Maria Dealves

MARIA ALVES
(60 anos)
Atriz

* Lagarto, SE (07/11/1947)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2008)

Foi uma atriz, cantora, dançarina, instrumentista, diretora e professora de interpretação que era conhecida como Maria Alves, e depois passou a ser creditada como Maria Dealves.

Desde o ano de 2000, após fazer numerologia, ela usava o nome Maria Dealves, deixando entre parênteses o nome antigo. Creditada, por vezes, também como Maria DeAlves.

Maria Dealves teve uma carreira cinematográfica extensa, indo da metade dos anos 1960 até os anos 2000.

Maria Dealves estreou com um personagem de destaque no filme "Perdida", de 1973, mas seu primeiro filme mesmo, com pequena participação, foi em l964, "Lana Rainha Das Amazonas", uma co-produção alemã com a Atlântida, com Cyll Farney e Géza Von Cziffra.

Depois de atuações em filmes de Carlos Hugo Christensen e Zelito Viana, teve papel de destaque em "Perdida" (1973), de Carlos Alberto Prates Correia (1973) - indicada como Melhor Atriz Coadjuvante para o APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte. A partir daí, marcou presença em vários filmes, de cineastas importantes como Bruno Barreto, Hector Babenco e Walter Salles.

Com Hugo Carvana, Maria Dealves teve boa presença em `Se Segura Malandro´, em 1978, e voltou a atuar sob as lentes do ator e diretor em 1987, em "Vai Trabalhar Vagabundo II".

Teve longa carreira também na TV, onde estreou em novelas em "Irmãos Coragem" (1970), e atuou em várias outras, como "Baila Comigo" (1981), de Manoel Carlos, por cujo trabalho recebeu o Prêmio Coadjuvante de Ouro, por Artur da Távola, além de, minisséries, seriados e especiais.

Mesmo com o extenso trabalho na TV, Maria Dealves não deixou sua carreira cinematográfica de lado. Alguns outros destaques de seu trabalho de atriz são em "O Cortiço", "Para Viver Um Grande Amor", "Noites do Sertão" e "Sombras de Julho".

Ela também dirigiu, roteirizou e atuou no curta "Elisa" (2001) e no média "Ator Profissão Amor" (2002) - esse último, selecionado para o Festival BR 2003 e para ser exibido na Biblioteca Nacional de Paris no evento França/Brasil 2005.

Sua última participação no cinema foi no filme "Sólo Dios Sabe", de 2006.

No teatro, participou, dentre outras peças, dos elencos dos musicais "Gota D´Água" e "Ópera do Malandro".

Em 2007, Maria Dealves tomou posse do cargo de Diretora para Assuntos Institucionais do Sindicatos dos Artistas do Rio de Janeiro (SATED/RJ), na gestão de Jorge Coutinho.

Ela morreu no Rio de Janeiro, vítima de câncer.

Principais Trabalhos no Cinema:

2006 - Sólo Dios Sabe ... Duda
1999 - Mauá - O Imperador e o Rei ... Matilde
1996 - O Lado Certo da Vida Errada
1995 - Sombras de Julho
1991 - A Grande Arte
1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
1991 - Demoni 3
1987 - La Via Dura
1987 - Romance da Empregada
1985 - Fonte da Saudade
1984 - Para Viver Um Grande Amor
1984 - Noites do Sertão ... Dô-Nhã
1981 - O Seqüestro ... Petrolina
1981 - A Mulher Sensual
1979 - Gargalhada Final
1979 - O Bom Burguês
1978 - Coronel Delmiro Gouveia
1978 - Se Segura, Malandro! ... Marilu
1978 - O Cortiço
1977 - Gente Fina É Outra Coisa
1977 - O Jogo da Vida
1976 - Perdida
1975 - A Extorsão
Na Televisão:

