Beth Carvalho

ELIZABETH SANTOS LEAL DE CARVALHO
(72 anos)
Cantora, Compositora e Instrumentista

☼ Rio de Janeiro, RJ (05/05/1946)
┼ Rio de Janeiro, RJ (30/04/2019)

Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho, foi uma cantora, compositora e instrumentista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/05/1946.

Nascida no bairro da Gamboa, criada no Catete, Laranjeiras, Urca, Ipanema, Leblon e Botafogo, bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro.

Participou ainda criança do programa "Trem Da Alegria", da Rádio Mayrink Veiga e estudou na Escola Nacional de Música.

Beth Carvalho era filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho. Tinha uma única irmã, chamada Vânia Santos Leal de Carvalho.

Decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão da mãe. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio CaldasElizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai, que era advogado. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Sua mãe tocava piano clássico. Sua irmã, Vânia, cantava e gravou discos de samba.

Beth Carvalho fez balé por toda infância e na adolescência estudou violão, numa escola de música. Seguindo essa área, se tornou professora de música e passou a dar aulas em escolas locais.


Morou em vários bairros do Rio de Janeiro e seu pai a levava com regularidade aos ensaios das escolas e rodas de samba, onde ela dançava em apresentações. Nas festas e reuniões musicais com seus amigos, nos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova, gênero que ela passou a gostar, escrevendo letras e cantando.

Em 1964, seu pai foi cassado pelo regime militar por ter pensamentos de esquerda. Para segurar a barra pesada que sua família enfrentou durante esse período, Beth Carvalho voltou a dar aulas de violão, dessa vez para 40 alunos.

Graças à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho era uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo recente foi a conquista, ao lado do cantor Lobão e de outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: A numeração dos discos.

Em 1979, Beth Carvalho se casou com Édson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro. Revelado pelo Bonsucesso RJ, jogou pelo Corinthians, São Paulo e Palmeiras. No dia 22/02/1981 nasceu sua primeira e única filha, Luana, nome escolhido pelo pai. Luana Carvalho é atriz e cantora, se espelhando no sucessos de sua mãe. Em entrevistas, Beth Carvalho confessou que ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Poucos anos após o nascimento da filha, separou-se do marido. Depois dele, casou-se outras vezes e teve novos namorados.

Carreira

Beth Carvalho decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão de sua mãe. Sua avó tocava violão e bandolim e seu pai era amigo de pescaria de Sílvio Caldas. Sua casa era frequentada por Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, entre tantos cantores, cantoras e compositores da época.

Levada por sua irmã mais velha, frequentava as rodas de samba, festas e pagodes nos quintais suburbanos do Rio de Janeiro. Sofreu forte influência da Bossa Nova e do compositor Tom Jobim.

Em 1961, participou de diversos shows de Bossa Nova em colégios e faculdades da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por essa época, apresentou-se em vários festivais universitários de música.

Em 1965, gravou o primeiro disco, um compacto simples com a música "Por Que Morrer De Amor?" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).

Em 1966, participou dos espetáculos Música Nossa, - fundado pelo jornalista Armando Henrique, e pelo hoje, maestro Hugo Bellard. - ao lado de Tibério Gaspar e Egberto Gismonti. Os espetáculos eram realizados no Teatro Santa Rosa, em Ipanema, onde teve a oportunidade de gravar uma das suas canções "O Som e o Tempo", no Long Play (LP) do Música Nossa.

Por essa época, com Nelson Cavaquinho, Zé Keti e o grupo Os Cinco Crioulos, participou do show "A Hora E A Vez Do Samba". Fez parte do conjunto 3-D, juntamente com Antonio Adolfo, Chico Batera, Hélio Delmiro e Luís Eduardo Conde. Com esse conjunto, gravou pela Copacabana Discos o LP "Muito Na Onda".

No ano de 1967, no Festival Internacional da Canção (FIC), interpretou "Caminhada" (Antônio AdolfoTibério Gaspar). Nesta época ela gravou com o cantor Taiguara, pela gravadora Emi-Odeon.


Em 1969, com os Golden Boys, defendeu a música "Andança" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós e Danilo Caymmi), classificando-se em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo. Gravou o primeiro LP, "Andança", pela Odeon e participou do IV Festival Internacional da Canção interpretando "A Velha Porta" (Beth Carvalho, Edmundo SoutoPaulinho Tapajós). Ainda neste ano, representou o Brasil na Olimpíada da Canção, na Grécia, interpretando "Rumo Sul" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós).

