômica, fato que teve que abraçar por necessidades financeiras.

José Mojica Marins tinha um programa de entrevistas chamado "O Estranho Mundo de Zé do Caixão", no Canal Brasil. Zé do Caixão tem uma filha chamada Liz Vamp.

Em 2009 interpretou um personagem diferente no longa-metragem de "Cesar Nero", em vez de Zé do Caixão. O nome de seu personagem era Dark Morton, porém o visual do personagem era o mesmo de Zé do Caixão, com a tradicional cartola e capa preta.

No Carnaval carioca de 2011, José Mojica Marins foi homenageado e participou do desfile da Escola Unidos da Tijuca, vice-campeã.


Em 2012, prefaciou o livro "3355 Situações Que Você Deve Saber Para Não Morrer Como Nos Filmes de Terror", do escritor Gerson Couto.

Em 2013, apareceu na capa do disco "Expulsos do Purgatório", curiosamente ano 13, da lendária banda punk Excomungados e nos encartes, juntamente com os integrantes, sendo que o vocalista Pekinez Garcia, que toca nu inspirado no personagem principal do filme "Finis Hominis" (1971).

Em 2014, José Mojica Marins ficou por quase um mês internado no Incor, em São Paulo, onde passou por um cateterismo cardíaco planejado e desobstrução de uma artéria que estava com bloqueio. Na ocasião, ele foi submetido a uma angioplastia, procedimento para desobstruir vasos entupidos, e colocou três stents, tubo inserido para normalizar a passagem de sangue dentro da artéria. Por conta disso, José Mojica Marins passou a fazer diálises (filtragem do sangue) três por semana.

Em 2015, o canal por assinatura Space fez uma minissérie biográfica sobre José Mojica Marins intitulada "Zé do Caixão", com o cineasta interpretado por Matheus Nachtergaele.

Em 2019, José Mojica Marins apareceu em uma homenagem no "Domingo Show", da TV Record, onde mostrou-se muito debilitado, apresentando um suposto quadro de Alzheimer.

Morte

José Mojica Marins faleceu às 15h46 de quarta-feira, 19/02/2020, aos 83 anos, no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, SP, vítima de uma broncopneumonia. A morte foi confirmada pela filha de José Mojica, a atriz Liz MarinsJosé Mojica Marins estava internado desde o dia 28/01/2020 para tratar de uma broncopneumonia.

Filmografia

Como Diretor
  • 1945 - A Mágica Do Mágico
  • 1946 - Beijos A Granel
  • 1947 - Sonhos De Vagabundo
  • 1948 - A Voz Do Coveiro
  • 1955 - Sentença De Deus (Inacabado)
  • 1958 - A Sina Do Aventureiro
  • 1962 - Meu Destino Em Tuas Mãos
  • 1963 - À Meia-Noite Levarei Sua Alma
  • 1965 - O Diabo De Vila Velha
  • 1966 - Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver
  • 1967 - O Estranho Mundo De Zé do Caixão
  • 1968 - Trilogia Do Terror
  • 1969 - O Despertar Da Besta
  • 1971 - Finis Hominis
  • 1972 - Dgajão Mata Para Vingar
  • 1972 - Quando Os Deuses Adormecem
  • 1972 - Sexo E Sangue Na Trilha Do Tesouro
  • 1974 - A Virgem E O Machão
  • 1974 - Exorcismo Negro
  • 1975 - O Fracasso De Um Homem Nas Duas Noites De Núpcias
  • 1976 - Como Consolar Viúvas
  • 1976 - Inferno Carnal
  • 1976 - Mulheres Do Sexo Violento
  • 1977 - A Mulher Que Põe A Pomba No Ar
  • 1977 - Delírios De Um Anormal
  • 1977 - A Estranha Hospedaria Dos Prazeres
  • 1978 - Mundo-Mercado Do Sexo
  • 1978 - Perversão
  • 1980 - A Praga
  • 1981 - A Encarnação Do Demônio
  • 1983 - Horas Fatais - Cabeças Cortadas (Horas Fatais)
  • 1984 - A Quinta Dimensão Do Sexo
  • 1985 - 24 Horas De Sexo Explícito
  • 1986 - Dr. Frank Na Clínica Das Taras
  • 1987 - 48 Horas De Sexo Alucinante
  • 1994 - Demônios E Maravilhas
  • 1996 - Adolescência Em Transe
  • 2004 - Fim
  • 2008 - Encarnação Do Demônio
  • 2015 - As Fábulas Negras - Segmento O Saci