2001 - As Filhas da Mãe
1999 - Louca Paixão ... Iracema Rangel
1997 - Por Amor ... Maria
1996 - Xica da Silva ... Rosa
1995 - História de Amor ... Nazaré
1994 - A Viagem ... Francisca
1993 - Fera Ferida
1993 - Você Decide
1991 - Felicidade ... Maria
1991 - Na Rede de Intrigas (Minissérie)
1990 - Rosa dos Rumos ... Maurina (Minissérie)
1989 - Kananga do Japão ... Isaura
1987 - Mandala ... Carmem
1986 - Selva de Pedra
1985 - Tenda dos Milagres (Minissérie)
1985 - O Tempo e o Vento (Minissérie)
1983 - Voltei Pra Você ... Paciência
1982 - Sol de Verão
1982 - Lampião e Maria Bonita (Minissérie)
1979 - Marrom-Glacê ... Bizuca
1979 - Plantão de Polícia ... Odete
1970 - Irmãos Coragem

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Mário Schoemberger

MÁRIO SCHOEMBERGER
(56 anos)
Ator

* Curitiba, PR (05/02/1952)
+ Curitiba, PR (14/05/2008)

O ator e diretor teatral Mario Schoemberger, em uma carreira de 37 anos, passou pelos palcos do teatro, pela televisão e o cinema.

Alguns destaques dentro do seu vasto currículo no teatro foram: "Memórias Póstumas de Brás Cubas", com direção de Nauttíulio Portela; "Pinha, Pinhão, Pinheiro", sob direção de Fátima Ortiz; "As Bruxas de Salém", de Marcelo Marchioro; "A Casa do Terror", de João Luiz Fiani e as mais recentes "Jantar Entre Amigos (Pequenos Terremotos)", de Felipe Hirsch e "Três Versões da Vida", com direção de Elias Andreatto.

Foi sócio-produtor da Drop's Dell's Dell'Arte e na edição 1990-1991, recebeu o Troféu Gralha Azul na categoria Melhor Ator por "Mistérios de Curitiba"; em 1996 recebeu o prêmio na categoria Texto Infantil, por "Peter Pan e a Terra do Nunca", e em 1998, por seu trabalho em "O Ventre do Minotauro", novamente como Melhor Ator.

Mario Schoemberger trabalhou, também, como diretor teatral em várias montagens como "O Processo", com texto de Fátima Ortiz, "A Ceia dos Cardeais", de Júlio Dantas e "Trancentina II", de Enéas Lour.

No cinema, ele pode ser visto no curta "A Loura Fantasma" e no média-metragem "Vítimas da Vitória", com direção de Berenice Mendes. Schoemberger também participou dos filmes "Trair e Coçar É Só Começar", "O Cheiro do Ralo", e "Os Normais – O Filme", no qual faz um oficial do navio.

Na televisão, Mario Schoemberger atuou nos seriados "Os Aspones", "A Diarista" e "A Grande Família", todos da TV Globo, e na novela "Vidas Opostas", da Rede Record.

Ele planejava estrear, em 2008, uma peça com o ator Enéas Lour, "Os Psicólogos Não Choram". Schoemberger chegou a ter seus primeiros ensaios, mas a produção não pode contar com sua participação em razão dos seus problemas com a saúde.

O ator estava internado desde dezembro de 2007 e passou por uma cirurgia complicada para retirar um tumor no intestino. Schoemberger viu sua saúde melhorar, mas ela se fragilizou pouco tempo depois.

Artistas tanto de Curitiba quanto do Rio de Janeiro se mobilizaram em um espetáculo que tinha a intenção de obter recursos para o tratamento do ator. O evento beneficente foi liderado pelos atores João Luiz Fiani e Marco Ricca. A idealização do projeto veio por parte de outros artistas próximos, como Hélio Barbosa, Diogo Portugal e Fábio Silvestre, e arrecadou 16,8 mil reais.

Ele morreu em Curitiba, aos 56 anos de idade, e o corpo foi velado na Sala de Exposições do Teatro Guaíra e cremado no dia seguinte.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam



Jardel Mello

JARDEL MELLO
(70 anos)
Ator e Diretor

* São Paulo, SP (18/07/1937)
+ Santos, SP (07/02/2008)

Foi ator e diretor dos mais atuantes na televisão brasileira a partir da década de 70, tendo passado por todas as emissoras que produziram tele-dramaturgia. Foi casado na década de 70 com a atriz Célia Coutinho.

