Mostrando postagens com marcador 1955. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1955. Mostrar todas as postagens

Geraldo Pereira

GERALDO TEODORO PEREIRA
(37 anos)
Cantor e Compositor

* Juiz de Fora, MG (23/04/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/1955)

Filho de Sebastão Maria e de Clementina Maria Teodoro, tinha três irmãos. Nasceu em Juiz de Fora, MG, e em 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro para morar com o irmão mais velho, Manoel Araújo, conhecido como Mané-Mané e que morava no Santo Antônio, no Morro da Mangueira. Passou a trabalhar como ajudante do irmão no balcão de uma tendinha mantida por ele no Buraco Quente, localidade do Morro da Mangueira.

Pouco tempo depois, deixou de trabalhar na tendinha do irmão e empregou-se como soprador de vidro na Fábrica de Vidro José Scaroni, na Rua Gonzaga Bastos, lá permanecendo por pouco tempo. Já nessa época, participava de rodas de samba no Morro da Mangueira na casa de Alfredo Português.

Em 1931, passou a estudar na Escola Pará, em Vila Isabel, posteriormente Escola Olímpia do Couto, onde fez o curso primário. Nessa época, conheceu Buci Moreira, Padeirinho e Fernando Pimenta, que tinham idade semelhante a sua e que se tornariam futuros sambistas.

Terminou o curso primário e, adolescente ainda, já compunha sambas para a escola Unidos de Mangueira, hoje extinta. Logo fez amizades com os bambas do morro e aprendeu violão com Cartola e Aloísio Dias.


Aos 18 anos, deixou o morro para viver no subúrbio de Engenho de Dentro e tirou sua carteira de motorista. Logo mudou-se para a Lapa, empregando-se na Prefeitura do Rio de Janeiro como motorista de caminhão de limpeza urbana, emprego que manteve por toda a vida. Passou a frequentar os bares da cidade, inclusive o Café Nice, ponto de encontro de sambistas e da boêmia carioca. Com parceria de Nelson Teixeira, compôs o samba "Se Você Sair Chorando", gravado em 1939 na Odeon pelo cantor Roberto Paiva. Inscrita no concurso carnavalesco promovido em 1940, a música classificou-se entre as finalistas.

Por volta de 1940, conheceu Isabel, grande amor de sua vida, musa inspiradora de sambas como "Acabou a Sopa" (Geraldo Pereira e Augusto Garcez) gravado em 1940 por Cyro Monteiro, que se tornaria um de seus mais fiéis interpretes e o principal divulgador de suas obras, e "Liberta Meu Coração", gravada em 1947 por Abílio Lessa.

Nos anos seguintes, diversas músicas suas foram gravadas por cantores de destaque: os sambas "Falta de Sorte" e "Pode Ser?" (Geraldo Pereira e Marino Pinto), foram gravados respectivamente por Aracy de Almeida e Isaura Garcia, em 1941.

Nos anos de 1942 e 1943, Odete Amaral, Moreira da Silva e o grupo Quatro Ases e Um Curinga lançaram composições suas. Em 1943 apresentou-se no programa "Vesperal das Moças", na Rádio Tamoio do Rio de Janeiro. Durante essa época, fez amizade com Valdir Machado, que o incentivava a cantar e que se tornou seu parceiro. Fez algumas apresentações esporádicas na Rádio Nacional.

Em 1944 participou do filme "Berlim na Batucada", de Luís de Barros, interpretando o papel do Cabo Laurindo. Foi também em 1944 que conseguiu seu primeiro grande sucesso, com a gravação de "Falsa Baiana", por Cyro Monteiro, samba inspirado na esposa do compositor Roberto Martins, incapaz de sambar com sua fantasia de baiana no Carnaval. O samba deu-lhe renome nacional.


