Inah de Carvalho

INÁ LÚCIA CARVALHO DOS SANTOS
(65 anos)
Atriz, Diretora e Produtora

☼ São Paulo, SP (20/08/1954)
┼ São Paulo, SP (22/10/2019)

Inah de Carvalho foi uma atriz, diretora e produtora nascida em São Paulo, SP, no dia 20/08/1954.

Inah de Carvalho atuou nas áreas de televisão, cinema e teatro. Ela ficou famosa interpretando Dona Dalva, mãe de Duca (Arthur Aguiar) em "Malhação - Sonhos", de 2014. Antes disso, interpretou a mãe depressiva de Nikita (Nathalie Klein) em "Macho Man", série escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado, com direção de núcleo de José Alvarenga Jr..

Em 2019, Inah de Carvalho foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante em Musicais no Prêmio Bibi Ferreira por sua atuação em "Billy Elliot - O Musical".

Atualmente, participava das gravações do filme "Sogra Perfeita"Inah de Carvalho também atuou no musical "Família Addams" interpretando a Vovó Addams.

Inah de Carvalho foi casada com o Srº Rodda, com quem teve um filho, o ator Diego Santos Rodda. Foi casada depois com Laércio Taioli com quem teve a filha Mariana Taioli.

Morte

Inah de Carvalho faleceu na noite de terça-feira, 22/10/2019, em São Paulo, SP, aos 65 anos. Ela estava hospitalizada em São Paulo desde sexta-feira, 18/10/2019, e faleceu por conta da complicação de uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

O velório de Inah de Carvalho ocorreu no dia 23/10/2019, entre 11h00 e 14h30 no Crematório Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo. Logo em seguida o corpo foi cremado.

Inah Carvalho ganhou prêmio Bibi Ferreira de Teatro como Melhor Atriz Coadjuvente em Musicais
Carreira

  • 2004 - Sertão Sertões São (Teatro)
  • 2006 - A Vida É Uma Comédia (Teatro)
  • 2008 - Herótica (Teatro)
  • 2010 - O Canto Minguante (Cinema)
  • 2010 - Malhação (Televisão) ... Aurora
  • 2011 - Malhação (Televisão) ... Aurora
  • 2011 - Irene (Cinema) ... Irene
  • 2011 - Macho Man (Televisão)
  • 2012 - A Família Addams (Teatro) ... Vovó Addams
  • 2013 - A Mulher do Prefeito (Televisão) ... Dona Rosa
  • 2013 - M Is For Mailbox (Cinema) ... Mãe
  • 2014 - Malhação (Televisão) ... Dalva Menezes 'Dona Velha'
  • 2015 - Malhação (Televisão) ... Dalva Menezes 'Dona Velha'
  • 2015 - Totalmente Demais (Televisão) ... Ruth
  • 2016 - Totalmente Demais (Televisão) ... Ruth
  • 2016 - De Um Dia De Pierrot Ao Curto-Circuito (Teatro)
  • 2016 - Rock Story (Televisão) ... Dona Gilsa
  • 2017 - Rock Story (Televisão) ... Dona Gilsa
  • 2017 - Metrópole: Pilot (Televisão) ... Dona Sônia
  • 2017 - Psi: A Amiga Belga Parte 1 (Televisão) ... Leonor
  • 2018 - Confissões Médicas: Olho De Peixe (Televisão) ... Débora
  • 2018 - Rua Augusta (Televisão) ... Edinéia Aparecida
  • 2019 - Billy Elliot: O Musical (Teatro) ... Avó
  • 2019 - O Amor Dá Trabalho (Cinema) ... Freira
  • 2019 - O Homem Cordial (Cinema) ... Senhora
  • 2019 - Quatro Atrizes E Um Personagem 'Leitura' (Teatro) ... Virgínia

Raul Longras

RAUL DA SILVA LONGRAS
(76 anos)
Radialista, Locutor, Apresentador, Jornalista, Repórter, Letrista, Compositor, Escritor e Comissário de Polícia

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/01/1914)
┼ Juiz de Fora, MG (04/04/1990)

Raul Longras foi um radialista, locutor, apresentador, jornalista, repórter, letrista, compositor e escritor, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/01/1914.

Filho de José da Silva Longras e Leonor Copelli da Silva Longras, foi casado com Zilda da Silva Longras (in memoriam) e posteriormente, com Marlene Lomba. Pai de José da Silva Longras Neto (in memoriam), cujo um dos filhos é o advogado Raul da Silva Longras Neto, do seu casamento com Zilda e pai da Monalisa Longras, nascida em Brasília em 1983, do casamento com Marlene. Além do advogado Raul Neto, é avô de Márcia Longras.

Raul Longras foi era torcedor do Flamengo, simpatizante do América e ligado à Escola de Samba Império Serrano, pela qual foi homenageado.


No rádio, foi narrador esportivo, introduzindo o "pimba", na hora do gol. Antes de se tornar narrador esportivo, foi apresentador de um programa de nome "Para Você Recordar" e de "Cancioneiros Famosos", ambos de Januário Ferrari, levados ao ar pela Rádio Educadora do Brasil, que se transformou em Rádio Tamoio. Esses programas passaram depois para a Rádio Ipanema (depois Mauá) e terminaram na Rádio Rio de Janeiro. Somente depois, Raul Longras passou a locutor esportivo e chefe da equipe de esportes da Rádio Mundial.

Na televisão, apresentou o  "Casamento na TV", programa de auditório, exibido na TV Globo, TV Excelsior e TV Rio, cujo objetivo era unir casais, tendo contabilizado 1.380 casamentos.

Como compositor, Raul Longras compôs, com Ari Monteiro, o samba "Rua das Ilusões", gravado por Carlos Galhardo.

Em Juiz de Fora, MG, Raul Longras residiu na rua Julieta Andrade, no bairro Granbery, Zona Sul da cidade e foi proprietário de loja e de colégio.

Casamento na TV

"Casamento na TV" foi um programa de auditório exibido de 06/08/1967 à 06/07/1969 na TV Globo. O programa realizava entrevistas com mulheres e homens solteiros que desejavam se casar. Com 45 minutos de duração, o programa era transmitido ao vivo no período das 19h00 aos domingos.