Em 1971, estreou como sambista gravando "Rio Grande Do Sul Na Festa Do Preto-Forro", um autêntico samba-enredo da Unidos de São Carlos. Logo a seguir, lançou pela Tapecar o compacto simples "Amor, Amor, Amor", samba do Bloco Carnavalesco Bafo da Onça.

No ano de 1973, gravou o LP "Canto Para Um Novo Dia". Para este disco fez a adaptação da composição "Sereia", do folclore baiano. A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como "1.800 Colinas""Saco De Feijão""Olho Por Olho""Coisinha Do Pai""Firme E Forte""Vou Festejar""Acreditar" e "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço".

Em 1974, lançou o disco "Pra Seu Governo", dedicado à amiga Elizeth Cardoso, no qual despontou o seu primeiro grande sucesso, a composição "1.800 Colinas" (Gracia do Salgueiro). O sucesso foi tanto, que o disco foi editado na França, onde foi convidada a fazer temporadas em boates parisienses. Voltando ao Brasil, apresentou-se com o grupo A Fina Flor do Samba.

No ano de 1975, Martinho da Vila compôs em sua homenagem "Enamorada Do Samba", que a cantora incluiu no LP "Pandeiro E Viola", lançado pela Tapecar neste mesmo ano. Logo depois, surgiu uma série de títulos que ela colecionou através dos anos: "Diva do Samba", dado por Zuza Homem de Mello, "Rainha do Samba", por Rildo Hora, "Rainha dos Terreiros", carinhosamente chamada por Elifas Andreato, e "Madrinha", por quase todos os sambistas novos e antigos.


Ainda em 1975 sua interpretação para "As Rosas Não Falam", composição inédita de Cartola, foi incluída na novela "Duas Vidas", da TV Globo. Na década de 1970, juntamente com Alcione e Clara Nunes, formou o que os críticos chamaram de "O ABC do Samba", título dado às três cantoras pela importância destas no cenário musical brasileiro, principalmente no samba.

Em 1976, produzida por Rildo Hora, lançou pela RCA o LP "Mundo Melhor", no qual despontaram os sucessos "As Rosas Não Falam(Cartola) e "Mundo Melhor" (Pixinguinha e Vinicius de Moraes). 

Em 1977, vendeu cerca de 400 mil cópias do LP "Nos Botequins Da Vida", lançado pela RCA. No disco foram incluídos os sucessos "Saco De Feijão" (Francisco Santana), "O Mundo É Um Moinho" (Cartola) e de "Olho Por Olho" (Zé do Maranhão e Daniel Santos).

No ano de 1978, com produção de Rildo Hora para a RCA, lançou o disco "De Pé No Chão", puxado pelos sucessos "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci Dias), "Goiabada Cascão" (Wilson Moreira e Nei Lopes) e "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento). Este disco, que chegou a vender 500 mil cópias, marcou o surgimento do pagode carioca, um jeito inovador e descontraído de fazer samba, descoberto por ela quando assistia a um ensaio do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, cujos sambistas faziam um ritmo diferente com pandeiro, tamborim, banjo e tantã, instrumentos pouco usados em rodas de samba. Em 1978, Emílio Santiago gravou "Afina O Meu Violão" (Beth Carvalho, Paulinho Tapajós e Edmundo Souto).

Em 1979, eleita a Rainha do Carnaval, a cantora inaugurou o primeiro grande teatro do subúrbio carioca, o Cine-Show Madureira. Com espetáculo previsto para apenas uma semana, o sucesso foi tanto que ficou mais de 20 dias em cartaz, sempre com a casa lotada. A partir daí, passou a ser chamada A Madrinha do Pagode e fez shows por todo o país. Despontou com mais dois sucessos populares: "Coisinha Do Pai" (Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos) e a versão para samba de "Andança" (Edmundo SoutoPaulinho Tapajós e Danilo Caymmi).

Beth Carvalho e Cartola
Em 1980, no LP "Sentimento Brasileiro", incluiu a composição "Canção De Esperar Neném" (Beth CarvalhoPaulinho Tapajós), composta quando estava grávida de sua filha Luana.

No carnaval de 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu, com o enredo "Beth Carvalho - A Enamorada Do Samba".

A composição "Enamorada Do Samba", interpretada por Beth Carvalho e Martinho da Vila, foi incluída no disco duplo "Há Sempre Um Nome De Mulher", em 1988, produzido por Ricardo Cravo Albin

No início da década de 1990, comemorou 25 anos de carreira com o disco "Pérolas", no qual interpretou clássicos de Adoniran Barbosa, Pixinguinha, Cartola, entre outros.

No ano de 1996, lançou o CD "Brasileira Da Gema" no qual interpretou, entre outras "Vida De Compositor" (Wanderley Monteiro e Álvaro Maciel).