"Bolinha de Papel", gravado pelos Anjos do Inferno em 1945, repetiu o êxito do ano anterior. Ainda em 1945, depois de aprovado num teste da gravadora Continental, o sambista estreou como cantor, interpretando os dois lados de um 78 rpm: "Mais um Milagre" e "Bonde de Piedade" (Geraldo Pereira e Ari Monteiro). O disco não alcançou sucesso e ele preferiu lançar suas criações seguintes por meio de outros cantores.

Em 1949, Blecaute gravou "Que Samba Bom", um dos maiores sucessos de venda da década. Em 1950, o próprio compositor gravou "Pedro do Pedregulho", lançando-se definitivamente como intérprete de suas composições a partir de 1951, quando Cyro Monteiro se encontrava impossibilitado de gravar, por conta de uma doença nos pulmões. Gravou o samba "Escurinha" (Geraldo Pereira e Arnaldo Passos) na Sinter. Ainda no mesmo ano, tornou a compor em parceria com Wilson Batista, saindo pela Continental o samba "Cego de Amor", na voz de Deo.

Em 1952 participou do filme "O Rei do Samba", de Luís de Barros. Interpretado por ele, a RCA Victor lançou, em 1953, "Cabritada Malsucedida" (Geraldo Pereira e Jorge Gebara). O ano de 1954 marcou seu último grande sucesso, "Escurinho", gravado na Todamérica por Cyro Monteiro.

Participou ainda do espetáculo "Clarins em Fá", na boite Esplanada, em São Paulo, fazendo muito sucesso com seu samba "Pau Peroba" (Geraldo Pereira, Buci Moreira e Albertina Rocha). Nesse ano, registrou na Columbia suas últimas produções, "Maior Desacerto" (Geraldo Pereira, Silva Júnior e Ari Garcia) e "Eu Vou Partir", título que parecia prever o fim prematuro de sua vida atribulada.


Em 08/05/1954, aos 37 anos, encerrava uma carreira de grande sambista, e em muitos pontos inovadora. Geraldo Pereira morreu vítima de hemorragia intestinal, aos 37 anos, em conseqüência de uma briga num bar da Lapa com o lendário malandro Madame Satã.

Após sua morte, diversas composições suas foram regravadas. Nos anos 60, João Gilberto regravou "Bolinha de Papel". Em 1971, Paulinho da Viola regravou "Você Está Sumindo". Em 1980 foi lançado o disco "Wilson, Geraldo e Noel", no qual João Nogueira interpreta composições de Geraldo Pereira, Noel RosaWilson Batista.

Em 1981, a gravadora Eldorado lançou o LP "Evocação V", inteiramente dedicado ao compositor, interpretado por Elton Medeiros, MonarcoJackson do Pandeiro entre outros. Sua música "Se Você Sair Chorando" foi regravada nesse disco por um coro de oito cantores.

No Carnaval de 1982, o compositor foi homenageado no enredo "Geraldo Pereira, Eterna Glória do Samba" (João Ramos Pacheco), da Escola de Samba Unidos do Jacarezinho.

Em 1990, Chico Buarque regravou "Sem Compromisso" (Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro).

Em 1995 foi lançado o livro "Um Escurinho Direitinho: A Vida e a Obra de Geraldo Pereira", de autoria de Luís Fernando Vieira, Luís Pimentel e Suetônio Valença (Relume-Dumará, Rio de Janeiro).

Em 1996, Zizi Possi cantou "Escurinha" em seu show e, em 1997, Gal Costa regravou com grande sucesso o samba "Falsa Baiana", em seu CD "Acústico MTV".

Indicação: Eric Spagnuolo

Arthur Bernardes

ARTHUR DA SILVA BERNARDES
(79 anos)
Advogado, Político e Presidente do Brasil

* Viçosa, MG (08/08/1875)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/03/1955)

Arthur Bernardes foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de "Bernardistas".