Como ator, esteve em "Chocolate com Pimenta", "Malhação", "Kubanacan", "Uga-Uga", "Dancin' Days" e "Cabocla", todas na Rede Globo. Em "Esmeralda" e "Cristal", no SBT e em "Chapadão do Bugre" na TV Bandeirantes. Seu último papel na teve foi em 2007 na novela "O Profeta", da TV Globo.

Principais trabalhos como ator no cinema:

A Estrela Nua (1984)
O Gosto do Pecado (1980)
Os Vencidos (1963)

Principais trabalhos como diretor:

Chapadão do Bugre (1988) (minissérie) - TV Bandeirantes
Novo Amor (1986) - TV Manchete
Meus Filhos, Minha Vida (1984) - SBT
Chico Anysio Show (1982) (1983-1984) - TV Globo
Bandidos da Falange (1983) (minissérie) - TV Globo
Avenida Paulista (1982) (minissérie) - TV Globo
Chico City (1973) (1980) - TV Globo
Plumas & Paetês (1980) - TV Globo
Os Gigantes (1979) - TV Globo
Plantão de Polícia (1979) - TV Globo
Cara um Cara (1979) - TV Bandeirantes
O Pulo do Gato (1978) - TV Globo
Sinal de Alerta (1978) - TV Globo
Duas Vidas (1976) - TV Globo
O Casarão (1976) - TV Globo
Pecado Capital (1975) - TV Globo
O Rebu (1974) - TV Globo

Jardel Mello faleceu aos 70 anos, em Santos, no litoral de São Paulo, onde residia na Ponta da Praia, e estava internado desde o dia 30 de janeiro de 2008, com problemas de coração. Sofreu um infarto durante uma cirurgia para desobstrução coronária.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Dona Militana

MILITANA SALUSTINO DO NASCIMENTO
(85 anos)
Cantora de Versos

* São Gonçalo do Amarante, RN (19/03/1925)
+ São Gonçalo do Amarante, RN (19/06/2010)

Militana nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, em 19 de março de 1925. O dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura folclórica de São Gonçalo, mestre dos Fandangos. Dona Militana gravou na memória os cantos executados pelo pai. São romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.

Ao descobrir a preciosidade dos cantos de Dona Militana, na década de 90, o folclorista Deífilo Gurgel deu uma grande contribuição à cultura brasileira e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento da filha da cidade de São Gonçalo do Amarante. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado "Cantares", lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana.

Em setembro de 2005 aconteceu o momento mágico quando ela recebeu das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Dona Militana Salustino do Nascimento, considerada a maior Romanceira do Brasil, morreu aos 85 anos de idade. O falecimento aconteceu por volta das 17h30. Dona Militana estava em sua residência, no bairro Santa Terezinha, localizado em São Gonçalo do Amarante.

No último dia sete deste mês Dona Militana foi internada após passar mal. Dois dias depois teve alta médica, mas desde então estava se alimentando através de uma sonda e sem falar. Apesar de debilitada a morte da romanceira pegou a família de surpresa.

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, que ao assumir o mandato concedeu uma pensão vitalícia a Dona Militana, decretou luto oficial de três dias.

"Estamos todos consternados com a morte dessa sãogonçalense que elevou o nome do município e hoje está entre as 50 personalidades culturais do país. Dona Militana vai deixar um grande vazio na cultura de São Gonçalo, mas também vai deixar uma grande obra"

Atendendo a um pedido da família o corpo da romanceira foi velado em casa, durante a madrugada e parte da manhã do domingo (20), e a partir das 9h foi transportado para o Teatro Municipal onde aconteceu o velório público. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Público Municipal de São Gonçalo.

Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br

Ary Fernandes

ARY FERNANDES
(79 anos)
Ator, Dramaturgo, Produtor e Cineasta

* São Paulo, SP (31/03/1931)
+ São Paulo, SP (29/08/2010)

O cineasta, ator, diretor e produtor Ary Fernandes era filho de imigrantes espanhóis e portugueses.

Ele dirigiu e produziu quase 130 filmes, tanto em âmbito nacional como internacional.