Apresentado e dirigido por Raul Longras, "Casamento na TV" contava também com a direção de Mário FrancoAugusto César Vannucci entre outros. Já a produção ficou por conta de Ruy Mattos.

Produzido e transmitido inicialmente no Rio de Janeiro, com o tempo passou a ser transmito em São Paulo através de video-tape. O programa também foi apresentado por Silvio Santos.

Os candidatos do programa eram dispostos no auditório em fileiras separadas de homens e mulheres. O apresentador Raul Longras andava pelo auditório com seu microfone na mão e ia até um candidato ou candidata e perguntava as características que essa pessoa pretendia encontrar de sua futura noiva ou noivo. A pessoa descrevia todas as características que considerava importante, como por exemplo no caso de uma candidata os atributos esperados poderiam ser "bonito, trabalhador, bom marido, que cuide de nossos filhos".


E assim o programa seguia com o apresentador fazendo a pergunta aos demais participantes. Os candidatos que encontrasse alguém que gostasse e decidissem casar, tinham todas as despesas do casamentos bancadas pela TV Globo. A emissora organizava a cerimônia do casamento em uma igreja perto de suas instalações. Já a festa ocorria dentro da própria emissora, em um terraço que era todo enfeitado para a recepção dos noivos. Os patrocinadores tinham uma participação muito importante durante a cerimônia de casamento e na vida do casal após o enlace. Presenteavam os noivos com toda a alimentação e bebida do casamento, as roupas dos noivos, alianças, viagem de lua-de-mel e também móveis e enxovais para a casa do casal. Em seu auge o programa chegou a realizar de 10 a 15 casamentos por mês.

Os telespectadores acabavam acompanhando o namoro do casal pela televisão, muitas vezes se emocionando com as declarações de amor dos participantes. O apego com os candidatos era tanto, que muitos telespectadores acabavam comparecendo na igreja no dia do casamento.

No começo de sua exibição o programa não fez tanto sucesso, porém um escândalo no meio do programa despertou o interesse de novos telespectadores, causando um aumento significativo da audiência. Em um dos programas uma mulher grávida, com a devida autorização da produção, parou o programa para delatar um dos candidatos a noivos como pai de seu filho. Essa acusação surpreendeu muito o rapaz e segundo o produtor Ruy Mattos estava em todos os jornais no dia seguinte. Com o aumento da popularidade o programa que antes era transmitido em 45 minutos passou a ter uma hora de duração e contava agora com apresentações musicais.

Morte

Raul Longras faleceu na quarta-feira, 04/04/1990, aos 76 anos, em Juiz de Fora, MG, no Hospital Cotrel, vítima de um infarto agudo do miocárdio, sendo sepultado em 05/04/1990, no Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Poço Rico.

Indicação: Carlos Ferreira

Jorge Fernando

JORGE FERNANDO DE MEDEIROS REBELLO
(64 anos)
Ator e Diretor de Televisão

☼ Rio de Janeiro, RJ (29/03/1955)
┼ Rio de Janeiro, RJ (27/10/2019)

Jorge Fernando de Medeiros Rebello foi um ator e diretor de televisão nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 29/03/1955. Era filho da também atriz Hilda Rebello.

Quando jovem, começou aulas de teatro no Colégio Estadual Visconde de Cairu, no subúrbio carioca do Méier, onde teve seus primeiros contatos com a arte.

Jorge Fernando iniciou sua carreira profissional na televisão como ator na série "Ciranda, Cirandinha" (1978), no papel de Reinaldo (Rei) e no teatro com o espetáculo "Zoológico", dirigido e atuado por ele mesmo e produzido por sua mãe, Hilda Rebello.

Jorge Fernando foi diretor de núcleo da TV Globo. Destacou-se com as impactantes e inovadoras novelas do horário de 19h00 dos anos 1980, escritas por Sílvio de Abreu e Cassiano Gabus Mendes, reformuladoras da própria forma telenovela.


Além de trabalhar no teatro e na televisão, também dirigiu os shows: "Destino de Aventureiro" (Ney Matogrosso), "Desejos" (Simone), "Sempre Mais"Sidney Magal, Guilherme Arantes, Elba Ramalho, Popular Brasileiro, Leão do Norte, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Edson Cordeiro, Zezé di Camargo & Luciano e "Não Perca o Tom" (Tom Cavalcante).

Seus principais trabalhos no Teatro foram: "As 1001 Encarnações de Pompeu Loredo", "A Receita Do Sucesso", "A Divina Chanchada", "A Estrela Dalva", "Fica Comigo Esta Noite", "Corações Desesperados", "Hair", "A Gaiola Das Loucas", "Rock Horror Show", "No Escurinho Do Cinema", "Pequeno Dicionário Amoroso", "Os Duelistas", "As Gralhas", "Aqui Se Faz Aqui Se Paga", "Não Fuja Da Raia", "Nas Raias Da Loucura", "Caia Na Raia", "Os Irmãos Brothers", "Cabaré La Boop", "Zoológico" e "Eskandalo".

Em 2004 teve sua estreia como diretor de cinema, com o filme "Sexo, Amor e Traição".

Em outubro de 2016, Jorge Fernando passou 18 dias internado em um hospital, vítima de pancreatite. Alhum tempo depois, sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC) e foi submetido a uma cirurgia no Hospital Samaritano, em Botafogo, Rio de Janeiro.

Morte

Jorge Fernando faleceu na noite de domingo, 27/10/2019, aos 64 anos, vítima de uma parada cardíaca. Ele deu entrada no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, na tarde de domingo, após passar mal.

Jorge Fernando vinha enfrentando as sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu em janeiro de 2017. Após um ano de recuperação, ele voltou a trabalhar em "Verão 90", novela das 19h00 que antecedeu "Bom Sucesso" e que estreou em março de 2019.

