Aluísio de Azevedo

ALUÍSIO TANCREDO BELO GONÇALVES DE AZEVEDO
(55 anos)
Romancista, Contista, Cronista, Caricaturista, Desenhista, Pintor, Jornalista e Diplomata

☼ São Luís, MA (14/04/1857)
┼ Buenos Aires, Argentina (21/01/1913)

Aluísio Tancredo Belo Gonçalves de Azevedo foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro, além de bom desenhista e discreto pintor.

Ainda criança revelou pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transferiu-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais.

Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de Dona Emília Amália Pinto de Magalhães, separada do rico comerciante português Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio de Azevedo, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur de Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais.

Com o falecimento do pai em 1879, volta ao Maranhão para sustentar a família, onde, instigado por dificuldades financeiras, finalmente dá início à atividade literária, publicando "Uma Lágrima de Mulher" (1880).

Em 1881, ano dentre a crescente efervescência abolicionista, publica o romance "O Mulato", obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial. Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.

Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.

Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscile entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento.

Diplomata

Feito Diplomata em 1895 deixa definitivamente da pena, indo servir na Espanha, Inglaterra, Itália, Japão (do qual fez apontamentos antevidentes e singulares), Paraguai e Argentina.

Em 1910, feito já Cônsul de primeira classe, instala-se em Buenos Aires, onde, passados quase três anos, vem a falecer deixando esposa e os dois filhos desta.

Academia Brasileira de Letras

Aluísio Azevedo foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 4, que tem por patrono Basílio da Gama.

Contribuições

  • Inaugurou a estética do naturalismo no Brasil com a publicação do romance "O Mulato" (1881). É também autor de outros romances de mesma estética, "Casa de Pensão" (1884), "O Cortiço" (1890) e outros.
  • Tendo por influência escritores naturalistas europeus, dentre eles Émile Zola, por tal ótica capta a mediocridade rotineira, a vida dos sestros, os preconceitos e mesmo taras individuais, opção contrária à dos românticos precedentes.
  • Fazem-se veementemente presentes em sua obra certos traços fundamentais do naturalismo, quais sejam a influência do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, também o fatalismo. Em Aluísio de Azevedo "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi.

Obras

  • 1880 - Uma Lágrima de Mulher (Romance)
  • 1881 - O Mulato (Romance)
  • 1882 - Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores (Romance)
  • 1882 - Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper (Romance)
  • 1884 - Casa de Pensão (Romance)
  • 1884 - Filomena Borges (Romance)
  • 1887 - O Homem (Romance)
  • 1890 - O Cortiço (Romance)
  • 1890 - O Coruja (Romance)
  • 1894 - A Mortalha de Alzira (Romance)
  • 1895 - Demônios (Contos)
  • 1895 - O Livro de uma Sogra (Romance)
  • 1894 - O Japão ¹
  •            O Touro Negro (Crônicas e Epistolário)
  •            Os Doidos (Peça)
  •            Casa de Orates (Peça)
  •            Flor de Lis (Peça)
  •            Em Flagrante (Peça)
  •            Caboclo (Peça)
  •            Um Caso de Adultério (Peça)
  •            Venenos Que Curam (Peça)
  •            República (Peça)
  •            O Esqueleto ²

¹ Publicado, a partir de manuscritos encontrados na Academia Brasileira de Letras (1894)
² Não obstante publicado em recente versão de suas obras completas, organizadas por Nogueira Jr., não é de autoria de Aluísio Azevedo senão de Olavo Bilac e de Pardal Mallet.

Fonte: Wikipédia

Aníbal Machado

ANÍBAL MONTEIRO MACHADO
(69 anos)
Escritor, Professor, Jogador de Futebol e Homem de Teatro

☼ Sabará, MG (09/12/1894)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/01/1964)

Aníbal Monteiro Machado fez os estudos secundários em Belo Horizonte, no Colégio Dom Viçoso, e no Externato do Ginásio Mineiro, hoje Colégio Estadual. Iniciou o curso superior na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro, transferindo-se depois para a de Belo Horizonte, onde se formou em dezembro de 1917.