Na história da cinematografia brasileira, foi o criador, produtor e diretor da obra que se tornou um marco da televisão e do cinema nacional, o seriado "Vigilante Rodoviário".

Através do "Vigilante Rodoviário", Ary Fernandes abriu as portas para novos talentos que, pelos anos seguintes, tornaram-se grandes nomes da dramaturgia brasileira, dentre eles, Stênio Garcia, Fúlvio Stefanini, Ary Fontoura e Rosamaria Murtinho, dentre outros.

Em 1962, fundou a PROCITEL – Produções Cine Televisão Ltda, empresa detentora da marca e dos direitos autorais do “Vigilante Rodoviário”.

Com os resultados positivos obtidos naquela linha de filmes de ação, Ary Fernandes partiu para a realização do segundo projeto, voltado para Força Aérea Brasileira, denominado "Águias de Fogo".

Produzido no final dos anos 60 e, exibido naquela mesma época pela televisão, novamente contou com a boa aceitação do publico. Devido a esse incentivo, foi exibido em salas de cinemas, obtendo grande sucesso de bilheteria.

São também de sua autoria os temas musicais das séries: "Vigilante Rodoviário" e "Águias de Fogo".

Começou sua carreira em 1949 na Rádio América de São Paulo, como locutor, radioator e humorista. Em seguida, estreou como ator no Canal 5 (Televisão Paulista).

Em 1952, começou a trabalhar no cinema como assistente de produção no filme "O Canto do Mar", dirigido por Alberto Cavalcante. Também como assistente de produção, trabalhous no filme "Mulher de Verdade" (1953).

Como assistente de direção fez "Mãos Sangrentas" (1953) e "Leonora dos Sete Mares".

Em 1962, dirigiu e produziu uma versão do "Vigilante Rodoviário" para cinema, e no ano seguinte a segunda versão que foi "O Vigilante Contra o Crime".

Em 1967, criou a série para televisão intitulada "Águias de Fogo". Dirigiu e produziu 10 episódios de um total de 26 desta mesma série, atuando, também como ator.

Em 1969, dirigiu e produziu o filme "Águias em Patrulha" e "Uma Pistola Para D’Jeca" para Mazzaropi.

Na década de 70, dirigiu e produziu os filmes "Mágoas de Caboclo"; "Sentinelas do Espaço", ambos com argumento e roteiro próprio e produziu o longa-metragem "O Jeca e o Bode", além de produzir e coordenar os filmes "A Noite do Desejo"; "Sinal Vermelho A Fêmeas"; "O Leito da Mulher Amada"; "O Anjo Loiro"'; "Sedução"; "Trindade é Meu Nome", dentre outros.

O diretor e ator desde 2005 enfrentava problemas de saúde em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Casado com Ignez Peixoto Fernandes desde 1958, o diretor deixa também dois filhos, Fernando e Vânia Fernandes.

Seus principais trabalhos como ator são nos filmes:

Tortura Cruel (1980)
O Leito da Mulher Amada (1975)
Quando Elas Querem... e Eles Não (1975)
O Supermanso (1974)
Sedução (1974)
Águias em Patrulha (1969)
Sentinelas do Espaço (1969)
"Águias de Fogo"
Vou Te Contá (1958)
Quem Matou Anabela? (1956)

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Armando Nogueira

ARMANDO NOGUEIRA
(83 anos)
Jornalista e Cronista Esportivo

* Xapuri, AC (14/01/1927)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/03/2010)

Foi um jornalista e cronista esportivo do Brasil. Pioneiro do telejornalismo e responsável pela implantação do jornalismo na Rede Globo, com destaque para a criação do Jornal Nacional, primeiro jornal com transmissão em rede e ao vivo da história da televisão brasileira.

Filho de cearenses que emigraram para o Acre, nascido na mesma localidade onde também nasceu o seringueiro e líder sindical Chico Mendes, mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas dezessete anos de idade. Formou-se na Faculdade de Direito e conseguiu um emprego de ensacador, mas desde então pensava em ser jornalista.

Em 1950, foi trabalhar na seção de esportes no Diário Carioca. Esse jornal reunia, na época, os mais expressivos jornalistas do Rio de Janeiro como Prudente de Moraes Neto, Carlos Castello Branco, Otto Lara Resende, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Pompeu de Souza, e foi uma verdadeira escola de jornalismo para Armando, que lá permaneceu por treze anos.

