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Amândio Silva Filho

ANTÔNIO AMÂNDIO ALVES DA SILVA FILHO
(66 anos)
Ator e Humorista

☼ Belém, PA (25/11/1926)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/06/1993)

Antônio Amândio Alves da Silva Filho, conhecido artisticamente como Amândio Silva Filho ou somente Amândio, foi um ator cômico, ativo entre os anos 1950 e 1980, nascido em Belém, PA, no dia 25/11/1926.

Amândio, aos dois anos de idade mudou-se para o Rio Grande do Sul. Quando jovem, estudou no Teatro do Estudante do Rio Grande do Sul. Paralelamente, trabalhou como locutor na Rádio Farroupilha e como redator do Diário de Notícias de Porto Alegre, chegando, inclusive, a ser crítico de arte.

No início dos anos 1950, a convite do diretor teatral Luís Tito, mudou-se para São Paulo onde foi apresentado a Júlio Gouveia, então produtor da TV Tupi. Estreou na televisão fazendo o programa infantil comandado por Vera Nunes, atuando ao lado de Heleninha Silveira, Guilherme Corrêa e Lires Castelani.

Verinha Darcy e Amândio Silva Filho
No teatro, participou da companhia de Maria Della Costa e logo em seguida atuou no teatro de revista por dois anos, um dos quais como primeira figura masculina e o outro como diretor. Nesse período formou uma bem-sucedida dupla de comediantes com Dorinha Duval. No entanto, foi na televisão que seu nome começou a despontar como intérprete de personagens cômicos.

Na TV Tupi, participou do elenco do programa "TV de Comédia" e outros programas da emissora.

Alto, magro e um tanto pálido, criou personagens como o britânico Sandarino Bourbon, o maestro Hi-Fi-El, o coitado do Ventura ou Vivaldino Mulherengo, que caíram no gosto do público e dos críticos.

Em 1957, é referido pelo jornal Folha da Noite como incansável criador de tipos. Ainda em 1957, recebeu o Troféu Roquette Pinto, como revelação do ano.

Nos início dos anos 1960, alternou participações de programas humorísticos na TV Tupi, TV Paulista e TV Excelsior. Trabalhou também como dublador e atuou no Grupo Folclórico Brasileiro, de Barbosa Lessa.


Em 1965, Amândio foi contratado pela TV Globo e, logo em seu primeiro trabalho, teve grande sucesso, com o personagem O Amigo do Guedes, no programa "Bairro Feliz", criação de Max Nunes e Haroldo Barbosa.

Participou também de vários programas da emissora, como a "Praça da Alegria". Mais tarde, voltou a ter sucesso com o personagem Bigode, o amigo do jogador Coalhada, personagem de Chico Anysio. inicialmente em "Chico City".

Em 1981, Amândio foi contratado pelo SBT, a última emissora de televisão na qual viria a trabalhar.

Amândio foi casado com a atriz Nadir Rocha até 1965, namorou com Sandra Moura (1965/1966). Em 1976, casou-se com a artista plástica Marizalva Bezerra de Lima, com quem teve uma filha, Luciana.

Coalhada (Chico Anysio) e Bigode (Amândio Silva Filho)
Morte

Amândio Silva Filho faleceu na quinta-feira, 03/06/1993, aos 66 anos, vítima de câncer, no Rio de Janeiro, RJ.

Walter D’Àvila e Amândio (1977)
Carreira

Rádio
  • 1952 - Boa Noite, Senhores (Rádio Farroupilha)
  • 1952 - Onde Está Dona Judith (Rádio Farroupilha)
  • 1952 - Benzinho e Benzoca (Rádio Farroupilha)

Televisão
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City (Globo)
  • 1990 - La Mamma (Minissérie, Globo)
  • 1983 - Show do Riso (SBT)
  • 1982 - Alegria 82 (SBT)
  • 1982 - Feira do Riso (SBT)
  • 1981 - Alegria 81 (SBT)
  • 1981 - Viva o Gordo (Globo)
  • 1981 - Chico Total (Globo)
  • 1977 - Praça da Alegria (Globo)
  • 1976 - Chico City (Globo)
  • 1966 - Bairro Feliz (Globo)
  • 1966 - E o Espetáculo Continua (Tupi)
  • 1965 - Tiro e Queda (Tupi)
  • 1964 - Pandegolândia (Tupi)
  • 1964 - Dercy Beaucoup (Excelsior)
  • 1964 - Coitado do Ventura (Tupi)
  • 1963 - Quando Menos Se Espera (Globo)
  • 1963 - Quando Menos Se Espera (Tupi)
  • 1963 - Ah…legria Kolynos (Tupi)
  • 1962 - Cynar Faz o Show (TV Paulista)
  • 1962 - Além da Diversão (Excelsior)
  • 1962 - Charada Show Pirani (Excelsior)
  • 1962 - Histórias Para Sorrir (Excelsior)
  • 1961 - Que Rei Sou Eu? (Excelsior)
  • 1960 - A Cabeçuda (TV Cultura)
  • 1960 - Vivaldino Mulherengo (Excelsior)
  • 1959 - Sandarino Bourbon (Tupi)
  • 1958 - Aventuras do Maestro Hi…Fi… El (Tupi)
  • 1958 - Os Namorados da Dondoca (Tupi)
  • 1957 - Show Pirani-Vigorelli (Tupi)
  • 1957 - Marmelândia (Tupi)
  • 1957 - Detetives (Tupi)

