Cacareco

JOSÉ ALVES OLIVEIRA
(60 anos)
Palhaço

☼ Igarapava, SP (25/10/1931)
+ Brasília, DF (15/05/1992)

José Alves Oliveira, conhecido pelo nome artístico Cacareco, foi um palhaço brasileiro nascido em Igarapava, SP, no dia 25/10/1931.

Uma singela homenagem a este palhaço brasiliense que tantas alegrias trouxe as crianças de Brasília e do entorno, para que seu nome não caia no esquecimento. Cacareco foi um palhaço que na década de 80 fez um sucesso estrondoso no Distrito Federal e cidades vizinhas. O programa infantil "Carrossel" foi o líder de audiência na capital nos anos 80.

No engatinhar da TV Brasília, o palhaço Cacareco comandava o "Carrossel", programa infantil campeão de audiência, quando o gênero ainda não era dominado pelo batalhão de loiras que, depois dele, viriam a surgir. Além disso, com sua trupe, animava aniversários e se apresentava em circos e teatros.

Produzido pela TV Brasília, era gravado diariamente no auditório da emissora na W3 Sul, sempre lotado de crianças. Nos fins de semana, as gravações eram ao ar livre, com números do palhaço Cacareco, da boneca Carranquinha e vários outros personagens.

Embora tenha sido a alegria da criançada brasiliense até o início dos anos 90, quase nada ficou escrito sobre o programa "Carrossel". Foi uma passagem completamente esquecida pela mídia.

Seus atores principais, além do palhaço Cacareco, o protagonista, eram a Bruxa Danadinha, os palhaços LinguiçaFoliaPurpurinaCarranquinha e Zé Gatão, e as repórteres-mirins Renata e Tânia Cury.

O recorde de público foi em 1982, quando uma apresentação no gramado da Torre de TV reuniu mais de 50 mil pessoas. O programa "Carrossel" foi extinto em 1991.

Morte

Cacareco partiu desta vida no dia 15/05/1993, no Hospital Geral Ortopédico de Brasília, pobre e esquecido pelos Poderes Públicos. Era casado com Jussineia Delevedove Oliveira, com quem tinha os filhos Diego e Douglas.

Para custear as despesas com os funerais, foi aberta uma conta bancária, na qual seus admiradores acorreram com generosas contribuições, na última homenagem a esse grande artista.

Depoimentos

Desculpem-me por transcrever abaixo todos os comentários, às vezes repetitivos, mas é o que restou do palhaço Cacareco, que morreu ignorado pela a mídia, mas permanece vivo no coração de quem o conheceu e viveu, junto a ele e seus coadjuvantes, momentos de imensa felicidade.

"Saudades do Carrossel - 'Enchia o saco da minha mãe para me levar ao teatro onde era gravado o programa. É uma pena não ter um programa no estilo do Carrossel para os meus filhos assistirem."
(Janaína Bezerra, mãe de duas meninas)

"Me lembro de um Carnaval em que fui de trancinhas e um coração pintado com batom na bochecha."
(Gabriela Marques, professora de Inglês)

"Nunca vou me esquecer quando a minha mãe me levou para assistir ao Carrossel. Tinha uns quatro anos. Fiquei maravilhada com aqueles personagens que conhecia da televisão. Eles estavam ali tão pertinho, tão reais. O ponto alto foi a hora em que a Purpurina veio me dar um beijo e depois a Carranquinha pintou um coração igual ao dela na minha bochecha. Foi o ápice da minha infância."
(Rejane Santos, jornalista)

"Em 1981, a extinta VASP, tinha um vôo chamado VTI - Voo de Transporte Infantil. Um sobrevoo de 30 minutos aqui em Brasília, e um dos passageiros era o saudoso Cacareco e a Turma do Carrossel… Ahh, se não me engano, o Zé Gatão era um cara aqui de Taguatinga, DF, chamado Mozart."
"Eu era interno da Casa do Candango, e todos fomos levados à gravação do programa. Isso deve ter sido em 1983 e foi marcante pra mim e meus coleguinhas de creche. Pudermos ver de perto nossos personagens preferidos de todas as tardes. Saudades…"
"Isso é que foi infância!!! Valeu Cacareco! Valeu Carranquinha e Cia.!"
(Carlos Daniel Monteiro, Servidor Público)

