Durvinha

DURVALINA GOMES DE SÁ
(93 anos)
Cangaceira

☼ Paulo Afonso, BA (1915)
┼ Belo Horizonte, MG (28/06/2008)

Durvalina Gomes de Sá, também conhecida pelo pseudônimo de Jovina Maria da Conceição Souto, conhecida também como Durvinha, foi a última sobrevivente mulher e integrante do grupo de cangaceiros de Lampião e Maria Bonita.

Nascida em Paulo Afonso, BA, no ano de 1915, Durvinha era filha de um fazendeiro local bem-sucedido que possuía duas propriedades rurais na cidade.

Durvinha ingressou no cangaço aos 15 anos, no início dos anos 1930, após proposta do cangaceiro Virgínio Fortunato da Silva, ex-cunhado de Lampião. Diferente de outras mulheres no cangaço que foram raptadas de suas famílias, Durvinha acompanhou o bando espontaneamente. Entretanto, este fato causou diversos transtornos a sua família, que teve suas propriedades incendiadas pelas forças volantes e foram ameaçados.

Após a morte de Virgínio, casou-se com o cangaceiro José Antônio Souto, nome falso de Moreno, cujo nome de batismo era Antônio Ignácio da Silva.

Durvinha, à esquerda em cena do filme de Benjamin Abrahão Botto, de 1936. No centro da imagem, Virgínio, seu primeiro companheiro.
Durvinha é conhecida pela filmagem de Benjamin Abrahão Botto em 1936, na qual aponta um pequeno revólver para a câmera, ao lado de outros cangaceiros. No documentário "Os Últimos Cangaceiros", Durvinha fala sobre sua participação nas ações no bando:
- A senhora atirou muito no cangaço?
- Não... eu tinha um medo danado de atirar!
Após a morte de Lampião e a dispersão do bando em 28/07/1938, o casal conseguiu se reunir sem grandes ferimentos na mata. Na época grávida, Durvinha teve seu filho Inácio Carvalho Oliveira. Temendo ser encontrados pelas forças volantes, o casal doou o bebê com 30 dias para um padre na cidade de Taracatu em Pernambuco, visto que o casal estava em fuga e não podia se trajar como cangaceiros ou assumir suas identidades.

Moreno e Durvinha
DurvinhaMoreno escaparam do Massacre de Angico e conseguiram ir para Belo Horizonte, MG, disfarçados, de fevereiro a maio de 1940. Ali chegando, trocaram de nomes temendo prisão. Adotaram uma nova vida, tiveram outros filhos e guardaram o segredo até 2006.

Até então, nenhum deles sabia que os pais foram cangaceiros. O casal já com a idade avançada, resolveu contar a verdade. Neli, de temperamento inquieto, fez um trabalho de detetive e conseguiu localizar o irmão mais velho perdido no mundo. Ele, Inácio Carvalho Oliveira, morava no Rio de Janeiro e era militar, por ironia do destino.

Durvinha sobreviveu por mais de setenta anos depois de escapar do ataque da polícia de Alagoas que dizimou parte do bando de Lampião.

Durvinha usou o nome falso de Jovina durante toda a sua vida após o cangaço, revelando seu passado à família apenas poucos anos antes de seu falecimento.

Morte

Durvinha faleceu em 28/06/2008, aos 93 anos, em Belo Horizonte, MG, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Fonte: Wikipédia
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