Em 1999, gravou o disco "Pagode De Mesa", realizando o show  homônimo em várias casas do Rio de Janeiro. Participou do programa "Tom Brasil", ao lado de outros artistas como Dona Ivone Lara, Walter Alfaiate, João Nogueira, Luiz Carlos da Vila, Nelson Sargento, entre outros. O cenário de Elifas Andreato recriava o clima das rodas de samba frequentada pelos cantores, que só souberam que o programa seria gravado em CD poucos minutos antes do início, o que facultou um registro mais fiel.

Consagrada no Brasil e no exterior, participou por duas vezes do Festival de Montreux, na Suíça. Sua carreira artística faz parte do currículo da Faculdade de Música de Kioto, Japão, onde é considerada um fenômeno da música brasileira.

Beth Carvalho possui 16 discos de ouro, nove de platina e recebeu seis Prêmio Sharp.


No ano 2000, participou do CD "Os Melhores Do Ano II", no qual fez dueto com o grupo Fundo de Quintal. Lançou o disco "Pagode De Mesa 2", pela Indie Records. Neste CD interpretou "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole), "A Comunidade Chora" (Magno de Souza, Maurílio e Edvaldo), "Jequitibá" (Zé Ramos) e "Minha Festa" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). O disco contou com a participação especial do grupo Quinteto em Branco e Preto, formado por jovens sambistas vindos de São Mateus e Santo Amaro, bairros da cidade de São Paulo, na faixa "Melhor Pra Nós Dois" (Magno de Souza, Maurílio e Paquera). Teve vários de seus discos remasterizados para CD, entre eles, "Nos Botequins Da Vida", "De Pé No Chão", "No Pagode" e "Sentimento Brasileiro".

Em 2001, pela gravadora Jam Music, lançou o CD "Nome Sagrado - Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho". No disco foram incluídas "Nem Todos São Amigos" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Cheira À Vela" (Nelson Cavaquinho e José Ribeiro). Este mesmo CD contou com as participações especiais de Zeca Pagodinho na faixa "Dona Carola" (Nelson Cavaquinho, Nourival Bahia e Walto Feitosa Santos), Wilson das Neves em "Degraus Da Vida" (Nelson Cavaquinho, Antônio Braga e César Brasil), e de Guilherme de Brito na faixa "Pranto De Poeta" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "Luz Negra" (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso), "Não Te Dói A Consciência" (Nelson Cavaquinho, Ari Monteiro e Augusto Garcez), "Notícia" (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Nourival Bahia), "Minha festa" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "A Flor E O Espinho" (Nelson CavaquinhoGuilherme de Brito e Alcides Caminha), "Nome Sagrado" (Nelson CavaquinhoGuilherme de Brito e José Ribeiro), "Palhaço" (Nelson Cavaquinho, Oswaldo Martins e Washington Fernandes), "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), "Rugas" (Nelson Cavaquinho, Augusto Garcez e Ary Monteiro), entre outras. Ainda neste ano, participou do CD e DVD "Jorge Aragão Ao Vivo Convida", lançado pela gravadora Indie Records.


Em 2003, participou do disco "A Flor E O Espinho", de Guilherme de Brito, lançado pela gravadora Lua Discos, no qual interpretou, em dueto com o anfitrião, a faixa "Folhas Secas", e ainda lançou o CD "Pagode De Mesa 2 Ao Vivo", pela gravadora Indie Records. No disco, acompanhada pelo grupo Quinteto Em Branco e Preto e gravado em show apresentado em São Paulo, foram incluídos clássicos como "Coração Leviano" (Paulinho da Viola), "Morrendo De Saudade" (Wilson Moreira e Nei Lopes), "Água De Chuva De Mar" (Carlos Caetano, Wanderley Monteiro e Gerson Gomes), "Acontece" (Cartola), "Firme E Forte" (Efson e Nei Lopes), "Novo Endereço" (Tia Hilda Macedo e Fernando Cerole) e "Natal Diferente" (Arlindo Cruz e Sombrinha).

Ainda em 2003, lançou o CD "Beth Carvalho Canta Cartola", coletânea de vários sucessos do imortal sambista mangueirense por ela interpretados em seus discos. No disco, produzido pelo crítico musical e escritor Rodrigo Faour, foram incluídas "Camarim", "Consideração", "Motivação", "Cordas De Aço", "Acontece""O Mundo É Um Moinho", entre outras. Ao lado de Eliane Faria, Xangô da Mangueira, Délcio Carvalho, Diogo Nogueira, Dalmo Castelo, Wilson Moreira, Nelson Sargento, Nei Lopes e Áurea Martins, foi uma das estrelas convidadas para o show de lançamento do disco "Maxixe Não É Samba", de Vó Maria, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.

