Itamar Assumpção

FRANCISCO JOSÉ ITAMAR DE ASSUMPÇÃO
(53 anos)
Cantor, Compositor, Instrumentista, Arranjador e Produtor Musical

* Tietê, SP (13/09/1949)
+ São Paulo, SP (12/06/2003)

Itamar Assumpção foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro, que se destacou na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.

Itamar Assumpção nasceu em Tietê, interior de São Paulo, no dia 13 de setembro de 1949. Bisneto de escravos angolanos, cresceu ouvindo os batuques do terreiro de candomblé no quintal de sua casa. Cresceu em Arapongas, no Paraná, onde se mudou aos 12 anos. Chegou a cursar até o segundo ano de Contabilidade, mas abandonou a faculdade para fazer teatro e shows em Londrina. Aprendeu a tocar violão sozinho e, ouvindo Jimi Hendrix e arranjos de baixo e bateria... apaixonou-se pelo baixo. Mudou-se para São Paulo em 1973 para se dedicar à música.


Vanguarda Paulista

Itamar Assumpção foi um dos grandes nomes e contribuidores da cena alternativa que dominou São Paulo nos anos 70-80 do século XX, movimento que convencionou-se chamar de Vanguarda Paulista. A Vanguarda Paulista reuniu artistas que decidiram romper o controle das gravadoras sobre a produção e lançamento de novos talentos nos anos finais da Época das Trevas Modernas - anos anteriores a Internet.

Os representantes desse movimento eram artistas que produziam e lançavam seus trabalhos independentemente das grandes gravadoras. Criavam suas próprias micro-empresas e gerenciavam a si mesmos. Itamar Assumpção era nome frequente na lista de shows do Teatro Lira Paulistana em Pinheiros, palco que foi denominador comum a todos os membros da Vanguarda Paulista. Todos os representantes do movimento invariavelmente por ali passaram.

Itamar Assumpção, ao lado de Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê (Premeditando o Breque), Pracianos (Dari Luzio, Pedro Lua, Paulo Barroso, Le Dantas & Cordeiro e outros), marcou sua obra basicamente por não ter tido interferência dos burocratas das gravadoras, o que fez com que sua obra fosse tida por tais gerentes e críticos de cultura rasa, como "difícil".

Esses artistas, pela rebeldia, ousadia e audácia ganharam a alcunha de "Malditos". Itamar Assumpção detestava tal rótulo e retrucava. A polemica era outra área na qual dava-se bem, talentoso que era com as palavras não só no âmbito poético. O duelo verbal lhe apetecia como forma honesta de defender a integridade do artista assim como, ao observador atento assim parecia, dava-lhe prazer triturar argumentos dos que com cultura limitada tentavam dirigir o processo de criação do artista. Em uma de suas tiradas mais famosas disse: "Se tivesse que ouvir conselho, pediria ao Hermeto Pascoal..." ou então: "Eu sou artista popular!", bradava indignado.

Entre suas canções mais conhecidas estão "Fico Louco", "Parece Que Bebe", "Beijo na Boca", "Sutil", "Milágrimas", "Vida de Artista", "Dor Elegante" e "Estropício".

Conhecido como "Maldito da MPB", o músico misturou samba com rock e funk, entre outros ritmos estrangeiros, em letras impregnadas de sátira e crítica social. Foi influenciado pelos trabalhos de músicos de variados gêneros, como Adoniran Barbosa, Cartola, Jimi Hendrix e Miles Davis, além de poetas como Paulo Leminski e Alice Ruiz.

Seus três primeiros LPs, "Beleléu, Leléu, Eu" (1980), lançado pelo selo Lira Paulistana, "As Próprias Custas S.A." (1983) e "Sampa Midnight" (1986), foram relançados em CD pela Baratos Afins em 1994. Seu único LP foi produzido por uma grande gravadora, Continental, intitulado "Intercontinental! Quem Diria! Era só o Que Faltava..." (1988). Todos com a Banda Isca de Polícia.

Em 1994 lançou a série "Bicho de Sete Cabeças", três LPs também na forma de dois CDs, acompanhado pela Banda Orquídeas do Brasil. Em 1995 lançou um CD com músicas de Ataulfo Alves, novamente com a Banda Isca de Polícia, que foi premiado como melhor do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Entre composições suas que fizeram sucesso com outros interpretes estão "Nego Dito", com o sambista Branca di Neve, "Já Deu Pra Sentir" e "Aprendiz de Feiticeiro", com Cássia Eller, "Código de Acesso" e "Vi, Não Vivi", de Zélia Duncan.

Itamar Assumpção faleceu em 12/06/2003 vítima de um câncer no intestino.


