Elisinha Coelho

ELISA DE CARVALHO COELHO
(92 anos)
Cantora

* Uruguaiana, RS (01/03/1909)
+ Volta Redonda, RJ (2001)

Elisinha Coelho nasceu em Uruguaiana, RS, e era filha do tenente do exército Marcelino Coelho e Acelina Piernard de Carvalho. Toda a família morava no Rio Grande do Sul e transferiu-se para o Rio de Janeiro por conta da carreira de Elisinha. Sua mãe, Acy Carvalho, escritora e jornalista, foi responsável pela seção feminina de O Jornal, do Rio de Janeiro.

Elisinha passou a infância e a adolescência em Florianópolis, considerando-se por isso catarinense. Casou-se pela primeira vez com Flávio Goulart de Andrade, filho do senador Eusébio Goulart de Andrade. Casou-se pela segunda vez com José Inácio da Costa Couto, que era croupier de um casino. Conheceram-se numa tournée e ela abandonou a carreira. Ela era mãe mãe do apresentador e jornalista Goulart de Andrade.


Elisinha costumava cantar acompanhando-se ao piano em reuniões na casa da família, no Rio de Janeiro. Em 1929, um coronel amigo de seu pai e diretor da Rádio Clube do Brasil (hoje Mundial) convidou-a para cantar na emissora.

Em 1930, levada por Josué de Barros, gravou seu primeiro disco na RCA Victor, com "A Minha Viola é de Primeira" e "Capelinha de Melão", sambas de Tia Amélia. Seu segundo disco continha os sambas "Escrita Errada" (Joubert de Carvalho) e "Iaiazinha" (Plinio Brito). Em fins de 1930, convidada por Hekel Tavares, interpretou canções do compositor numa série de recitais na Bahia e outros Estados do Nordeste. A cantora recebeu do compositor Hekel Tavares o título de "O Pássaro Cantor".

Em 1931, Ary Barroso convidou-a para gravar seu samba-canção "No Rancho Fundo". Essa gravação, realizada nos estúdios da RCA Victor com o próprio Ary Barroso ao piano e Rogério Guimarães no violão, projetou nacionalmente a intérprete.

Elisinha Coelho gravou mais músicas de Ary Barroso como "Terra de Iaiá" e "Batuque" (1931), em dueto com Sílvio Caldas, e "Tenho Saudade" e "É Bamba". Em 1932, a canção "Primeiro Amor" e o samba-canção "Palmeira Triste", entre outras.

Atuando em diversas emissoras, para o carnaval de 1933 gravou as marchas "Coração de Picolé"(Paulo Neto de Freitas) e "Fon-fon" (Heitor dos Prazeres). Em 1934 fez suas últimas gravações, com destaque para um disco na RCA Victor em que, acompanhada dos Irmãos Tapajós interpretou "Dança Negra" (Hekel Tavares e Sodré Viana) e, do outro lado, "Humaitá", folclore recolhido por Hekel Tavares, e "Biá-tá-tá" (Hekel Tavares e Jaime D’Altavilla), e para outro clássico, o samba-canção, "Caco Velho" (Ary Barroso), seu único disco na Odeon.

Sua discografia compõe-se de 15 discos com 30 músicas, sendo 11 de autoria de Ary Barroso. Em 1935 e 1936, apresentou-se no Uruguai e na Argentina. Em 1938 foi atriz e cantora na peça "Malibu", de Henrique Pongetti, encenada pela Companhia de Raul Roulien.

Apresentou-se no Cassino da Urca, onde também fez duetos com astros internacionais como Pedro Vargas e Jean Sablon e onde, em 1939, ensinou Josephine Baker a cantar em português o samba "O Que é Que a Baiana Tem?" (Dorival Caymmi). Logo depois, deixou a carreira artística.

Em 1989, a gravadora Revivendo lançou o LP "No Rancho Fundo", com interpretações de Elisinha Coelho, Jesy BarbosaSílvio Caldas e Breno Ferreira.

