Gabriel Diniz

JOSÉ GABRIEL DE SOUZA DINIZ
(28 anos)
Cantor e Compositor

☼ Campo Grande, MS (18/10/1990)
┼ Estância, SE (27/05/2019)

José Gabriel de Souza Diniz, mais conhecido por Gabriel Diniz, foi um cantor e compositor nascido em Campo Grande, MS, no dia 18/10/1990.

Natural de Campo Grande, na adolescência se mudou para João Pessoa. Não se pode dizer exatamente quando Gabriel Diniz tornou-se cantor e nem muito menos artista. Ainda muito novo, na adolescência, Gabriel Diniz reuniu-se com amigos da escola e criou uma "banda de garagem", se tornando a sensação entre a juventude de João Pessoa, PB. Esses foram os primeiros passos da caminhada do cantor que, a partir daí, foi visto pelos empresários locais da música e foi convidado para ser vocalista de uma banda, de fato, comercial.

Pouco tempo depois, conciliando os estudos na Universidade de Engenharia com a música, Gabriel Diniz foi convidado para um projeto ainda maior do que o que estava atuando: Mudar de cidade, sair da Paraíba e ir ao Recife assumir a responsabilidade de estar à frente de uma renomada banda e com grande público seguidor. Foi na Capim Com Mel que Gabriel Diniz ganhou notoriedade e passou a ser conhecido em todo o Nordeste.

Mas Gabriel Diniz, com muita personalidade, almejava tocar um projeto próprio. Foi daí que surgiu Gabriel Diniz e Forró Na Farra. A banda foi lançada numa parceria com a Luan Promoções e Eventos, maior empresa do segmento de produção, promoção e gerenciamento da carreira de artistas de vários gêneros musicais no país. Empresa responsável por grupos e atrações como: Wesley Safadão e Garota Safada, Magníficos, Luan Santana, Zezé di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, Geraldinho Lins, Arreio de Ouro e várias outras que levam boa música aos eventos do país.


Gabriel Diniz foi vocalista das bandas: Forró Na Farra e Cavaleiros Do Forró. Na época, Gabriel Diniz, cursava faculdade de engenharia elétrica e dividia seu tempo entre os estudos e a música.

O estouro veio no segundo semestre de 2018, com "Jenifer", o grande hit do último verão. A música divertida sobre uma mulher encontrada no Tinder foi a primeira de Gabriel Diniz a chegar ao topos das paradas de todo o Brasil. Com "Jenifer"Gabriel Diniz se tornou nacionalmente conhecido. GD, como era conhecido, era um astro do forró, mas transitava bem no sertanejo.

"Jenifer" foi escrita pelo grupo de compositores Big Jhows, originalmente para Gusttavo Lima. A interpretação de Gabriel Diniz deu um tom mais leve e quase humorístico à letra.

Gabriel Diniz conseguiu comprar de Gusttavo Lima a exclusividade de "Jenifer", pelo mesmo valor que ele tinha pago aos compositores (eles não revelam a quantia). Tudo de forma amigável.

"Ninguém achou que ia ser esse sucesso. Nem o pessoal do meu escritório, nem meu empresário. O Wesley Safadão não acreditou, ninguém acreditou. Foi uma aposta minha, sozinho mesmo. Desde 2015 eu vou para Goiânia atrás de compositores. Fui o primeiro cara que saiu do Nordeste nessa busca. Depois foi o pessoal todo pra Goiânia: Wesley Safadão, Xand, até Simone & Simaria. Abrimos esse espaço para músicos e compositores!"
(Gabriel Diniz)

Os maiores sucessos anteriores dele eram "Paraquedas", com Jorge & Mateus, tendo alcançado 18 milhões de visualizações no YouTube, e "Acabou, Acabou", com Wesley Safadão, com alcance de 62 milhões de visualizações. Gabriel Diniz tinha empresários em comum com Wesley Safadão.

Em sua carreira solo, o cantor possui seis álbum lançados, como: "GD At The Park (Ao Vivo)" (2016), "GD Live (Ao Vivo)" (2016), "GD Verão" (2016), "GD" (2017), "Gabriel Diniz Na Ilha (Ao Vivo)" (2018) e "À Vontade" (2019).

Gabriel Diniz namorou a psicóloga Karoline Calheiros, de 2016 até seu falecimento em 2019.

Morte

Gabriel Diniz faleceu na segunda-feira, 27/05/2019, aos 28 anos, na queda de um avião de pequeno porte no povoado Porto do Mato, em Estância, na região sul de Sergipe.

O velório de Gabriel Diniz deve acontecer no Complexo Esportivo Almeidão, em João Pessoa, cidade onde morava.

Amigos do cantor reconheceram o corpo dele entre as vítimas. A assessoria de imprensa da produtora do artista confirmou que ele estava no avião. Também foi encontrado o passaporte de Gabriel Diniz perto do local do acidente.

Na noite de domingo, 26/05/2019, Gabriel Diniz havia feito um show em Feira de Santana, BA. O cantor estava indo encontrar a família para comemorar o aniversário da namorada, Caroline Calheiros, que completa 25 anos na segunda-feira, 27/05/2019. Por esse motivo, ele pegou o avião para Maceió.

O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) foi acionado por volta das 12h32 de segunda-feira, 27/05/2019. Equipes da PM e do Corpo de Bombeiros chegaram ao local do acidente numa embarcação dos bombeiros, já que a área é de difícil acesso, de mangue e mata fechada.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado de Sergipe (SSP/SE) informou que os corpos resgatados estão sendo levados a Aracaju para dar entrada no Instituto Médico Legal (IML).

Em nota, a produtora de Gabriel Diniz afirmou:
"A Luan Promoções, familiares, fãs, amigos e equipe estão todos muito abalados com está triste notícia que pegou todos de surpresa nessa manhã, 27. Com muito pesar confirmamos a morte do Gabriel Diniz. O cantor estava em um bimotor que caiu no sul do estado de Sergipe no começo dessa tarde. Sua alegria estará para sempre em nossos corações! Não deixaremos perder a sua irreverência jamais, você conquistou uma nação com o seu trabalho e carisma!"
A Aeronáutica irá investigar as causas do acidente com o avião em que estava Gabriel Diniz.

Discografia

Estúdio e Ao Vivo
  • 2016 - GD Verão
  • 2016 - GD At The Park (Ao Vivo)
  • 2016 - GD Live (Ao Vivo)
  • 2017 - GD
  • 2018 - Gabriel Diniz Na Ilha (Ao Vivo)
  • 2019 - À Vontade


Extended Plays (EPS)
  • 2016 - GD Triologia
  • 2017 - Gabriel Diniz
  • 2017 - Ao Vivo No Villa Mix SP

Singles

  • 2015 - Tá Online Tá Solteira
  • 2016 - Coração Teimoso
  • 2016 - Hoje Eu Só Vim Pra Dançar
  • 2017 - Paraquedas
  • 2017 - Acabou Acabou (Feat. Wesley Safadão)
  • 2018 - Jenifer

Fonte: WikipédiaG1 e last.fm
#FamososQuePartiram #GabrielDiniz

Lady Francisco

LEYDE CHUQUER VOLLA BORELLI FRANCISCO DE BOURBON
(84 anos)
Atriz, Produtora e Diretora

☼ Belo Horizonte, MG (07/01/1935)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/05/2019)

Leyde Chuquer Volla Borelli Francisco de Bourbon, mais conhecida como Lady Francisco, foi uma atriz, produtora e diretora nascida em Belo Horizonte, MG, no dia 07/01/1935.

Lady Francisco era uma das três filhas de Mathilde e José Francisco, que era descendente de espanhóis, italianos e sírios e trabalhava como mascate. Depois de vender mercadorias de porta em porta, abriu uma loja de artigos infantis em Belo Horizonte chamada Casa do Guri, e tornou-se rico e influente.

Seu casarão no bairro nobre Floresta era frequentado por políticos, pelo prefeito, governador e senadores da República. Até mesmo o então deputado federal Juscelino Kubitschek era íntimo de seu pai. Por causa dessas ocasiões, o comerciante obrigava as filhas a se apresentarem muito bem vestidas.

Lady Francisco relatou que sofria bullying de sua própria mãe, que a considerava a mais feia das irmãs. Na época, a menina apresentava um comportamento agitado e tinha desmaios que eram atribuídos a uma suposta mediunidade. Isso fez com que seus pais a levassem a consultas com um psiquiatra, em cujo consultório era submetida a choques elétricos.