"Fui muito nesse programa, na época de minha infância. Tinha 6 ou 7 anos. Valeu muito pelo vídeo! Eu estava atrás dele há muito tempo! Muitas saudades!"
(Anderson Farias)

"Nossa! Nunca poderia imaginar achar essa raridade! Eu fui nesse programa. Era quente o estúdio, cheio de lâmpadas, era na TV Brasília Canal 6, na W3 Sul. O prédio já foi demolido. Lembro-me de todos os personagens, o famoso Palhaço Cacareco, já falecido. Foi sepultado com essa fantasia. Ele era muito comunicativo. A meiga Carranquinha, muito simpática, a Purpurina, com seus desenhos, aquele palhaço magrelo, o Linguiça, eu achava ele metido. Ô saudade dessa época! A Bruxa participa do Pacotão no Carnaval do DF."
"Vocês lembram da vinheta que passava antes do Programa do Cacareco? Era um menino loirinho, com camisa do Fluminense, que corria para chutar a bola, furava a bola e aí fazia fuém-fuém-fuém-fuém!!!"
"Eu adorava cantar a musica da Carranquinha, esse era um dos meus programas favoritos."
(Ana)

"Uma vez, minha Turma da Escola Plic-Ploc, de Taguatinga, fez uma apresentação nesse programa. Era sobre um jardim florido onde uma bruxa vinha e 'adormecia' as rosas. Depois, um príncipe aparecia e as 'despertava'. Eu era uma das rosas. A vermelha. Não me lembro bem se cantávamos a música ou era disco tocando. Lembro que o estúdio era muito quente."
"Mais precioso ainda! Afinal, boa parte das gravações se perdeu com o incêndio de 1989, o que é uma grande pena. Mas, pelo menos, tem o Youtube pra armazenar essas partes perdidas."
"Cara, esse vídeo é do ano de 1982, sei disso, porque minha irmã é uma dessas garotinhas de verde dançando, ela me falou que tinha apenas 8 anos, e hoje ela está com 35…"
"O ano desse vídeo é 1987, que foi quando o Papai Noel chegou de helicóptero na Torre de TV. Mas, realmente, essa sua fita é um verdadeiro achado, pois esse episódio se perdeu no incêndio do arquivo de filmes da TV Brasília, em 1989. Portanto, guarde-a bem, pois esse documento é único! parabéns! E, realmente, parece que quando vemos a nossa infância, ela se parece mais doce."
"Esse dia, eu tava lá. Lembro como hoje, eu tinha oito anos. Batemos fotos do helicóptero e tudo mais. foi muito bom!"
"Do que mais precisava uma criança para ser feliz? Vem, linda Purpurina, colorir meu coração! Carrossel de amor, eu estava aí!"
"Meu Deus, quantos anos! Fui criado no DF e me lembro desse programa. Eu morava na SQS 214 Sul! Cheguei a chorar! Hoje, tenho 35 anos e sei que o melhor disso era um programa infantil, feito no nosso Estado, ou seja, próximo às crianças, à nossa realidade. Maravilhas do Youtube!"
"Nossa!! é de chorar! Me lembro que morava em Goiás e, com muito custo, pegava o canal (nem me lembro mais, qual era, Manchete? TV Brasília?). Por coincidência do destino, assim que vim morar em Brasília, fiz um amigo que era vizinho da Adriana, a Carranquinha… Me deu uma vontade de chorar…"
"Lembro-me nitidamente do programa… Gostava do Cacareco, do Linguiça, da Carranquinha e da Bruxa. Quando a gente vê essas lembranças, das quais tivemos o privilégio de participar, creio eu que sentimos pena das crianças de hoje, que jamais saberão o que é ser criança sem malícia, sem veneno…. palavras de quem nasceu aqui…"
(Leila Cardoso)