Jorge Fernando em Pai Herói, 1979
Carreira

Ator
  • 1978 - Ciranda, Cirandinha ... Reinaldo
  • 1979 - Pai Herói ... Cirilo Baldaracci
  • 1980 - Água Viva ... Jader
  • 1985 - Roque Santeiro ... Lúcio Armando
  • 1986 - Cambalacho ... Pirulito
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Zetó
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Guarda do palácio
  • 1990 - Rainha da Sucata ... Rabello
  • 1991 - Vamp ... Vicentinho
  • 1992 - Deus Nos Acuda ... Brasil
  • 1997 - Zazá ... Gastão
  • 1998 - Era Uma Vez... ... Frei João
  • 1998 - Torre de Babel ... Ele mesmo
  • 1999 - Sai de Baixo ... Giogione
  • 2000 - Você Decide ... Paulo
  • 2004 - Chocolate Com Pimenta ... Crispim
  • 2008 - Nada Fofa ... Kélio
  • 2009 - Caras & Bocas ... Professor Gilberto
  • 2009 - Malhação ... Paulo Mattos
  • 2011 - Macho Man ... Nelson (Zuzu)
  • 2012 - Guerra dos Sexos ... Ele mesmo
  • 2014 - Alto Astral ... Ele mesmo
  • 2016 - Haja Coração ... Ele mesmo
  • 2019 - Verão 90 ... Mendoncinha


Diretor
  • 1981 - Jogo da Vida
  • 1982 - Sétimo Sentido
  • 1982 - Sol de Verão
  • 1983 - Guerra dos Sexos
  • 1984 - Vereda Tropical
  • 1986 - Cambalacho
  • 1987 - Brega & Chique
  • 1989 - Que Rei Sou Eu?
  • 1990 - Rainha da Sucata
  • 1991 - Vamp
  • 1992 - Deus Nos Acuda
  • 1995 - A Próxima Vítima
  • 1996 - Vira Lata
  • 1997 - Zazá
  • 1998 - Angel Mix (Angélica apresentadora)
  • 1998 - Era Uma Vez...
  • 1999 - Vila Madalena
  • 2000 - Sai de Baixo
  • 2000 - Gente Inocente (Márcio Garcia apresentador)
  • 2001 - As Filhas da Mãe
  • 2003 - Chocolate Com Pimenta
  • 2005 - Alma Gêmea
  • 2005 - TV Xuxa (Especial Xuxa 20 Anos)
  • 2007 - Sete Pecados
  • 2008 - Nada Fofa
  • 2009 - Caras & Bocas
  • 2010 - Ti Ti Ti
  • 2011 - Macho Man (3 Episódios)
  • 2012 - Dercy de Verdade
  • 2012 - Guerra dos Sexos
  • 2013 - Divertics
  • 2014 - Alto Astral
  • 2016 - Êta Mundo Bom!
  • 2019 - Verão 90

Cinema
  • 2008 - A Guerra dos Rocha ... Cassiano/Cassandra
  • 2006 - Xuxa Gêmeas ... Palhaço Mór
  • 2006 - Se Eu Fosse Você ... Edgar T. Braga (O Ufologista)
  • 1993 - Alma Corsária ... Magalhães

Prêmios e Indicações
  • 2011 - Prêmio Extra de TV - Melhor Ator (Nelson 'Zuzu' em "Macho Man") ... Indicado

Fonte: Wikipédia

Lázaro Brandão

LÁZARO DE MELLO BRANDÃO
(93 anos)
Economista, Administrador de Empresas e Banqueiro

☼ Itápolis, SP (15/06/1926)
┼ São Paulo, SP (16/10/2019)

Lázaro de Mello Brandão foi um economista, administrador de empresas e banqueiro nascido em Itápolis, SP, no dia 15/06/1926. Atuou nos mais altos cargos do Banco Bradesco S.A.. Considerado um dos maiores banqueiros da América Latina, ele dedicou mais de 75 anos ao banco que viu nascer, 36 deles no alto comando.

Filho do administrador de fazenda José Porfírio Bueno Brandão e de Anna Helena Mello, iniciou sua carreira em setembro de 1942, quando foi contratado como escriturário, em Marília, da Casa Bancária Almeida & Nogueira, instituição bancária que veio a se tornar o Banco Brasileiro de Descontos S.A., em 10/03/1943, atual Banco Bradesco S.A., razão social alterada em 1988.

Lázaro Brandão passou por todas as posições dentro da carreira bancária. Em janeiro de 1963 foi eleito diretor e, em setembro de 1977, vice presidente. Em janeiro de 1981 assumiu a posição de presidente do Bradesco, sucedendo ao então presidente Amador Aguiar. Este continuou como presidente do Conselho de Administração.

Assim como Amador Aguiar, não concluiu os estudos fundamentais, porém, honoris causa, lhe são atribuídos os títulos de administrador e economista no site de relações com investidores do Bradesco.

Desde fevereiro de 1990 exercia a função de presidente do Conselho de Administração, em face da saúde debilitada de Amador Aguiar, que morreu em 24/01/1991. O presidente do Conselho representa a Fundação Bradesco, na prática, controladora do Bradesco.

Em 1999 decidiu ceder sua posição como presidente do banco, mas não do conselho, tendo como substituto Márcio Artur Laurelli Cypriano, diretor da rede de agências do Bradesco e que fora presidente do Banco de Crédito Nacional (BCN) até 1997, ano da aquisição do banco pelo Bradesco.

Dez anos depois, em 2009, passou a presidência para Luiz Carlos Trabuco Cappi, dando assento a Márcio Cypriano no Conselho de Administração. Este, curiosamente, pouco mais de um ano depois, renunciou ao cargo, sem muito alarde, denotando que a perda da liderança do mercado para o Banco Itaú não foi algo tão bem digerido por Lázaro Brandão.

Em 11/10/2017 cedeu sua posição no conselho para Luiz Trabuco, porém, manteve o cargo de presidente da Fundação Bradesco e da Cidade de Deus Participações, controladoras do Bradesco, continuando no poder.

Morte

Lázaro de Mello Brandão faleceu na quarta-feira, 16/10/2019, aos 93 anos, em São Paulo, SP, onde estava internado no Hospital Edmundo Vasconcelos para recuperação de uma cirurgia de diverticulite

Lázaro Brandão deixa mulher, duas filhas e um neto - uma terceira filha já havia morrido.

Brandão foi velado e cremado no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo.

Cargos Ocupados

  • Presidente da Associação de Bancos dos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e Roraima;
  • Vice Presidente da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN);
  • Membro do conselho de diretores da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN);
  • Presidente do conselho de diretores do Fundo Garantidor de Créditos (FGC);
  • Presidente do conselho de diretores da Companhia Brasileira de Securitização (CIBRASEC);
  • Membro do comitê de consultores da VBC Participações S.A.;
  • Membro da diretoria do BES, localizado em Lisboa, Portugal;
  • Presidente do conselho de administração do Bradesco até 11/10/2017;
  • Presidente da Fundação Bradesco;
  • Presidente do conselho de diretores do Instituto de doenças do sistema digestório e nutrição (FIMADEN);
  • Presidente do conselho de administração da Bradespar S.A.