Mesmo tendo passado por aquelas experiências na infância, foi aeromoça e depois radialista. Participava também de concursos de beleza, em que conquistou diversos títulos, antes de tornar-se atriz na TV Itacolomi, pertencente ao grupo Diários Associados, de Assis Chateaubriand, que era amigo do seu pai e também frequentava a mansão da família.


Com cerca de vinte anos, Lady Francisco chegou a marcar casamento com um engenheiro, mas no dia da cerimônia descobriu que ele já tinha outra família. Não houve o casamento, mas passaram a viver juntos e tiveram dois filhos, Oscar Victor e Andrea. Separaram-se quando ela foi para o Rio de Janeiro em 1972, sozinha, para ingressar na TV Tupi e depois na TV Globo.

Nessa época, seu pai havia perdido quase toda a fortuna no jogo, perdendo as propriedades para pagar as dívidas, ficando a família praticamente na miséria.

Lady Francisco foi para o Rio de Janeiro decidida a vencer na carreira artística, e teve um começo muito difícil na cidade, chegando a ser assaltada e viver de favores, mas sempre ia para a porta da TV Tupi, até que um dia foi chamada para compor o júri do programa de Flávio Cavalcanti.

Sua trajetória a levou depois para a TV Globo onde, conta ela, chegou a sofrer abusos sexuais de um diretor de TV que ela só revela o nome se ele morrer primeiro. A atriz revelou também que sofreu um abuso sexual ainda mais pavoroso, tendo sido estuprada por quatro homens na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ao desembarcar de um táxi. Um mês depois descobriu que estava grávida e realizou um aborto.

Lady Francisco nunca se casou, depois do relacionamento que teve em Belo Horizonte com o pai de seus filhos. Ela revelou que seu único "caso" mais sério foi com o dramaturgo Dias Gomes, depois que sua esposa e também dramaturga Janete Clair morreu.

Sua maior paixão, segundo relatou, foram os animais, pelos quais se declarava "violentamente apaixonada".


Para defender os animais e idosos, chegou a se candidatar a Deputada Estadual pelo Rio de Janeiro pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Lady Francisco começou a carreira artística na sua cidade natal, Belo Horizonte, no rádio e na TV Itacolomi, do grupo Diários Associados.

Entre 1972 e 1973, já na cidade do Rio de Janeiro, atuou na novela "Jerônimo, o Herói do Sertão" na TV Tupi. Depois transferiu-se para a TV Globo, onde atuou na novela "A Escrava Isaura" (1976), "Marrom Glacê" (1979), "Baila Comigo" (1981) e "Louco Amor" (1983).

Entre 2015 e 2016, participou da série "República do Peru", exibida pela TV Brasil em 26 episódios. Sua última participação na televisão foi em "Malhação: Vidas Brasileiras" (2018), da TV Globo.

Sua estreia no cinema deu-se na década de 1970, atuando nos filmes "Um Varão Entre as Mulheres" (1974), "O Padre Que Queria Pecar" (1975), "O Crime do Zé Bigorna" (1977) e "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (1977). Também participou na direção de "O Preço do Prazer" (1979).

Na década de 1980, atuou em "Anjos do Sexo" (1981), que também co-dirigiu, "Os Rapazes das Calçadas" (1981), "Profissão Mulher" (1982) e "Punk - Os Filhos da Noite" (1986).

Seu último trabalho no cinema foi em 2019, no filme "Goitaca".

Música

A música brasileira já presenciou vários casos de canções que servem de referência e inspiração para novas composições. É o caso de "A Moça do Fuscão", curiosamente gravada pela atriz Lady Francisco em 1983, logo após o sucesso do Almir Rogério com "Fuscão Preto".

A música foi lançada num compacto simples da gravadora CID com poster Lady Francisco.

Morte

Em abril de 2019, Lady Francisco sofreu uma queda em sua casa, fraturando o fêmur. Em 02/05/2019 foi internada em um hospital na Barra da Tijuca para realizar um tratamento para correção da fratura, mas sofreu complicações respiratórias e precisou ser transferida para a UTI.

Três semanas depois da internação, o quadro clínico se agravou por causa de uma isquemia, tendo sido submetida a uma traqueostomia.

Lady Francisco faleceu na tarde de sábado, 25/05/2019, vítima de falência múltipla de órgãos, decorrente de isquemia enteromesentérica (transtorno vascular agudo dos intestinos).

Francisco Cuoco e Lady Francisco
Carreira

Televisão
  • 2018 - Malhação: Vidas Brasileiras ... Lorraine
  • 2015 - República do Peru ... Arlete
  • 2015 - Totalmente Demais ... Fátima
  • 2014 - Geração Brasil ... Marlene
  • 2013 - Saramandaia ... Silmara, a Mulher Barbada
  • 2013 - Louco Por Elas ... Loretta
  • 2012 - Cheias de Charme ... Madame Kastrup
  • 2009 - Chamas da Vida ... Safira
  • 2007 - Duas Caras ... Odete
  • 2005 - Alma Gêmea ... Generosa
  • 2000 - Marcas da Paixão ... Marinalva
  • 1998 - Por Amor ... Madame Consuelo
  • 1997 - O Amor Está no Ar ... Candoca Guimarães Ribeiro (Candê)
  • 1995 - Explode Coração ... Carmem
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Dona da pensão onde Maryrose morava
  • 1990 - Barriga de Aluguel ... Yara
  • 1984 - Transas e Caretas ... Liana
  • 1983 - Louco Amor ... Gisela
  • 1981 - Baila Comigo ... Ondina
  • 1979/1982 - Os Trapalhões ... Vários Personagens
  • 1979 - Marron Glacê ... Eleonora
  • 1979 - Plantão de Polícia
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Helena / Wânia
  • 1978 - O Pulo do Gato ... Regina
  • 1977 - Locomotivas ... Carla Lambrini
  • 1976 - Escrava Isaura ... Juliana
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Tude
  • 1975 - Pecado Capital ... Rose
  • 1975 - Cuca Legal ... Berta Lammar
  • 1972 - Jerônimo, o Herói do Sertão ... Suzana / Ana Beatriz

Cinema
  • 2017 - Goitaca ... Mãe Ci/Iara - Mãe d'água
  • 2017 - Ódio ... Estela
  • 2010 - A Casa Errada ... Velha
  • 1987 - Sexo Selvagem dos Filhos da Noite
  • 1985 - O Verdadeiro Amante Sexual ... Marta
  • 1984 - Amenic - Entre o Discurso e a Prática
  • 1984 - Aguenta, Coração ... Tutuca
  • 1982 - Punk's - Os Filhos da Noite
  • 1982 - Profissão Mulher ... Vera
  • 1981 - Anjos do Sexo ... Lourdes
  • 1981 - Rapazes da Calçada ... Luís
  • 1979 - Uma Estranha História de Amor Mônica
  • 1979 - Viúvas Precisam de Consolo ... Dolores
  • 1979 - O Preço do Prazer
  • 1979 - Os Foragidos da Violência ... Paula
  • 1978 - Os Melhores Momentos da Pornochanchada ... Ela Mesma
  • 1978 - Desejo Violento
  • 1977 - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia ... Lígia
  • 1977 - O Crime do Zé Bigorna ... Marlene
  • 1975 - Com as Calças na Mão ... Mulher no Bar
  • 1975 - O Roubo das Calcinhas ... Kátia
  • 1975 - O Padre Que Queria Pecar ... Mulher do Síndico
  • 1975 - As Deliciosas Traições do Amor Petúnia
  • 1975 - As Loucuras de um Sedutor
  • 1974 - Um Varão Entre as Mulheres ... Sandra

Fonte: Wikipédia
Indicação: Patrícia Veras
#FamososQuePartiram #LadyFrancisco

Lúcio Mauro

LÚCIO DE BARROS BARBALHO
(92 anos)
Ator e Humorista

☼ Belém, PA (14/03/1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (11/05/2019)

Lúcio Mauro, nome artístico de Lúcio de Barros Barbalho, foi um ator e humorista nascido em Belém, PA, no dia 14/03/1927. Foi um dos pioneiros na televisão no Brasil. Passou pela TV Rio, TV Tupi, Excelsior e TV Globo. Era conhecido pelos personagens humorísticos que interpretava.

Nascido em Belém do Pará, era irmão do político paraense e empresário radialista Laércio Wilson Barbalho, sendo assim tio paterno do político Jader Barbalho.