Tornou-se então professor de História Universal num colégio estadual de Minas Gerais e crítico de artes plásticas no Diário de Minas, onde trabalhou com os poetas Carlos Drummond de Andrade e João Alphonsus de Guimaraens. Depois foi Promotor Público, primeiro em Minas Gerais, e em seguida no Rio de Janeiro, na época capital do país, em 1924.

Por não se sentir com vocação para a carreira jurídica, deixou a promotoria para ser professor de literatura do Colégio Pedro II. Exercia o magistério paralelamente a um cargo burocrático no Ministério da Justiça, do qual se demitiu diante da movimentação política que resultou na Revolução de 1930.

Começou na literatura quando estudante e, no Rio de Janeiro, ligou-se aos Modernistas, com assídua colaboração nos periódicos Revista de Antropofagia, Estética, Revista Acadêmica e Boletim de Ariel.

Eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores organizou, com Sérgio Milliet, o I Congresso Brasileiro de Escritores, em 1945. Este congresso, ao defender a liberdade democrática, precipitou o fim da ditadura de Getúlio Vargas.


Apesar de sua atuação no meio literário, o primeiro livro, um ensaio sobre cinema, surgiu apenas em 1941 quando já tinha 46 anos. Na ficção, sua estreia em livro foi "Vida Feliz" (1944), seguindo-se "Histórias Reunidas" (1955), "Cadernos de João" (1957) e, postumamente, "João Ternura" (1965).

Marcou sua presença de destaque no panorama do conto brasileiro com textos antológicos, como "Viagem aos Seios de Duília", "Tati, a Garota" e "A Morte da Porta-Estandarte".

Ligado ao teatro, ajudou a fundar vários grupos teatrais, tais como Os Comediantes, o Teatro Experimental do Negro, Teatro O Tablado e o Teatro Popular Brasileiro.

Traduziu peças de Anton Checov e Franz Kafka e escreveu a peça "O Piano", adaptada da novela de mesmo nome. Por esta peça, recebeu o Prêmio Cláudio de Sousa, da Academia Brasileira de Letras (ABL). Também foi condecorado com a Legião de Honra.

Na década de 60, seus contos "A Morte da Porta-Estandarte", "Tati, a Garota" e "Viagem aos Seios de Duília" ganharam versões para o cinema, com colaboração do próprio Aníbal Machado nos roteiros. Manoel Carlos adaptou vários contos de sua obra na telenovela "Felicidade", exibida pela TV Globo em 1991.

Aníbal Machado teve seis filhas, entre elas a famosa escritora e teatróloga Maria Clara Machado, uma grande cultuadora e guardiã de sua obra.

Atlético

Aníbal Machado foi também jogador de futebol, e participou do primeiro time titular do Clube Atlético Mineiro, em 1909, entrando para a história do clube por ter marcado o primeiro gol da história do Atlético Mineiro. Jogou por três anos, até se formar em Direito, participando também da diretoria do clube.

Importância de Sua Obra

Tendo publicado apenas 13 contos, Aníbal Machado produziu, pelo menos, uma obra-prima, "Viagem aos Seios de Duília", além de uns cinco ou seis contos notáveis, como "O Iniciado do Vento", "O Piano", "Tati, a Garota" e "O Telegrama de Ataxerxes" (este com um forte acento Kafkiano, embora revestido de um certo humor).

"Viagem aos Seios de Duília", na opinião dos críticos, não é apenas um dos maiores contos brasileiros, mas merece figurar entre os maiores do conto universal.

Este conto narra as desventuras de José Maria, um funcionário público, que sublimou na dedicação ao trabalho a sua solidão, a falta de convívio com as mulheres, a incomunicabilidade. José Maria jamais se libertou da visão de um seio de Duília, quando ambos eram adolescentes. Ao se ver aposentado, depois de estéreis tentativas de, enfim, "viver a vida", o velho funcionário, mais do que nunca, se volta para aquela visão do passado e decide ir à procura da mocinha que lhe proporcionou, talvez, a única coisa boa da sua vida.

É um texto magistral sobre a coragem do ser e do vir a ser, sobre a busca de novos desafios e a recusa a considerar aposentadoria como sinônimo de morte, embora esta busca e esta recusa possam ser inúteis.