Como Ator
  • 1960 - Éramos Irmãos
  • 1966 - O Diabo De Vila Velha
  • 1969 - O Cangaceiro Sem Deus
  • 1970 - O Profeta Da Fome
  • 1976 - A Estranha Hospedaria Dos Prazeres
  • 1977 - O Abismo
  • 1977 - O Vampiro Da Cinemateca
  • 1978 - A Deusa De Mármore
  • 1980 - Chapeuzinho Vermelho
  • 1982 - O Segredo Da Múmia
  • 1984 - Padre Pedro E A Revolta Das Crianças
  • 1985 - O Filho Do Sexo Explícito
  • 1986 - A Hora Do Medo
  • 1987 - As Belas Da Billings
  • 1987 - Horas Fatais
  • 1989 - Dama De Paus
  • 1990 - O Gato De Botas Extraterrestre
  • 1996 - Babu E A Vingança Maldita
  • 1997 - Ed Mort
  • 1997 - A Filha Do Pavor
  • 2001 - Drº Bartolomeu e a Clínica do Sexo
  • 2001 - Tortura Selvagem
  • 2004 - Um Show De Verão
  • 2004 - Lâmia, Vampiro!
  • 2005 - A Marca Do Terror
  • 2009 - A Cruz E O Pentagrama
  • 2013 - Carniçal
  • 2013 - Mal Passado
  • 2015 - As Fábulas Negras - Segmento O Saci


Principais Prêmios e Indicações

À Meia-Noite Levarei Sua Alma
  • 1973 - Prêmio Especial no Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror Sitges (Espanha);
  • 1974 - Prêmio L’Ecran Fantastique para originalidade;
  • 1974 - Prêmio Tiers Monde da imprensa mundial, na III Convention du Cinéma Fantastique (França).


Ritual dos Sádicos (O Despertar da Besta)
  • 1986 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens Lucchetti), no Rio-Cine Festival.


Encarnação do Demônio
  • 2008 - Troféu Menina de Ouro de Melhor Filme de Ficção por júri oficial e crítica, Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer), Melhor Montagem (Paulo Sacramento), Melhor Edição de Som (Ricardo Reis), Melhor Direção de Arte (Cássio Amarante) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro) no 1º Festival Paulínia de Cinema;
  • 2008 - Melhor Diretor de Cinema (José Mojica Marins), no 2º Prêmio Quem de Cinema;
  • 2008 - Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Prêmio Especial de Atuação pelo Conjunto da Obra, no Prêmio de Cinema do Paraná;
  • 2008 - Indicação a Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Efeitos Especiais (Kapel Furman, Rogério Marinho, Robson Sartori), no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro;

  • 2008 - Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges - Catalonian International Film Festival.
  • 2009 - Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante), tendo sido indicado a Melhor Direção (José Mojica Marins), Melhor Roteiro (Dennison Ramalho e José Moijica Marins), Melhor Atriz (Cléo de Paris), Melhor Ator Coadjuvante (Jece Valadão), Melhor Atriz Coadjuvante (Helena Ignez) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro), no V Prêmio FIESP/SESI-SP de Cinema Paulista;
  • Prêmio de Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer) e indicado a Melhor Filme, no Prêmio Contigo de Cinema;
  • 2009 - Segundo lugar no Fant-Asia Film Festival, na categoria de Melhor Filme Internacional;