Origem e Carreira Política

Estudou no Colégio do Caraça. Após formar-se na Faculdade Livre de Direito, iniciou sua carreira política como vereador e presidente da Câmara Municipal de Viçosa em 1906. Foi deputado federal de 1909 a 1910 e Secretário de Finanças de Minas Gerais em 1910. Foi eleito para um novo mandato de deputado federal de 1915 a 1917. Tornou-se o líder principal do Partido Republicano Mineiro, tirando o controle do PRM dos políticos do sul de Minas Gerais, deslocando o centro da política mineira para a Zona da Mata.

Foi presidente do estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922.

Eleição Para Preidência da República e a Revolta dos 18 do Forte

Arthur Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura de Arthur Bernardes.

Antes da eleição, Arthur Bernardes teve que enfrentar o rumoroso caso das "cartas falsas" atribuídas a ele e que denegriam o ex-presidente Hermes da Fonseca.

Seu vice-presidente foi Estácio Coimbra que substituiu Urbano Santos, vice-presidente eleito, também em 1 de março de 1922, e que faleceu no dia 7 de maio de 1922, antes de tomar posse.

O descontentamento com a vitória de Arthur Bernardes e com o governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa, foram algumas das causas do chamado Levante do Forte de Copacabana, primeira ação do movimento Tenentista. Arthur Bernardes teve que fazer frente à Coluna Prestes, Movimento Tenentista que percorreu o país pregando mudanças políticas e sociais e que jamais foi derrotado pelo governo.

Presidência da República

Além da oposição por parte da baixa oficialidade militar, incentivados pela revolução comunista, ele ainda confrontou uma guerra civil no Rio Grande do Sul, onde Borges de Medeiros se elegeu presidente do estado pela quinta vez consecutiva, e também o movimento operário que se fortalecia novamente.

Em 1923 e 1924 ocorreram novas ações tenentistas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde ocorreu a Revolução Paulista de 1924, que levou Arthur Bernardes a bombardear a cidade de São Paulo. Tudo isso levou Arthur Bernardes a decretar o estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.

Arthur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil. Fundou a Escola Superior de Agricultura e Veterinaria em sua cidade natal, Viçosa, que viria depois a se tornar a Universidade Federal de Viçosa. Sob seu governo, o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926.

Arthur Bernardes promoveu a única reforma da Constituição de 1891, reforma que foi promulgada em setembro de 1926 e que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo, foi eleito senador em 1929.

Foi contrário à ascensão de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ao governo de Minas Gerais mas não pode evitá-la.

Vida Após a Presidência

Após a presidência, foi eleito senador da república, mandato que exerceu até 1930.

Arthur Bernardes, no seu discurso de posse no Senado Federal, em 25 de maio de 1927, estando a cidade do Rio de Janeiro sob grande tensão e expectativa, relembrou a dificuldade que foi sua eleição presidencial de 1922 e sua presidência:

"Não estará ainda na memória de todos o que fora a penúltima campanha presidencial? Nela se afirmava que o candidato não seria eleito; eleito não seria reconhecido, não tomaria posse, não transporia os umbrais do Palácio do Catete!"
(Arthur Bernardes)

Carlos Lacerda repetiria, contra Getúlio Vargas, essa frase de Arthur Bernardes, na campanha presidencial de 1950.

Participou da Revolução de 1930, que desalojou o Partido Republicano Paulista do governo federal. Foi um Revolucionário Constitucionalista de 1932. Fracassado este movimento, exilou-se em Portugal. De volta ao Brasil, em 1934, foi eleito deputado federal para o mandato 1935-1939. Em 1937, porém, perdeu o mandato, devido ao golpe do Estado Novo.

Com o restabelecimento da democracia em 1945, ingressou na Uião Democrática Nacional, elegendo-se deputado federal constituinte em 1945. Criou e dirigiu a seguir o Partido Republicano. Eleito suplente de deputado federal em 1950, exerceu o mandato, em virtude de convocação, sendo eleito para um novo mandato em 1954.

Arthur Bernardes defendeu, após 1945, o Petróleo e a Siderurgia nacional. Ocupou o cargo de deputado federal até a sua morte, em 1955.

Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Composição do Governo

Vice-Presidente

  • Estácio de Albuquerque Coimbra 

Ministros

  • Agricultura, Indústria e Comércio: Miguel Calmon du Pin e Almeida;
  • Fazenda: Rafael de Abreu Sampaio Vidal, Aníbal Freire da Fonseca;
  • Guerra: General Fernando Setembrino de Carvalho, Almirante Alexandrino Faria de Alencar (Interino);
  • Justiça e Negócios Interiores: João Luís Alves, José Félix Alves Pacheco (Interino), Aníbal Freire da Fonseca (Interino), Afonso Augusto Moreira Pena Júnior;
  • Marinha: Almirante Alexandrino Faria de Alencar, Contra-Almirante Arnaldo de Siqueira Pinto da Luz;
  • Relações Exteriores: José Félix Alves Pacheco;
  • Viação e Obras Públicas: Francisco Sá.

Fonte:  Wikipédia

Hermenegildo de Barros

HERMENEGILDO RODRIGUES DE BARROS
(89 anos)
Jurista

* Januária, MG (31/08/1866)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/09/1955)

Hermenegildo Rodrigues de Barros, filho do coronel Mamede Rodrigues de Barros e Joana de Uzeda Barros, nasceu a 31 de agosto de 1866, na cidade de Januária, província de Minas Gerais.

Fez o curso de preparatórios no afamado Colégio Caraça, em sua província natal, e, no Rio de Janeiro, no Colégio Almeida Martins.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo, recebendo o grau de Bacharel, em 15 de novembro de 1886.

Regressando a Minas Gerais, foi nomeado Promotor Público da comarca de Januária, assim iniciando sua carreira pública. Aí serviu até ser nomeado Juiz Municipal do termo de São Francisco, em decreto de 31 de janeiro de 1890.

Com a organização da magistratura mineira, foi nomeado Juiz de Direito da comarca do Carmo do Parnaíba. Foi removido para a de Bonfim, assumindo o exercício em 31 de janeiro de 1897, e para a de Palmira, em abril de 1898. Promovido para a de Ubá, de segunda instância, tomou posse em 1º de agosto de 1899, onde serviu durante quatro anos.

Em 19 de setembro de 1903, foi nomeado Desembargador da Relação de Minas Gerais, da qual foi presidente. Seus conhecimentos jurídicos e sua integridade o tornaram figura das de maior destaque nessa Relação.

Em decreto de 23 de junho de 1919, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, preenchendo a vaga ocorrida com o falecimento de Canuto Saraiva. Tomou posse em 26 de julho seguinte.

Na sessão extraordinária de 25 de fevereiro de 1931, quando reunida a Corte para eleger o novo presidente, em virtude da aposentadoria forçada do ocupante do cargo, ministro Godofredo Cunha, procedida de forma discricionária pelo Governo Provisório, juntamente com as dos Ministros Muniz Barreto, Pires e Albuquerque, Pedro Mibielli, Pedro dos Santos e Geminiano da Franca, mediante o Decreto nº 19.711, de 21 do referido mês, manifestou-se veementemente pela ilegalidade da convocação e protestou contra o atentado que se consumava, conforme consta da respectiva ata.

Foi eleito Vice-Presidente do Tribunal, em 1º de abril de 1931, e reeleito em 2 de abril de 1934.

Coube-lhe presidir, por força do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, que instituiu o Código Eleitoral, a instalação do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, em 20 de maio do mesmo ano. Posteriormente a Constituição de 1934, no art. 82, § 1º, ao dispor sobre a matéria, estabeleceu que a presidência do Tribunal caberia ao vice-presidente da Corte Suprema, pelo que continuou dirigindo-o, até ser extinto com o advento da Constituição de 1937. Presidiu, nessa qualidade, as sessões preparatórias da Assembléia Nacional Constituinte, em 1933 e 1935.