Fonte: Wikipédia

Vicente Rao

VICENTE PAULO FRANCISCO RAO
(85 anos)
Advogado, Político e Jurista

☼ São Paulo, SP (16/06/1892)
┼ São Paulo, SP (19/01/1978)


Vicente Rao foi um advogado, político e jurista brasileiro, nascido em São Paulo, SP, no dia 16/06/1892. Era filho de Nunciato Rao e Raquel di Sicila Rao. Casou-se com Ana Apodias Rao.

Formou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo em 1911. Em 1912 formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Começou no escritório de Estevam de Almeida, pai do poeta Guilherme de Almeida e de Tácito de Almeida. Colaborou no Diário do Comércio, fazendo comentários jurídicos, assim como Plínio Barreto, até se tornar redator.

Atuação e Serviço Público

Em 1926 participou da criação do Partido Democrático (PD) de São Paulo, organização descontente com o predomínio do Partido Republicano Paulista (PRP).

Partidário de Getúlio Vargas, com a vitória da Revolução de 1930, assumiu como chefe de polícia de São Paulo.

O Partido Democrático (PD) rompeu com Getúlio Vargas em janeiro de 1932 e formou, junto com o Partido Republicano Paulista (PRP), a Frente Única Paulista (FUP), reivindicando a Constituição do país e a restituição da autonomia a São Paulo.

Em julho de 1932 ocorreu em São Paulo a Revolução Constitucionalista, organizado pela Frente Única Paulista (FUP). O movimento foi derrotado em outubro de 1932 e Vicente Rao foi exilado para a França.

Em 1934, de volta ao Brasil, fundou com Armando de Sales Oliveira o Partido Constitucionalista de São Paulo. Vicente Rao foi indicado para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores do governo de Getúlio Vargas (1934-1937).

Em 1934, Vicente Rao participou da fundação da Universidade de São Paulo (USP), tornando-se professor da Faculdade de Direito.

Vicente Rao elaborou a Lei de Segurança Nacional de 1935 que estabeleceu sanções para jornais e emissoras de rádio subversivos, além de permitir a cassação de patentes de oficiais das forças armadas. Foi também o responsável pelo fechamento da Aliança Nacional Libertadora (ANL), alegando o caráter comunista da organização.

Em janeiro de 1936, Vicente Rao criou a Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo. Em fevereiro, a comissão requereu a prisão de Pedro Ernesto Baptista, então prefeito do Distrito Federal, do coronel Filipe Moreira Lima, do jornalista Maurício Paiva de Lacerda e do educador Anísio Teixeira, entre outros.

Saiu do ministério em janeiro de 1937 e continuou suas atividades como advogado e professor da Universidade de São Paulo (USP). Com o Estado Novo, em 10/11/1937, sofreu perseguições políticas. Foi demitido da Faculdade de Direito, por ter manifestado contra o novo regime.

Vicente Rao retornou à vida pública em 1951 no segundo governo Getúlio Vargas assumindo o Ministério das Relações Exteriores. Como ministro, promoveu o reconhecimento da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a solução dos conflitos surgidos na América Latina.

Vicente Rao deixou o ministério após a morte de Getúlio Vargas em 24/08/1954.

Homenageado em São Paulo com a Avenida Professor Vicente Rao, no bairro do Brooklin Velho.

Fonte: Wikipédia

Marechal Rondon

CÂNDIDO MARIANO DA SILVA RONDON
(92 anos)
Militar, Sertanista, Explorador, Geógrafo e Pacificador

☼ Santo Antônio do Leverger, MT (05/05/1865)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/01/1958)

Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, foi um militar, sertanista, explorador, geógrafo e pacificador brasileiro.

De origem indígena por parte de seus bisavós maternos (Bororo e Terena) e bisavó paterna (Guará), Cândido Rondon tornou-se órfão precocemente, tendo sido criado pelo tio e, depois de sua morte, transferiu-se para o Rio de Janeiro para ingressar na Escola Militar: além dos estudos serem gratuitos, os alunos da escola recebiam - desde que assentassem praça - soldo de sargento.