Já atuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de vinte anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do ator Mário Salaberry, marido da atriz Zilka Salaberry. Após o falecimento de Mário Salaberry em acidente, Lúcio Mauro participou da companhia de teatro de Barreto Júnior. Nessa época, casou-se com Arlete Salles.

Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, ele fez seu primeiro programa de humor na televisão, "Beco Sem Saída", contracenando com José Santa Cruz no quadro "Jojoca e Zé das Mulheres".

Em 1963, Lúcio Mauro e Arlete Salles se mudaram para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi, período em que atuou em episódios do "Grande Teatro Tupi".

Lúcio Mauro com o jogador Zico e Sônia Mamede em "Balança Mas Não Cai", onde surgiu a dupla de personagens Fernandinho e Ofélia, em 1968
Em 1966, estreou na TV Globo, no humorístico "TV0–TV1".

Lúcio Mauro foi conhecido principalmente por suas atuações em quadros de programas humorísticos de televisão, especialmente, nos programas de Chico Anysio, os quais lhe deram seus dois personagens mais emblemáticos: Aldemar Vigário e Da Júlia. O primeiro era um aluno bajulador na "Escolinha do Professor Raimundo", que gostava de inventar histórias a respeito do passado do professor com o intuito de agradá-lo, mas que geralmente o colocava em situações constrangedoras. O segundo personagem, que fazia parte de sketch do "Chico Anysio Show" e depois de outros programas, era o assistente que buscava orientar o ator Alberto Roberto, personagem de Chico Anysio, que, embora fosse considerado excepcional, era ignorante e arrogante.

Outro personagem de sucesso veio em "Balança Mas Não Cai": Fernandinho era um homem rico e sofisticado, cuja esposa, a ignorante Ofélia, interpretada por Sônia Mamede, embora por quem fosse completamente apaixonado, causava-lhe grande constrangimento devido às suas gafes perante convidados ilustres. Em 1999, o quadro ganhou nova versão no extinto "Zorra Total", atualmente "Zorra", com Lúcio Mauro e Cláudia Rodrigues interpretando Fernandinho e Ofélia.

Em 1980, entrou para o elenco da peça "Além da Vida", escrita por Chico Xavier e Divaldo Franco.

Em 1989, integrou o elenco de "Os Trapalhões".

Lúcio Mauro e seu filho Lúcio Mauro Filho
Em 2008, Lúcio Mauro estreou a peça "Lúcio 80-30", dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e diretor do espetáculo, e com outros dois filhos, Alexandre Barbalho e Luly Barbalho.

Em 2014, Lúcio Mauro e a filha Luly Barbalho participaram do penúltimo episódio de "A Grande Família". Os dois foram pai e irmã do intérprete de Tuco no seriado, Lúcio Mauro Filho.

Em 2015, Lúcio Mauro fez uma participação especial da releitura da "Escolinha do Professor Raimundo", programa comemorativo que foi ao ar na TV Globo e no canal Viva.

Entre 1958 e 1970, Lúcio foi casado com a atriz Arlete Salles com quem teve dois filhos: Alexandre Barbalho (ator) e Gilberto Salles (cineasta).

Lúcio Mauro era casado desde 1974 com Ray Luiza Araujo Barbalho, com quem teve três filhos: Luciane Maria, Lúcio Mauro Filho (ator) e Luanna Barbalho.

Em 2012, Lúcio Mauro foi internado após ter caído num restaurante, passando por uma cirurgia para correção de uma fratura no fêmur.

Em abril de 2016, Lúcio Mauro sofreu um derrame, que afetou uma área da garganta, comprometendo a fala e a mastigação.

Morte

Lúcio Mauro faleceu no fim da noite de sábado, 11/05/2019, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, havia cerca de dois meses, com problemas respiratórios.

O corpo de Lúcio Mauro será velado na segunda-feira, 13/05/2019, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, acontecerá das 9h00 às 14h00. 

Carreira

Televisão
  • 2015 - Escolinha do Professor Raimundo ... Seu Aderaldo, o faxineiro (Participação Especial)
  • 2014 - A Grande Família ... Rui Nabuco
  • 2012 - Gabriela ... Eustáquio Ferreira
  • 2009 - Caminho das Índias ... Amarit Chami (Diretor de Bollywood)
  • 2008 - Casos e Acasos ... Drº Rangel
  • 2008 - A Favorita ... Sabiá (Pai de Dodi)
  • 2008 - Faça Sua História ... Baby de Moraes (Episódio: "O Califa de Copacabana")
  • 2007 - Malhação ... Delegado Silva (Participação Especial)
  • 2007 - Paraíso Tropical ... Veloso (Participação Especial)
  • 2005 - Carga Pesada ... Episódio: "Sem Identidade"
  • 2004 - Programa Novo ... Chefe
  • 2004 - Sob Nova Direção ... Geraldo (Episódio: "Duas Penetras Convidadas")
  • 2001 - Os Normais ... Jair (Episódio: "Desconfiar é Normal")
  • 1999/2011 - Zorra Total ... Vários Personagens
  • 1999 - O Belo e as Feras ... Arturo
  • 1998 - Pecado Capital ... Nonato
  • 1998 - Meu Bem Querer ... Juiz
  • 1998 - Sai de Baixo ... Drº Sabóia (Episódio: "Ah, Eu Tô Maluco")
  • 1998 - Dona Flor e Seus Dois Maridos ... Neca do Abaeté
  • 1996 - Caça Talentos ... Marvin
  • 1995 - Malhação ... Ferreira
  • 1992 - Você Decide ... Episódio: "Palavras de Amor"
  • 1990/1994 - Escolinha do Professor Raimundo ... Aldemar Vigário
  • 1988 - Chico Anysio Show ... Aldemar Vigário
  • 1988 - O Pagador de Promessas ... Drº Quindim
  • 1983 - Caso Verdade ... Chico Xavier (Episódio: "Chico Xavier, Um Infinito Amor")
  • 1983 - A Festa é Nossa
  • 1982 - Chico Anysio Show
  • 1978 - A Praça da Alegria
  • 1973 - Chico City
  • 1972 - Uau, a Companhia
  • 1968 - Balança Mas Não Cai ... Fernandinho
  • 1967 - A Moça do Sobrado Grande
  • 1967 - I Love Lúcio
  • 1966 - TV0-TV1
  • 1965 - Essa Gente Inocente ... Apresentador
  • 1963 - A, E, I, O... Urca! ... Diretor
  • 1960 - Beco Sem Saída

Cinema
  • 2016 - Vai Que Dá Certo 2 ... Seu Altamiro
  • 2013 - Vai Que Dá Certo ... Seu Altamiro
  • 2010 - Muita Calma Nessa Hora ... Mascarenhas
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Governador
  • 2008 - Feliz Natal ... Miguel
  • 2008 - Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito ... Líder do Centro Espírita
  • 2008 - Polaroides Urbanas ... Fernando
  • 2007 - O Homem Que Desafiou o Diabo ... Escrivão
  • 2006 - Cleópatra ... Ptolomeu XII
  • 2004 - Redentor ... Tísico
  • 1968 - O Rei da Pilantragem ... Pessoa na Rua
  • 1966 - 007 1/2 no Carnaval ... Zé das Medalhas
  • 1963 - Terra Sem Deus ... Capanga do Coronel

Fonte: Wikipédia e G1

Rui Spohr

FLÁVIO SPOHR
(89 anos)
Estilista

☼ Novo Hamburgo, RS (23/11/1929)
┼ Porto Alegre, RS (30/04/2019)

Rui Spohr, pseudônimo de Flávio Spohr, foi um estilista nascido em Novo Hamburgo, RS, no dia 23/11/1929.

Rui Spohr foi o primeiro estilista gaúcho a estudar moda em Paris, primeiramente na Chambre Syndicale de la Couture Parisienne, e posteriormente na École Guerre Lavigne, atual ESMOD.

De família tradicional, Flavio Spohr, posteriormente assumiu o pseudônimo Rui Spohr, foi criado dentro de padrões germânicos, pelos seus pais Albino Alfredo Spohr, empresário do polo calçadista, e Maria Hortência Hennemann Spohr, dona de casa. Irmão de José Gastão, Dulce Maria e Fredo Luiz, Rui nasceu fadado a ser padre ou militar, de acordo com os costumes da época. Com uma mente criativa e inconformada, ele acreditava que tivesse nascido cedo demais no século XX e no lugar errado.

Em 1943, aos 14 anos, Flávio Spohr começa a trabalhar na fábrica de calçados do pai.