Em 2004 foi a convidada do compositor baiano Riachão no projeto "Da Idade Do Mundo", no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Neste mesmo ano gravou o primeiro DVD da carreira. Intitulado "Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba". O DVD foi gravado no Canecão, onde a cantora reuniu três gerações do samba para a gravação. Além de interpretar alguns de seus maiores sucessos, entre eles, "Andança" (Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós), "As Rosas Não Falam" (Cartola) e "Meu Guri" (Chico Buarque), recebeu diversos convidados, acompanhados pela banda integrada por Mauro Diniz (cavaco), Carlinhos Sete Cordas (violão de sete cordas) e os percussionistas Marcelinho Moreira, Jaguara e Marcos Esguleba. Entre os convidados destacavam-se Zeca Pagodinho em "Camarão Que Onda Leva" (Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço); Monarco e a Velha-Guarda da Portela em "Passarinho" (Chatim), "Saco De Feijão" (Chico Santana) e "A Chuva Cai" (Argemiro da Portela e Casquinha da Portela); Dona Ivone Lara em "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço" (Dona Ivone Lara e Hermínio Bello de Carvalho); Nicolas Krassik, violinista francês, em "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito); Nelson Sargento em "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento); Luiz Carlos da Vila em "Pra Conquistar Seu Coração" (Luiz Carlos da Vila e Wanderley Monteiro) e Teresa Cristina em "Argumento" (Paulinho da Viola). Também participaram do DVD, que chegou à marca de 50 mil cópias vendidas,  Arlindo Cruz, Almir Guineto, Sombrinha e Quinteto em Branco e Preto.


No ano de 2005 lançou o CD "Beth Carvalho E Amigos", no qual foram compiladas algumas gravações de discos anteriores, tanto seus, como de seus amigos. No disco foram incluídas participações de Zeca PagodinhoAlmir Guineto, Martinho da VilaNelson CavaquinhoDona Ivone Lara, Golden Boys, Nelson GonçalvesPaulinho Tapajós, Mestre Marçal, Grupo Fundo de Quintal, Chico Buarque, Caetano VelosoFagner e Mercedes Sosa. Neste ano apresentou-se no Festival de Montreux. Ainda em 2005 fez show no Dia Nacional do Samba no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual recebeu como convidados Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Zeca Pagodinho, Dudu NobreDona Ivone LaraVó Maria, Jongo da Serrinha, representado pela jongueira Dona Maria de Lourdes e 50 músicos e bailarinos, incluindo 10 crianças, Monarco, Nélson Sargento, Darcy da Mangueira, Ary do Cavaco, Sombrinha, Quinteto em Branco e Preto, Diogo Nogueira e o grupo Partideiros do Cacique de Ramos. O show foi gravado em CD e DVD e inaugurou o selo Andança, da própria Beth Carvalho.

No ano de 2006 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde montou uma autêntica roda de samba carioca. Festejou o aniversário de 60 anos em um show no Canecão, onde recebeu diversos convidados, entre os quais Noca da Portela, Monarco, Arlindo Cruz e Sombrinha. Na Lapa, centro do Rio de Janeiro, fez show ao lado de Luiz Melodia e a Orquestra Imperial no evento comemorativo Semana de Consciência Negra. Neste mesmo ano apresentou-se no projeto MPB meio Dia Em Ponto, no Teatro SESC Ginástico, sendo entrevistada por Ricardo Cravo Albin, cantando seus maiores sucessos e falando sobre sua carreira. Ainda em 2006 gravou, no Teatro Castro Alves em Salvador, o CD ao vivo "Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia".