Outros

2000 - Prêmio Fantasporto por Carreira e Conjunto da Obra.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #ZeDoCaixao #JoseMojicaMarins

Asa Branca

WALDEMAR RUY DOS SANTOS
(57 anos)
Locutor de Rodeios e Cantor

☼ Turiúba, SP (19/04/1962)
┼ São Paulo, SP (04/02/2020)

Waldemar Ruy dos Santos, mais conhecido como Asa Branca, foi um locutor profissional de rodeios e cantor, nascido em Turiúba, SP, no dia 19/04/1962.

A carreira de Asa Branca foi meteórica. Virou locutor por acaso em 1985, quando o narrador oficial brigou com a direção de uma festa. Tomou gosto pela narração e resolveu se aperfeiçoar. Foi limpar cocheiras no Texas, onde acontecem alguns dos principais eventos da área nos Estados Unidos, e conheceu uma tecnologia avançada à época: microfone sem fio.

Ele então revolucionou a locução de rodeios no Brasil no final dos anos 1980 ao incrementar a locução a partir de um microfone sem fio, o que lhe permitia narrar de dentro da arena e entrevistar os peões ao vivo. Além do microfone sem fio, Asa Branca introduziu fogos de artifício, contratou DJ para tocar músicas de rock antes de o peão entrar em cena e criou rimas rápidas que deixavam o público maravilhado. Inovou, também, nas aberturas de rodeios com atrações e apresentações especiais como a presença do cavalo e do helicóptero.


Asa Branca investiu muito no profissionalismo desse esporte, envolvendo-se com política para garantir os direitos dos atletas. Em Barretos, apresentou o então candidato à presidência do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, à uma plateia que aguardava sua apresentação na festa. Neste dia o rodeio ganhou mais força política e se tornou um dos esportes mais praticados em nosso país.

Também fez sucesso na televisão, onde apresentou o "Som Brasil", o especial "Amigos", na TV Globo, e teve participações em novelas como "Mulheres de Areia" (1993) e "Rei do Gado" (1996), também da TV Globo.

Asa Branca marcou presença em diversos programas de televisão e rádio, como "Domingo Legal" (SBT), "Domingão do Faustão" (Globo), "Hebe" (SBT), "Domingo Show" (Record), "Silvia Poppovic" (Band), dentre outros.

Em 1998, Asa Branca disputou as eleições para deputado federal pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas perdeu.

Asa Branca com a então namorada Marília Gabriela
Em 2013, Asa Branca foi hospitalizado por 83 dias devido a uma neurocriptococose, popularmente chamada "Doença do Pombo", que atinge o sistema nervoso. Chegou a ser submetido a seis cirurgias no cérebro, venceu a doença e retornou aos rodeios em 2014.

Por causa da neurocriptococose, Asa Branca adquiriu a meningite bacteriana e hidrocefalia. Para controlar as doenças, necessitou tomar remédios todos os dias e ir frequentemente ao médico para realização de exames.

Asa Branca enfrentou, desde 2017, um câncer na garganta, passando por várias sessões de radioterapia. A doença progrediu atingindo estado terminal.

O documentário "A Última Lenda dos Rodeios", uma produção da Veja e Kurundu Filmes, lançado em 26/08/2018, no encerramento da Festa do Peão de Barretos, retrata a vida de Asa Branca. A produtora Sentimental Filmes, em parceria com a Querosene Filmes e a Universal Pictures, lançou, em 2018, o filme "Asa Branca - A Voz da Arena". Sob a direção de Guga Sander, o longa conta a história de Asa Branca.

Vida de Luxo, Doença e Arrependimento

Ele já chegou a ganhar R$ 1 milhão em um único mês, morava nos Jardins, região nobre de São Paulo, usava helicópteros e aviões fretados como meio de transporte. Após abusar de uma vida de luxo, sexo e drogas, ele perdeu ao menos R$ 10 milhões.