Em 1948, Flávio Spohr cria o pseudônimo Rui ao assinar uma coluna sobre moda para o jornal semanal NH, de Novo Hamburgo.

Em 1949, Flávio muda-se para a capital do Estado, Porto Alegre, a fim de estudar Belas Artes na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e trabalhar no Citybank. Ainda em 1949 realiza seu primeiro desfile de moda com suas criações, em Novo Hamburgo, que ganhou destaque na Revista Globo, com suas próprias criações.


Em 1951, começou a trabalhar com a costureira Elaine CaldasRui é o desenhista da casa.

Em 1952, foi de navio para a França para estudar moda em Paris, sem ter fluência no idioma local, apenas com um nome e endereço de uma pessoa que o ajudaria e a referência dos seus familiares por parte de mãe na Alemanha. Nesse período, foi contemporâneo de nomes como Karl Lagerfeld e Yves Saint LaurentComeçou seu curso na Chambre Syndicale de La Couture Parisienne e posteriormente na École Guerre Lavigne (atual ESMOD) em Paris.

Em seu primeiro Natal longe de casa viajou até o vale do rio Mosela, afluente do Reno na Alemanha, a fim de encontrar seus parentes da família Treis - donos de vinhedos que passam de pai para filho desde 1602. Além de estreitar os laços com seus parentes alemães, Rui aprendeu in loco tudo o que sabia sobre vinho.

Em 1953, ainda em Paris, trabalhou como estagiário do chapeleiro Jean Barthet, que atendia as grandes grifes da capital francesa, além de criar para atrizes Josephine Baker, Catherine Deneuve, Sofia Loren, Brigitte Bardot, entre outras.

No ano de 1955, retornou ao Brasil, abriu seu primeiro ateliê especializado em chapéus e começou a assinar uma página dominical sobre moda no jornal A Hora, importante diário que originou o jornal Zero Hora. Ainda em 1955, apresentou suas criações em chapéus no Cotillon Club em Porto Alegre.


Três anos mais tarde, em 1958, passou a confeccionar roupas femininas em seu ateliê e realizou seu primeiro desfile de alta-costura, dentro do próprio ateliê, na Rua Pinto Bandeira, para clientes e mídia da local.

Em 04/02/1960, já em Porto Alegre, casou-se com Dóris Uhr Spohr, que primeiramente trabalhou como sua auxiliar no ateliê.

Em 1961, vestiu Bibi Ferreira (guarda-roupa particular) enquanto a atriz e cantora estava em cartaz no musical "My Fair Lady" no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.

Em 1962, entrou para o "Time da Rhodia", grupo que reunia grandes nomes da moda no Brasil criando modelos que seriam produzidos com os tecidos que utilizavam os fios da empresa. Estas criações estrearam em um grande desfile na Feira Nacional da Indústria Têxtil (FENIT) e depois, viajaram ao exterior, para participar de desfiles e sessões de fotos das coleções a fim de divulgar a moda brasileira.

Em 1963, com o nascimento de Maria Paula Spohr, Rui tornou-se pai e em 1985 avô de Antônia Spohr Moro.

Em 1964, ganhou um editorial na revista Manchete, intitulado "Moda Gaúcha"


No ano de 1968, já consagrado como costureiro, criou o vestido de noiva para a brasileira Ieda Maria Vargas, Miss Universo 1963.

Em 1970 inaugurou sua Maison na Rua Miguel Tostes, em Porto Alegre, RS.

Em 1971, durante o governo do presidente da República Emílio Garrastazu Médici, Rui Spohr é o responsável pelos trajes da primeira-dama, Srª Scyla MédiciVeste oficialmente também a primeira-dama do Rio Grande do Sul, Srª. Ecléa Fernandes Guazzelli.

Em 1974, inaugura Confecções RD Ltda. Prêt-à-Porter para Rui Boutique.

Em 1986 criou os uniformes femininos da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, a polícia militar gaúcha, que são os mesmos usados até hoje.

No ano de 1988 começou a lecionar no curso de Estilismo do Calçado na Universidade Feevale (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior) em Novo Hamburgo. Foi professor da cadeira Teoria dos Estilos. Permaneceu na instituição de ensino por oito anos.

Em 1989 criou o vestido de noiva para a modelo Deise Nunes, Miss Brasil 1986 e primeira mulher negra a receber o título de beleza no país.

Em 1995, o atelier Rui Spohr comemora 40 anos de atividades em moda. A etiqueta Rui e o Escritório de Arte Alto da Bronze realizam a exposição "Rui, Estilo em Fotos" reunindo trabalhos de diversos fotógrafos.


Em 1997 lançou sua biografia, "Memórias Alinhavadas", escrita em conjunto com a jornalista Beatriz Viegas-Farias.

Em 2000, participou da mostra "500 Anos de Design Brasileiro" na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Rui Spohr participou com dois vestidos em modelos geométricos retratando a década de 70, sendo o único estilista gaúcho a participar da exposição.

Entre 2004 e 2005 o Senac apresentou a mostra "Estilistas Brasileiros - Uma História de Moda", que "retrata a carreira de 34 grandes criadores da moda brasileira".

Em 2011 um vestido de sua autoria integrou a exposição "Moda no Brasil: Criadores Contemporâneos e Memórias", apresentada no Museu de Arte Brasileira em São Paulo, mantido pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Em 2015 foi lançada a coleção Cápsula Croquis, com uma variedade de lenços e camisetas estampadas pelos croquis do estilista. Destinado a um público jovem, essa coletânea incluiu um vídeo teaser com as novidades e com peças históricas do acervo da Maison. No mesmo ano, o livro "Moda e Estilo Para Colorir" foi criado, composto por 20 lâminas com desenhos icônicos de Rui Spohr para pintar.


Em matéria no jornal Zero Hora, Rui Spohr foi chamado de "O mais emblemático estilista do Sul. [...] Difícil haver em Porto Alegre alguém verdadeiramente interessado em moda que desconheça a trajetória de seu maior estilista".

Em 2017, entrou para a Academia Brasileira de Moda, em cerimônia no Rio de Janeiro.

Em 2018, encerrou as atividades comerciais da loja Rui Spohr.

Seu trabalho já é estudado academicamente como uma referência, e participou de mostras de abrangência nacional, como a 500 Anos de Design Brasileiro (2000), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, contribuindo com dois vestidos em modelos geométricos retratando a década de 70, sendo o único estilista gaúcho a participar da exposição.

Por muitos anos seu estilo ditou a moda porto-alegrense, e Renata Fratton Noronha, em artigo apresentado no 4º Encontro Nacional de Pesquisa Em Moda, relata o prestígio que adquiriu:
"Formou-se então junto ao público uma frase que marcou e que as pessoas repetiam: 'O Rui disse'. Querendo afirmar que com isso se 'Rui disse' não se discute. Outra expressão que ficou famosa, ainda naquela época: 'Rui é Rui'. Se uma pessoa admirasse uma roupa e a elogiasse para a dona, perguntando quem tinha feito ou onde ela havia comprado traje tão bonito, se a resposta fosse 'Rui', o comentário logo se seguia: 'Ah, bom! Rui é Rui'".
Morte

Rui Spohr faleceu na terça-feira, 30/04/2019, aos 89 anos Porto Alegre, RS. Ele estava internado desde a quarta-feira, 24/04/2019, no Hospital Mãe de Deus, debilitado pelo Mal de Parkinson e não resistiu a uma brônquio pneumonia.

O velório foi realizado no Theatro São Pedro, em cerimônia aberta ao público, das 12h30 às 17h00. A cerimônia de cremação foi reservada à família.

Livros

  • 1997 - Memórias Alinhavadas
  • 2015 - Moda & Estilo Para Colorir

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #RuiSpohr

Beth Carvalho

ELIZABETH SANTOS LEAL DE CARVALHO
(72 anos)
Cantora, Compositora e Instrumentista

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/05/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (30/04/2019)

Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho, foi uma cantora, compositora e instrumentista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/05/1946.

Nascida no bairro da Gamboa, criada no Catete, Laranjeiras, Urca, Ipanema, Leblon e Botafogo, bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro.

Participou ainda criança do programa "Trem Da Alegria", da Rádio Mayrink Veiga e estudou na Escola Nacional de Música.

Beth Carvalho era filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho. Tinha uma única irmã, chamada Vânia Santos Leal de Carvalho.

Decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão da mãe. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio CaldasElizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai, que era advogado. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Sua mãe tocava piano clássico. Sua irmã, Vânia, cantava e gravou discos de samba.