O disco foi lançado no ano de 2007 em show no Canecão, no Rio de Janeiro. Na ocasião, gravou o DVD com 30 faixas (Conspiração Filmes), ambos lançados por seu selo musical Andança e distribuído pela gravadora EMI. No CD, com 18 faixas, recebeu diversos convidados do samba baiano, entre os quais Daniela Mercury em "Chiclete Com Banana" (Gordurinha); Riachão em "Cada Macaco No Seu Galho" (Riachão) e "Vai Morar Com O Diabo" (Riachão); Armandinho em "O Ouro E A Madeira" (Ederaldo Gentil); Marienne de Castro em "Raiz" (Roberto Mendes); Ivete Sangalo em "Brasil Pandeiro" (Assis Valente) e "Dindinha Lua" (Walmir Luna e João Rios); Walter Queirós e Ivete Sangalo em "Filhos da Bahia" (Walter Queirós); Gilberto Gil em "Mancada"; Carlinhos Brown em "Hora Da Razão" (Batatinha); Maria Bethânia em "É De Manhã" (Caetano Veloso); Caetano Veloso em "Desde Que O Samba É Samba" (Caetano Veloso e Gilberto Gil) e ainda Margareth Menezes, a bateria do Bloco Afro Olodum, além de pot-pourri de sambas-de-roda acompanhada pelas Baianas do Gantois e as Baianas de Santo Amaro. O ícone Dorival Caymmi, a quem o CD é dedicado, também foi homenageado nas faixas "Oração À Mãe Menininha", "Samba Da Minha Terra", "João Valentão" e "Maracangalha", esta última com a participação especial de Danilo Caymmi. No DVD, com direção de Lula Buarque de Hollanda (Conspiração Filmes), também foram incluídas outras tantas composições, entre as quais "Siriê" (Edil PachecoPaulo Diniz); "Ilha De Maré" (Walmir Lima e Lupa); "Verdade" (Nelson Rufino e Carlinhos Santana); "Samba Pras Moças" (Roque Ferreira e Grazielle Ferreira) e "Ê Baiana" (Baianinho, Fabrício da Silva, Miguel Pancrácio e Ênio Santos Ribeiro). Neste mesmo ano participou, ao lado de vários artistas, como Martinho da Vila, Alcione, Zeca Pagodinho, Nelson Sargento, Ivete Sangalo, Jair Rodrigues, Velha-Guarda da Portela, ente outros, da gravação do primeiro CD e DVD "Cidade Do Samba", do Selo ZecaPagodiscos (Universal Music), no qual fez dueto com Diogo Nogueira na faixa "Deixa A Vida Me Levar" (Serginho Meriti e Eri do Cais). O evento foi apresentado por Ricardo Cravo Albin e contou com a arranjos e produção musical de Rildo Hora, sendo gravado na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Ainda em 2007 iniciou um programa musical na TVE Brasil, com direção de Belisário França, no qual homenageava um grande compositor do nosso cancioneiro.


Em 2011 apresentou-se no SESC Rio "Oi Noites Cariocas", no Píer Mauá, RJ, após um ano e meio afastada dos shows por problemas de saúde. Neste show, em que cantou grandes sucessos que fizeram parte de sua carreira, contou com as participações de Martinho da Vila, Fundo de Quintal e Mariene de Castro. Nesse mesmo ano foi lançada, pelo selo Discoberta, a caixa com cinco CDs, "Primeiras Andanças", que documenta a primeira década, correspondente aos anos de 1965 à 1975, da carreira discográfica da cantora. Essa coletânea, produzida por Marcelo Fróes, inclui as reedições dos três primeiros álbuns de samba de sua carreira, (gravados entre 1973 e 1975, e os volumes "Anos 60" e "Anos 70", com canções que a cantora gravou para os Festivais da MPB. Comandou o "Show do Trabalhador", em comemoração ao Dia do Trabalho, ao lado dos músicos Dirceu Leite (sopro), Jorge Gomes (bateria), Carlinhos Sete Cordas (violão de 7 cordas), Charlles da Costa (violão de 6 cordas), Marcio Vanderlei (cavaquinho), Paulinho da Aba (pandeiro), Marcelo Pizzott (repique), Pirulito (percussão) Chá Chá Chá (surdo) e Beloba (tantan). Este evento, realizado na Quinta da Boa Vista, contou com as participações de Nelson Sargento, Monarco e Dudu Nobre. Ainda em 2011, recebeu uma homenagem na Academia Brasileira de Letras, sendo convidada para a Merenda Acadêmica, evento criado para aproximar da Academia figuras expressivas dos segmentos artísticos, empresariais, esportivos, da qual participaram, na ocasião, os imortais Marcos Vinicius Vilaça e Ana Maria Machado.

Em 2012 seu disco "Nosso Samba Tá Na Rua" conquistou o prêmio de Melhor Álbum de Samba na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O mesmo disco recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode. Foi homenageada pela Velha Guarda da Mangueira com os CDs "Homenagens Vol. 1 e Vol. 2" (2012), que foram dedicados à Madrinha Beth Carvalho. Ainda em 2012 a gravação que fez de "O Mundo É Um Moinho" (Cartola), foi incluída na trilha sonora da novela "Lado a Lado", da TV Globo.