Fonte: Wikipédia

Saulo Gomes

SAULO GOMES
(91 anos)
Escritor e Jornalista

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/05/1928)
┼ Ribeirão Preto, SP (23/10/2019)

Saulo Gomes foi um escritor e jornalista nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/05/1928. Ocupou a cadeira 28 da Academia Ribeirão-Pretana de Letras.

Foi Saulo Gomes quem inovou ao introduzir o uso do helicóptero nas reportagens jornalísticas, em 1967.

Iniciou sua atividade jornalística em janeiro de 1956, quando foi o primeiro colocado em um concurso no qual disputavam cerca de 200 jovens para uma vaga de repórter da Rádio Continental.

Como repórter investigativo, Saulo Gomes iniciou suas atividades em 1958 graças aos diversos casos de mortes e chacinas no Rio de Janeiro, promovidos pelo Esquadrão da Morte.

Em 1960 conseguiu desvendar, em primeira mão, o misterioso "Crime da Fera da Penha" que ganhou repercussão nacional. Por conta dessa investigação, sofreu 2 atentados.

Saulo Gomes entrevistando o médium Chico Xavier, em 1968, em Uberaba, MG.
Em 02/05/1980, protagonizou um momento histórico, informando ao vivo, às 16:21 horas, que a central paulista da extinta TV Tupi deixava, naquele instante, de gerar suas imagens.

Em 1964, ele tornou-se o primeiro jornalista proibido de exercer a profissão pelos militares.

Em 1968, Saulo Gomes começou sua amizade com Chico Xavier, quando, então repórter da TV Tupi, ele conseguiu convencer o médium a romper longo período de silêncio com a imprensa brasileira, ressabiado com a parte dela que o tratava como uma fraude. A partir daí, Saulo Gomes teria acesso privilegiado a Chico Xavier, além da convivência como amigos até a morte do espírita, em 30/06/2002. Desde então, escreveu dois livros sobre Chico Xavier, e faz palestras sobre o mesmo Brasil afora.

É de sua autoria uma reportagem especial sobre o "Maníaco do Parque", que marcou uma das maiores audiências da TV Record: Foram 38 pontos, contra 16 da TV Globo.

Em 2011, Saulo Gomes foi homenageado como autor local, na 11ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto.

O Último Vôo
Uma Investigação Sem Limites

"O Último Vôo - Uma Investigação Sem Limites" é um livro escrito por Saulo Gomes em 1996, baseado nas canalizações espirituais de Monica Buonfiglio, que denuncia erros técnicos e humanos da queda do avião que vitimou os Mamonas Assassinas.

As canalizações espirituais de Monica Buonfiglio nortearam as investigações de Saulo Gomes, que acabaram por inocentar o piloto. Alguns meses após o lançamento do livro, a Revista Manchete publicou uma reportagem com a seguinte chamada:
"Monica Buonfiglio Tinha Razão: O piloto não falhou sozinho na queda do avião que matou os rapazes. A verdade sobre a tragédia dos Mamonas"
Segundo a mediúnica Monica Buonfiglio, no dia 04/03/1996, enquanto preparava o café da manhã na sua casa, ela visualizou ao seu lado esquerdo o guitarrista Bento Hinoto. Ela relata que, com as duas mãos juntas, como numa súplica, ele a pedia que falasse às pessoas que o piloto não era o culpado e que havia sido mal orientado pela Torre de Controle do Aeroporto.

Sinopse do Livro:
"O que teria acontecido na Torre de Comando na noite de 02/03/1996, por volta de 23:30 hs, nos poucos minutos que antecederam a chegada do 'Lima Serra Delta' ao Aeroporto de Guarulhos? O que teria acontecido a bordo do Learjet durante o percorrer das últimas 15 milhas?
Baseado nas canalizações espirituais de Monica Buonfiglio, o jornalista Saulo Gomes desvenda esse mistério através de informações obtidas nas entrevistas, análises de relatórios e contatos com as pessoas envolvidas.
O Piloto é culpado! - todos diziam... mas ele não pode responder... mas será mesmo que os mortos não estão em condição de responder?
Partindo desse princípio, o autor investigou as canalizações espirituais de Monica Buonfiglio, chamadas de Holografia."

Saulo Gomes na Câmara de Ribeirão Preto, SP
Morte

Saulo Gomes faleceu na madrugada do dia 23/10/2019, aos 91 anos, em sua residência na cidade de Ribeirão Preto, interior do estado de São Paulo. De acordo com familiares, Saulo Gomes sofreu um infarto enquanto dormia.

Prêmios e Indicações

  • 1958 - Revista do Rádio - Melhor rádio-repórter do ano ... Venceu

Livros

  • 1996 - O Último Vôo - Uma Investigação Sem Limites
  • 2000 - Quem Matou Che Guevara
  • 2009 - Pinga-Fogo Com Chico Xavier
  • 2010 - As Mães de Chico Xavier
  • 2014 - A Coragem da Inocência de Madre Maurina Borges da Silveira
  • 2018 - Nosso Chico

Fonte: Wikipédia

Walter Franco

WALTER ROSCIANO FRANCO
(74 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

☼ São Paulo, SP (06/01/1945)
┼ São Paulo, SP (24/10/2019)

Walter Rosciano Franco, mais conhecido por Walter Franco, foi um cantor e compositor nascido em São Paulo, SP, no dia 06/01/1945.

Walter Franco era filho do poeta e político Cid Franco. Formou-se pela Escola de Arte Dramática (EAD) e lá começou a carreira de músico, compondo trilhas para espetáculos teatrais como "O Contador de Fazendas", dirigido por Dulcina de Moraes e "Os Olhos Vazados", dirigido por Emílio de Biasi.

Fez a trilha sonora de várias peças, entre as quais "Caminho Que Fazem Darro e Genil Até o Mar", de Renata Pallottini, "A Caixa de Areia", de Edward Albee, e o clássico grego "As Bacantes", de Ésquilo.