Cinema
  • 1981 - Mulher de Programa
  • 1980 - Crônica à Beira do Rio
  • 1979 - A Pantera Nua
  • 1978 - Manicures a Domicílio
  • 1977 - Um Marido Contagiante
  • 1977 - O Pequeno Polegar Contra o Dragão Vermelho
  • 1976 - As Massagistas Profissionais
  • 1975 - Um Soutien Para o Papai
  • 1974 - Os Alegres Vigaristas
  • 1973 - Como Nos Livrar do Saco
  • 1973 - Divórcio à Brasileira
  • 1973 - O Libertino
  • 1973 - As Moças Daquela Hora
  • 1971 - Bonga, o Vagabundo
  • 1971 - As Confissões de Frei Abóbora
  • 1971 - Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva
  • 1970 - Simeão, o Boêmio
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1968 - As Três Mulheres de Casanova
  • 1967 - A Espiã Que Entrou em Fria
  • 1967 - Em Busca do Tesouro
  • 1967 - Um Marido Barra Limpa
  • 1964 - Imitando o Sol
  • 1964 - O Vigilante Contra o Crime
  • 1958 - Com a Mão na Massa!
  • 1957 - Casei-me Com um Xavante
  • 1954 - Carnaval em Marte
  • 1947 - Fogo na Canjica
  • 1946 - O Cavalo 13

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #AmandioSilvaFilho

Beto Sem Braço

LAUDENIR CASEMIRO
(52 anos)
Feirante, Cantor e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/05/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/04/1993)

Laudenir Casemiro, mais conhecido como Beto Sem Braço, foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 24/05/1940. Seu pseudônimo lhe foi dado na infância, em consequência de uma queda de cavalo, na qual perdeu o braço direito.

Trabalhou como feirante, pertenceu à Ala de Compositores da Vila Isabel e mais tarde, transferiu-se para a Escola de Samba Império Serrano.

No início da década de 1970 estreou no mercado fonográfico com a gravação de "Ai Que Vontade", interpretada por Oswaldo Nunes, tornando-se o seu primeiro sucesso em nível nacional.

No ano de 1977, Paulinho Mocidade interpretou "Põe Pimenta" (Beto Sem Braço e Jorginho Saberás) no LP "Se o Caminho é Meu", pela RCA.

Em 1978, Beth Carvalho, no LP "De Pé No Chão", gravou "Marcando bobeira" (Beto Sem Braço, Dão e João Quadrado).

Roberto Serrão, Beto Sem Braço, Martinho da Vila e Noca da Portela
Em 1979, Almir Guineto, no LP "Jeito De Amar", pela gravadora RGE, incluiu "Lindo Requebrado" (Beto Sem Braço, Almir Guineto, Carlos Senna e Adalto Magalha).

Na década de 1980, Beth Carvalho interpretou várias composições suas, como "Quando o Povo Entra Na Dança" (Beto Sem Braço e Carlito Cavalcanti), no LP "Sentimento Brasileiro" (1980).

Em 1981, Beth Carvalho incluiu no disco "Na Fonte", outra composição sua, "Escasseia" (Beto Sem Braço, Aluízio Machado e Zé do Maranhão).

Em 1983, o LP "Suor No Rosto" obteve um grande sucesso devido à interpretação de "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz).

Em 1984, Beth Carvalho juntamente com Martinho da Vila, interpretaram "São José de Madureira" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho), em novo disco da cantora.

Beto Sem Braço e Bandeira Brasil cantam "Ladainha", a última composição de sucesso da dupla.
Em 1986, Zeca Pagodinho incluiu várias composições suas em seu disco, como "Quando Eu Contar, Iaiá" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti),  "Vou Lhe Deixar No Sereno" (Beto Sem Braço Jorginho Saberás), "Cidade Do Pé Junto" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho) e "Brincadeira Tem Hora" (Beto Sem Braço Zeca Pagodinho), muito divulgadas em rodas de samba e emissoras de rádio por todo o país. Neste mesmo ano, outro sucesso de sua autoria viria a ser amplamente divulgado na voz de Carlos Sapato, "Papagaio" (Beto Sem Braço, Almir Guineto e Luverci Ernesto). A música foi gravada para o LP "Explosão Do Pagode", pela gravadora Fama, obtendo repercussão nacional. Ainda em 1986, duas outras composições suas foram gravadas no disco de Almir Guineto pela RGE, "Quem Me Guia" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti) e "Flecha Do Cupido" (Beto Sem Braço, Almir Guineto e Guará da Empresa). Dominguinhos do Estácio, no LP "Bom Ambiente", interpretou "Dura prova" (Beto Sem Braço, Serginho Meriti e Aluízio Machado) e Reinaldo interpretou "Coco de Catolé" (Beto Sem Braço Joel Menezes) no LP "Aquela Imagem", lançado pela gravadora Continental. Alcione gravou "Na Paz De Deus" (Beto Sem Braço, Sombrinha e Arlindo Cruz).

Em 1987, Jovelina Pérola Negra, no disco "Luz do Repente", incluiu duas músicas suas, "Feira De São Cristóvão" (Beto Sem Braço e Bandeira Brasil) e "Calango Do Morro" (Beto Sem Braço e Paulo Vizinho). No LP "Perfume de Champanhe", Almir Guineto cantou "Coisa Da Roça" (Beto Sem Braço e Almir Guineto), e o Grupo Exporta Samba gravou "Daltônico Varela" (Beto Sem Braço e Serginho Meriti), "Samba Em Berlim" (Beto Sem Braço e Joel Menezes) e "Morena Do Canjerê"(Beto Sem Braço Joel Menezes). Deni de Lima gravou em seu primeiro disco pela RGE duas composições de sua autoria: "Céu Da boca" e "Concórdia".