Foi testemunha ocular do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, na Rua Toneleros, em Copacabana. Ao escrever sobre o episódio, fez história no jornalismo brasileiro: pela primeira vez numa reportagem um fato era narrado em primeira pessoa.

Além do Diário Carioca, passou a colaborar também com o Diário da Noite. Depois de uma passagem pela revista Manchete, em 1957, foi para a revista O Cruzeiro, dos Diários Associados, de propriedade de Assis Chateaubriand e, em 1959, para o Jornal do Brasil, no qual foi redator e colunista. Lá, de 1961 a 1973, assinou a coluna diária "Na Grande Área".

Armando foi pioneiro na televisão brasileira, ao trabalhar, a partir de 1959, na primeira produtora independente do país, dirigida por Fernando Barbosa Lima, onde escrevia textos para os locutores Cid Moreira e Heron Domingues lerem na antiga TV Rio. Convidado por Walter Clark, foi para a Rede Globo em 1966 onde implantou, com Alice Maria, o telejornalismo da emissora. Graças ao trabalho de Armando e Alice Maria, o telejornalismo, que antes era visto como uma coisa menor, passou a atrair o interesse dos profissionais e do grande público.

Nos 25 anos que passou na Globo foi responsável ainda pela implantação do jornalismo em rede nacional e pela criação dos noticiosos Jornal Nacional e Globo Repórter. Mas sua paixão sempre foi o esporte, em especial o futebol. A partir de 1954, esteve presente na cobertura todas as Copas do Mundo e, desde 1980, de todos os Jogos Olímpicos.

Mesmo com todos esses serviços prestados, envolveu-se numa polêmica em 1989, dentro da própria Globo. No segundo turno das eleições presidenciais daquele ano, a emissora promoveu um debate entre os candidatos Fernando Collor de Melo e Luiz Inácio Lula da Silva. No compacto do evento, exibido no dia seguinte de sua transmissão no Jornal Nacional, houve uma edição tendenciosa a favor do candidato Collor, que desde o início foi apoiado - direta ou indiretamente - pelas empresas de Roberto Marinho. Na qualidade de diretor de jornalismo, Armando foi pessoalmente a Roberto Marinho e fez duras críticas à sua postura e a dos funcionários que realizaram aquela edição, dizendo que não compactuava com aquilo. Por causa disso, acabou aposentado pela alta cúpula e desligou-se da emissora definitivamente no ano seguinte. Passou, então, a se dedicar integralmente ao jornalismo esportivo. De acordo com Paulo Henrique Amorim, então editor de economia da emissora, a "Globo demitiu Armando Nogueira para agradar Collor". Por este motivo, foi entrevistado pela equipe do documentário britânico Beyond Citizen Kane.

No início de 1990, Nogueira deixou a Rede Globo para se dedicar ao jornalismo esportivo. Foi comentarista do programa Cartão Verde, da TV Cultura, entre 1992 e 1993; e da TV Bandeirantes, de 1994 a 1999. No SporTV, canal da Globosat, participou em programas de 1995 a 2007. Mantinha uma coluna reproduzida em 62 jornais brasileiros, um programa no canal por assinatura SporTV, um programa de rádio e um sítio na Internet. Era também proprietário da Xapuri Produções, que faz vídeos institucionais para empresas, para as quais também profere palestras motivacionais. Escreveu dez livros, todos sobre esportes. Teve também passagens pelo rádio, fazendo comentários diários na Rádio Bandeirantes (durante o Primeira Hora e o Jornal em Três Tempos) e na Rádio CBN (durante o CBN Brasil).

Foi praticante de voos em ultraleves, tendo sido fundador do clube carioca da modalidade. No futebol, foi torcedor apaixonado do Botafogo.

Armando Nogueira era dono de um estilo original e elegante, que fugia dos lugares comuns que proliferam na crônica esportiva. Pode-se dizer que fez escola, pois vários repórteres esportivos tentam imitá-lo.