A mulher de Asa Branca, Sandra dos Santos, afirmou ao programa "A Tarde É Sua" (Rede TV!) que a doença já se espalhou por todo o organismo.
"Os médicos disseram que a infecção dele está muito forte, tanto a pulmonar, que é a pneumonia, quanto o câncer. O câncer já tomou tudo, até a coluna cervical. A carótida dele está toda envolvida pelo câncer e para os médicos não tem mais o que fazer, agora a gente só espera a vontade de Deus, que Deus faça o que for melhor para ele!"
Sandra dos Santos ainda diz que ele pede parar morrer.
"Ele pede para Deus toda hora: 'tira meu sofrimento, não aguento mais sofrer!'. Espero que ele faça uma passagem com todos os espíritos protetores protegendo ele!"

Asa Branca conseguiu acompanhar o lançamento do livro que conta a história de sua vida, em dezembro de 2019. O locutor estava com 58 kg e recebia doses de morfina para tentar controlar as fortes dores.

Em outubro de 2019, Asa Branca, disse que se arrependia por ter construído sua carreira nos rodeios, em entrevista a revista Veja. Ele já estava sob cuidados paliativos.

Devido ao histórico de saúde de Asa Branca - ele era portador do vírus HIV e tinha oito válvulas na cabeça, resultado de uma criptococose -, os médicos disseram que cirurgia ou sessões de quimioterapia não seriam recomendadas.


Diante da situação, Asa Branca disse em entrevista à revista Veja ter se arrependido dos rodeios que narrava e que acredita que a doença veio como uma punição por ter construído sua fama com base na controversa tradição.
"Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios. Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos!"
Na conversa, Asa Branca também admitiu se arrepender de ter gasto seu dinheiro de forma irresponsável - pouco lhe sobrou da fortuna que fez com os rodeios. Mas se voltasse atrás, ele disse que teria ido a festas e namorado com diversas mulheres de novo: "Eu bancava para todos uísque, cocaína e prostitutas!", disse o ex-locutor, que também lamenta seu vício na droga.

Morte

Além de ser portador do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV) desde 2007, Asa Branca foi diagnosticado, em 2017, com câncer na garganta. Numa entrevista concedida à Veja, afirmou que seus problemas de saúde "eram resultado da prática e do incentivo à violência contra bois e cavalos".

Asa Branca foi internado em 02/02/2020 em estado crítico, segundo uma nota divulgada pela família. Na terça-feira, 04/02/2020, o quadro se agravou e o Asa Branca faleceu aos 57 anos, no Instituto do Câncer, em São Paulo, em decorrência de um câncer na garganta.

Discografia

  • 1996 - Cowboy Country (Paradoxx Music)
  • 1997 - Cowboy Country - Volume 2 (Paradoxx Music)
  • 1998 - Asa Branca Romântico Especial (Paradoxx Music)
Com a dupla "Asa Branca e Rancharia"

  •  ? - Rodeio (EP)
  • 2018 - Na Pegada do Cowboy
Participações em Outros Projetos

  • Participação especial na música "Segura Peão", presente no álbum "Ventos Uivantes" de Sérgio Reis.

Filmografia

Televisão

  • 1993 - Mulheres de Areia ... Ele Mesmo (TV Globo)
  • 1996 - O Rei do Gado ... Ele Mesmo (TV Globo)
  • 1996 - Amigos Especial ... Apresentador (TV Globo)
  • 1997 - Som Brasil ... Apresentador (TV Globo)
Cinema

  • 2015 - A Última Lenda dos Rodeios (Documentário Biográfico)
  • TBD - Asa Branca - A Voz da Arena (Cinebiografia)

Livros

  • 2019 - Asa Branca - A Biografia (Raul Marques, Letramento Editora e Livraria)

Fonte: Wikipédia e Edil Francis
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