Beth Carvalho fez balé por toda infância e na adolescência estudou violão, numa escola de música. Seguindo essa área, se tornou professora de música e passou a dar aulas em escolas locais.


Morou em vários bairros do Rio de Janeiro e seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas e rodas de samba, onde ela dançava em apresentações. Nas festas e reuniões musicais com seus amigos, nos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova, gênero que ela passou a gostar, escrevendo letras e cantando.

Em 1964, seu pai foi cassado pelo regime militar por ter pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou durante esse período, Beth Carvalho voltou a dar aulas de violão, dessa vez para 40 alunos.

Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho era uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo recente foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: A numeração dos discos.

Em 1979, Beth Carvalho se casou com Édson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro. Revelado pelo Bonsucesso RJ, jogou pelo Corinthians, São Paulo e Palmeiras. No dia 22/02/1981 nasceu sua primeira e única filha, Luana, nome escolhido pelo pai. Luana Carvalho é atriz e cantora, se espelhando no sucessos de sua mãe. Em entrevistas, Beth Carvalho confessou que ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Poucos anos após o nascimento da filha, separou-se do marido. Depois dele, casou-se outras vezes e teve novos namorados.

Carreira

Beth Carvalho decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão de sua mãe. Sua avó tocava violão e bandolim e seu pai era amigo de pescaria de Sílvio Caldas. Sua casa era frequentada por Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, entre tantos cantores, cantoras e compositores da época.

Levada por sua irmã mais velha, frequentava as rodas de samba, festas e pagodes nos quintais suburbanos do Rio de Janeiro. Sofreu forte influência da Bossa Nova e do compositor Tom Jobim.

Em 1961, participou de diversos shows de Bossa Nova em colégios e faculdades da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por essa época, apresentou-se em vários festivais universitários de música.

Em 1965, gravou o primeiro disco, um compacto simples com a música "Por Que Morrer De Amor?" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).

Em 1966, participou dos espetáculos Música Nossa, - fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. - ao lado de Tibério Gaspar e Egberto Gismonti. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo", no Long Play (LP) do Música Nossa.

Por essa época, com Nelson Cavaquinho, Zé Keti e o grupo Os Cinco Crioulos, participou do show "A Hora E A Vez Do Samba". Fez parte do conjunto 3-D, juntamente com Antonio Adolfo, Chico Batera, Hélio Delmiro e Luís Eduardo Conde. Com esse conjunto, gravou pela Copacabana Discos o LP "Muito Na Onda".

No ano de 1967, no Festival Internacional da Canção (FIC), interpretou "Caminhada" (Antônio AdolfoTibério Gaspar). Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon.


Em 1969, com os Golden Boys, defendeu a música "Andança" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós e Danilo Caymmi), classificando-se em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo. Gravou o primeiro LP, "Andança", pela Odeon e participou do IV Festival Internacional da Canção interpretando "A Velha Porta" (Beth Carvalho, Edmundo SoutoPaulinho Tapajós). Ainda neste ano, representou o Brasil na Olimpíada da Canção, na Grécia, interpretando "Rumo Sul" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós).

Em 1971, estreou como sambista gravando "Rio Grande Do Sul Na Festa Do Preto-Forro", um autêntico samba-enredo da Unidos de São Carlos. Logo a seguir, lançou pela Tapecar o compacto simples "Amor, Amor, Amor", samba do Bloco Carnavalesco Bafo da Onça.

No ano de 1973, gravou o LP "Canto Para Um Novo Dia". Para este disco fez a adaptação da composição "Sereia", do folclore baiano. A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como "1.800 Colinas""Saco De Feijão""Olho Por Olho""Coisinha Do Pai""Firme E Forte""Vou Festejar""Acreditar" e "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço".

Em 1974, lançou o disco "Pra Seu Governo", dedicado à amiga Elizeth Cardoso, no qual despontou o seu primeiro grande sucesso, a composição "1.800 Colinas" (Gracia do Salgueiro). O sucesso foi tanto, que o disco foi editado na França, onde foi convidada a fazer temporadas em boates parisienses. Voltando ao Brasil, apresentou-se com o grupo A Fina Flor do Samba.

No ano de 1975, Martinho da Vila compôs em sua homenagem "Enamorada Do Samba", que a cantora incluiu no LP "Pandeiro E Viola", lançado pela Tapecar neste mesmo ano. Logo depois, surgiu uma série de títulos que ela colecionou através dos anos: "Diva do Samba", dado por Zuza Homem de Mello, "Rainha do Samba", por Rildo Hora, "Rainha dos Terreiros", carinhosamente chamada por Elifas Andreato, e "Madrinha", por quase todos os sambistas novos e antigos.


Ainda em 1975 sua interpretação para "As Rosas Não Falam", composição inédita de Cartola, foi incluída na novela "Duas Vidas", da TV Globo. Na década de 1970, juntamente com Alcione e Clara Nunes, formou o que os críticos chamaram de "O ABC do Samba", título dado às três cantoras pela importância destas no cenário musical brasileiro, principalmente no samba.

Em 1976, produzida por Rildo Hora, lançou pela RCA o LP "Mundo Melhor", no qual despontaram os sucessos "As Rosas Não Falam(Cartola) e "Mundo Melhor" (Pixinguinha e Vinicius de Moraes). 

Em 1977, vendeu cerca de 400 mil cópias do LP "Nos Botequins Da Vida", lançado pela RCA. No disco foram incluídos os sucessos "Saco De Feijão" (Francisco Santana), "O Mundo É Um Moinho" (Cartola) e de "Olho Por Olho" (Zé do Maranhão e Daniel Santos).

No ano de 1978, com produção de Rildo Hora para a RCA, lançou o disco "De Pé No Chão", puxado pelos sucessos "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias), "Goiabada Cascão" (Wilson Moreira e Nei Lopes) e "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento). Este disco, que chegou a vender 500 mil cópias, marcou o surgimento do pagode carioca, um jeito inovador e descontraído de fazer samba, descoberto por ela quando assistia a um ensaio do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, cujos sambistas faziam um ritmo diferente com pandeiro, tamborim, banjo e tantã, instrumentos pouco usados em rodas de samba. Em 1978, Emílio Santiago gravou "Afina O Meu Violão" (Beth Carvalho, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto).

Em 1979, eleita a Rainha do Carnaval, a cantora inaugurou o primeiro grande teatro do subúrbio carioca, o Cine-Show Madureira. Com espetáculo previsto para apenas uma semana, o sucesso foi tanto que ficou mais de 20 dias em cartaz, sempre com a casa lotada. A partir daí, passou a ser chamada A Madrinha do Pagode e fez shows por todo o país. Despontou com mais dois sucessos populares: "Coisinha Do Pai" (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos) e a versão para samba de "Andança" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós e Danilo Caymmi).

Beth Carvalho e Cartola
Em 1980, no LP "Sentimento Brasileiro", incluiu a composição "Canção De Esperar Neném" (Beth CarvalhoPaulinho Tapajós), composta quando estava grávida de sua filha Luana.

No carnaval de 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu, com o enredo "Beth Carvalho - A Enamorada Do Samba".

A composição "Enamorada Do Samba", interpretada por Beth Carvalho e Martinho da Vila, foi incluída no disco duplo "Há Sempre Um Nome De Mulher", em 1988, produzido por Ricardo Cravo Albin

No início da década de 1990, comemorou 25 anos de carreira com o disco "Pérolas", no qual interpretou clássicos de Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola, entre outros.

No ano de 1996, lançou o CD "Brasileira Da Gema" no qual interpretou, entre outras "Vida De Compositor" (Wanderley Monteiro e Álvaro Maciel).

Em 1999, gravou o disco "Pagode De Mesa", realizando o show  homônimo em várias casas do Rio de Janeiro. Participou do programa "Tom Brasil", ao lado de outros artistas como Dona Ivone Lara, Walter Alfaiate, João Nogueira, Luiz Carlos da Vila, Nelson Sargento, entre outros. O cenário de Elifas Andreato recriava o clima das rodas de samba frequentada pelos cantores, que só souberam que o programa seria gravado em CD poucos minutos antes do início, o que facultou um registro mais fiel.

Consagrada no Brasil e no exterior, participou por duas vezes do Festival de Montreux, na Suíça. Sua carreira artística faz parte do currículo da Faculdade de Música de Kioto, Japão, onde é considerada um fenômeno da música brasileira.