Foi aposentado por decreto de 16 de novembro de 1937.

No Tribunal sua conduta foi de defensor e garantidor de todas as liberdades que as leis asseguram, e aí seu nome sempre refulgiu pela vasta cultura e íntegro caráter.

Espírito dos mais laboriosos, muito contribuiu para o enriquecimento das letras jurídicas. Além de folhetos e obras de doutrina, publicou trabalhos de grande valor: Decisões Judiciárias; Tribunal Especial; Direito das Sucessões e, em 1942, Memórias do Juiz mais Antigo do Brasil, em 4 volumes.

Faleceu em 24 de setembro de 1955, no Rio de Janeiro, sendo aprovado voto de pesar pela Corte, em sessão de 28 seguinte, a que se associou a Procuradoria-Geral da República, com o Drº Plínio de Freitas Travassos.

O centenário de seu nascimento foi comemorado em sessão de 1º de setembro de 1966, falando pela Corte o Ministro Victor Nunes, pelo Ministério Público Federal, o Drº Oscar Correia Pina e, pela Ordem dos Advogados do Brasil, o Drº José Eduardo Bulcão de Morais.

Garoto

ANÍBAL AUGUSTO SARDINHA
(39 anos)
Compositor e Violonista

* São Paulo, SP (29/06/1915)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/05/1955)

Anibal Augusto Sardinha, mais conhecido como Garoto, era filho dos imigrantes Portugueses, Antônio Augusto Sardinha e Adosinda dos Anjos Sardinha. Nasceu no centro de São Paulo em 28 de junho de 1915.

Garoto começou a trabalhar desde cedo. Aos 11 anos, já era ajudante de uma loja de música no Bras. Neste mesmo ano, ganhou de seu irmão seu primeiro instrumento,
um Banjo. Pode-se dizer que naquele dia, Garoto iniciou sua carreira. Alguns meses depois, já estava tocando no "Regional dos Irmãos Armani", e começou a ser chamado de "O Moleque do Banjo" e posteriormente "Garoto".

Em uma entrevista para o jornal Correio Paulistano, de Dezembro de 1949, Garoto relembra:

"Em 1929, no Palácio das Industrias, tive minha primeira oportunidade, tocando com Canhoto, Zezinho e Mota, para um programa da General Motors. Éramos um grupo grande. Tempos depois, formamos uma Orquestra, com uniforme, gravatinha preta e calça de flanela, e depois comecei a tocar sozinho, e com o falecido Pinheirinho Barreto e Aluisio Silva formamos um novo grupo. Foi quando gravamos "Zombando da Morte", um samba que se tornou muito popular."

Em 1927, a vitrola chegou ao Brasil, e provavelmente Garoto fez sua primeira gravação em 1929 com Paraguassu (seu tutor na época). Daí em diante, Garoto começou a trabalhar intensamente, tocando por todo o Estado de São Paulo em todo o tipo de ocasião.

Mas São Paulo ficou pequeno para seu talento, e foi para o Rio de Janeiro em 1938 com o firme propósito de dar nova direção à sua carreira. Não imaginava que sua estadia no Rio seria breve, mas muito intensa.

Começou a trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, que tinha um elenco de grandes estrelas, como Carmen Miranda e Laurindo de Almeida. Com Laurindo, formaram o duo de ritmo sincopado, e o grupo "Cordas Quentes".

O duo participou de várias sessões de gravação, para Henricão, Carmen Costa, Jararaca e Zé Formiga, Alvarenga e Ranchinho, Dorival Caymmi, Ary Barroso e Carmen Miranda, para citar alguns.

No final de 1939, a grande surpresa: os Estados Unidos, a convite de Carmem Miranda.

Êle aceitou o convite, e em 18 de outubro de 1939 embarcou no navio Uruguay para os Estados Unidos, para uma estadia que entre outras coisas rendeu-lhe o título de
"O homem dos dedos de ouro", dado pelo organista Jesse Crawford.

