Diva Pacheco

DIVA PACHECO
(72 anos)
Atriz

* Panelas, PE (02/03/1940)
+ Caruaru, PE (20/07/2012)

Diva Pacheco era viúva de Plínio Pacheco, gaúcho que idealizou e construiu o teatro de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, para abrigar a encenação mais famosa da Paixão de Cristo no Brasil. Plínio Pacheco morreu em 2002. A atriz deixou uma bisneta, oito netos e sete filhos: Xuruca, Nena, Robinson e Paschoal (já falecido), biológicos, e Flávio e Pedro, adotivos.

Diva Pacheco nasceu em Panelas, Pernambuco, em 1940. Em 1956, conheceu Plínio Pacheco, 12 anos mais velho e divorciado. A família de Diva não aprovou o relacionamento, e os dois fugiram para casar-se, voltando ao estado em 1958, como marido e mulher.

A atriz interpretou Maria nos primeiros anos da Paixão de Cristo, além de contribuir na criação de figurinos e adereços para o espetáculo. Participou de cinco filmes, entre eles "A Noite do Espantalho", Batalha dos Guararapes e A Compadecida.

Na televisão chegou a ser diretora de arte na TV Globo do Rio de Janeiro, na novela Roque Santeiro e na minissérie "Morte e Vida Severina". Seu último trabalho foi em 2005, na novela A Lua Me Disse, de Miguel Falabella, onde interpretou Sulanca.

Além de atriz, Diva Pacheco também reinava nos bailes de carnaval do Recife. Por diversas vezes venceu concursos de fantasia no Bal Masqué e Baile Municipal

Depoimento

O diretor e ator da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, Carlos Reis, relembrou o início da amizade com Diva Pacheco: "Eu a conheci em 1960 e ela já estava liga à coordenação do espetáculo com Plínio e de lá para cá estabelecemos uma amizade sólida. Ela sempre esteve à frente dos trabalhos de produção e foi um esteio na criação e fundação de Nova Jerusalém, suportando todas as dificuldade para construir o teatro".


Morte

A atriz pernambucana, imortalizada no papel de Maria na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, morreu às 9h10 da manhã de sexta-feira (20/07/2012), em Caruaru, no agreste do estado de Pernambuco. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva da Unimed Caruaru, vítima de câncer na tireoide. Segundo familiares, foi internada na quinta-feira (19/07/2012). 


Raul Torres

RAUL MONTES TORRES
(64 anos)
Cantor e Compositor

* Botucatu, SP (11/07/1906)
* São Paulo, SP (12/07/1970)

Raul Torres foi um cantor e compositor brasileiro filho de imigrantes espanhóis.

Ainda em sua cidade natal  iniciou na música, cantando modas de viola em festas, acompanhado de amigos. Com a decisão de seguir a carreira artística, mudou-se para São Paulo. Para se manter na capital paulista exerceu outras atividades profissionais. Foi cocheiro na Estação da Luz. Paralelamente exercia a atividade artística, cantando em bares, circos e cabarés. Trabalhou como lenheiro no trem de lenha da Estrada de Ferro Sorocabana, fazendo o percurso entre a Barra Funda e a cidade de Itararé. Trabalhou com o pai da cantora Inezita Barroso, a quem ensinou o rasqueado, sendo um dos influenciadores da, então menina, em seu interesse pela música sertaneja.

Iniciou na vida artística na Rádio Educadora de São Paulo, em 1927, cantando modas de viola. Vendo a apresentação de Jararaca e Ratinho e do conjunto nordestino Turunas da Mauricéia em São Paulo, ficou bastante impressionado. Abandonou o estilo caipira e passou a cantar no conjunto Turunas Paulistas, criado pelo tocador de bandola Cardia, que imitava o grupo nordestino Turunas da Mauricéia. Por essa época já dava mostras de sua versatilidade, apresentando-se na sala de espera do Cinema Odéon, na zona central da capital paulista.

No ano de 1937, formou dupla com Serrinha, que era seu sobrinho e passou a dedicar-se a escrever e cantar músicas caipiras. No ano de 1940, escreveu a clássica Saudades de Matão. Compôs mais de 100 canções, entre as quais a Moda da Mula Preta.

Em 1945, começou a compor com João Baptista da Silva, mais conhecido como João Pacífico e, desta parceria, resultam as canções "Pingo d'Água", "Colcha de Retalhos", "Mourão da Porteira", "Cabocla Teresa".

A partir de 1960, passou a se dedicar cada vez mais à apresentação de programas de rádio, especialmente pela Rádio Record de São Paulo e durante muitos anos apresentou um programa com o violeiro Florêncio.

Estátua de Raul Torres na Praça Emilio Peduti em Botucatu, SP
Quando tinha 50 anos, casou-se com Adelina Aurora Barreira, no ano de 1955. Sua mulher era funcionária pública. Eles permaneceram casados até o dia de sua morte. Raul e Adelina, tinham costume de espairecer e farrear em bares e praças, em São Paulo, onde se reuniam com um grupo de pessoas, para tocar clássicos da obra de Raul Torres e se divertir. 

Faleceu um dia depois de completar 64 anos, logo após a gravação do LP "O Maior Patrimônio da Música Sertaneja".

Fonte: Wikipédia