Seu primeiro disco foi um compacto simples com a música "No Fundo do Poço", tema da novela "O Hospital" (1971), da TV Tupi.


Em 1973, lançou o LP "Ou Não", com arranjos de Rogério Duprat, provocando estranhamento ao misturar elementos pop e ritmos nordestinos com referências eruditas que extrapolavam o plano musical para se manifestarem também nas letras, bastante influenciadas pelo concretismo.

Walter Franco participou dos seguintes festivais, geralmente provocando polêmica com suas letras e canções pouco convencionais:
  • I Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Não Se Queima Um Sonho", interpretada por Geraldo Vandré;
  • II Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Sol De Vidro", defendida por Eneida e classificada em terceiro lugar;
  • III Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Animal Sentimental" e "Pátio Dos Loucos";
  • VII Festival Internacional da Canção, realizado pela TV Globo, em 1972, com "Cabeça", que recebeu um prêmio especial;
  • Festival Abertura, em 1973, com a música "Muito Tudo", na TV Globo, que ficou em terceiro lugar e tinha arranjo de Júlio Medaglia;
  • Festival da TV Tupi, com "Canalha";
  • MPB Shell, com "Serra do luar".


Em 1974, Chico Buarque, no disco "Sinal Fechado", gravou sua canção "Me Deixe Mudo". Ainda na década de 70, lançou os LPs "Revolver" (1975) e "Respire Fundo" (1978).

Na década de 80, lançou os LPs "Vela Aberta" e "Walter Franco" (1982), atuou como compositor de jingles e destacou-se com sua canção "Seja Feita a Vontade do Povo" (1984), durante a campanha das "Diretas Já!".

O disco "Ou Não", considerado o seu melhor trabalho, foi reeditado em CD, em 1994, pela mesma gravadora que lançou o LP.

Em 1997, Walter Franco excursionou pelo Brasil com o show "Não Violência", no qual apresentou uma série de novas composições como "Quem Puxa Aos Seus Não Degenera", "Na Ponta Da Língua", "É Natureza Criando Natureza", "Nasça", esta em parceria com o ex-Titã Arnaldo Antunes, "Sargento Pimenta", em homenagem a John Lennon, e "Totem", baseada em poema de José Carlos Costa Neto.

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira, na TV Globo, com a canção "Zen" (Walter Franco e Cristina Villaboim).


Lançou, em 2001, o CD "Tutano", contendo suas composições "Zen", "Gema Do Novo" e "Acerto Com A Natureza", todas em parceria com Cristina Villaboim, "Nasça" (Walter Franco e Arnaldo Antunes), "Totem" (Walter Franco e José Carlos Costa Neto), "Quem Puxa Aos Seus Não Degenera", "Na Ponta da Língua", "Ai, Essa Mulher", "Intradução", "Senha do Motim", "Cabeça", "Distâncias" e "Muito Tudo", além da faixa-título.

Em 2003, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), dentro da série "Transgressores".

Walter Franco tem pelo menos cinco músicas bem conhecidas do grande público: a própria "Cabeça", "Seja Feita a Vontade do Povo", "Coração Tranquilo", "Respire Fundo" e "Vela Aberta", sendo a última executada até hoje em programas radiofônicos de flash-back.

Outro sucesso de Walter Franco é "Serra do Luar", com um refrão marcante: "Viver é afinar o instrumento / De dentro pra fora / De fora pra dentro".

Walter Franco já foi regravado por artistas como Leila Pinheiro, Oswaldo Montenegro e Chico Buarque, além de bandas de rock como Ira!, Camisa de Vênus, Pato Fu e Titãs.

Walter Franco era vice-presidente da Associação Brasileira de Música e Artes (ABRAMUS), sociedade de recolhimento de direitos autorais filiada ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD).

Morte

Walter Franco faleceu na madrugada de quinta-feira, 24/10/2019, em São Paulo, SP, aos 74 anos. Ele estava internado desde o começo do mês de outubro após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

O velório foi realizado na Funeral Home, em São Paulo e logo seguida o corpo foi levado para cerimônia de cremação no Crematório de Vila Alpina. 

Discografia

  • 1971 - "Tema do Hospital" (Compacto simples)
  • 1973 - Ou Não
  • 1975 - Revolver
  • 1978 - Respire Fundo
  • 1979 - Vela Aberta
  • 1982 - Walter Franco
  • 2001 - Tutano

Indicação: Miguel Sampaio e Jairo Borges Cunha Júnior

Maurício Sherman

MAURÍCIO SHERMAN NIZENBAUM
(88 anos)
Ator, Produtor e Diretor de Televisão

☼ Niterói, RJ (31/01/1931)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/2019)

Maurício Sherman Nizenbaum foi um diretor de televisão nascido em Niterói, RJ, no dia 31/01/1931.

Filho de um casal de judeus poloneses, fez o primário no Externato Volta e completou o ginásio no Colégio Bittencourt Silva. Formou-se em direito na Universidade Federal Fluminense, no final dos anos 1940.

Aos 13 anos, já participava de peças amadoras apresentadas em um Clube da Colônia Judaica, em Niterói. Em uma dessas ocasiões, foi convidado pelo radialista Hélio Tys para trabalhar como ator na Rádio Mauá, onde estreou em uma representação de "O Corcunda de Notre Dame". A partir daí, participou do grupo Jerusa Camões, no Teatro da Juventude Universitária, atuando em diversos espetáculos ao lado de atores como Gisela Camões, Vanda Lacerda, Nathália Timberg, Fernando Pamplona e Alberto Perez.

Em 1949, foi convidado a trabalhar na Rádio Guanabara pelo ator Paulo Renato, diretor da emissora. Trabalhou ao lado de Chico Anysio, Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Jaime Barcelos, Fernando Torres e Elizeth Cardoso.

Nos anos 50, foi responsável pela dublagem em português de alguns clássicos da Disney. Começou com a dublagem da primeira voz de Pinóquio em "Pinóquio", dublagem do Rei Estevão de "A Bela Adormecida" e outros mais.

Maurício Sherman no comando do programa "Faça Humor, Não Faça Guerra"
Em 1951, substituiu Paulo Renato na peça "Massacre", de Emmanoel Roblès, do repertório da Companhia de Graça Mello. A peça obteve grande sucesso, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, garantindo-lhe o prêmio de ator revelação. Naquele mesmo ano, iniciou sua trajetória na televisão, quando participou de uma representação da "Paixão de Cristo" na TV Tupi.