Se tornou uma atração extra. Enquanto Carmen atraía para si grandes platéias, ávidas para descobrir o que é que a Baiana tem, que as outras mulheres não têm, uma
platéia diferente composta de grandes nomes do Jazz e seus adeptos, compareciam aos shows, maravilhados pelo músico jovem e virtuoso vindo de uma terra distante.

Êle não simplesmente acompanhava Carmen Miranda. Sua habilidade no instrumento, e seu estilo pessoal ao interpretar as Marchas e Sambas que Carmen cantava, era o bastanta para projetá-lo. Duke Ellington e Art Tatum eram, entre outros, assíduos na platéia.

Quando os shows de Carmen Miranda terminavam, Garoto se apresentava sozinho, para uma platéia ávida para tomar conhecimento daquela nova concepção que ele estava introduzindo no mundo da música.

Após oito meses trabalhando para Carmen Miranda, em diversas cidades
americanas, Broadway, filmes e até tocando para o Presidente Roosevelt na Casa Branca, Garoto voltou ao Rio, para começar
a jornada mais longa de sua vida, que durou quinze anos.

Nos últimos quinze anos de sua vida, Garoto trabalhou muito, em sessões de gravação,
fazendo concertos, e compondo algumas das mais lindas canções, choros e sambas que os Brasileiros jamais tinham ouvido, algumas vendendo mais de um milhão de cópias.

Com sua maneira de interpretar o Samba e o Choro ao violão e de compor, Garoto foi o homem que deu novo rumo à Música Popular Brasileira, infuenciando alguns dos maiores nomes da nova geração, indicando o caminho que levou a alguns anos depois à chamada Bossa Nova.

Conta Waldemar Henrique, que viveu e compreendeu muito bem aquela época:

"Não foi uma transformação. Foi um grande período de gestação, conscientização, compositores lúcidos que estavam à procura da modernidade, quebra de regras,
influências, lutando contra a pobreza e o preconceito.

Desde Pixinguinha (Carinhoso), Ary Barroso (Faceira) Dorival Caymmi (Dora), Garoto (Duas Contas), Dolores Duran (Por Causa de Você), a "coisa" estava sendo criada, as flores brotando no jardim maravilhoso que hoje apreciamos.

O verdadeiro mestre, o guia modesto, a figura forte que preparou a concepção da Bossa Nova foi Garoto.

Ao redor de seu violão maravilhoso, estavam Radames Gnatali, Chiquinho
e alguns meninos, que "garimpavam" noite e dia; João Donato, João Gilberto, Tom Jobim, Ed Lincoln, Vandré, Luíz Bonfá, Luiz Eça e Dolores Duran.

Mais tarde, Tom Jobim se juntou a dois excelentes poetas, Ismael Neto, do Pará, e Vinicius de Moraes, levando a Música Brasileira à escalada magistral que Garoto não viu, pouque a morte veio buscá-lo.

Faleceu em 1955 de Ataque Cardíaco, quando planejava uma excursão à Europa. Sem dúvida, um dos grandes instrumentistas brasileiros, deixou para o violão composições da maior relevância do ponto de vista musical e técnico, aliando à harmonização sofisticada e de extremo bom gosto, uma linha melódica de contornos modernos e tipicamente brasileiros, sempre com grande musicalidade e beleza.

Em 1993, a produtora Brasileira "Projeto Memória Brasileira", patrocinada por Violões Di Giorgio, lançou um CD, com as únicas gravações feitas por Garoto tocando sozinho, e nunca antes lançadas. É o único registro de seu talento.

Heber de Bôscoli

HEBER DE BÔSCOLI
Radialista, Ator, Radioator, Apresentador e Compositor

* São Paulo, SP
+ São Paulo, SP (1955)

Heber de Boscoli iniciou sua vida artística na Rádio Cruzeiro do Sul, mais tarde Rádio Tamoio, em 1937, em companhia de Ary Barroso e Paulo Roberto.