Alistou-se no 3º Regimento de Artilharia a Cavalo em 1881. Dentre outros estudos, cursou Matemática e Ciências Físicas e Naturais da Escola Superior de Guerra.

Ainda estudante, teve participação nos movimentos abolicionista e republicano. Foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso. Foi então designado para a comissão de construção da linha telegráfica que ligaria Mato Grosso e Goiás.

O governo republicano tinha preocupação com a região oeste do Brasil, muito isolada dos grandes centros e em regiões de fronteira. Assim decidiu melhorar as comunicações construindo linhas telegráficas para o centro-oeste.

Cândido Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos do terreno e principalmente estabelecendo relações cordiais com os índios.


Manteve contato com muitas tribos indígenas, entre elas os Bororo, Nambikwara, Urupá, Jaru, Karipuna, Ariquemes, Boca Negra, Pacaás Novo, Macuporé, Guaraya e Macurape.

Em 1889 Cândido Rondon participou diretamente com Benjamin Constant Botelho de Magalhães das articulações que resultaram na criação da República Brasileira.

Entre 1892 e 1898 ajudou a construir as linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás, entre Cuiabá e o Araguaia, e uma estrada ligando Cuiabá a Goiás.

Entre 1900 e 1906 dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras de Paraguai e Bolívia.

Em 1906 encontrou as ruínas do Real Forte Príncipe da Beira, a maior relíquia histórica de Rondônia.

Em 1907, no posto de major do Corpo de Engenheiros Militares, foi nomeado chefe da comissão que deveria construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira, a primeira a alcançar a região amazônica, e que foi denominada Comissão Rondon. Seus trabalhos desenvolveram-se de 1907 a 1915. Nesta mesma época estava sendo construída a Ferrovia Madeira-Mamoré, que junto com o desbravamento e integração telegráfica de Cândido Rondon ajudaram a ocupar a região do atual estado de Rondônia.

Cândido Rondon realizou expedições com a Comissão Rondon, com o objetivo de explorar a região amazônica. Em 1910 organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção Aos Índios e de maio de 1913 a maio de 1914 realizou mais uma expedição, em conjunto com ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt.


Em setembro de 1913, Cândido Rondon foi atingido por uma flecha envenenada dos índios Nambikwara, sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda, ordenou a seus comandados, porém, que não reagissem e batessem em retirada, demonstrando seu princípio de penetrar no sertão somente com a paz.

Em 1914, com a Comissão Rondon, construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas: Pimenta Bueno, Presidente Hermes, Presidente Pena (depois Vila de Rondônia e atual Ji-Paraná), Jaru e Ariquemes, na área do atual estado de Rondônia.

Em 01/01/1915, concluiu sua missão com a inauguração da estação telegráfica de Santo Antônio do Madeira.

De 1919 a 1924 foi diretor de engenharia do Exército. Com a Revolução de 1930, que destituiu Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder, foi preso.

Em maio de 1956, Juarez Távora escreve:

"Esclareço que o fato de haver oposto restrição quanto à oportunidade do empreendimento (linhas telegráficas) do Marechal Rondon, não significava desapreço pelo conjunto de sua obra sertanista - e aí incluo o nobre esforço de catequese leiga de nossos índios — Rondon foi sem dúvida um pioneiro."

Cândido Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos do terreno e principalmente estabelecendo relações cordiais com os índios. Manteve contato com diversos povos indígenas, porém, sem nunca levar a morte ou o horror dos brancos a eles.

Desbravador do interior do país, foi inspiração para criar o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Teve seu primeiro encontro com os índios, alguns hostis, outros escravos de fazendeiros, quando construía as linhas telegráficas que ligaram Goiás a Mato Grosso.

Apoio a Getúlio Vargas

Tornou-se então colaborador de Getúlio Vargas. Em 1942, pronunciou discurso em apoio de Getúlio Vargas:

"Por este conduzir a bandeira política e administrativa da Marcha para o Oeste, visando ao alargamento do povoamento do sertão e de seu aproveitamento agropecuário com fundamentos econômicos mais sólidos e eficientes. Homenagem pela sua expressão de simpatia para com os indígenas e disposição de ocupar o vazio do território que permanecia despovoado."