Odete Lara

ODETE RIGHI BERTOLUZZI
(85 anos)
Atriz, Cantora e Escritora

* São Paulo, SP (17/04/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/02/2015)

Odete Righi Bertoluzzi, mais conhecida como Odete Lara, foi uma atriz, cantora e escritora brasileira. Filha única de imigrantes do norte da Itália. Seu pai, Giuseppe Bertoluzzi, era originário de Belluno. Sua mãe, Virgínia Righi, cometeu suicídio quando Odete tinha seis anos. Por esse motivo foi internada num orfanato de freiras e depois levada para a casa de sua madrinha.

Odete se apegou fortemente ao pai, seu único referencial afetivo. Mas vitimado por uma tuberculose, Giuseppe Bertoluzzi foi obrigado a ficar afastado da filha. O pai também se matou quando Odete tinha 18 anos, deixando a filha órfã.

Seu primeiro emprego foi como secretária e datilógrafa. Foi uma amiga que estimulou Odete a fazer curso de modelo no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) e participou do primeiro desfile da história da moda brasileira realizado no próprio MASP.

A beleza de Odete deslumbrou Otomar dos Santos, que a indicou para a então recém-inaugurada TV Tupi de Assis Chateaubriand.

Na televisão, Odete Lara começou como garota-propaganda. Em seguida participou da versão televisiva de "Luz de Gás", com Tônia Carrero e Paulo Autran, depois "Branca Neve e os Sete Anões", onde interpretou a Rainha Má.

Odete Lara se tornou estrela do "TV de Vanguarda", uma das maiores atrações da TV Tupi. Algumas telenovelas em que atuou nessa emissora foram "As Bruxas", "A Volta de Beto Rockfeller" e "Em Busca da Felicidade".

Foi contratada pelo grupo teatral do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e estreou na peça "Santa Marta Fabril S/A", dirigida por Adolfo Celi.

Estreou no cinema em 1956, atuando no filme "O Gato de Madame", comédia dirigida por Agostinho Martins Pereira, ao lado de Mazzaropi a convite do autor Abílio Pereira de Almeida


Em 1957, atuou nos filmes "Uma Certa Lucrécia" e "Absolutamente Certo". Em 1959, atuou nos filmes "Moral em Concordata" e "Dona Xepa". Em 1960, atuou em mais quatro filmes "Sábado a La Noche", "Dona Violante Miranda", "Na Garganta do Diabo" e "Duas Histórias (Cacareco Vem Aí)". Nesse último, interpretou o samba-canção "Franqueza" (Denis Brean e Osvaldo Guilherme). Em 1961, atuou em "Mulheres e Milhões", e em 1962 fez "Esse Rio Que eu Amo" e "As Sete Evas".

Em 1963, em pleno sucesso, atuou nos filmes "Sonhando Com Milhões", "Boca de Ouro" e "Bonitinha mas Ordinária", adaptação da peça de Nelson Rodrigues. Nesse ano, fez com Vinícius de Moraes, o espetáculo "Skindô" que, gravado ao vivo, resultou no LP "Vinícius e Odette Lara", lançado pelo selo Elenco. Nesse disco ela interpretou os sambas-canção "Só Por Amor", "Seja Feliz", "Hoje Só", "Deve Ser Amor" e "Além do Amor", todas de Vinícius de Moraes e Baden Powell. Ainda em 1963, suas interpretações para os sambas-canção "Só Por Amor" e "É Hoje Só" foram incluídas na coletânea "Première", com gravações extraídas dos seis primeiros LPs do selo Elenco.

Em 1964, participou do LP "Rio Capítal da Bossa Nova", da gravadora Elenco, cantando com Vinícius de Moraes, o samba "Mulher Carioca" (Baden Powell e Vinícius de Moraes). No mesmo ano, atuou nos filmes "Noite Vazia" e "Pão de Açúcar".