Maurício Sherman transferiu-se para a TV Paulista, canal 5 de São Paulo, em 1952. Na emissora, representou clássicos do teatro e da literatura, como "Rei Lear" e "Hamlet", de William Shakespeare, e "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa. Nessa época, a TV Paulista, propriedade do deputado Ortiz Monteiro e dirigida pelo italiano Ruggero Jacobi, funcionava no sexto andar de um edifício residencial  na Rua da Consolação.

Em 1954, passou a trabalhar na TV Tupi do Rio de Janeiro, onde permaneceu por dez anos. Durante este período, atuou no "Sítio do Pica-Pau Amarelo", nas "Fábulas Animadas" com Júlio Gouvêa e dirigiu um teleteatro com Heloísa Helena.

Em 1961, foi responsável pela direção da primeira versão televisiva de "Gabriela, Cravo e Canela", baseada no livro de Jorge Amado e transmitida pela TV Tupi. A novela foi a primeira da televisão brasileira a ser gravada em videotape.

Maurício Sherman e Haroldo Barbosa em 1965
Depois de uma breve experiência na TV Excelsior, Maurício Sherman foi convidado por Mauro Salles para trabalhar na TV Globo, em agosto de 1965. Seu primeiro trabalho na emissora foi a direção do "Espetáculo Tonelux", programa apresentado por Marília Pêra, Gracindo Jr., Riva Blanche e Paulo Araújo. O musical era gravado ao vivo no auditório da Globo, com a presença de cantores da Jovem Guarda e uma orquestra sinfônica regida por Isaac Karabtchevsky.

Em 1966, dirigiu os programas humorísticos "Riso Sinal Aberto" e "Bairro Feliz". Nesse período, contribuiu para a entrada na TV Globo dos redatores de humor Max Nunes e Haroldo Barbosa.

Maurício Sherman deixou a TV Globo em 1968, quando o programa que então dirigia, "Noite de Gala", passou a ser exibido na TV Excelsior. Neste mesmo ano, foi convidado a comandar uma equipe de criação na TV Tupi, composta por Armando Costa, Oduvaldo Vianna Filho e Paulo Pontes.

Maurício Sherman permaneceu na TV Tupi até 1972, quando retornou à TV Globo para dirigir o humorístico "Faça Humor, Não Faça Guerra", com Jô Soares, Renato Corte Real, Luis Carlos Miéle, Paulo Silvino, Sandra Bréa, entre outros.

Maurício Sherman participou da equipe de criação do "Fantástico", em 1973, e foi um dos diretores do programa por três anos. Dirigiu também o "Moacyr Franco Show" até 1977, quando saiu novamente da emissora para assumir a direção artística da linha de shows da TV Tupi de São Paulo. Retornou à Globo em 1981 e dirigiu "Chico Anysio Show" e "Os Trapalhões" por dois anos.

Mauricio Sherman e Xuxa
Em 1983, após uma breve passagem pela TV Bandeirantes, onde dirigiu apresentadores como J. Silvestre até 1984, Maurício Sherman aceitou o convite de Adolpho Bloch para dirigir a programação da recém-inaugurada TV Manchete. Na TV Manchete foi um dos mais prestigiados diretores, tendo dirigido a primeira edição do "Clube da Criança", escalando a então modelo Xuxa Meneghel como apresentadora, e descobrindo Angélica, então ainda uma menina de onze anos. Foi também o responsável pela criação do programa "Bar Academia" e da minissérie "Marquesa de Santos".

Maurício Sherman voltou à TV Globo em 1988, como diretor executivo da Central Globo de Produção. Nos 12 anos seguintes, desempenhou várias funções: foi diretor de núcleo do horário das 18 horas; diretor do musical "Globo de Ouro"; diretor artístico do "Fantástico"; diretor do departamento de Projetos Especiais e diretor da área de controle de qualidade.

Além disso, trabalhou nos anos 1980 como comentarista da Rádio Bandeirantes, onde eram transmitidos diversos jogos do campeonato brasileiro de futebol. Também foi supervisor artístico da Rede Bandeirantes, tendo dirigido apresentadores como J. Silvestre até 1984 quando foi para a Rede Manchete.

Maurício Sherman trabalhou como diretor artístico do programa infantil dos anos 90 "TV Colosso".

Mauricio Sherman e Chico Anysio
De 1989 a 1991, esteve à frente de "Os Trapalhões", programa apresentado por Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias. No dia 28/07/1991, dirigiu o especial comemorativo de 25 anos dos comediantes, com 25 horas de duração e a participação de todo o elenco da TV Globo.

Em 1991 e 1992, Maurício Sherman dirigiu as vinhetas com a mensagem de final de ano da TV Globo. Foi premiado pelas vinhetas da mensagem "Tente e invente, faça um 92 diferente", em que atores, jornalistas, comediantes e apresentadores apareciam mostrando talentos até então desconhecidos do público.

Em 1994, quando atuou como supervisor do "Vídeo Show", Maurício Sherman foi responsável pela transformação da atração em um programa diário.

Em 2001, foi diretor do "Domingão do Faustão".

Em 2009, Maurício Sherman dirigiu o especial de fim de ano "Chico e Amigos". No navio "Ventos Anysios", Chico Anysio interpretou personagens que marcaram sua carreira e homenageou a "Escolinha do Professor Raimundo", que completava 57 anos. Outra edição do especial "Chico e Amigos" foi exibida em janeiro de 2011.

Dirigiu de 1999 a 2015 o humorístico "Zorra Total", um de seus últimos trabalhos na televisão.

No teatro, Maurício Sherman dirigiu vários espetáculos importantes, com destaque para "A Pequena Notável" (1972), estrelado por Marília Pêra, no papel de Carmen Miranda, e "Evita" (1983), estrelado pela cantora Cláudia e os atores Mauro Mendonça e Carlos Augusto Strazzer

Morte

Maurício Sherman faleceu na quinta-feira, 17/10/2019, aos 88 anos no Rio de Janeiro, RJ. Ele foi vítima de complicações de uma doença renal crônica e estava em sua casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul da cidade, quando faleceu.