Marechal Rondon em contato com índios entre Mato Grosso e Rondônia.
Homenagens

Em 05/05/1955, data de seu aniversário de 90 anos, recebeu o título de Marechal do Exército Brasileiro concedido pelo Congresso Nacional.

Em 17/02/1956, o Território Federal do Guaporé teve seu nome alterado para Território Federal de Rondônia, em 1981 elevado a Estado.

O município de Marechal Cândido Rondon foi criado em 1960.

Em 1957 foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz, pelo Explorer's Club, de New York.

Seu rosto foi estampado na nota de mil cruzeiros.

O principal aeroporto de Mato Grosso chama-se Aeroporto Internacional Marechal Rondon, enquanto o Aeroporto de Marechal Cândido Rondon serve à cidade homônima.

O Marechal Rondon é também homenageado nomeando diversos bairros, escolas e logradouros no Brasil, como a Rodovia Marechal Rondon e a Escola Marechal Rondon, em Recife, PE.

O reconhecimento da obra de Rondon extrapolou as fronteiras do Brasil. Teve a glória de ter seu nome escrito em letras de ouro maciço no Livro da Sociedade de Geografia de New York, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais, ao lado de outros imortais como Amundsen e Peary, descobridores dos pólos norte e sul; e Charcot e Byrd, exploradores que mais profundamente penetraram em terras árticas e antárticas.

Marechal Rondon é o Patrono das Telecomunicações no Brasil, e 05 de maio é o Dia Nacional das Comunicações, criado em sua homenagem.

Em 01/07/2015, o Governo Federal determinou a inscrição do nome de Rondon no Livro de Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

Em 1963, o Marechal Rondon foi homenageado com a designação de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro.

Carreira Militar


  • Segundo-tenente em 4 de janeiro de 1890;
  • Primeiro-tenente, três dias depois, por serviços relevantes à Proclamação da República, no mesmo ato em que o Marechal Deodoro foi promovido a Generalíssimo e Benjamin Constant a General, em 7 de janeiro de 1890;
  • Marechal Honorário (Lei nº 2.409, de 27 de janeiro de 1955) em 5 de maio de 1955.


Positivismo

Sob influência do positivismo, Marechal Rondon fez seu credo:

"Eu Creio:
Que o homem e o mundo são governados por leis naturais.
Que a Ciência integrou o homem ao Universo, alargando a unidade constituída pela mulher, criando, assim, modesta e sublime: simpatia para com todos os seres de quem, como poverello, se sente irmão.
Que a Ciência, estabelecendo a inateidade (sentimento nato) do amor, como a do egoísmo, deu ao homem a posse de si mesmo. E os meios de se transformar e de se aperfeiçoar.
Que a Ciência, a Arte e a Indústria hão de transformar a Terra em Paraíso, para todos os homens, sem distinção de raças, crenças,: nações – banido os espectros da guerra, da miséria, da moléstia.
Que ao lado das forças egoístas – a serem reduzidas a meios de conservar o indivíduo e a espécie – existem no coração do homem: tesouros de amor que a vida em sociedade sublimará cada vez mais.
Nas leis da Sociologia, fundada por Augusto Comte, e por que a missão dos intelectuais é, sobretudo, o preparo das massas humanas: desfavorecidas, para que se elevem, para que se possam incorporar à Sociedade.
Que, sendo, incompatíveis às vezes os interesses da Ordem com os do Progresso, cumpre tudo ser resolvido à luz do Amor.
Que a ordem material deve ser mantida, sobretudo, por causa das mulheres, a melhor parte de todas as pátrias e das crianças, as pátrias do futuro.
Que no estado de ansiedade atual, a solução é deixando o pensamento livre como a respiração, promover a Liga Religiosa,: convergindo todos para o Amor, o Bem Comum, postas de lado as divergências que ficarão em cada um como questões de foro íntimo, sem perturbar a esplêndida unidade – que é a verdadeira felicidade."

Rondon ingressou na Igreja Positivista ao fim de 1898, como major e como ardoroso membro na teoria e na prática positivista.

Fonte: Wikipédia