Em 2013 voltou aos palcos do Vivo Rio, no Rio de Janeiro, depois de meses hospitalizada por conta de um problema na coluna. Durante o período de internação gravou, dentro de seu quarto no hospital, participações nos CDs de sua sobrinha Lu Carvalho, do cantor Léo Russo e em um disco de inéditas de Dona Ivone Lara. Beth Carvalho foi uma das atrações principais do Palco Santa Clara montado na Praia de Copacabana, para as comemorações do Réveillon de 2014, no Rio de Janeiro.


Em 2014 apresentou o show "Ensaio Aberto" no Centro Cultural João Nogueira - Imperator, no Rio de Janeiro, para a escolha do repertório do DVD que gravou ao vivo três dias depois, em show no Parque Madureira, também no Rio de Janeiro. Foi consultora de José Maurício Machiline para o roteiro do show do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o samba. Também integrou o elenco fixo da turnê do prêmio, que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e passou pelos Estados do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. Participou do "Sambabook Zeca Pagodinho", lançado nos formatos CD duplo, DVD e blu-ray pelo selo Zeca PagoDiscos/ Universal Music, em 2014. Na ocasião, interpretou "Lama Nas Ruas" (Almir Guineto e Zeca Pagodinho). Apresentou-se na cerimônia da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, homenageando o gênero samba, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Na ocasião interpretou "Preciso Me Encontrar" (Candeia), "O Sol Nascerá" (Cartola e Elton Medeiros) e "Juízo Final" (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares). Participou da turnê especial da 25ª edição do Prêmio da Música Brasileira, em homenagem ao gênero samba. O registro do show, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi lançado em CD e DVD pelo selo Universal Music. Ainda em 2014 lançou o CD e DVD "Beth Carvalho Ao Vivo No Parque Madureira", lançado pelo seu selo Andança em parceria com a Som Livre e o Canal Brasil. O disco incluiu sucessos que ficaram conhecidos em sua voz como "São José De Madureira" (Beto Sem Braço e Zeca Pagodinho), "Senhora Rezadeira" (Dida da Portela e Dedé), "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci) e músicas inéditas em sua voz como "Estranhou O Quê?" (Moacyr Luz), "Meu Lugar" (Arlindo Cruz e Mauro Diniz), "Se A Fila Andar" (Toninho Geraes e Paulinho Rezende), entre outras.

Em 2015 compareceu à estreia do espetáculo em sua homenagem "Andança - Beth Carvalho, O Musical", na teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, com texto de Rômulo Rodrigues, direção de Ernesto Piccolo e direção musical de Rildo Hora. O musical biográfico pôs em cena a trajetória dos 50 anos de carreira da cantora. Ainda em 2015 comemorou seus 50 anos de carreira em show realizado no Teatro Metropolitan, no Rio de Janeiro, com 2.500 ingressos esgotados.

Em 2018 apresentou-se no Rio de Janeiro, ao lado do grupo Fundo de Quintal, comemorando os 40 anos do LP "De Pé No Chão", marco da consolidação do pagode carioca, relançado nesse ano nas plataformas digitais, em show histórico em que cantou deitada por conta dos problemas de saúde que vinha enfrentando.

Festivais

Aos 19 anos ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção de 1968, com a canção "Andança" (Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto) com vocal de Golden Boys, na TV Globo - Canal 4, do Rio de Janeiro.

Beth Carvalho participou dos festivais de música das TV Excelsior, TV Record e TV Tupi. Era estudiosa dos sambas brasileiros, chegando a trabalhar com o legendário escritor e compositor Nelson Sargento.

Em 1971, Beth Carvalho era a cantora da escola de samba Unidos de São Carlos, atual GRES Estácio de Sá, indo para a Estação Primeira de Mangueira, e se dedicando totalmente a verde e rosa, que são as cores da escola.

Conheceu Jorge Aragão no bloco carnavalesco Cacique de Ramos, onde cantava e desfilava animada, junto com o bloco. Jorge Aragão deu para ela gravar em 1977, a música "Vou Festejar" (Jorge Aragão, Dida e Neoci).

Beth Carvalho é um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira, com dezenas de sucessos e participações importantes em diversos movimentos de apoio à música brasileira.

Zeca Pagodinho e Beth Carvalho
Turnês e Descobertas

Beth Carvalho fez turnês em Lisboa, Montreux, Paris, Madri, Atenas, Berlim, Miami e São Francisco. Nesses anos todos de carreira descobriu talentos, tais como Jorge Aragão, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Gracia do Salgueiro, Sombrinha, Arlindo Cruz, Quinteto em Branco e Preto, Zeca Pagodinho, Yamandú Costa e Alessandro Penezzi.

Ativismo

Beth Carvalho era admiradora de Leonel Brizola, Fidel Castro e Hugo Chávez. Era torcedora do Botafogo e filiada ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Apoiou Luiz Inácio Lula da Silva em todas suas campanhas presidenciais. Integrou o coro que entoou o jingle "Lula Lá" em 1989.