Beto Sem Braço é carregado na escolha do samba-enredo do carnaval de 1987.
Em 1988, Elza Soares, no disco "Voltei", interpretou, de sua autoria, "Erê" (Beto Sem Braço Bandeira Brasil) e Zeca Pagodinho incluiu no disco "Jeito Moleque" outra composição sua, "Manera, Mané" (Beto Sem Braço, Serginho Meriti e Arlindo Cruz). Participou do LP "Samba De Roda De Salvador", produzido pelo baiano Walmir Lima e lançado pelo selo K-Tel, no qual foi incluída sua composição "Eu Quero Ver" (Beto Sem Braço Celso Apache), interpretada pela Sarabanda, Beto Sem Braço e Giba.

Em 1990, Zeca Pagodinho gravou diversas composições de Beto Sem Braço no CD "Mania De Gente", pela gravadora RCA, entre elas, "Aonde Será Que Eu Vá" (Beto Sem Braço e Martinho da Vila).

No ano de 1996, "Boi" (Beto Sem Braço e J. C. Santos), foi gravada por Zeca Pagodinho no CD "Deixa Clarear".

Em 1999, Zeca Pagodinho, no disco "Ao Vivo", interpretou  "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e "São José de Madureira" (Beto Sem Braço). Nesse mesmo ano, Leci Brandão, no disco "Auto-Estima", gravou "Com Toda Essa Gente"  (Beto Sem Braço, Dudu Nobre e Zeca Pagodinho).

No ano 2000, Zeca Pagodinho interpretou "A Paisagem", no disco "Água da Minha Sede". Neste mesmo ano, Nininha, Almirzinho, Kléber, Nonana da Mangueira e Luizinho SP gravaram o CD "Pagode de Mesa - Terra Samba". No disco, feito ao vivo na casa de show Terra Samba, em São Paulo, foi incluída uma composição de autoria de Beto Sem Braço, "Pintou Uma Lua Lá" (Beto Sem Braço e Maurição).

Zeca Pagodinho e Beto Sem Braço
Em 2002, Deni Lima gravou um disco só com composições de Beto Sem Braço: "Deni de Lima Canta Beto Sem Braço", lançado pela gravadora Virrec, que, entre outras, apresentou as inéditas "Panos de Buda", "Marimbondo Dá Mel""Um Dia De Rei" e regravações de grandes sucessos do compositor. Em setembro de 2002 vários artistas, entre eles, Almir Guinéto, Arlindo Cruz, Serginho Meriti, Bandeira Brasil, Deni de Lima, Ivan Milanez, Marquinhos China, Ircea Pagodinho e Maurição fizeram o show-homenagem "Bum-Bum-Baticum-Beto", tributo ao compositor no Bar Supimpa, na Lapa, Rio de Janeiro. Ainda em 2002, Dudu Nobre regravou "Papagaio" em seu terceiro disco solo "Chegue Mais".

No show "Tributo a Beto Sem Braço" apresentado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, vários companheiros e parceiros, entre eles, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Deni de Lima, Arlindo Cruz e Sombrinha, lhe prestaram homenagem.

Dentre os muitos sucessos de sua carreira estão "Manera Mané" e "Meu Bom Juiz", ambas interpretadas por Bezerra da Silva.


Em 2003, sua composição "Meu Bom Juiz" deu título ao disco de Bezerra da Silva. Neste mesmo ano, Arlindo Cruz e o Grupo Roda fizeram show em sua homenagem, somente com composições de sua autoria, no projeto "Sala de Visita", apresentado no Ballroom. Zeca Baleiro incluiu "Deixa a Fumaça Entrar" (Beto Sem Braço e Martinho da Vila), no show de "Petshopmundocão", no Canecão. Zeca Pagodinho lançou o CD "Zeca Pagodinho Acústico MTV", disco no qual incluiu "Quando Eu Te Contar (YaYá)" ((Beto Sem Braço Serginho Meriti) e "Brincadeira Tem Hora" (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho).

Em 2004, Arlindo Cruz no Teatro Rival Br prestou homenagem a Guará, Neoci e Beto Sem Braço, no show "Arlindo Cruz - Homenagem Aos Poetas do Cacique de Ramos". Neste mesmo ano Beth Carvalho interpretou "Camarão Que Dorme a Onda Leva" (Beto Sem BraçoZeca Pagodinho e Arlindo Cruz) no DVD ao vivo "Beth Carvalho - A Madrinha do Samba", gravado em no Canecão e com a participação especial de Zeca Pagodinho nesta faixa.

Entre os vários intérpretes das mais de 500 músicas gravadas estão Alcione, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva e Fundo de Quintal.

Beto Sem Braço faleceu no Rio de janeiro, RJ, no dia 15/04/1993, aos 53 anos, vítima de uma tuberculose.

Araripe Macedo

JOELMIR CAMPOS DE ARARIPE MACEDO
(84 anos)
Militar

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/02/1909)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/04/1993)

Joelmir Campos de Araripe Macedo (GCA - GCIH) foi um militar brasileiro, no posto de tenente-brigadeiro (quatro estrelas) da aeronáutica.

Araripe Macedo era descendente do Barão do Araripe.

Foi diretor da fábrica de aviões do Galeão, diretor técnico e diretor presidente da Fábrica Nacional de Motores (FNM), membro do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), diretor de Engenharia Aeronáutica e diretor de Rotas Aéreas do Ministério da Aeronáutica.

Orgulhava-se de ter participado do segundo voo do Correio Aéreo Nacional (CAN), então chamado Correio Aéreo Militar, em junho de 1931. Tendo como copiloto o brigadeiro e ex-ministro da Aeronáutica Nélson Freire Lavanére-Wanderley, ele cumpriu uma longa rota, passando pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Brigadeiro Araripe Macedo cumprimenta o general Ernesto Geisel, ao lado o governador do Rio Grande do Norte, Tarcísio Maia
Sua última função no serviço ativo foi a presidência da Comissão de Construção do Aeroporto Supersônico, no Galeão. Atingido pela compulsória (aposentadoria obrigatória por tempo de serviço dos militares), passou para e reserva remunerada, mas continuou no cargo até assumir o Ministério da Aeronáutica, em 29/11/1971, graças a ato especial do ministro Márcio de Sousa Melo, seu antecessor no cargo.