Beth Carvalho possui 16 discos de ouro, nove de platina e recebeu seis Prêmio Sharp.


No ano 2000, participou do CD "Os Melhores Do Ano II", no qual fez dueto com o grupo Fundo de Quintal. Lançou o disco "Pagode De Mesa 2", pela Indie Records. Neste CD interpretou "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole), "A Comunidade Chora" (Magno de Souza, Maurílio e Edvaldo), "Jequitibá" (Zé Ramos) e "Minha Festa" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). O disco contou com a participação especial do grupo Quinteto em Branco e Preto, formado por jovens sambistas vindos de São Mateus e Santo Amaro, bairros da cidade de São Paulo, na faixa "Melhor Pra Nós Dois" (Magno de Souza, Maurílio e Paquera). Teve vários de seus discos remasterizados para CD, entre eles, "Nos Botequins Da Vida", "De Pé No Chão", "No Pagode" e "Sentimento Brasileiro".

Em 2001, pela gravadora Jam Music, lançou o CD "Nome Sagrado - Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho". No disco foram incluídas "Nem Todos São Amigos" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Cheira À Vela" (Nelson Cavaquinho e José Ribeiro). Este mesmo CD contou com as participações especiais de Zeca Pagodinho na faixa "Dona Carola" (Nelson Cavaquinho, Nourival Bahia e Walto Feitosa Santos), Wilson das Neves em "Degraus Da Vida" (Nelson Cavaquinho, Antônio Braga e César Brasil), e de Guilherme de Brito na faixa "Pranto De Poeta" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Luz Negra" (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso), "Não Te Dói A Consciência" (Nelson Cavaquinho, Ari Monteiro e Augusto Garcez), "Notícia" (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Nourival Bahia), "Minha festa" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "A Flor E O Espinho" (Nelson CavaquinhoGuilherme de Brito e Alcides Caminha), "Nome Sagrado" (Nelson CavaquinhoGuilherme de Brito e José Ribeiro), "Palhaço" (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes), "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), "Rugas" (Nelson Cavaquinho, Augusto Garcez e Ary Monteiro), entre outras. Ainda neste ano, participou do CD e DVD "Jorge Aragão Ao Vivo Convida", lançado pela gravadora Indie Records.


Em 2003, participou do disco "A Flor E O Espinho", de Guilherme de Brito, lançado pela gravadora Lua Discos, no qual interpretou, em dueto com o anfitrião, a faixa "Folhas Secas", e ainda lançou o CD "Pagode De Mesa 2 Ao Vivo", pela gravadora Indie Records. No disco, acompanhada pelo grupo Quinteto Em Branco e Preto e gravado em show apresentado em São Paulo, foram incluídos clássicos como "Coração Leviano" (Paulinho da Viola), "Morrendo De Saudade" (Wilson Moreira e Nei Lopes), "Água De Chuva De Mar" (Carlos Caetano, Wanderley Monteiro e Gerson Gomes), "Acontece" (Cartola), "Firme E Forte" (Efson e Nei Lopes), "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole) e "Natal Diferente" (Arlindo Cruz e Sombrinha).

Ainda em 2003, lançou o CD "Beth Carvalho Canta Cartola", coletânea de vários sucessos do imortal sambista mangueirense por ela interpretados em seus discos. No disco, produzido pelo crítico musical e escritor Rodrigo Faour, foram incluídas "Camarim", "Consideração", "Motivação", "Cordas De Aço", "Acontece""O Mundo É Um Moinho", entre outras. Ao lado de Eliane Faria, Xangô da Mangueira, Délcio Carvalho, Diogo Nogueira, Dalmo Castelo, Wilson Moreira, Nelson Sargento, Nei Lopes e Áurea Martins, foi uma das estrelas convidadas para o show de lançamento do disco "Maxixe Não É Samba", de Vó Maria, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

Em 2004 foi a convidada do compositor baiano Riachão no projeto "Da Idade Do Mundo", no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Neste mesmo ano gravou o primeiro DVD da carreira. Intitulado "Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba". O DVD foi gravado no Canecão, onde a cantora reuniu três gerações do samba para a gravação. Além de interpretar alguns de seus maiores sucessos, entre eles, "Andança" (Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), "As Rosas Não Falam" (Cartola) e "Meu Guri" (Chico Buarque), recebeu diversos convidados, acompanhados pela banda integrada por Mauro Diniz (cavaco), Carlinhos Sete Cordas (violão de sete cordas) e os percussionistas Marcelinho Moreira, Jaguara e Marcos Esguleba. Entre os convidados destacavam-se Zeca Pagodinho em "Camarão Que Onda Leva" (Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço); Monarco e a Velha-Guarda da Portela em "Passarinho" (Chatim), "Saco De Feijão" (Chico Santana) e "A Chuva Cai" (Argemiro da Portela e Casquinha da Portela); Dona Ivone Lara em "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço" (Dona Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho); Nicolas Krassik, violinista francês, em "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); Nelson Sargento em "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento); Luiz Carlos da Vila em "Pra Conquistar Seu Coração" (Luiz Carlos da Vila e Wanderley Monteiro) e Teresa Cristina em "Argumento" (Paulinho da Viola). Também participaram do DVD, que chegou à marca de 50 mil cópias vendidas,  Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha e Quinteto em Branco e Preto.


No ano de 2005 lançou o CD "Beth Carvalho E Amigos", no qual foram compiladas algumas gravações de discos anteriores, tanto seus, como de seus amigos. No disco foram incluídas participações de Zeca PagodinhoAlmir Guineto, Martinho da VilaNelson CavaquinhoDona Ivone Lara, Golden Boys, Nelson GonçalvesPaulinho Tapajós, Mestre Marçal, Grupo Fundo de Quintal, Chico Buarque, Caetano VelosoFagner e Mercedes Sosa. Neste ano apresentou-se no Festival de Montreux. Ainda em 2005 fez show no Dia Nacional do Samba no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual recebeu como convidados Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho, Dudu NobreDona Ivone LaraVó Maria, Jongo da Serrinha, representado pela jongueira Dona Maria de Lourdes e 50 músicos e bailarinos, incluindo 10 crianças, Monarco, Nélson Sargento, Darcy da Mangueira, Ary do Cavaco, Sombrinha, Quinteto em Branco e Preto, Diogo Nogueira e o grupo Partideiros do Cacique de Ramos. O show foi gravado em CD e DVD e inaugurou o selo Andança, da própria Beth Carvalho.

No ano de 2006 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde montou uma autêntica roda de samba carioca. Festejou o aniversário de 60 anos em um show no Canecão, onde recebeu diversos convidados, entre os quais Noca da Portela, Monarco, Arlindo Cruz e Sombrinha. Na Lapa, centro do Rio de Janeiro, fez show ao lado de Luiz Melodia e a Orquestra Imperial no evento comemorativo Semana de Consciência Negra. Neste mesmo ano apresentou-se no projeto MPB meio Dia Em Ponto, no Teatro SESC Ginástico, sendo entrevistada por Ricardo Cravo Albin, cantando seus maiores sucessos e falando sobre sua carreira. Ainda em 2006 gravou, no Teatro Castro Alves em Salvador, o CD ao vivo "Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia".