Em 2010, apoiou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e também era apoiadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Polêmicas

No carnaval de 2007 foi injustiçada pela diretoria da Mangueira, sua escola de samba. Com problemas na coluna, pediu um carro alegórico para desfilar e foi atendida. Entretanto, no dia do desfile foi impedida de subir no carro, por Raimundo de Castro, um membro baluarte da Escola, que invocou o fato de ela não ser baluarte. Isso deixou Beth Carvalho muito desapontada com os diretores da escola, pois no ano anterior, ela havia saído no mesmo carro, autorizada por Alvinho, presidente da escola na época. Desde o episódio, Beth Carvalho se afastou dos eventos da escola.

No carnaval de 2008, Beth Carvalho participou da homenagem a Cartola, mas fora da Mangueira. A cantora saiu na Viradouro, que também homenageou o centenário do compositor fundador da Mangueira. Beth Carvalho afirmou, em nota publicada em seu site oficial que "jamais deixaria de ser mangueirense, e que estará sempre com o seu coração na verde e rosa". Porém afirmou que "jamais voltará a pisar na quadra da escola enquanto não receber um pedido formal de desculpas por parte do presidente", Percival Pires, o Perci.

Percival não era mais o presidente da escola, pois renunciou ao cargo após denúncias de envolvimento com o tráfico de drogas no morro da Mangueira. Entretanto a vice-presidente Chininha, que assumiu seu posto, pertencia ao mesmo grupo político que barrou Beth Carvalho. A única chance dela voltar à escola seria a eleição de uma nova diretoria, ou então o tal pedido formal de desculpas ser feito, o que aconteceu logo após o carnaval de 2009. Ivo Meirelles, o novo presidente foi à casa de Beth Carvalho com a imprensa, pedir desculpas e anunciar que ela iria homenagear Nelson Cavaquinho no enredo de 2011.

Em 2011, depois de uma ausência de quatro anos, Beth Carvalho voltou a prestigiar a escola do coração. Ela foi ao desfile de cadeira de rodas, devido a uma cirurgia que havia sofrido recente. A cantora veio triunfante ao lado de Sérgio Cabral, em um carro alegórico que homenageava Cartola, Dona ZicaNelson Cavaquinho e Guilherme de Brito.

Em 2012, Beth Carvalho saiu na comissão de frente da mangueira, mostrando que a paz entre ela e a verde e rosa estava selada, junto com Bira PresidenteUbirany (integrantes do grupo Fundo de Quintal) e Jorge Aragão, representando os frutos da tamarineira do Cacique de Ramos.

Problemas de Saúde

Desde 2010, Beth Carvalho vinha enfrentando um drama pessoal: Ela sofreu uma fissura no sacro, um osso localizado na base da coluna vertebral. Devido a esse problema, ela ficou deitada na cama muito tempo, sem poder nem se sentar ou andar. O problema foi agravado por uma neuropatia, causada por ela ter ficado muito tempo na mesma posição durante a cirurgia na coluna.

O problema na coluna foi provocado por uma artrose no fêmur que fazia com que a cantora andasse mancando, causando a fissura. No entanto, ela sempre se demonstrou otimista pela recuperação e feliz por receber o total apoio da família e dos amigos.

No final de 2010 Beth Carvalho voltou aos palcos em um show no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Após a recuperação, teve novas complicações na coluna, ficando durante um ano e um mês no hospital. Nas últimas semanas no hospital, Beth Carvalho teve uma infecção pulmonar em decorrência de uma infecção num cateter, foi parar no CTI, mas teve alta no final de agosto de 2013. Realizou um show de retorno no dia 07/09/2013 no Vivo Rio.

Nessa última fase de Beth Carvalho no hospital, algumas rodas de samba fizeram um minuto de silêncio, pois foi noticiado por algumas fontes que ela havia morrido.

Em 2017, Beth Carvalho foi enredo da escola de samba da série A Alegria da Zona Sul, com o samba "Vou Festejar Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba", desfilando na avenida na sexta-feira de carnaval, rodeada por amigos como Nelson Sargento, Moacyr Luz, Moyseis Marques, Wanderley Monteiro, Claudinho Guimarães, Marcelinho Moreira, Edmundo Souto, Fred Camacho, Elisa Lucinda, Gustavo Gasparani e o elenco da musical "Andança".

Morte

Beth Carvalho faleceu às 17h33 de terça-feira, 30/04/2019, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de infecção generalizada. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro desde o dia 08/01/2019.