Não raro, Armando extravasava sua veia poética para demonstrar sua admiração pelo esporte e por seus ídolos. Algumas de suas frases inspiradas se tornaram antológicas. A seguir, alguns exemplos.

- Sobre futebol e caráter: O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela.

- Sobre a vitória na Copa de 1970: Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.

- Sobre Garrincha e sua habilidade para driblar: Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio.

Em consequência de um Câncer no Cérebro diagnosticado em 2007, Armando Nogueira, então com 83 anos, faleceu no dia 29 de março de 2010 às 7 horas em sua casa no Rio de Janeiro. Em virtude de sua morte, a CBF, entidade máxima do futebol brasileiro, decretou luto de três dias, a partir do dia 29 de março de 2010. Todos os jogos do futebol brasileiro ocorridos nesses dias, respeitaram um minuto de silêncio antes de seu início, em homenagem a Armando Nogueira.

Fonte: Wikipédia



Abílio Manoel

ABÍLIO MANUEL ROBALO PEDRO
(63 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical, Radialista, Publicitário, Diretor de Cinema

* Lisboa, Portugal (03/02/1947)
+ Itacaré, BA (30/06/2010)

Iniciou sua carreira em 1966, quando se preparava para ingressar na faculdade de física. Começou se apresentando no programa "Show do Meio-Dia", apresentado por Pagano Sobrinho na TV Excelsior.

Em 1967, ingressou na Universidade de São Paulo (USP) e, ao mesmo tempo que estudava física, se apresentava em shows universitários promovidos no campus. Naquele ano, foi convidado para representar a USP no I Festival Latino-América de la Canción Universitaria, em Santiago , Chile, no qual conquistou o prêmio de melhor compositor, graças à canção "Minha Rua".

Logo a popularidade no meio universitário chegou aos meios de comunicação, e, ainda em 1967, foi convidado a participar do programa de Hebe Camargo, de grande audiência, onde cantou três músicas. Essa apresentação lhe trouxe o primeiro contrato, com a gravadora Odeon, pela qual gravaria, no ano seguinte, seu primeiro LP, com direção musical de Milton Miranda e arranjos e regência de Edmundo Peruzzi, a ser lançado em 1969.

Em 1968, concorreu no festival da TV Excelsior com a música "Quem Dera…", e no Festival Internacional da Canção com "Catavento". Depois veio o I Festival Universitário da TV Tupi, do qual participou com "Samba de Roda e Tudo Bem, Tudo Certo", seu primeiro compacto simples.

Em 1969, venceu o II Festival Universitário da TV Tupi, com "Pena Verde", talvez seu maior sucesso, cujo compacto simples alcançaria o topo das paradas em 1970, tornando-o conhecido em todo o país. Essa canção foi gravada em francês por Marie Laforet.

Abílio Manoel morreu vítima de um infarto aos 63 anos, no dia 30/06/2010, quando terminava suas férias na Bahia e se preparava para voltar a ativa.

Fonte: Wikipédia

Leonardo

JADER MORECI TEIXEIRA
(71 anos)
Cantor e Compositor

* Bagé, RS (30/11/1938)
+ Viamão, RS (07/03/2010)

Foi um músico, cantor e compositor brasileiro de música regional gaúcha.

Em 1957, aos 19 anos de idade, muda-se para Porto Alegre. Antes da carreira musical, Leonardo trabalhou como palhaço de circo, com o nome de "Zé Sabugo". Adotou o nome artístico quando compôs dupla com Leonir Marques (que até então, apresentava-se com seu nome verdadeiro, Deroí Marques). Na década de 1960, foi um dos integrantes do grupo Os Três Xirus, com o qual gravou 12 discos e participou das primeiras edições da Califórnia da Canção Nativa, de Uruguaiana.

Em 1974, Leonardo deixou do grupo para trabalhar como produtor de discos, lançando artistas como Gaúcho da Fronteira. Em 1978, compõe a canção Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, com a qual foi premiado no festival Ciranda Musical Teuto-riograndense, de Taquara, no mesmo ano. Em 1982, conquistou o troféu Calhandra de Ouro da Califórnia da Canção Nativa, com a canção Tertúlia.