Foi ministro da Aeronáutica nos governos Emílio Garrastazu Médici, de 29/11/1971 a 15/03/1974. Em poucas semanas liquidou o núcleo de insubordinação que controlava a Força Aérea desde a crise do Para-Sar em 1968.

Em 02/11/1972 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.

Continuou ministro do Governo Ernesto Geisel, de 15/03/1974 a 15/03/1979. Sua continuidade no cargo no Governo Ernesto Geisel deveu-se a diversos fatores: Havia sido colega de turma de Ernesto Geisel, tratando-o por "você", além disso tinha praticamente escolhido para vice-presidente, mas o processo de escolha de um novo ministro poderia gerar um conflito interno, sendo preferido a continuidade.

Em 28/12/1978 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.

Morte do Ex-Presidente Militar Castelo Branco

O documento oficial que reúne toda a investigação do acidente que vitimou, entre outros, o ex-presidente militar Castelo Branco, produzido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), foi assinado pelo tenente-brigadeiro Araripe Macedo. Esta investigação oficial é criticada por falhas e sua desconcertante superficialidade.

Para saber mais detalhes a respeito do acidente acesse a biografia de Castelo Branco.

Fonte: Wikipédia

Felipe Pinheiro

FELIPE PINHEIRO
(33 anos)
Ator, Redator e Dramaturgo

☼ Rio de Janeiro, RJ (29/01/1960)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/11/1993)

Felipe Pinheiro foi ator e dramaturgo brasileiro. Estreou na TV participando do elenco do programa humorístico "TV Pirata" na TV Globo.

Teve uma carreira curta de apenas sete anos, mas se tornou um rosto conhecido do público por sua participação em várias campanhas publicitárias, a mais famosa delas a do Casal Unibanco.

Participou das minisséries "O Pagador de Promessas" (1988) e "Contos de Verão" (1993), e das novelas "Bebê a Bordo" (1988), "Vamp" (1991) e "Olho no Olho" (1993).

Pedro Cardoso e Felipe Pinheiro
A carreira de Felipe Pinheiro se desenvolveu mais no teatro, onde trabalhou por 11 anos ao lado do ator Pedro Cardoso, atuando, roteirizando, produzindo e dirigindo várias peças do estilo "besteirol" como "A Porta" e "C de Canastra". Como redatores, a dupla também fez parte do time de grandes nomes do humor que escreviam os quadros do famoso programa "TV Pirata", um marco do humorismo televisivo brasileiro.

Sua única experiência no cinema acabou sendo o seu último trabalho, o filme "O Judeu", onde interpretava o personagem principal. O filme só foi concluído e exibido alguns anos depois da sua morte.

Felipe Pinheiro participou também de muitos comerciais para a televisão.

Ele morreu repentinamente, em seu apartamento, no Jardim Botânico, no dia 01/11/1993, vítima de um ataque cardíaco, de acordo com o médico da família, sem concluir sua participação da novela "Olho no Olho". Seu personagem, o ator Bob Walter, que mal apareceu na novela, teve sua saída da trama explicada por uma viagem a Los Angeles.

Fonte: Wikipédia

Carlos Castello Branco

CARLOS CASTELLO BRANCO
(72 anos)
Jornalista, Contista e Romancista

☼ Teresina, PI (15/06/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/06/1993)

Carlos Castelo Branco foi um jornalista e escritor brasileiro. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Piauiense de Letras. A coluna que manteve por décadas no Jornal do Brasil é um marco do jornalismo político. Seu acervo encontra-se no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Ruy Barbosa.

Era filho do desembargador Christino Castello Branco e de Dulcilla Santana Branco. Formou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais, em 1943.

Jornalista desde 1939, trabalhou na cadeia dos Diários Associados, passando por diversos cargos de chefia e fixando-se como repórter político, a partir de 1949, inicialmente no O Jornal, depois no Diário Carioca e na revista O Cruzeiro.

Vocação literária intermitente e absorvida pelo jornalismo, Carlos Castelo Branco foi parte da "geração mineira de 1945", ao lado de Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino, tendo publicado, em 1952, o livro "Continhos Brasileiros".

Único contista piauiense citado por Herman Lima no seu livro "Variações Sobre o Conto", a carreira puramente literária de Carlos Castello Branco interrompeu-se com o romance "Arco de Triunfo", publicado em 1959, para dar lugar a uma das mais fulgurantes carreiras do jornalismo brasileiro.


A atividade jornalística de Carlos Castello Branco seria interrompida brevemente em 1961, quando assumiu o cargo de Secretário de Imprensa do presidente Jânio Quadros. A proximidade com Jânio Quadros possibilitou-lhe recolher dados e circunstâncias que ninguém mais seria capaz de alinhar com tanta percuciência e segurança, e que ele iria relatar no seu livro póstumo "A Renúncia de Jânio" (1996). Ele próprio condicionou a publicação do depoimento a um prazo além de sua morte, porque não queria ninguém apontando-lhe reservas e omissões, ou até incapacidade em explicar a renúncia do presidente Jânio Quadros. Se houvesse por acaso alguma explicação objetiva, o notável jornalista que foi Carlos Castello Branco certamente decifraria as motivações desse ato.

Voltou ao jornalismo em 1962, como chefe da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília, cargo que exerceu até 1972, e como colunista político, que foi até o fim da vida, na sua Coluna do Castello.