O velório está marcado para começar às 10h00 da quarta-feira, 01/05/2019, no salão nobre do Botafogo, time para o qual Beth Carvalho torcia. Às 16h00, o cortejo, com carro do Corpo de Bombeiros, deve partir para o Crematório do Caju.

Discografia

  • 1965 - Porque Morrer De Amor? (RCA Victor)
  • 1966 - Muito Na Onda (Copacabana)
  • 1969 - Andança (EMI-Odeon)
  • 1971 - Beth Carvalho: Especial (EMI-Odeon)
  • 1971 - Amor, Amor (Tapecar)
  • 1973 - Canto Para Um Novo Dia (Tapecar)
  • 1974 - Pra Seu Governo (Tapecar)
  • 1975 - Pandeiro E Viola (Tapecar)
  • 1976 - Mundo Melhor (RCA Victor)
  • 1977 - Nos Botequins Da Vida (RCA Victor)
  • 1978 - De Pé No Chão (RCA Victor)
  • 1979 - No Pagode (RCA Victor)
  • 1980 - Sentimento Brasileiro (RCA Victor)
  • 1981 - Na Fonte (RCA Victor)
  • 1982 - Traço De União (RCA Victor)
  • 1983 - Suor No Rosto (RCA Victor)
  • 1984 - Coração Feliz (RCA Victor)
  • 1985 - Das Bençãos Que Virão Com Os Novos Amanhãs (RCA / Ariola)
  • 1986 - Beth (RCA / Ariola)
  • 1987 - Beth Carvalho Ao Vivo Em Montreux" (RCA / BMG / Ariola)
  • 1988 - Toque De Malícia (RCA / BMG / Ariola)
  • 1988 - Alma Do Brasil (Philips / Polygram)
  • 1989 - Saudades Da Guanabara" (Philips/ Polygram)
  • 1991 - Intérprete (Philips / Polygram)
  • 1991 - Beth Carvalho Ao Vivo No Olímpia (Som Livre)
  • 1992 - Pérolas - 25 Anos De Samba (Som Livre)
  • 1993 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo (Velas)
  • 1994 - Beth Carvalho Canta O Samba De São Paulo Vol. II (Velas)
  • 1996 - Brasileira Da Gema (Philips / Polygram)
  • 1996 - Meus Momentos (EMI-Odeon)
  • 1998 - Pérolas Do Pagode (Globo Records / Polydor / Polygram)
  • 1999 - Pagode Da Mesa - Ao Vivo (Philips / Universal Music)
  • 2000 - Pagode Da Mesa 2 - Ao Vivo (Indie Records)
  • 2000 - Os Melhores Do Ano Vol. II (Indie Records)
  • 2001 - Nome Sagrado - Beth Carvalho Canta Nelson Cavaquinho (JAM Music)
  • 2003 - Beth Carvalho Canta Cartola (RCA / BMG)
  • 2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida (Indie Records)
  • 2005 - Beth Carvalho E Amigos (RCA / BMG)
  • 2005 - Maxximum (Sony BMG)
  • 2011 - Nosso Samba Tá Na Rua (Andança Records / EMI-Odeon)

DVD

  • 2004 - Beth Carvalho - A Madrinha Do Samba Ao Vivo Convida
  • 2006 - Beth Carvalho - 40 Anos De Carreira Ao Vivo No Theatro Municipal
  • 2008 - Beth Carvalho Canta O Samba Da Bahia
  • 2014 - Beth Carvalho - Ao Vivo No Parque Madureira

Prêmios e Indicações

Grammy Latino

  • 2001 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Pagode de Mesa 2 - Ao Vivo" (Indicado)
  • 2005 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "A Madrinha do Samba ao Vivo Convida" (Indicado)
  • 2007 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "40 Anos de Carreira: Ao Vivo no Teatro Municipal Vol. 2" (Indicado)
  • 2008 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Beth Carvalho Canta o Samba da Bahia ao Vivo" (Indicado)
  • 2009 - Prêmio Especial - Conquista de Toda Uma Vida - "Beth Carvalho" (Venceu)
  • 2012 - Melhor Álbum de Samba/Pagode - "Nosso Samba Tá na Rua" (Venceu)
Prêmio da Música Brasileira

  • 2015 - Melhor Álbum de Samba - "Beth Carvalho - Ao Vivo no Parque Madureira" (Indicado)
  • 2015 - Melhor Cantora de Samba - "Beth Carvalho" (Indicado)
Prêmio Contigo! MPB FM

  • 2012 - Melhor Álbum de Samba - "Nosso Samba Tá na Rua" (Indicado)

Fonte: Wikipédia
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