A carreira de Elisinha Coelho foi curta. Estreou profissionalmente em 1930 e em 1934 já abandonava os palcos, mesmo fazendo muito sucesso no rádio, no teatro e no cinema.

Fonte: Cifra Antiga e A Minha Rádio

Murilo Amorim

MURILO AMORIM CORREA
(70 anos)
Ator e Humorista

☼ Campinas, SP (19/12/1926)
┼ São Paulo, SP (13/05/1997)

Murilo Amorim Correa iniciou sua carreira no rádio, mas ganhou fama no cenário humorístico ao integrar o elenco do programa "A Praça da Alegria" nos anos 60, e depois na "A Praça é Nossa" nos anos 80. Seu papel mais conhecido foi no quadro "Vitório e Marieta", no qual atuava ao lado da comediante Maria Tereza. Outro personagem conhecido bastante conhecido foi Jacinto, o Donzelo.

Murilo Amorim e Maria Tereza, além de atuarem em várias estações de TV, também registraram vários álbuns humorísticos para a etiqueta Odeon nos anos 60. Murilo Amorim se destacou em outros selos discográficos, CBS e Copacabana, com Jacinto, o Donzelo.

Murilo Amorim Correa parece mais nome de visconde ou de professor de literatura, mas é aí, até no nome, que começa a graça do comediante que imortalizou o quadro do casal Vitório e Marieta e o Jacinto, o Donzelo, que risca, cisca, rabisca, prega fogo, mas não consegue garfar uma mulher!


Murilo fez fama como artista de rádio, TV e boates. Morando em São Paulo, capital, ficou tão conhecido como Roberto Carlos e o Pelé, apesar de não cantar e de nem saber jogar bola.

Murilo foi premiado várias vezes com o extinto Prêmio Roquete Pinto, que na época era o Oscar dos artistas no Brasil. O seu sucesso teve início com o quadro Vitório e Marieta, um dos maiores sucessos do rádio na década de 60.

Após esse trabalho, Murilo passou a interpretar o engraçado Jacinto, o Donzelo, um caipira maluco por mulher. O personagem, assim como o seu Vitório, logo ganhou fãs em todo o Brasil. Os textos, muito inteligentes, eram de Irvando Luiz.

Murilo Amorim Correa faleceu vítima de complicações circulatórias em São Paulo no dia 14 de fevereiro de 1997.

Vitório e Marieta

O italianíssimo casal Vitório e Marieta foi um grande sucesso no rádio, que acabou passando para a televisão. Mas fez sucesso também no teatro e vendeu muitos discos. O comendador Vitório era vivido por Murilo Amorim Correa e sua esposa Marieta era Maria Tereza.


Vitório e Marieta era um casal unido por uma coisa em comum: a burrice. Mas ambos julgavam-se muito espertos e inteligentes. Falavam as maiores asneiras e se achavam os tais, sempre rindo da "burrice" das pessoas com quem falavam.


No fim do quadro, Marieta encerrava sempre com a seguinte frase:


"Por isso que te admiro você, Vitório. Não existe homem mais inteligente que você na face da Terra. Ah, Vitório, eu não sei o que seria de mim sem você. É por isso que digo e repito sempre: e viva o Vitório!!!"


O quadro foi sucesso na "Praça da Alegria" e em outros programas humorísticos nos anos 60 e 70. As últimas apresentações, antes da morte de Murilo Amorim foi no programa do SBT, "Maria Tereza Especial", já nos anos 90.

Televisão

  • 1969 - Hotel do Sossego
  • 1968 - As Professorinhas ... Guedes
  • 1966 - Alma de Pedra
  • 1965 - A Indomável ... Nicolau
  • 1965 - Pecado de Mulher
  • 1964 - Uma Sombra em Minha Vida ... Noel
  • 1964 - Mãe ... Acácio
  • 1953 - TV de Vanguarda

Cinema

  • 1976 - Sabendo Usar Não Vai Faltar
  • 1957 - Absolutamente Certo ... Guilherme