Reunindo suas colunas, publicou uma série de livros sobre "os fatos que precederam e sucederam o Movimento de março de 1964": os dois volumes de "Introdução à Revolução de 1964" e os quatro volumes de "Os Militares no Poder", que teriam seu seguimento, conforme disse o autor, "na medida da persistência do interesse público por um depoimento que, à margem da história, procura dar apenas uma visão parcial e contemporânea de situações complexas, repetitivas, monótonas, mas apaixonantes".

A Coluna de Castello representou, por unânime consenso, a peça mais importante do jornalismo político brasileiro. Sua leitura, todos os dias, constituía uma obrigação fundamental de todas as pessoas com qualquer dose de interesse, direto ou indireto, na vida pública do país.


A história de Carlos Castello Branco confunde-se com a história da redemocratização brasileira. Desde a queda da ditadura Vargas, Castelinho como todos os jornalistas o chamavam, passou a viver e a respirar com as instituições políticas. Pode-se dizer mesmo que passou a fazer parte delas: quando a liberdade floresce, Carlos Castello Branco se torna uma das personalidades importantes da República. Nas épocas de regressão, está sempre na primeira lista dos encarcerados. Não que ele fosse subversivo, perigoso. Ao contrário, era conservador e pacato. Mas seus escritos tinham a virtude de incomodar os poderosos que, a pretexto de salvar a pátria, escravizam seus concidadãos.

Além da aptidão jornalística de testemunhar, registrar e reter na memória, Carlos Castello Branco era uma estrela de primeira grandeza na profissão de interpretar os fatos políticos.

Jornalista dos mais conhecidos e respeitados, foi eleito, em 1976, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, cargo que exerceu até 1981.

Em 24/10/1978, foi homenageado nos Estados Unidos com o Prêmio Maria Moors Cabot, pela Universidade de Columbia, New York, destinado aos jornalistas notáveis das Américas. Recebeu também o Prêmio Mergenthaler, de liberdade de imprensa, o Prêmio Nereu Ramos de jornalismo, dado pela Universidade de Santa Catarina, e o Prêmio Almirante, na área de jornalismo.

Carlos Castello Branco era membro da Academia Piauiense de Letras e do Pen Clube do Brasil.

Na Academia Brasileira de Letras foi eleito em 04/11/1982 para a Cadeira nº 34, na sucessão de R. Magalhães Júnior, onde foi recebido em 25/05/1983, pelo acadêmico José Sarney.

Obras
  • 1952 - Continhos Brasileiros
  • 1959 - Arco de Triunfo (Romance)
  • 1975 - Introdução à Revolução de 1964, 2 Volumes
  • 1977 - Os Militares no Poder, Volume 1
  • 1978 - Os Militares no Poder, Volume 2
  • 1980 - Os Militares no Poder, Volume 3
  • 1981 - Os Militares no Poder, Volume 4
  • 1994 - Retratos e Fatos da História Recente
  • 1996 - A renúncia de Jânio
  • 1996 - Retratos e Fatos da História Recente

Fonte: O Nordeste

Ademar Casé

ADEMAR DA SILVA CASÉ
(90 anos)
Radialista

* Belo Jardim, PE (09/11/1902)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/04/1993)

Ademar da Silva Casé, radialista, pai do diretor de teatro e TV Geraldo Casé, e avô da atriz Regina Casé, filho de João Francisco Casé e Rita Leopoldina Casé. Nascido na cidade interiorana de Belo Jardim, PE, aos cinco anos de idade teve de fugir da cidade com a família pois seu pai sofria ameaças de morte por questões políticas. João Francisco Casé havia feito campanha pra um compadre que concorria à prefeitura. Os votos não eram secretos e quem venceu foi o outro candidato.

Naquela época era comum esse tipo de perseguição. Política era questão de vida ou morte. Um dia anterior à fuga, um outro compadre dele havia sido assassinado. Através de um amigo da família, João Casé ficou sabendo que quatro homens estavam prontos para assassiná-lo, antes que a noite terminasse.

O tempo passou e João Francisco recebeu a notícia de que a situação em Belo Jardim estava novamente a seu favor. Seu compadre era finalmente o novo prefeito, o que foi determinante para o seu retorno a Pernambuco, no entanto por pressão de parentes e até mesmo de sua esposa, a nova morada seria em outra cidade, Caruaru, no ano de 1919.

Um imenso desafio esperava Ademar Casé e sua família naquele novo lugar. Uma epidemia mundial também atingiu a cidade. A Gripe Espanhola expandiu-se de uma maneira que em todas as residências alguém estava com o vírus. No lar de Ademar Casé não foi diferente. Todos na casa dele ficaram doentes, exceto sua mãe. O pai, João Francisco estava muito mal, não resistiu e morreu.

Em busca de melhores condições de vida e trabalho, Ademar Casé com apenas 17 anos, foi para Recife. As economias acabaram, o emprego não surgiu. As praças tornaram-se morada de Ademar Casé e a fome virou sua companhia. Através de um amigo de Caruaru, Ademar Casé conseguiu um emprego no Bilhares Recreio, no mais famoso e aristocrático salão de bilhar da Capital. Seu trabalho era varrer, arrumar o salão e organizar as mesas de bilhar.


Foi no Bilhares Recreio que Ademar Casé conheceu o capitão Rogaciano de Mello, e aproveitando a oportunidade Ademar Casé falou do seu interesse em ingressar na carreira militar. Afinal era uma grande oportunidade. Não demorou muito e ele já estava alistado no 21º Batalhão de Caçadores. Dias depois, Ademar Casé chegava no Rio de Janeiro com o grupamento militar.