O disco foi lançado no ano de 2007 em show no Canecão, no Rio de Janeiro. Na ocasião, gravou o DVD com 30 faixas (Conspiração Filmes), ambos lançados por seu selo musical Andança e distribuído pela gravadora EMI. No CD, com 18 faixas, recebeu diversos convidados do samba baiano, entre os quais Daniela Mercury em "Chiclete Com Banana" (Gordurinha); Riachão em "Cada Macaco No Seu Galho" (Riachão) e "Vai Morar Com O Diabo" (Riachão); Armandinho em "O Ouro E A Madeira" (Ederaldo Gentil); Marienne de Castro em "Raiz" (Roberto Mendes); Ivete Sangalo em "Brasil Pandeiro" (Assis Valente) e "Dindinha Lua" (Walmir Luna e João Rios); Walter Queirós e Ivete Sangalo em "Filhos da Bahia" (Walter Queirós); Gilberto Gil em "Mancada"; Carlinhos Brown em "Hora Da Razão" (Batatinha); Maria Bethânia em "É De Manhã" (Caetano Veloso); Caetano Veloso em "Desde Que O Samba É Samba" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) e ainda Margareth Menezes, a bateria do Bloco Afro Olodum, além de pot-pourri de sambas-de-roda acompanhada pelas Baianas do Gantois e as Baianas de Santo Amaro. O ícone Dorival Caymmi, a quem o CD é dedicado, também foi homenageado nas faixas "Oração À Mãe Menininha", "Samba Da Minha Terra", "João Valentão" e "Maracangalha", esta última com a participação especial de Danilo Caymmi. No DVD, com direção de Lula Buarque de Hollanda (Conspiração Filmes), também foram incluídas outras tantas composições, entre as quais "Siriê" (Edil PachecoPaulo Diniz); "Ilha De Maré" (Walmir Lima e Lupa); "Verdade" (Nelson Rufino e Carlinhos Santana); "Samba Pras Moças" (Roque Ferreira e Grazielle Ferreira) e "Ê Baiana" (Baianinho, Fabrício da Silva, Miguel Pancrácio e Ênio Santos Ribeiro). Neste mesmo ano participou, ao lado de vários artistas, como Martinho da Vila, Alcione, Zeca Pagodinho, Nelson Sargento, Ivete Sangalo, Jair Rodrigues, Velha-Guarda da Portela, ente outros, da gravação do primeiro CD e DVD "Cidade Do Samba", do Selo ZecaPagodiscos (Universal Music), no qual fez dueto com Diogo Nogueira na faixa "Deixa A Vida Me Levar" (Serginho Meriti e Eri do Cais). O evento foi apresentado por Ricardo Cravo Albin e contou com a arranjos e produção musical de Rildo Hora, sendo gravado na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Ainda em 2007 iniciou um programa musical na TVE Brasil, com direção de Belisário França, no qual homenageava um grande compositor do nosso cancioneiro.


Em 2011 apresentou-se no SESC Rio "Oi Noites Cariocas", no Píer Mauá, RJ, após um ano e meio afastada dos shows por problemas de saúde. Neste show, em que cantou grandes sucessos que fizeram parte de sua carreira, contou com as participações de Martinho da Vila, Fundo de Quintal e Mariene de Castro. Nesse mesmo ano foi lançada, pelo selo Discoberta, a caixa com cinco CDs, "Primeiras Andanças", que documenta a primeira década, correspondente aos anos de 1965 à 1975, da carreira discográfica da cantora. Essa coletânea, produzida por Marcelo Fróes, inclui as reedições dos três primeiros álbuns de samba de sua carreira, (gravados entre 1973 e 1975, e os volumes "Anos 60" e "Anos 70", com canções que a cantora gravou para os Festivais da MPB. Comandou o "Show do Trabalhador", em comemoração ao Dia do Trabalho, ao lado dos músicos Dirceu Leite (sopro), Jorge Gomes (bateria), Carlinhos Sete Cordas (violão de 7 cordas), Charlles da Costa (violão de 6 cordas), Marcio Vanderlei (cavaquinho), Paulinho da Aba (pandeiro), Marcelo Pizzott (repique), Pirulito (percussão) Chá Chá Chá (surdo) e Beloba (tantan). Este evento, realizado na Quinta da Boa Vista, contou com as participações de Nelson Sargento, Monarco e Dudu Nobre. Ainda em 2011, recebeu uma homenagem na Academia Brasileira de Letras, sendo convidada para a Merenda Acadêmica, evento criado para aproximar da Academia figuras expressivas dos segmentos artísticos, empresariais, esportivos, da qual participaram, na ocasião, os imortais Marcos Vinicius Vilaça e Ana Maria Machado.

Em 2012 seu disco "Nosso Samba Tá Na Rua" conquistou o prêmio de Melhor Álbum de Samba na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O mesmo disco recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode. Foi homenageada pela Velha Guarda da Mangueira com os CDs "Homenagens Vol. 1 e Vol. 2" (2012), que foram dedicados à Madrinha Beth Carvalho. Ainda em 2012 a gravação que fez de "O Mundo É Um Moinho" (Cartola), foi incluída na trilha sonora da novela "Lado a Lado", da TV Globo.

Em 2013 voltou aos palcos do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, depois de meses hospitalizada por conta de um problema na coluna. Durante o período de internação gravou, dentro de seu quarto no hospital, participações nos CDs de sua sobrinha Lu Carvalho, do cantor Léo Russo e em um disco de inéditas de Dona Ivone Lara. Beth Carvalho foi uma das atrações principais do Palco Santa Clara montado na Praia de Copacabana, para as comemorações do Réveillon de 2014, no Rio de Janeiro.


Em 2014 apresentou o show "Ensaio Aberto" no Centro Cultural João Nogueira - Imperator, no Rio de Janeiro, para a escolha do repertório do DVD que gravou ao vivo três dias depois, em show no Parque Madureira, também no Rio de Janeiro. Foi consultora de José Maurício Machiline para o roteiro do show do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o samba. Também integrou o elenco fixo da turnê do prêmio, que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e passou pelos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Participou do "Sambabook Zeca Pagodinho", lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou "Lama Nas Ruas" (Almir Guineto e Zeca Pagodinho). Apresentou-se na cerimônia da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o gênero samba, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na ocasião interpretou "Preciso Me Encontrar" (Candeia), "O Sol Nascerá" (Cartola e Elton Medeiros) e "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares). Participou da turnê especial da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, em homenagem ao gênero samba. O registro do show, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi lançado em CD e DVD pelo selo Universal Music. Ainda em 2014 lançou o CD e DVD "Beth Carvalho Ao Vivo No Parque Madureira", lançado pelo seu selo Andança em parceria com a Som Livre e o Canal Brasil. O disco incluiu sucessos que ficaram conhecidos em sua voz como "São José De Madureira" (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho), "Senhora Rezadeira" (Dida da Portela e Dedé), "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci) e músicas inéditas em sua voz como "Estranhou O Quê?" (Moacyr Luz), "Meu Lugar" (Arlindo Cruz e Mauro Diniz), "Se A Fila Andar" (Toninho Geraes e Paulinho Rezende), entre outras.

Em 2015 compareceu à estreia do espetáculo em sua homenagem "Andança - Beth Carvalho, O Musical", na teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, com texto de Rômulo Rodrigues, direção de Ernesto Piccolo e direção musical de Rildo Hora. O musical biográfico pôs em cena a trajetória dos 50 anos de carreira da cantora. Ainda em 2015 comemorou seus 50 anos de carreira em show realizado no Teatro Metropolitan, no Rio de Janeiro, com 2.500 ingressos esgotados.

Em 2018 apresentou-se no Rio de Janeiro, ao lado do grupo Fundo de Quintal, comemorando os 40 anos do LP "De Pé No Chão", marco da consolidação do pagode carioca, relançado nesse ano nas plataformas digitais, em show histórico em que cantou deitada por conta dos problemas de saúde que vinha enfrentando.

Festivais

Aos 19 anos ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção de 1968, com a canção "Andança" (Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto) com vocal de Golden Boys, na TV Globo - Canal 4, do Rio de Janeiro.

Beth Carvalho participou dos festivais de música das TV Excelsior, TV Record e TV Tupi. Era estudiosa dos sambas brasileiros, chegando a trabalhar com o legendário escritor e compositor Nelson Sargento.

Em 1971, Beth Carvalho era a cantora da escola de samba Unidos de São Carlos, atual GRES Estácio de Sá, indo para a Estação Primeira de Mangueira, e se dedicando totalmente a verde e rosa, que são as cores da escola.

Conheceu Jorge Aragão no bloco carnavalesco Cacique de Ramos, onde cantava e desfilava animada, junto com o bloco. Jorge Aragão deu para ela gravar em 1977, a música "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci).

Beth Carvalho é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, com dezenas de sucessos e participações importantes em diversos movimentos de apoio à música brasileira.

Zeca Pagodinho e Beth Carvalho
Turnês e Descobertas

Beth Carvalho fez turnês em Lisboa, Montreux, Paris, Madri, Atenas, Berlim, Miami e São Francisco. Nesses anos todos de carreira descobriu talentos, tais como Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Gracia do Salgueiro, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi.

Ativismo

Beth Carvalho era admiradora de Leonel Brizola, Fidel Castro e Hugo Chávez. Era torcedora do Botafogo e filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Apoiou Luiz Inácio Lula da Silva em todas suas campanhas presidenciais. Integrou o coro que entoou o jingle "Lula Lá" em 1989.