Desde abril de 2003, Leonardo apresentava aos domingos um programa de música nativista na Rádio Guaíba, chamado "Província de São Pedro". Entre seus maiores sucessos estão Céu, Sol, Sul, Terra e Cor (eleita música-símbolo do Rio Grande do Sul por voto popular), Viva a Bombacha, Tertúlia e Batismo de Sal.

Faleceu em 7 de março de 2010, em Viamão, após internação com complicações renais.

Fonte: Wikipédia

Oscar Sala

OSCAR SALA
(87 anos)
Físico Nuclear e Professor

* Milão, Itália (26/03/1922)
+ São Paulo, SP (02/01/2010)

Foi um físico nuclear ítalo-brasileiro, importante líder científico e professor emérito do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.

Sala graduou-se em Física em 1943 na então recentemente criada Universidade de São Paulo. O Departamento de Física da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras fora iniciado com dois eminentes cientistas italianos: Gleb Wataghin e Giuseppe Occhialini, o qual se especializou no estudo da radiação cósmica. Sala foi contemporâneo de uma geração de jovens brilhantes físicos brasileiros tais como César Lattes, José Leite Lopes, Mário Schenberg, Roberto Salmeron, Marcelo Damy de Souza Santos, Jayme Tiomno e Mario Alves Guimarães. Ainda como estudante, Oscar Sala começou seu trabalho de pesquisa com este grupo. Em 1945, Sala publicou com Wataghin um importante artigo sobre penetração de partículas nucleares.

Logo após sua graduação, ele foi contratado como professor assistente na cadeira de Física Geral e Experimental, liderada pelo professor Marcelo Damy de Souza Santos. Ele passou sua carreira inteira como cientista e professor na mesma instituição, a qual, mais tarde se tornaria o Instituto de Física da USP. Neste novo instituto, Sala tornou-se chefe do Departamento de Física Nuclear (1970-1979 e 1983-1987).

Em 1946, Oscar Sala recebeu uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller e foi estudar nos Estados Unidos, primeiramente na Universidade de Illinois e depois, em 1948, na Universidade de Wisconsin. Lá, ele participou no desenvolvimento de aceleradores eletrostáticos usados no estudo de física nuclear, o primeiro equipamento a usar pulsos de raios para o estudo de reações nucleares com neutrons rápidos. Após seu retorno ao Brasil, Sala foi responsável por instalar e coordenar pesquisas baseadas em grandes geradores eletrostáticos de Van de Graaff. Mais tarde, ajudou na construção de um pelletron (Acelerador eletrostático de partículas) na USP, o primeiro na América Latina.

O Professor Oscar Sala foi membro da Diretoria da Academia Brasileira de Ciências entre 1981 e 1993, tendo assumido o cargo de Presidente no último triênio. Foi também um dos fundadores e o primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Física.

Foi, ainda, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por três mandatos consecutivos, de 1973 a 1979, período que coincidiu com a difícil distensão do regime militar e no qual a SBPC teve papel de destaque. Recebeu da SBPC o título de presidente de honra.

Também foi diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) entre 1969 e 1975 e presidente da Fundação de 1985 a 1995.

Oscar Sala e a Internet

Em 1988, Sala criou o projeto Rede ANSP (An Academic Network In São Paulo) como um projeto especial para atender à solicitação de interconexão das redes das três Universidades estaduais paulistas[4] e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas à Fapesp. Essa, por sua vez, se conectava ao Fermilab, utilizando a BITNET e DECnet, antecessoras da Internet. A partir de 1991, o projeto passou a adotar o protocolo TCP/IP, tornando a Rede ANSP o único ponto de conexão acadêmica ou comercial à Internet entre 1992 e 1994.

De Acordo Com Oscar Sala:

"Visualizei a importância da comunicação que os cientistas teriam através daquele computador, a evolução que a ciência poderia ter, a rapidez com que as informações de outros países chegariam ao Brasil, e aí eu quis contribuir (...) A FAPESP foi muito importante nesse desenvolvimento. Ela aceitou a idéia em um sistema moderno e avançado, que se comunicava com todos. No início acharam que era uma bobagem a minha idéia, mas aí eu fui lá e fiz a bobagem."