Em 1965, participou do filme "Mar Corrente" e apresentou-se no Teatro Paramount, em São Paulo, ao lado de Chico Buarque, no show "Meu Refrão".

Em 1966, lançou, pela Elenco, o LP "Contrastes", no qual interpretou os sambas "Tem Mais Samba" e "Meu Refrão" (Chico Buarque), "Apelo" e "Canção do Amor" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), "Canção em Modo Menor" (Tom JobimVinícius de Moraes), "Minha Desventura!" (Carlos LyraVinícius de Moraes), "Sem Mais Adeus" (Francis HimeVinícius de Moraes), "Pra Você Que Chora" (Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri), "Funeral de um Lavrador" (Chico Buarque e João Cabral de Melo Neto) e "Morrer de Amor" (Oscar Castro-Neves e Luvercy Fiorini).

Em 1967, sua interpretação para "Funeral de um Lavrador" (Chico Buarque e João Cabral de Melo Neto) foi incluída na coletânea "Grande Parada Elenco - Vol. 1", da gravadora Elenco. No mesmo ano, participou da coletânea "Vinícius de Moraes - Máximo da Bossa", da gravadora Elenco, interpretando os sambas "Labareda" e "Samba em Prelúdio", ambos da dupla Baden Powell e Vinícius de Moraes. Ainda no mesmo ano, atuou no filme "As Sete Faces de um Cafajeste".

Em 1968, atuou no filme "Câncer em Família", e, no ano seguinte, atuou com sucesso nos filme "Copacabana me Engana", dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, e "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro", dirigido por Glauber Rocha.

Em 1970, gravou, especialmente para a série "História da Música Popular Brasileira - Vol. 4 - Chico Buarque", o samba "Noite dos Mascarados" (Chico Buarque), cantando em dueto com o próprio Chico Buarque. No mesmo ano, atuou nos filme "Em Família", dirigido por Paulo Porto, "Os Herdeiros", dirigido por Cacá Diegues, e "Vida e Glória de um Canalha".


Em 1971, trabalhou nos filmes "Aventuras Com Tio Maneco", "Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa", "O Jogo da Vida e da Morte" e "Viver de Morrer".

Em 1972, atuou no filme "Quando o Carnaval Chegar", de Cacá Diegues, no qual contracenou com Chico Buarque, Maria Bethânia e Nara Leão.  Atuou também em "Primeiros Momentos", de Pedro Camargo, e "Vai Trabalhar, Vagabundo", de Hugo Carvana.

Em 1974, suas interpretações para "Samba em Prelúdio" e "Labareda", ambas de Baden Powell e Vinícius de Moraes, foram incluídas na coletânea "Série Autógrafos de Sucesso - Vinícius de Moraes", da gravadora Fontana/Philips. Nesse ano, trabalhou nos filmes "A Estrela Sobe", de Bruno Barreto, e "A Rainha Diaba", de Antônio Carlos Fontoura.

Em 1975, sua gravação do "Samba em Prelúdio", feita em dueto com Vinícius de Moraes, foi incluída na compilação "Encontros", lançada pela gravadora Philips, em caixa com três LPs.

Em 1976, o selo Fontana/Philips lançou o álbum duplo "A Arte de Vinícius de Moraes", que incluiu sua interpretação para "Samba em Prelúdio" (Baden Powell e Vinícius de Moraes). No mesmo ano, a Philips lançou o LP "Assim era a Atlântida", com fonogramas retirados de filmes produzidos pela Atlântida Cinematográfica, no qual está incluída sua interpretação para o samba-canção "Franqueza",(Denis Brean e Osvaldo Guilherme).

Em 1978, atuou no filme "O Princípio do Prazer", que seria seu último filme. Por essa época, converteu-se ao budismo e abandonou a carreira indo morar reclusa num sítio na região de Friburgo, no Rio de Janeiro.