Em 2010, apoiou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e também era apoiadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Polêmicas

No carnaval de 2007 foi injustiçada pela diretoria da Mangueira, sua escola de samba. Com problemas na coluna, pediu um carro alegórico para desfilar e foi atendida. Entretanto, no dia do desfile foi impedida de subir no carro, por Raimundo de Castro, um membro baluarte da Escola, que invocou o fato de ela não ser baluarte. Isso deixou Beth Carvalho muito desapontada com os diretores da escola, pois no ano anterior, ela havia saído no mesmo carro, autorizada por Alvinho, presidente da escola na época. Desde o episódio, Beth Carvalho se afastou dos eventos da escola.

No carnaval de 2008, Beth Carvalho participou da homenagem a Cartola, mas fora da Mangueira. A cantora saiu na Viradouro, que também homenageou o centenário do compositor fundador da Mangueira. Beth Carvalho afirmou, em nota publicada em seu site oficial que "jamais deixaria de ser mangueirense, e que estará sempre com o seu coração na verde e rosa". Porém afirmou que "jamais voltará a pisar na quadra da escola enquanto não receber um pedido formal de desculpas por parte do presidente", Percival Pires, o Perci.

Percival não era mais o presidente da escola, pois renunciou ao cargo após denúncias de envolvimento com o tráfico de drogas no morro da Mangueira. Entretanto a vice-presidente Chininha, que assumiu seu posto, pertencia ao mesmo grupo político que barrou Beth Carvalho. A única chance dela voltar à escola seria a eleição de uma nova diretoria, ou então o tal pedido formal de desculpas ser feito, o que aconteceu logo após o carnaval de 2009. Ivo Meirelles, o novo presidente foi à casa de Beth Carvalho com a imprensa, pedir desculpas e anunciar que ela iria homenagear Nelson Cavaquinho no enredo de 2011.

Em 2011, depois de uma ausência de quatro anos, Beth Carvalho voltou a prestigiar a escola do coração. Ela foi ao desfile de cadeira de rodas, devido a uma cirurgia que havia sofrido recente. A cantora veio triunfante ao lado de Sérgio Cabral, em um carro alegórico que homenageava Cartola, Dona ZicaNelson Cavaquinho e Guilherme de Brito.

Em 2012, Beth Carvalho saiu na comissão de frente da mangueira, mostrando que a paz entre ela e a verde e rosa estava selada, junto com Bira PresidenteUbirany (integrantes do grupo Fundo de Quintal) e Jorge Aragão, representando os frutos da tamarineira do Cacique de Ramos.

Problemas de Saúde

Desde 2010, Beth Carvalho vinha enfrentando um drama pessoal: Ela sofreu uma fissura no sacro, um osso localizado na base da coluna vertebral. Devido a esse problema, ela ficou deitada na cama muito tempo, sem poder nem se sentar ou andar. O problema foi agravado por uma neuropatia, causada por ela ter ficado muito tempo na mesma posição durante a cirurgia na coluna.

O problema na coluna foi provocado por uma artrose no fêmur que fazia com que a cantora andasse mancando, causando a fissura. No entanto, ela sempre se demonstrou otimista pela recuperação e feliz por receber o total apoio da família e dos amigos.

No final de 2010 Beth Carvalho voltou aos palcos em um show no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Após a recuperação, teve novas complicações na coluna, ficando durante um ano e um mês no hospital. Nas últimas semanas no hospital, Beth Carvalho teve uma infecção pulmonar em decorrência de uma infecção num cateter, foi parar no CTI, mas teve alta no final de agosto de 2013. Realizou um show de retorno no dia 07/09/2013 no Vivo Rio.

Nessa última fase de Beth Carvalho no hospital, algumas rodas de samba fizeram um minuto de silêncio, pois foi noticiado por algumas fontes que ela havia morrido.

Em 2017, Beth Carvalho foi enredo da escola de samba da série A Alegria da Zona Sul, com o samba "Vou Festejar Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba", desfilando na avenida na sexta-feira de carnaval, rodeada por amigos como Nelson Sargento, Moacyr Luz, Moyseis Marques, Wanderley Monteiro, Claudinho Guimarães, Marcelinho Moreira, Edmundo Souto, Fred Camacho, Elisa Lucinda, Gustavo Gasparani e o elenco da musical "Andança".

Morte

Beth Carvalho faleceu às 17h33 de terça-feira, 30/04/2019, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de infecção generalizada. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro desde o dia 08/01/2019.

O velório está marcado para começar às 10h00 da quarta-feira, 01/05/2019, no salão nobre do Botafogo, time para o qual Beth Carvalho torcia. Às 16h00, o cortejo, com carro do Corpo de Bombeiros, deve partir para o Crematório do Caju.

Discografia

  • 1965 - Porque Morrer De Amor? (RCA Victor)
  • 1966 - Muito Na Onda (Copacabana)
  • 1969 - Andança (EMI-Odeon)
  • 1971 - Beth Carvalho: Especial (EMI-Odeon)
  • 1971 - Amor, Amor (Tapecar)
  • 1973 - Canto Para Um Novo Dia (Tapecar)
  • 1974 - Pra Seu Governo (Tapecar)
  • 1975 - Pandeiro E Viola (Tapecar)
  • 1976 - Mundo Melhor (RCA Victor)
  • 1977 - Nos Botequins Da Vida (RCA Victor)
  • 1978 - De Pé No Chão (RCA Victor)
  • 1979 - No Pagode (RCA Victor)
  • 1980 - Sentimento Brasileiro (RCA Victor)
  • 1981 - Na Fonte (RCA Victor)
  • 1982 - Traço De União (RCA Victor)
  • 1983 - Suor No Rosto (RCA Victor)
  • 1984 - Coração Feliz (RCA Victor)
  • 1985 - Das Bençãos Que Virão Com Os Novos Amanhãs (RCA / Ariola)
  • 1986 - Beth (RCA / Ariola)
  • 1987 - Beth Carvalho Ao Vivo Em Montreux" (RCA / BMG / Ariola)
  • 1988 - Toque De Malícia (RCA / BMG / Ariola)
  • 1988 - Alma Do Brasil (Philips / Polygram)
  • 1989 - Saudades Da Guanabara" (Philips/ Polygram)
  • 1991 - Intérprete (Philips / Polygram)
  • 1991 - Beth Carvalho Ao Vivo No Olímpia (Som Livre)
  • 1992 - Pérolas - 25 Anos De Samba (Som Livre)
  • 1993 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo (Velas)
  • 1994 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo Vol. II (Velas)
  • 1996 - Brasileira Da Gema (Philips / Polygram)
  • 1996 - Meus Momentos (EMI-Odeon)
  • 1998 - Pérolas Do Pagode (Globo Records / Polydor / Polygram)
  • 1999 - Pagode Da Mesa - Ao Vivo (Philips / Universal Music)
  • 2000 - Pagode Da Mesa 2 - Ao Vivo (Indie Records)
  • 2000 - Os Melhores Do Ano Vol. II (Indie Records)
  • 2001 - Nome Sagrado - Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho (JAM Music)
  • 2003 - Beth Carvalho Canta Cartola (RCA / BMG)
  • 2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida (Indie Records)
  • 2005 - Beth Carvalho E Amigos (RCA / BMG)
  • 2005 - Maxximum (Sony BMG)
  • 2011 - Nosso Samba Tá Na Rua (Andança Records / EMI-Odeon)

DVD

  • 2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida
  • 2006 - Beth Carvalho - 40 Anos De Carreira Ao Vivo No Theatro Municipal
  • 2008 - Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia
  • 2014 - Beth Carvalho - Ao Vivo No Parque Madureira

Prêmios e Indicações

Grammy Latino

  • 2001 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Pagode de Mesa 2 - Ao Vivo" (Indicado)
  • 2005 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "A Madrinha do Samba ao Vivo Convida" (Indicado)
  • 2007 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "40 Anos de Carreira: Ao Vivo no Teatro Municipal Vol. 2" (Indicado)
  • 2008 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia ao Vivo" (Indicado)
  • 2009 - Prêmio Especial - Conquista de Toda Uma Vida - "Beth Carvalho" (Venceu)
  • 2012 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Nosso Samba Tá na Rua" (Venceu)
Prêmio da Música Brasileira

  • 2015 - Melhor Álbum de Samba - "Beth Carvalho - Ao Vivo no Parque Madureira" (Indicado)
  • 2015 - Melhor Cantora de Samba - "Beth Carvalho" (Indicado)
Prêmio Contigo! MPB FM

  • 2012 - Melhor Álbum de Samba - "Nosso Samba Tá na Rua" (Indicado)

Fonte: Wikipédia
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