(80 anos)
Empresário e Dirigente Esportivo
* Campinas, SP (01/05/1934)
+ São Paulo, SP (17/05/2014)
Eduardo José Farah foi um empresário e dirigente desportivo brasileiro. Foi presidente da Federação Paulista de Futebol de 1988 a 2003.
Farah iniciou suas atividades profissionais no ramo de tecidos. Depois, tentou a sorte nos setores imobiliário e financeiro até se tornar dirigente esportivo.
Colecionador de polêmicas ao longo de sua trajetória como dirigente, Eduardo José Farah foi presidente do Guarani de Campinas em 1967 e depois comandou a Federação Paulista de Futebol entre os anos de 1988 e 2003.
Farah deixou o cargo poucos meses após uma briga judicial entre a Federação Paulista de Futebol e a TV Globo. O dirigente negociou os direitos de transmissão do Campeonato Paulista de 2003 com o SBT, alegando que a emissora carioca não exerceu o direito de preferência na renovação do contrato do Estadual. A TV Globo contestou a posição de Farah, dizendo que enviou à federação uma proposta nos mesmos termos financeiros propostos pelo canal de Silvio Santos.
A competição começou sem uma decisão definitiva da Justiça, no dia 25/01/2003, com uma situação constrangedora para a entidade e as duas emissoras. A partida de abertura, entre Santo André e Santos, foi transmitida por TV Globo e SBT, apesar de uma liminar garantir o direito exclusivo da emissora paulista. A TV Globo alegava que não tinha conhecimento da liminar conquistada pela Federação Paulista de Futebol, e apresentou outra decisão judicial, anterior, para entrar no estádio e fazer a transmissão do jogo.
A briga entre as emissoras gerou fatos curiosos, como a transmissão por TV aberta de partidas do Paulistão às 21:00 hs, horário em que a TV Globo costuma exibir sua principal novela na programação.
SBT e TV Globo acabaram transmitindo juntas a maior parte da competição. No ano seguinte, meses depois de deixar o cargo, Farah disse a empresários durante uma palestra, em São Paulo, que o caso acabou forçando sua saída da federação. "Tirei a Globo do campo, ela me tirou da federação", disse o ex-dirigente, de acordo com relato da Folha de S.Paulo. Na ocasião, a TV Globo se defendeu dizendo que não foi "tirada de campo", já que manteve na Justiça o direito de preferência na transmissão do Paulistão 2004.
Farah foi substituído na Federação Paulista de Futebol pelo seu vice-presidente, Marco Polo Del Nero, que ocupa o cargo mandatário da entidade até hoje e já é presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um sonho que o antecessor não conseguiu realizar durante a era em que a confederação era dirigida por Ricardo Teixeira.
Ele também é lembrado por ter apresentado diversas inovações no futebol, como o caso do spray de espuma usado pelos árbitros de todo o mundo para marcação dos jogadores em cobranças de faltas.
A gestão de Farah foi marcada por uma série de inovações polêmicas, como a adoção de dois árbitros por partida, disputa de pênaltis em jogos empatados no tempo normal durante a fase de pontos no Estadual, e a criação da Liga Rio-São Paulo, em 2002. Também em sua gestão, a Federação Paulista de Futebol implantou o uso do spray para formação da barreira, mais tarde adotado por outras entidades de futebol no mundo todo.
Os regulamentos das competições organizadas por Farah também foram alvo de críticas ao longo de sua gestão. Na Liga Rio-São Paulo de 2002, São Paulo e Palmeiras fizeram a semifinal e empataram os dois jogos, por 1 a 1 e 2 a 2. O time alviverde tinha a melhor campanha na primeira fase, mas a vaga na final ficou com o Tricolor porque o primeiro critério de desempate foi o menor número de cartões amarelos e vermelhos recebidos na semifinal. O Corinthians acabou campeão do torneio após bater o São Paulo na decisão.
Dois anos antes, no Paulistão 2000, o Palmeiras precisou perder uma partida para o Corinthians no último jogo da terceira fase para ficar com a vantagem de dois resultados iguais na semifinal, contra o Santos. Como essa vantagem era dada ao time que tivesse maior pontuação na soma de todas as fases anteriores, o Verdão precisava enfrentar o Peixe. Se jogasse contra o São Paulo, que fez cinco pontos a mais na fase anterior, ficaria sem a vantagem. O Santos foi o primeiro colocado do outro grupo, com o Tricolor em segundo. O Palmeiras, com a derrota por 4 a 2 diante do Corinthians, ficou em segundo no grupo e enfrentou o time praiano. Acabou eliminado.
Outro feito polêmico de Farah na Federação Paulista de Futebol foi a criação da campanha Disque-Marcelinho, em 1998. A entidade comprou o passe de Marcelinho Carioca, que pertencia ao Valencia, por 7 milhões de dólares e realizou uma votação por meio de telefone com o prefixo "0900" para eleger o clube que receberia o jogador. Os quatro clubes grandes paulistas concorriam, e o Corinthians venceu. A ligação custava, à época, R$ 3,00. A campanha acabou barrada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que não liberou o alvará para o uso do "0900", mas o Timão levou o jogador
Depois de sair do mundo do futebol, dedicou-se a seus negócios pessoais.
O Hospital do Coração de São Paulo confirmou o falecimento do ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, aos 80 anos. De acordo com o boletim médico divulgado, o ex-dirigente morreu às 5:30 hs de sábado, 17/05/2014, devido à falência múltipla dos órgãos.