É até hoje considerado um dos maiores arrecadadores publicitários das emissoras de rádio, graças a criação de programas de forte apelo popular e por isto mesmo possuidores de enorme audiências.

Dentre estes programas, podemos citar:
  • A Hora do Pato - Programa dominical de calouros, na Rádio Nacional
  • Museu de Cera - Rádio Nacional
  • A Felicidade Bate a Sua Porta - 1º programa de prêmios com transmissão externa.

Heber de Bôscoli, 1955
No entanto o maior sucesso adveio com o "Trem da Alegria", em parceria com sua esposa Yara Salles e Lamartine Babo. A audiência era tão grande que durante muito tempo teve de ser apresentado nos teatros, uma vez que o auditório das emissoras de rádio não comportava o grande público que desejava participar e assistir ao programa.

De tão magros que eram o trio formado por Hebert de BôscoliYara Salles e Lamartine Babo, também se popularizou como "O Trio de Osso", como uma paródia ao "Trio de Ouro", formado por Herivelto Martins, Nilo Chagas e Dalva de Oliveira.

A idéia de compor hinos para os clubes de futebol partiu de Heber de Bôscoli, cabendo a Lamartine Babo a execução do projeto.

Gravou até 1955 e atuou no rádio e no cinema. Era casado com a atriz Yara Salles. É também creditado como Heber de Boscoli.

Faleceu de causas não reveladas.

Fonte: Wikipedia

Carmen Miranda

MARIA DO CARMO MIRANDA DA CUNHA
(46 anos)
Cantora e Atriz

* Marco de Canaveses, Portugal (09/02/1909)
+ Beverly Hills, Estados Unidos (05/08/1955)

Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 60.

Infância

Carmen Miranda recebeu o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha. Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas.

Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen Miranda nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do conselho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.

No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na Rua da Misericórdia, nº 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a Rua Joaquim Silva, nº 53, na Lapa.

No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).

Carmen Miranda estudou na escola de freiras Santa Teresa, na Rua da Lapa, nº 24. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes.

Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, nº 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.

Em 1926, Carmen Miranda, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora Brunswick, os primeiros discos com o samba "Não Vá Sim'bora" e o choro "Se O Samba é Moda". Pela gravadora RCA Victor, gravou "Triste Jandaya" e "Dona Balbina" (Buenas Tardes Muchachos).

O Início da Carreira Artística

O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" (Taí) de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O Paiz como "a maior cantora brasileira".

Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora Miranda na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a Rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês, o que hoje equivale a cerca de R$ 1000,00. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It".

Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.

Em dezembro de 1936, Carmen Miranda deixou a Rádio Mayrink Veiga e assinou com a Rádio Tupi, ganhando cinco contos de réis.

Carreira Cinematográfica no Brasil

Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme "Alô, Alô Carnaval" com a famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões frequentes pelo Brasil e Argentina.

Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938, aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen Miranda recebia o fabuloso salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e não se interessou pela ideia.

Em 1939, o empresário estadunidense Lee Shubert e a atriz Sonja Henie assistiram ao espetáculo de Carmen Miranda no Cassino da Urca. Depois de um espetáculo no transatlântico Normandie, Carmen Miranda assinou contrato com o empresário. A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o empresário estava apenas interessado em Carmen Miranda. Depois de voltar para os Estados Unidos, Lee Shubert aceitou a vinda do Bando da Lua. Carmen Miranda partiu no navio Uruguai em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

A Carreira nos Estados Unidos e o Começo da Consagração

Em 29 de maio de 1939 Carmen Miranda estreou no espetáculo musical "Streets of Paris", em Boston, com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais tornaram-se cada vez mais famosas. Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.

Em 10 de julho de 1940 retornou ao Brasil, onde foi acolhida com enorme ovação pelo povo carioca. No entanto, em uma apresentação no Cassino da Urca com a presença de políticos importantes do Estado Novo, foi apupada pelos que a consideravam "americanizada". Entre os seus críticos havia muitos que eram simpatizantes de correntes políticas contrárias aos Estados Unidos.