Era 1922 o Rio de Janeiro fervia. O país estava vivendo um intenso clima político com a sucessão presidencial. O presidente Epitácio Pessoa elegeu o seu sucessor Arthur Bernardes, o que provocou revoltas e protestos em vários estados. O agrupamento militar com o qual Ademar Casé veio de Recife foi direcionado para a Vila Militar, primeiro regimento de Infantaria, um dos focos de oposição ao então novo presidente Arthur Bernardes.

Involuntariamente Ademar Casé entrou em combate, mas na Vila Militar diferentemente do que ocorreu no Forte, a revolta foi rapidamente abafada. Os envolvidos foram presos reenviados para outros estados. Ademar Casé foi preso e levado para São Paulo e depois transferido para a cidade de Rio Claro, ficando na Segunda Companhia de Metralhadoras Pesadas.

Dois meses depois, Ademar Casé foi posto em liberdade e embarcou no navio Lloyd de volta a Pernambuco. Mas o seu desejo de vencer na vida, de retornar a capital do país e "tentar a sorte na cidade grande" era cada vez maior. Fez alguns "bicos", juntou algumas economias e embarcou novamente para o Rio de Janeiro.

Após uma longa procura de emprego Ademar Casé conseguiu trabalho no Café Mourisco, um varejo de frutas. Lá conheceu um argentino que o convidou para trabalhar numa distribuidora de frutas argentinas no Brasil, permanecendo nesse emprego até o fim da Câmara de Comércio Brasil-Argentina que foi decretado pelo governo.


Em seguida trabalhou como corretor de imóveis, vendendo terrenos de um loteamento paradisíaco apresentado em plantas belíssimas. O que Ademar Casé e seus clientes não sabiam era que tudo não passava de uma farsa. Certo dia acompanhando um grupo de clientes numa visita ao loteamento, Ademar Casé e todos os clientes se decepcionaram. O lugar era terrível. Não tinha nada do que era apresentado no projeto e para completar um dos visitantes foi picado por uma cobra.

Novamente desempregado Ademar Casé tornou-se agenciador de anúncios para a revista Don Quixote e outras publicações como O Careta, Revista da Semana, Fon-Fon, Para Todos, Cena Muda e O Malho. Como o dinheiro era pouco, decidiu que precisava de mais um emprego e começou a ser vendedor de receptores Phillips.

Mais uma vez a criatividade e o espírito empreendedor desse nordestino ganharam asas. Com a lista telefônica na mão, Ademar Casé tinha nome e endereço de possíveis clientes. A tática era visitar as casas durante os dias úteis. Ele esperava o dono sair para trabalhar e só então tocava a campainha.

O segredo consistia em pedir para falar com o proprietário da casa chamando-o pelo nome como se realmente o conhecesse, em seguida falava para a esposa que tinha informações que o marido estava interessado em adquirir um rádio. E como a esposa nunca estava sabendo do assunto, e seria impossível saber, ele deixava o aparelho ligado e sintonizado na PRAA Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a melhor da época.

Quando voltava três dias depois a família já estava encantada pela novidade. Muitas vezes ainda contra a vontade o dono terminava comprando o aparelho. As vendas eram impressionantes e o diretor comercial da Philips do Brasil quis conhecer pessoalmente esse vendedor que chegava a levar 30 aparelhos no carro, vendia todos e voltava com um pedido de mais 27.


Aproveitando os contatos e a sua fama como grande profissional dentro da PhillipsAdemar Casé sugeriu a Vitoriano Borges, um dos diretores, o aluguel de um horário explicou que essa nova experiência seria ainda melhor e mais dinâmico do que o "Esplêndido Programa", programa de maior sucesso na época transmitida pela Rádio Mayrink Veiga.

Domingo, 14/02/1932, 20:00 hs, nasceu o "Programa Casé" que foi batizado em pleno ar. Ademar Casé não havia pensado em um nome para o programa e coube ao diretor da Rádio Phillips, Drº Augusto Vitoriano Borges improvisar:

"A Rádio Phillips do Brasil, PRAX, vai começar a irradiar o Programa Casé!"
Ainda em 1932, foi o primeiro a pagar cachês ao artistas. No mesmo ano, lançou o primeiro jingle comercial para a Padaria Bragança. Foi o primeiro também a fazer contratos de exclusividade, tendo contratado, em 1933, o cantor Sílvio Caldas.

Em 1936, foi responsável pelo lançamento da primeira novela do rádio brasileiro. Lançou diversos artistas, entre os quais, João Petra de Barros, Custódio Mesquita e Noel Rosa. Esse último, inclusive, atuou como contra regra em seu programa.

"Programa Casé" durou até 1951, quando foi convidado por Assis Chateaubriand para atuar na TV Tupi onde manteve seu espírito inovador com programas como "Noite de Gala".

Aniceto do Império Serrano

ANICETO DE MENEZES E SILVA JÚNIOR
(81 anos)
Cantor, Compositor e Um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano

* Rio de Janeiro, RJ (11/03/1912)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/07/1993)

No dia 11/03/1912, nascia Aniceto de Menezes e Silva Júnior, conhecido como Aniceto Império Serrano. Sua data de nascimento oficial é 22 de março, devido à demora de seus pais, o estofador e lustrador Aniceto de Menezes e Silva e a dona de casa Crispiana Braga de Menezes da Silva, em registrá-lo. Gostava de falar, possuia o dom da oratória, jeito que sentimos ao assistir o documentário feito em sua homenagem "Aniceto do Império em... Dia de Alforria..." (1981), dirigido por Zózimo Bulbul.

Falar bem e demais foi o motivo de ser excluído da escola primária, pois segundo os professores, estaria prejudicando o rendimento dos colegas. Mas este fato não atrapalhou para que Aniceto do Império fosse escolhido anos mais tarde para porta-voz da Escola de Samba Império Serrano, representante da escola junto à federação e líder do Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro.