Farah vinha sofrendo com doenças renais e enfrentava o problema desde o dia 16/11/2013, quando foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo. O sepultamento aconteceu ainda no sábado, 17/05/2014, às 16:00 hs, no Cemitério do Morumbi.
Fonte: Wikipédia, R7 Esportes, Veja e UOL
Colecionador de polêmicas ao longo de sua trajetória como dirigente, Eduardo José Farah foi presidente do Guarani de Campinas em 1967 e depois comandou a Federação Paulista de Futebol entre os anos de 1988 e 2003.
Farah deixou o cargo poucos meses após uma briga judicial entre a Federação Paulista de Futebol e a TV Globo. O dirigente negociou os direitos de transmissão do Campeonato Paulista de 2003 com o SBT, alegando que a emissora carioca não exerceu o direito de preferência na renovação do contrato do Estadual. A TV Globo contestou a posição de Farah, dizendo que enviou à federação uma proposta nos mesmos termos financeiros propostos pelo canal de Silvio Santos.
A competição começou sem uma decisão definitiva da Justiça, no dia 25/01/2003, com uma situação constrangedora para a entidade e as duas emissoras. A partida de abertura, entre Santo André e Santos, foi transmitida por TV Globo e SBT, apesar de uma liminar garantir o direito exclusivo da emissora paulista. A TV Globo alegava que não tinha conhecimento da liminar conquistada pela Federação Paulista de Futebol, e apresentou outra decisão judicial, anterior, para entrar no estádio e fazer a transmissão do jogo.
A briga entre as emissoras gerou fatos curiosos, como a transmissão por TV aberta de partidas do Paulistão às 21:00 hs, horário em que a TV Globo costuma exibir sua principal novela na programação.
SBT e TV Globo acabaram transmitindo juntas a maior parte da competição. No ano seguinte, meses depois de deixar o cargo, Farah disse a empresários durante uma palestra, em São Paulo, que o caso acabou forçando sua saída da federação. "Tirei a Globo do campo, ela me tirou da federação", disse o ex-dirigente, de acordo com relato da Folha de S.Paulo. Na ocasião, a TV Globo se defendeu dizendo que não foi "tirada de campo", já que manteve na Justiça o direito de preferência na transmissão do Paulistão 2004.
Farah foi substituído na Federação Paulista de Futebol pelo seu vice-presidente, Marco Polo Del Nero, que ocupa o cargo mandatário da entidade até hoje e já é presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um sonho que o antecessor não conseguiu realizar durante a era em que a confederação era dirigida por Ricardo Teixeira.
Ele também é lembrado por ter apresentado diversas inovações no futebol, como o caso do spray de espuma usado pelos árbitros de todo o mundo para marcação dos jogadores em cobranças de faltas.
A gestão de Farah foi marcada por uma série de inovações polêmicas, como a adoção de dois árbitros por partida, disputa de pênaltis em jogos empatados no tempo normal durante a fase de pontos no Estadual, e a criação da Liga Rio-São Paulo, em 2002. Também em sua gestão, a Federação Paulista de Futebol implantou o uso do spray para formação da barreira, mais tarde adotado por outras entidades de futebol no mundo todo.
Os regulamentos das competições organizadas por Farah também foram alvo de críticas ao longo de sua gestão. Na Liga Rio-São Paulo de 2002, São Paulo e Palmeiras fizeram a semifinal e empataram os dois jogos, por 1 a 1 e 2 a 2. O time alviverde tinha a melhor campanha na primeira fase, mas a vaga na final ficou com o Tricolor porque o primeiro critério de desempate foi o menor número de cartões amarelos e vermelhos recebidos na semifinal. O Corinthians acabou campeão do torneio após bater o São Paulo na decisão.
Dois anos antes, no Paulistão 2000, o Palmeiras precisou perder uma partida para o Corinthians no último jogo da terceira fase para ficar com a vantagem de dois resultados iguais na semifinal, contra o Santos. Como essa vantagem era dada ao time que tivesse maior pontuação na soma de todas as fases anteriores, o Verdão precisava enfrentar o Peixe. Se jogasse contra o São Paulo, que fez cinco pontos a mais na fase anterior, ficaria sem a vantagem. O Santos foi o primeiro colocado do outro grupo, com o Tricolor em segundo. O Palmeiras, com a derrota por 4 a 2 diante do Corinthians, ficou em segundo no grupo e enfrentou o time praiano. Acabou eliminado.
Outro feito polêmico de Farah na Federação Paulista de Futebol foi a criação da campanha Disque-Marcelinho, em 1998. A entidade comprou o passe de Marcelinho Carioca, que pertencia ao Valencia, por 7 milhões de dólares e realizou uma votação por meio de telefone com o prefixo "0900" para eleger o clube que receberia o jogador. Os quatro clubes grandes paulistas concorriam, e o Corinthians venceu. A ligação custava, à época, R$ 3,00. A campanha acabou barrada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que não liberou o alvará para o uso do "0900", mas o Timão levou o jogador
Depois de sair do mundo do futebol, dedicou-se a seus negócios pessoais.
Morte
O Hospital do Coração de São Paulo confirmou o falecimento do ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, aos 80 anos. De acordo com o boletim médico divulgado, o ex-dirigente morreu às 5:30 hs de sábado, 17/05/2014, devido à falência múltipla dos órgãos.
Farah vinha sofrendo com doenças renais e enfrentava o problema desde o dia 16/11/2013, quando foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo. O sepultamento aconteceu ainda no sábado, 17/05/2014, às 16:00 hs, no Cemitério do Morumbi.
Fonte: Wikipédia, R7 Esportes, Veja e UOL
Indicação: Sérgio de Salles Penteado