Dois meses depois, no mesmo palco, Carmen Miranda foi aplaudida entusiasticamente por uma plateia comum. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, onde respondeu com humor às acusações de ter esquecido o Brasil e ter-se "americanizado". Em 3 de outubro, voltou aos Estados Unidos e gravou a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Teatro Chinês de Los Angeles.

Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos. A Política de Boa Vizinhança, implementada pelos Estados Unidos para buscar aliados na Segunda Guerra Mundial, incentivou a imigração de artistas latino-americanos. Apesar de ter chegado nos Estados Unidos antes da criação da Política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda sempre foi identificada como a artista de maior sucesso do projeto.

Vida Amorosa e Casamento

Em 1946, Carmen Miranda era a artista mais bem paga de Hollywood e a mulher que mais pagava imposto de renda nos Estados Unidos. Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908. Antes, Carmen Miranda namorou vários astros de Hollywood e também o músico brasileiro Aloysio de Oliveira, integrante do Bando da Lua.

Antes de partir para os Estados Unidos e antes de conhecer o marido, Carmen Miranda namorou o jovem Mário Cunha e o bon vivant Carlos da Rocha Faria, filho de uma tradicional família do Rio de Janeiro. Já nos Estados unidos, Carmen Miranda manteve caso com os atores John Wayne e Dana Andrews.

O casamento é apontado por todos os biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como o começo de sua decadência moral e física. Seu marido, David Sebastian, antes um simples empregado de produtora de cinema, tornou-se "empresário" de Carmen Miranda e conduzia mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmen Miranda a consumir bebidas alcoólicas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, por conta de ciúmes excessivos, brigas violentas e traições de David Sebastian, mas Carmen Miranda não aceitava o desquite pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar, o que agravou suas crises depressivas e o abuso com bebidas e remédios sedativos.

Dependência de Barbitúricos

Desde o início de sua carreira americana, Carmen Miranda fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Adquiria as drogas com receitas médicas pois, na época, elas eram receitadas pelos médicos sem muitas preocupações com efeitos colaterais. Nos Estados Unidos, tornou-se dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes. Por ser também viciada em cigarro e beber muito álcool, o efeito das drogas foi potencializado. Por conta do uso cada vez mais frequente, Carmen Miranda desenvolveu uma série de sintomas característicos do uso de drogas, mas não percebia os efeitos devastadores, que foram erroneamente diagnosticados como estafa por médicos americanos.

Em 3 de dezembro de 1954, Carmen Miranda retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos viajando e fazendo shows pelo mundo, além de estar morando nos Estados Unidos. Ela continuava casada e sofrendo com o marido, cada vez mais alcoólatra e violento. Seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento numa suíte do Copacabana Palace. Carmen Miranda melhorou, embora não tenha abandonado completamente drogas, álcool e cigarro. Os exames realizados no Brasil não constataram alterações de freqüência cardíaca.

A Morte nos EUA

Ligeiramente recuperada, retornou para os Estados Unidos em 4 de abril de 1955. Imediatamente começou com as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar barbitúricos, além de fumar e beber mais do que já fumava e bebia.

No início de agosto, Carmen Miranda gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante. Durante um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio, desequilibrou-se e foi amparada por Durante. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, Carmen Miranda subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante a derrubou morta sobre o chão no dia 5 de agosto. Seu corpo foi encontrado pela mãe no dia seguinte, as 10:30 hs.  Carmen Miranda tinha somente 46 anos.

Funeral e Sucesso no Brasil

Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen Miranda avisando sobre o falecimento. Aurora Miranda se desesperou por completo e passou então a notícia para as emissoras de rádio e jornais. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmen Miranda em edição extraordinária do Repórter Esso.

Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos.

No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo.

Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #CarmenMiranda