Discografia

  • 2010 - Pretobrás III - Devia Ser Proibido - Caixa Preta - (Selo SESC SP)
  • 2010 - Pretobrás II - Maldito Vírgula - Caixa Preta - (Selo SESC SP)
  • 2004 - Vasconcelos e Assumpção - Isso Vai dar Repercussão (Elo Music/Boitatá)
  • 1988 - Pretobrás (Atração)
  • 1996 - Ataulfo Alves Por Itamar Assumpção - Pra Sempre Agora (Paradoxx)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. III (Baratos Afins)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. II (Baratos Afins)
  • 1993 - Bicho de Sete Cabeças Vol. I (Baratos Afins)
  • 1988 - Intercontinental! Quem Diria! Era Só o Que Faltava... (Continental)
  • 1983 - Sampa Midnight - Isso Não Vai Ficar Assim, (Independente)
  • 1981 - Às Próprias Custas S/A. (Independente)
  • 1980 - Beleléu, Leléu, Eu (Lira Paulistana)


Parceiros

  • Ademir Assunção
  • Alice Ruiz
  • Alzira Espíndola
  • Bocato
  • Carlos Careqa
  • Chico César
  • Luiz Tatit
  • Ná Ozzetti
  • Paulo Leminski
  • Paulo Lepetit
  • Vange Milliet
  • Arrigo Barnabé
  • Vânia Bastos
  • Suzana Salles
  • Tata Fernandes
  • Virgínia Rosa

Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção
Músicos Que Já Gravaram Itamar

  • Arrigo Barnabé
  • Carlos Careqa
  • Cássia Eller
  • Denise Assumpção
  • Luiza Possi
  • Ney Matogrosso
  • Rita Lee
  • Tom Zé
  • Vange Milliet
  • Zélia Duncan
  • Naná Vasconcelos
  • Branca Di Neve
  • Ceumar
  • Bocato

Fonte: Wikipédia

Adalgisa Colombo

ADALGISA COLOMBO TERUSKIN
(73 anos)
Miss Brasil 1958

☼ Rio de Janeiro, RJ (11/01/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (18/01/2013)

Adalgisa Colombo foi eleita Miss Brasil em 1958. No mesmo ano, ficou em segundo lugar no concurso Miss Universo. 

Em 1958, Adalgisa também venceu o concurso de Miss Distrito Federal, na época, o Rio de Janeiro era a capital do Brasil. O concurso de Miss Universo foi realizado nos Estados Unidos. Adalgisa Colombo ficou atrás apenas da colombiana Luz Marina Zuluaga.

Adalgisa Colombo foi um dos rostos femininos mais conhecidos da época no Brasil, com frequência em capas das revistas O Cruzeiro e Manchete.

Em 1956, antes do concurso de miss e ainda aos 16 anos, Adalgisa Colombo atuou no filme "Com Água na Boca", comédia musical do diretor iugoslavo radicado no Brasil J. B. Tanko, junto com os atores Older Cazarré e Costinha.


Menos de um ano, depois de conquistar a coroa de miss, Adalgisa Colombo se casou e mudou para os Estados Unidos. Para isso abdicou do título, que era apenas para mulheres solteiras. Ela morou nos Estados Unidos por 14 anos. Após voltar ao país, trabalhou como modelo e apresentadora da extinta TV Rio. Trabalhou no musical "Rio Hit Parade" e principalmente em programas femininos.

Em 2009, quando era uma das juradas do concurso de Miss Brasil, ela falou ao G1 sobre a perda de popularidade dos títulos de miss em relação à carreira de modelo entre as mulheres atualmente.


"Hoje em dia nem toda moça quer ser miss, elas querem ser modelo, porque ganha mais e nem precisa ter um rosto bonito. Mas a top não se mostra, mostra a roupa. Para ela se destacar, precisa ter um tipo diferente. Já a miss tem que ter um perfil clássico de beleza"
(Adalgisa Colombo)

A ex-miss Brasil também falou com humildade sobre o título que já recebeu:

"Ter uma coroa na cabeça não quer dizer necessariamente que você é a mulher mais bonita do Brasil. Isso é balela."
(Adalgisa Colombo)

Morte

Adalgisa Colombo morreu no Rio de Janeiro na sexta-feira, 18/01/2013, aos 73 anos. Parentes que preferiram não se identificar, disseram que ela acordou com falta de ar na sexta-feira pela manhã. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital. A causa da morte não foi divulgada. O corpo foi enterrado na sexta-feira no Cemitério Israelita de Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense.

Adalgisa Colombo tinha três filhos, os dois mais jovens do casamento com o empresário gaúcho Flávio Teruszkin, com ficou junta por mais de 30 anos, e o terceiro de casamento anterior com Jackson Flores.

Fonte: G1