Fonte: Wikipédia

Luiz Vergílio

LUIZ ALGACIR VERGÍLIO DA SILVA
(36 anos)
Mesatenista Paraolímpico

* Curitiba, PR (23/03/1973)
+ Curitiba, PR (23/01/2010)

Luiz Vergílio participou de quatro jogos paraolímpicos: Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008.

Em 1988, na cidade de Foz do Iguaçu, sofreu uma queda após subir em uma árvore e como conseqüência deste acidente, perde os movimentos da perna. No início da década de 1990 a amiga Maria Luiza Passos convida Vergílio a participar de competições especiais a atletas com deficiência, e assim começa a treinar o tênis de mesa, competindo na classe 3 (cinco são as classes existentes, sendo divididas por grau de limitação física).

Sua primeira competição é em 1992, no V Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa, realizado na cidade de Recife. Nesta competição ganhou três medalhas de prata. No ano seguinte ganha a medalha de ouro na mesma competição realizada na cidade de São Paulo.

Em 1995 fez sua primeira competição internacional, quando viaja par a Inglaterra para participar do Stoke Mandeville Games. Nesta competição fica em 5° e 6° lugar em três categorias.

Sua primeira Paraolimpíada é em Atlanta, 1996, e de lá trás um resultado significativo, ficando em 9° na modalidade individual. Mas é nos jogos de Pequim, 2008, seu melhor resultado e até então a melhor conquista do Brasil e demais países do continente americano. Luiz Algacir ganhou a medalha de prata nas duplas em Pequim ao lado do também paranaense Welder Camargo Knaf.

Morte

Em 2008, alguns meses antes da sua maior conquista, Luiz Vergílio fez uma operação para conter um câncer localizado no cóccix. Em julho de 2009 teve que ser hospitalizado pelo mesmo problema. Esta doença, já sem controle, vitimou o mesatenista na manhã de sábado, dia 23 de janeiro de 2010 em sua cidade natal, aos 36 anos e dez meses.

Fonte: Wikipédia

Lorico

JOÃO FARIAS FILHO
(70 anos)
Jogador de Futebol

* Santos, SP (10/12/1940)
+ Santos, SP (20/12/2010)

Foi um futebolista brasileiro que atuava como volante. Iniciou sua carreira na Briosa em 1959. Já em 1960, foi negociado com o Vasco da Gama.

No ano de 1966, de volta ao futebol paulista defendendo a Prudentina, atuou no Campeonato Estadual formando um meio-campo invejado por muitos ao lado de Capitão.

Um ano depois, segue para a Portuguesa, aonde permaneceu até o ano de 1972, mais especificamente no dia 13 de setembro quando foi dispensado pelo então presidente da Lusa o senhor Oswaldo Teixeira num dos episódios mais marcantes da história do clube quando, numa partida válida pelo Campeonato Brasileiro, a Portuguesa foi derrotada pelo Santa Cruz, por 1 a 0, no Parque Antártica. O presidente ficou tão irritado com a atuação da equipe, que dispensou seis jogadores do elenco, dentre eles Lorico. Devido à esta atitude do presidente, o episódio ficou marcado para sempre como "A Noite do Galo Bravo".

Depois da Lusa, Lorico passou ainda pelo Noroeste , de1973 a 1976, até chegar, aos 36 anos de idade, ao Botafogo-SP e presenciar o surgimento do craque Sócrates que sempre deixou claro o quanto Lorico o influenciou em seu comportamento dentro dos gramados no início de sua carreira.

No ano de 1978, ainda atuando pelo Pantera de Ribeirão Preto, Lorico encerra a sua carreira de atleta profissional.

Morte

No dia 20 de dezembro de 2010, aos 70 anos de idade, Lorico faleceu vítima de complicações devido a um câncer de próstata. Sua morte ocorreu mais precisamente às 19 horas, no hospital Ana Costa em Santos, cidade onde nasceu.

Lorico deixou sua esposa, uma filha, uma neta e foi sepultado no cemitério Memorial perto do bairro onde morou os seus últimos anos de vida, o Marapé.

Fonte: Wikipédia