Indicação: Miguel Sampaio e Jairo Borges Cunha Júnior

João Bá

JOÃO BATISTA OLIVEIRA
(87 anos)
Cantor, Compositor, Poeta, Ator e Contador de Histórias

☼ Crisópolis, BA (25/06/1932)
┼ Caldas, MG (03/10/2019)

João Batista Oliveira, conhecido como João Bá, foi um compositor e cantor nascido em Crisópolis, no sertão da Bahia, no dia 25/06/1932. João Bá atuou também como ator, poeta e contador de histórias.

Filho de lavradores pobres, começou a trabalhar quando criança para ajudar a família. Segundo João Bá, quando caiu o primeiro dente, seu pai sentenciou que ele já estava preparado para trabalhar. Foi então que começou a ajudar na pequena lavoura.

As dificuldades da infância pobre e difícil o levaram a observar a natureza ainda no trabalho, formando assim um tema recorrente até os dias de hoje em suas canções.

Aos 12 anos, começou a compor e cantar. Hoje, sua obra reúne mais de duzentas músicas, muitas delas gravadas por artistas de referência no cenário musical brasileiro como Hermeto Pascoal, Almir Sater, Diana Pequeno, Dércio Marques, Marlui Miranda, entre outros.

João Bá foi considerado um dos mais respeitados cantadores na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Se definia um "compositor orgânico", ou seja, ligado organicamente à natureza, um músico que explorava seus sentidos e interligações para chegar a uma forma musical. Definia sua estética como simples, mas intensa. Seu trabalho busca despertar o senso crítico e a compreensão consciente de que todas as coisas estão interligadas entre si e suas raízes.

Pesquisador da cultura popular brasileira, trazia na sua poesia e composições o canto de resistência da natureza, o jeito simples de louvar a terra, a vida, o respeito à história e à memória da cultura popular.

Início da Carreira e Participação em Festivais

João Bá começou a trabalhar na roça muito cedo. Do final de sua infância até o fim de sua adolescência (período que se inicia em 1944 e vai até 1952), sempre mostrou interesse pela arte, engajando-se em atividades artísticas na pequena cidade de Crisópolis, BA. Atuava em pequenas peças teatrais, compunha cantigas sertanejas e ensaiava seus primeiros poemas.

Aos 20 anos, deixou o sertão da Bahia e chegou a São Paulo em busca de uma vida melhor. Empregou-se em uma farmácia no tradicional bairro da Mooca, localizado na região centro-leste de São Paulo. Nesse período, inscreveu-se para estudar no Ginásio - atual Ensino Fundamental - onde ficou sabendo de um concurso de poesia realizado pela Rádio Bandeirantes. Mesmo não vencendo, decidiu continuar tentando.

Depois de 14 anos morando em São Paulo e fazendo amizades no meio artístico, surgiu a oportunidade de participar da primeira edição do Festival da Música Popular Brasileira, realizado em 1966, pela TV Record. No entanto, sua música "Madeira Encarnada" foi censurada pela Ditadura Militar por, supostamente, fazer referência a um oficial de nome "Sargento Madeira". De acordo com o artista, o adjetivo "encarnada", foi interpretado como uma provocação velada ao militar, de personalidade tempestiva e autoritária, que costumava perseguir artistas considerados subversivos ao Regime. Além disso, a letra fazia críticas sociais nos versos "olha o índio querendo viver" (referência às mortes provocadas por latifundiários no campo) e "olha o preço subindo, amargando/olha o povo querendo comer" (referência à situação de miséria e fome do país).

Embora não tenha participado desse festival histórico, o caso da censura deu visibilidade a João Bá no meio musical, pois sua música passou a ser comentada nos bastidores como uma das favoritas ao título de melhor canção.

Para João Bá, foi a oportunidade de estar ao lado de grandes compositores, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, além de intérpretes, como Elis Regina, Jair Rodrigues, Elza Soares e MPB-4. Foi nesse período que também conheceu dois grandes ícones da música nordestina: Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. De acordo com João Bá, Gonzagão foi quem o motivou a dar prosseguimento à carreira, dizendo que o artista baiano "tinha uma cara boa". Ainda no final dos anos 1960, conheceu Tom Zé.

Em 1979, destacou-se no Festival 79 da TV Tupi, com a música "Facho de Fogo" feita em parceria com Vidal França e defendida por Diana Pequeno. Embora não tenha ganhado, sua música esteve novamente ao lado da de grandes personalidades, como Fagner e Oswaldo Montenegro, vencedores do festival. Desde então, vinha se apresentando em shows, festivais, mostras e temporadas em espaços culturais de todo o país para seu público cativo.

Participações na Televisão

Em 1984, escreveu "Cercanias de Canudos", programa apresentado pela TV Cultura e considerado o melhor daquele ano.

Em 1985, apresentou "Casa dos Cantadores", especial da TV Cultura que contava com a participação de grandes nomes da música regional. Em "Casa dos Cantadores" tem-se o registro histórico de uma das primeiras aparições de Almir Sater na televisão, que se tornaria famoso por suas participações em novelas. Como ator, participou do especial "Lampião", também realizado pela TV Cultura em meados dos anos 1980.

Com Almir Sater, compôs faixas da trilha "Corpo e Alma", especial da TV Globo sobre o Pantanal Mato-grossense. Gravou ainda o especial "Casa de Farinha" que foi exibido em um canal francês.

Apresentou-se inúmeras vezes nos programas "Som Brasil" (TV Globo), "Empório Brasileiro" (Bandeirantes), "Empório Brasil" (SBT), "Bambalalão" (TV Cultura) e "Viola, Minha Viola" (TV Cultura).

Em novembro de 2005, participou do programa "Sr. Brasil", interpretando "Bicho da Seda", ao lado de Nanah Correia. Sua mais recente aparição foi em 2009, no programa "Feira Moderna", da TV Minas. Na ocasião, cantou ao lado de Nádia Campos e Dercio Marques, que era também um de seus principais parceiros musicais.

Atuação no Cinema

João Bá fez participações como ator e compositor de trilhas sonoras. Em 1987, atuou no filme "Fronteira das Almas", dirigido por Hermano Penna. Sua segunda participação foi em 2000, no longa-metragem "Mário", também dirigido por Hermano Penna. Seu papel foi o de um pescador nativo.