O cais do porto era uma área de malandragem, onde vários sambistas trabalhavam, por serem de origem negra ou pobre. Aniceto se reunia com os outros sambistas, depois do horário do trabalho, para cantar sambas, batucadas ou duros, sempre terminando num gostoso partido alto, com o destaque do próprio, que mandava seus versos de improviso, que eram admirados por todos os presentes.

Fundador da Escola de Samba Império Serrano, mesmo tendo nascido no bairro do Estácio, foi compositor, representante da escola e orador do Grêmio Recreativo Império Serrano. Deu sua mocidade e trouxe o embaixador da França para ver os ensaios da escola. A gestão democrática e aberta é uma marca da escola desde sua fundação.

Aniceto para se referir ao número de composições, se refere a 600 e tantas páginas, com quais que de mais de cinqüenta é a sua negritude e de sua família. A música "Eu Sou Raiz" é uma das músicas que ele empregou sua história e a do povo negro para compor.

Aniceto do Império Serrano ao lado de Mussum
Sindicato Resistência

Vários membros do Império Serrano trabalharam no porto do Rio de Janeiro e eram filiados ao Sindicato dos Estivadores, conhecido também como Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Armazenador do Rio de Janeiro. Mas o primeiro nome desta forma associativa foi resistência, "porque as cargas eram transportadas na cabeça, nos não possuímos carrinho, zorra, por isso o nosso nome era sindicato da resistência", explica Aniceto no documentário de Zózimo Bulbul.

Aniceto que trabalhou de 1941 a 1972 no porto, liderou uma greve, devido à insatisfação com o preço pago pelo transporte de mercadorias por 200 reis, enfatizou que devido a luta, chamou atenção da administração do porto e do Delegado Regional do Trabalho, conquistando a vitória de até 400% de reajuste das reivindicações.


O Sindicato dos Estivadores foi homenageado pelo Império Serrano no ano de 2001, com o samba "O Rio Corre Pro Mar", composto por Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano, e foi considerado um dos sambas mais bonitos daquele ano.

Pouco antes de morrer, Aniceto foi entrevistado para o documentário "Fio da Memória". Tratava-se da sua última performance, pois quando lhe perguntaram sobre o seu estilo de samba baseado em improviso, Partido Alto, começou a compor versos em ritmo de entrevista, encabulando o repórter, que por sua vez, preferiu mudar de assunto.

Foi-lhe indagado sobre sua doença - diabetes -, ele deixou entender que não se lamentava, e até deu graças a Deus por isso. Como justificativa finalizou dizendo:

"Ele (Deus) sabe o que faz e eu não sei o que quero"

Já cego, Aniceto do Império faleceu em 1993.

Indicação: Miguel Sampaio

Samuel dos Santos

SAMUEL DOS SANTOS
(70 anos)
Ator

☼ Salvador, BA (11/10/1922)
┼ São Paulo, SP (24/02/1993)

Samuel dos Santos foi um ator brasileiro nascido em Salvador, BA, no dia 11/10/1922.

Samuel dos Santos começou a carreira no início da década de 50, e o primeiro filme foi "Sinhá Moça", em 1953, pela Companhia Vera Cruz. Em seguida, ele foi para a TV Tupi, onde fez o "TV de Vanguarda". O programa ia ao ar quinzenalmente, no domingo, e ficou no ar por 16 anos.

O sucesso como ator chegou no final da década de 50, quando fez filmes importantes como "O Sobrado" (1956), "Osso, Amor e Papagaio" (1957) e "O Grande Momento" (1958), mas o seu personagem mais conhecido é, mesmo, o Tio Barnabé, na série "Sítio do Pica-Pau Amarelo" , levada ao ar pela TV Globo, a partir de 1977.

Suas atuações foram muitas, mas não se contentando em ser apenas ator, Samuel dos Santos  também trabalhava como assistente de produção e de direção. Ele era bem enturmado com as equipes da TV Tupi.

Samuel dos Santos morreu aos 70 anos de idade, após uma cirurgia no pâncreas, no dia 24/02/1993.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Márcio Roberto

Dayse Tenório

DAYSE TENÓRIO PENNA
(33 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (1960)
+ Rio de Janeiro, RJ (1993)

Dayse Tenório Penna se destacou mais no teatro, onde montou um grupo com Melise Maya. No cinema interpretou pequenos papéis, como no filme "Romance da Empregada" (1988). Na televisão, participou de pequenos, mas marcantes trabalhos em "Bebê a Bordo" (1988), "O Sexo dos Anjos" (1989), "Barriga de Aluguel" (1990).

Dayse Tenório faleceu prematuramente, aos 33 anos em um acidente automobilístico no ano de 1993 no Rio de Janeiro.


Edith Siqueira

EDITH SIQUEIRA
(39 anos)
Atriz

* Santo André, SP (20/09/1956)
+ São Paulo, SP (25/07/1996)

Nascida no dia 20 de setembro de 1956, na cidade de Santo André, Grande ABC Paulista, Edith Siqueira começou sua carreira como atriz em 1977 no Teatro Experimental, e antes disso foi repórter-fotográfica. Participou de espetáculos como "Áulis", "As Guerreiras do Amor", "Tâmara" e "Os Ventos e os Valdes", "Trágico à Força", "Édipo Rei", "Senhorita Júlia" e "O Gosto da Própria Carne".

Edith Siqueira tinha temperamento inquieto. Ficou , por um tempo, indecisa entre a interpretação e a fotografia. Quando resolveu ser atriz, gostou dos textos clássicos.

Edith Siqueira namorou com o diretor Roberto Lage em 1985. Foi casada com o ator e diretor Celso Frateschi (1989-1996) com quem fez vários espetáculos.