Em 1981, sua interpretação para o samba-canção "Só Por Amor" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), foi incluída na coletânea "A Mulher, o Amor, o Aorriso e a Flor", lançada pela PolyGram, com quatro LPs em homenagem à obra de Vinícius de Moraes. Publicou três livros autobiográficos, "Eu Nua""Minha Jornada Interior" e "Meus Passos na Busca da Paz", além de ter traduzido várias obras do budismo.

Nos anos 2000, por motivos de saúde voltou a morar no Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo. Foi premiada no Festival de Gramado, com o Troféu Oscarito, por sua contribuição ao cinema brasileiro. Destacou-se como intérprete da obra de Vinícius de Moraes, sendo a gravação de "Samba em Prelúdio", uma das mais festejadas.

Também cantou no espetáculo "Eles e Ela", com Sérgio Mendes e "Quem Samba Fica", com Sidney Miller. Outro disco que participou foi "Contrastes".

Odete Lara foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e com o diretor de cinema Antonio Carlos Fontoura. Namoradeira assumida, também teve um caso com o novelista Euclydes Marinho.

Morte

Odete Lara morreu na quarta-feira, 04/02/2015, aos 85 anos no Rio de Janeiro. Odete Lara sofreu um infarto por volta das 7:15 hs, em uma clínica de repouso onde morava no Rio de Janeiro desde que sofreu uma queda que resultou em uma fratura do fêmur.

O velório acontece no Parque Lage, na quarta-feira, às 16:30 hs. Depois, seu corpo será levado para Nova Friburgo, onde será cremado na quinta-feira, 05/02/2015, às 15:00 hs, em cerimônia no Cemitério Luterano de Nova Friburgo, na Região Serrana.

Odete Lara e Milton Gonçalves
Cinema
  • 1956 - O Gato de Madame
  • 1957 - Absolutamente Certo ... Odete
  • 1957 - Arara Vermelha
  • 1958 - Uma Certa Lucrécia
  • 1959 - Dona Xepa
  • 1959 - Moral em Concordata
  • 1960 - Sábado a La Noche, Cine (Filme argentino)
  • 1960 - Dona Violante Miranda
  • 1960 - Duas Histórias
  • 1960 - Na Garganta do Diabo
  • 1961 - Esse Rio Que Eu Amo
  • 1961 - Mulheres e Milhões (Participação especial)
  • 1962 - Boca de Ouro
  • 1962 - Sete Evas
  • 1963 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1963 - Sonhando Com Milhões
  • 1964 - Noite Vazia
  • 1964 - Pão de Açúcar
  • 1965 - Mar Corrente
  • 1967 - As Sete Faces de Um Cafajeste
  • 1968 - Câncer em Família
  • 1969 - Copacabana me Engana
  • 1969 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
  • 1970 - Em Família
  • 1970 - Os Herdeiros
  • 1970 - Vida e Glória de um Canalha
  • 1971 - Aventuras Com Tio Maneco
  • 1971 - Lúcia McCartney, Uma Garota de Programa
  • 1971 - O Jogo da Vida e da Morte
  • 1971 - Viver de Morrer
  • 1972 - Quando o Carnaval Chegar
  • 1973 - Primeiros Momentos
  • 1973 - Vai Trabalhar Vagabundo
  • 1974 - A Estrela Sobe
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1975 - Assim Era a Atlântida
  • 1978 - O Princípio do Prazer
  • 1986 - Um Filme 100% Brasileiro
  • 2001 - Barra 68 - Sem Perder a Ternura

Odete Lara e Hugo Carvana
Televisão
  • 1965 - Em Busca da Felicidade ... Carlota (TV Excelsior)
  • 1970 - As Bruxas ... Flora (TV Tupi)
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller ... Helena (TV Tupi)
  • 1991 - O Dono do Mundo ... Ester Veronese
  • 1994 - Pátria Minha ... Valquíria Mayrink