Em 2007, assinou a trilha sonora do documentário "Nas Terras do Bem-Virá", de Alexandre Rampazzo, junto com a cantora Nanah Correia e com o músico Julian Tirado.

Outra produção que conta com sua participação é o documentário em homenagem a Glauber Rocha, "Entre o Sertão e o Mar", dirigido por Tatiana Garcia. "Candeia", uma das faixas dessa trilha era a canção de João Bá que Glauber Rocha mais gostava.

Em julho de 2019, João Bá, acompanhado pelo violeiro João Arruda, participou do projeto Composição Ferroviária, em Poços de Caldas.

João Bá viveu os últimos anos de sua vida no sítio Rosa dos Ventos, na cidade de Caldas, Sul de Minas Gerais.

Premiações no Teatro

Além do cinema e da televisão, João Bá teve passagem no teatro. Em 1981, participou do Festival de Teatro do SESC Consolação, ganhando os prêmios de Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino, com o espetáculo "Marrueiro". Em entrevista concedida à revista HP Variedades, João Bá lembrou desse momento:
"Me lembro que das peças que participei como ator e ajudei no texto, uma foi campeã do Festival de Teatro de São Paulo, chamada 'Marrueiro'. Marrueiro é o maior estágio do vaqueiro. Quando o vaqueiro chega a esse estágio, é porque ele é doutor do gado. Aí ele sabe tudo. 'Marrueiro' é de Catulo da Paixão Cearense.
Nessa peça participei como ator e fiz quase toda a trilha sonora, com exceção de uma música do Catulo, o 'Luar do Sertão' e outra do Elomar. Também ajudei no texto adaptado de Cassiano Moreira, um grande ator de teatro. Foi ele quem que me convidou para entrar na peça, e para olhar o texto. Senti então a necessidade de incluir no texto de Catulo uma figura saliente, de alto relevo do movimento de vaqueiros no Brasil, que é a Missão do Vaqueiro, em homenagem ao grande Raimundo Jacob.
Ganhamos três prêmios no festival, inclusive melhor trilha sonora. Fazíamos a música ao vivo. Isso foi em 1981, no SESC Consolação!"

João Arruda, Sinhá Rosária, Tião Mineiro e João Bá
Livros

No final de 1982, escreveu o cordel "Natal na Cultura Popular", para a Fundação Roberto Marinho, General Motors e SESC Carmo, com tiragem de aproximadamente 30.000 exemplares.

Sua obra é referência para estudiosos da Cultura Popular Brasileira e suas composições são indicadas pelo Ministério da Educação (MEC) na Cartilha de Referencial Curricular Nacional Infantil - Volume 3.

Fatos da Carreira

Seu primeiro disco, "Carrancas", contou com a participação de Hermeto Pascoal, que é homenageado com a música "Mico-Leão Dourado". João Bá compara seu amigo ao macaquinho de pelos vermelhos por conta das longas barbas, cabelos dourados e pele vermelha de Hermeto Pascoal.

O projeto gráfico de quase todos os seus discos foi assinado pelo artista plástico Elifas Andreato, de quem João Bá era amigo pessoal.

Quando Luiz Gonzaga morreu, João Bá foi convidado pela gravadora do artista para ser seu substituto, chegando a reservar o mesmo figurino de Gonzagão para João Bá. João Bá recusou o convite de imitar um de seus maiores mestres.

A origem do sobrenome "Bá" surgiu de uma engraçada situação na qual o músico, aos 12 anos, ficou surpreso ao ser questionado pela apresentadora do show de calouros em sua cidade, qual seria o seu nome artístico. Assustado com a pergunta, o músico, que preenchia uma ficha com seu nome, parou com a caneta exatamente no "Ba".

A partir de então, João Batista passou a usar o nome artístico de João Bá, que também, segundo ele próprio é uma referência ao "Batista", "baiano" e "baixinho".

João Bá foi um dos primeiros artistas a lançar Almir Sater na televisão, quando o violeiro era ainda muito novo e tímido. Almir Sater participou do especial "Casa de Cantadores", realizado pela TV Cultura.

João Bá, ao lado da filha Jade Monalisa
Morte

João Bá faleceu na quinta-feira, 03/10/2019, aos 87 anos, no município de Caldas, MG, onde morava.

O corpo de João Bá foi velado na manhã de sexta-feira, 04/10/2019, no Velório da Santa Casa, em Caldas, MG. O cortejo rumo ao cemitério da cidade começou por volta das 17h30.

Discografia

Artista independente, João Bá sempre lançou seus álbuns com recursos próprios ou com apoio de amigos e parceiros musicais, o que lhe garantiu total liberdade para decidir sobre suas produções, desde a escolha do repertório até a decisão sobre quais músicos participariam das gravações.

A falta de interesse das grandes gravadoras em relação à música regional e a recusa do cantor em adotar a linguagem das rádios, foram as principais razões de seu primeiro álbum ter sido lançado somente 22 anos após sua primeira incursão no cenário musical, ainda na época dos festivais da década de 60.

Sem gravadora, "Carrancas" foi produzido com a ajuda do músico Klécius Albuquerque. As participações especiais foram de Hermeto PascoalDercio Marques, Vidal França, entre outras. A música "Facho de Fogo", lançada por Diana Pequeno, no disco "Eterno Como Areia" (1979), tornou-se conhecida pela primeira vez na voz de João Bá. Constam, ainda, obras de referência como "O Menino e o Mar" e "Ladainha de Canudos".

Os álbuns seguintes seguiram praticamente a mesma proposta adotada em "Carrancas", sempre coerentes com as raízes culturais de João Bá e com uma estética musical muito própria, além da qualidade dos músicos e das composições.


  • 1988 - Carrancas (Independente, LP)
  • 1994 - Carrancas I - II (Independente, CD)
  • 1997 - Ação dos Bacuraus Cantantes (Devil Discos, CD)
  • 2003 - Pica-Pau Amarelo (Americano, CD)
  • 2004 - 50 Anos de Carreira Independente (Coletânea)
  • 2005 - Aruanã (Warner - Chapelli / Y Records)
  • 2010 - João Bá Para Crianças - Amigo Folharal (Independente, CD)
  • 2014 - Cavaleiro Macunaíma - João Bá 80 Anos (Independente, CD)

Fonte: Wikipédia