Bráulio Pedroso

BRÁULIO NUNO DE ALMEIDA PEDROSO
(59 anos)
Autor de Novela

* São Paulo, SP (30/04/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/08/1990)

O grande eixo do seu trabalho era o uso do deboche e do bom humor para criticar os tipos preestabelecidos existentes na sociedade brasileira, temática desenvolvida por meio de um notável arrojo formal.

Paulistano, ele trabalhou durante vários anos na Rede Globo, onde escreveu telenovelas de grande sucesso como O Cafona (1971), O Bofe (1972), O Rebu (1974) e Feijão Maravilha (1979), apesar de anteriormente ter trabalhado no cinema nas funções de assistente de direção, montador e crítico, e escreveu para o teatro a peça O Fardão, que ganhou o Prêmio Molière.

Sua primeira novela como autor titular foi Beto Rockfeller (TV Tupi, 1968), comédia que foi um grande sucesso de audiência e que consagrou o ator Luis Gustavo. Beto Rockfeller também ganharia uma continuação em 1973, A Volta de Beto Rockfeller, que não obteve o mesmo êxito, mas mesmo assim não comprometeu o personagem.

Entre 1985 e 1986 trabalhou em uma equipe de criação de texto da extinta TV Manchete, onde escreveu a novela Tudo Em Cima e o seriado Tamanho Família.

No final dos anos 80 foi contratado pelo SBT, onde co-escreveu - sem ser creditado - o argumento da novela Cortina de Vidro (1989) e preparava, antes de morrer, o remake de seu maior êxito: Beto Rockfeller.

Televisão

  • 1968 - Beto Rockfeller (TV Tupi - 1968/1969)
  • 1969 - Super Plá (TV Tupi)
  • 1971 - O Cafona (TV Globo)
  • 1972 - O Bofe (TV Globo)
  • 1973 - A Volta de Beto Rockfeller (TV Tupi)
  • 1974 - O Rebu (TV Globo)
  • 1978 - O Pulo do Gato (TV Globo)
  • 1979 - Feijão Maravilha (TV Globo)
  • 1980 - Plantão de Polícia (TV Globo - 1980/1981 - co-autor)
  • 1981 - Amizade Colorida (TV Globo - co-autor)
  • 1982 - Parabéns Pra Você (TV Globo)
  • 1985 - Tudo Em Cima (TV Manchete)
  • 1985 - Tamanho Família (TV Manchete 1985/1986)

Teve sua novela O Pulo do Gato adaptada em 1992 pela televisão chilena.

Bráulio Pedroso faleceu vítima de fratura nas vértebras cervicais, causada por uma queda no banheiro de sua própria casa. Tinha 59 anos e sofria de Espondilite Anquilosante.

Deixou dois filhos, João Manoel e Felipe, e os netos Sofia e Pedro.

Fonte: Wikipédia

Joel Silveira

JOEL SILVEIRA
(88 anos)
Jornalista e Escritor

* Lagarto, SE (23/09/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/08/2007)

Autodidata, cursou até o segundo ano do curso de direito. Tido como militante de esquerda e por divergências com seu pai, o qual considerava um burguês, mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1937, disposto a trabalhar como jornalista, função na qual se destacou, tornando-se, inclusive, escritor.

Embora pareça paradoxal o período do Estado Novo permitiu que ele e mais um grupo de jovens jornalistas, como David Nasser, Edmar Morel e Samuel Wainer, viessem a se notabilizar pela "grande reportagem" dos anos 1940, forma encontrada pelos jornais para sobreviver à censura imposta pela ditadura.

Seu primeiro emprego foi no periódico literário Dom Casmurro, de propriedade de Brício de Abreu e Álvaro Moreyra, que era um jornal esquerdista. Depois foi repórter e secretário da revista Diretrizes, semanário de propriedade de Samuel Wainer, onde permaneceu até a redação ser fechada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), em 1944.


Seus mais de 60 anos de carreira contabilizaram passagens por diversas redações do país, nas quais ocupou inúmeros cargos. Foi escolhido por Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, para ser correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira, apesar de parecer contrário do Departamento de Imprensa e Propaganda e do general Eurico Gaspar Dutra, então Ministro da Guerra. Além do mais, apesar de haver outros candidatos de peso à missão, como David Nasser, Edmar Morel e Carlos Lacerda.

"Quando me inscrevi para seguir com a FEB como correspondente de guerra, eles fizeram de tudo para que eu não embarcasse. A acusação era a de sempre: comunista."

É reconhecido por ser um dos precursores do jornalismo internacional e do jornalismo literário no Brasil. Ganhou de Assis Chateaubriand o apelido de "a víbora" por seu estilo ferino e impactante.

As reportagens Eram Assim os Grã-Finos em São Paulo e A Milésima Segunda Noite da Avenida Paulista o consagraram como profissional e hoje são tidas como verdadeiros clássicos do gênero.

Publicou cerca de 40 livros. Foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo conjunto de sua obra.

Foi ganhador dos prêmios Líbero Badaró, Prêmio Esso Especial, Prêmio Jabuti e o Golfinho de Ouro.

Pouco antes de falecer, foi homenageado no segundo Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado entre os dias 17 e 19 de maio de 2007 pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Por conta de problemas de saúde, foi representado pela filha.

Joel Silveira morou em Copacabana, no Rio de Janeiro, até sua morte, em 2007. Morreu de causas naturais.

Fonte: Wikipédia