Na televisão estreou em um pequeno papel na telenovela "Cara a Cara" (1979), na TV Bandeirantes. Na mesma emissora ela ainda participou de "Todo Poderoso" e da minissérie "Colônia Cecília".

Na TV Globo Edith Siqueira fez as minisséries "Avenida Paulista", "O Tempo e o Vento" e "Sampa", e na TV Manchete a minissérie "Rosa dos Rumos".

Edith Siqueira faleceu no dia 25 de julho de 1996, quando estava preparando a peça "Silvânia", junto do ator e diretor Celso Frateschi, com quem era casada desde o final da década de 80. A causa de sua morte foi um câncer do qual lutava desde 1994.

Fonte: Wikipédia

Robson Jorge

ROBSON JORGE
(39 anos)
Arranjador, Compositor e  Instrumentista

* Rio de Janeiro, RJ (23/04/1954)
+ Rio de Janeiro, RJ (19/12/1993)

Robson Jorge foi um músico brasileiro, que se notabilizou pela parceria com Lincoln Olivetti.

Começou na música com um violão que pertencia ao irmão, aos 11 anos. Aos 15, já tocava em bailes, após passagem pelo Instituto Villa-Lobos.

Em meados da década de 1970, conheceu Lincoln Olivetti, com quem viria a ter uma intensa parceria, compondo ao violão, na guitarra e nos teclados, músicas próprias e arranjos para outros artistas, o que lhe deu fama e dinheiro, mas também muitas críticas.

Com Lincoln Olivetti gravou um LP, em 1982, registrando a parceria nas faixas "Alegrias", "Aleluia", "Fã Sustenido", "Festa braba", "Ginga", "Jorgea Corisco", "No Bom Sentido", "Pret-à-porter", "Squash", "Zé Piolho" e "Eva".

Robson Jorge assinou, com Lincoln Olivetti vários arranjos para trabalhos de outros artistas.  

Na década de 1980, Robson Jorge teve problemas com o alcoolismo, morrendo esquecido e afastado do meio musical no início da década seguinte.

Discografia

  • 1976 - Compacto (A: Tudo Bem  /  B: Penso Em Dizer Que Te Amo)
  • 1977 - Robson Jorge
  • 1982 - Robson Jorge e Lincoln Olivetti (Som Livre)
  • 1983 - Robson Jorge & Lincoln Olivetti - Babilônia Rock (Compacto)

Riva Nimitz

RIVA NIMITZ
(56 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (28/12/1936)
+ São Paulo, SP (09/10/1993)

Riva Nimitz iniciou a carreira artística no teatro, nos anos 50. Nos palcos construiu uma notável trajetória que incluiu momentos memoráveis como sua a atuação no Teatro de Arena, com sucessos como "Eles Não Usam Black-Tie", de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958.

Em 1954 estreou no cinema no filme "A Sogra". Em 1962 atuou em uma obra-prima do cinema brasileiro, o curta "Couro de Gato". Na década de 70, depois de longo tempo afastada das telas, Riva Nimitz atuou na pornochanchada "Viúvas Precisam de Consolo".

Ainda que sua carreira tenha sido mais voltada ao teatro e televisão, deixou registrado seu talento em dois grandes momentos da história do cinema brasileiro nos filmes, "Cinco Vezes Favela" (1962) e "O Homem do Pau Brasil" (1981). Sua última participação em cinema foi no filme "Fogo e Paixão" (1988), com belissíma atuação.

Henrique César, o filho e Riva Nimitz
Ainda na década de 50 estreou na televisão, onde desenvolveu extensa carreira em diversas emissoras como TV Tupi, TV Globo, TV Bandeirantes e SBT. Um de seus maiores sucessos na telinha foi a vilã Dona Elza de "A Pequena Órfã", em 1968.

Teve atuações importantes em novelas como "O Machão", "Vidas Cruzadas", "A Grande Viagem", "O Espantalho", "Os Imigrantes", entre outras. No início da década de 90, na extinta Rede Manchete, atuou nas novelas "Kananga do Japão" (1989) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990).

Riva Nimitz foi casada com o ator Henrique César.

Riva Nimitz faleceu aos 56 anos, em São Paulo vítima de Insuficiência Cardíaca.

Fonte: Wikipédia

Paulo César Bacelar

PAULO CÉSAR BACELAR
(33 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Bailarino

* São Paulo, SP (1960)
+ São Paulo, SP (30/07/1993)


Paulette, nome artístico de Paulo César Bacelar, foi um ator e humorista brasileiro.

Com um grande talento para o humor, Paulette fez várias participações nas décadas de 80 e 90 no mundo televisivo, entre elas no programa Chico Anysio Show e Viva o Gordo.

No Chico Anysio Show era a "amiga" de Haroldo, a quem chamava de Luana, um gay que teimava em se dizer "curado" e "bofe". O seu refrão era: "Luana, volta pro reduto, meu amor!"

Foi também um dos membros do grupo Dzi Croquettes, grupo carioca irreverente, alinhado à contracultura, à criação coletiva e ao teatro vivencial, que faz do homossexualidade uma bandeira de afirmação de direitos.

Uma de suas cenas mais marcantes na televisão, foi com a atriz Sônia Braga, na Novela Dancin' Days, na qual os dois dançam juntos.

O ator morreu em 30 de julho de 1993 vítima de uma Broncopneumonia e de um Coma Diabético.

Fimografia
  • 1992 - De Corpo e Alma ... Inácio
  • 1991 - Escolinha do Professor Raimundo ... Milha
  • 1985 - Um Sonho a Mais ... Julião
  • 1984 - Transas e Caretas
  • 1982 - Rio Babilônia ... Cantor e Dançarino da Festa
  • 1981 - Baila Comigo
  • 1978 — Dancin' Days

Fonte: Wikipédia